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Ushuaia, El Calafate, El Chaltén e Buenos Aires - 11 a 28 de setembro, 2018


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17 DIAS PELA ARGENTINA!

·         Dia 1:

Essa foi apenas nossa segunda experiência internacional, a primeira foi para o Chile. O diferencial é que nesta Sâmera e eu fizemos tudo por nossa conta, quer dizer, com o grande auxílio de vocês aqui do Mochileiros.com, claro!!

Nossa jornada iniciou-se na segunda feira dia 10 de setembro na cidade de Paulínia/SP, quando a deixamos as 19h sentido Campinas de Uber para pegar o ônibus para o aeroporto de Guarulhos, partindo as 20H. Chegamos às 22:30 e a noite foi longa, nosso vôo partiria somente ás 06:41h (para ser exato). Optamos pela compra de Múltiplo destino pela companhia Aerolíneas Argentinas.

Vôo saiu no horário marcado e 09:20h chegávamos ao Aeroparque. Tínhamos quase seis horas de espera pela conexão e aproveitamos para trocar nosso dinheiro. A cotação estava R$1,00 - $8,00 Pesos. Trocamos o máximo que conseguimos pois na Patagônia a cotação era desvantajosa, o que verificamos realmente depois! O segundo e longo vôo partiu também no horário exato 15:22h chegando em Ushuaia ás 19h.

Optamos por ficar hospedados por AirBNB. Melhor coisa que fizemos!! Nosso Host, Sr. Oscar já nos aguardava no aeroporto de Ushuaia. Sabe daquelas pessoas que passam rapidamente por sua vida, mas deixam boas marcas para sempre? Então, ele e sua esposa Nora são dessas pessoas!! No caminho para a cabana, ele sugeriu se não gostaríamos de parar em um supermercado para comprar alimentos, água, etc. Nós estávamos tão cansado que não havíamos pensado nisso. Ponto para o sr. Oscar! Sua cabana é muito aconchegante e fica no pé da montanha. Tinha tudo para uma hospedagem tranquila. Combinamos que no dia seguinte ele nos levaria para alguma das opções em Ushuaia ainda a definir de acordo com o clima. Chegamos com chuva e gelo! Um frio e um vento absurdo! Patagônia nos dava boas-vindas...rs   

Apartamento Las Terrazas de Nora y Oscar: https://goo.gl/RHdFRV

·         Dia 2:

Amanheceu, tomamos nosso café e saímos da cabana para aguardar nosso super host. A comunicação entre dois mineiros e um argentino nem sempre foi fácil, mas sempre divertida. Decidimos ir para o Parque Nacional Terra do Fogo. Queria subir a Laguna Esmeralda, mas como havia chovido muito na noite anterior, fomos desencorajados. Senhor Oscar nos cobrou $1.200,00 pesos para levar e para buscar. Para se ter uma ideia, as agências cobram não menos que $2 mil por pessoa!! Seguimos pela linda estrada de terra até a entrada do Parque. Nós dois já maravilhados pois havia muita neve nos cantos da pista. Paisagens, claro de tirar o fôlego. Primeira parada no mirador da Laguna Verde! Lindíssima. Em seguida fotos na famosa placa do fim da Ruta N.03! E caminhamos pelas passarelas que margeiam a baia Lapataia.

Voltamos para o carro e o Senhor Oscar nos sugeriu uma trilha curta! Claro, topamos na hora. Confesso que para Ushuaia, pelo pouco tempo que ficamos, acabei sem saber o que fazer.. Ele nos deixou ao lado do Centro de Visitantes Alakush, próximo ao início da trilha. Combinamos que as 16h ele nos buscaria.

Iniciamos nossa primeira trilha, super motivados pela paisagem, vegetação, clima, tudo diferente do que estamos acostumados. Trilha tranquila, margeando o lago de nome Roca. Ao nosso lado, uma montanha linda, coberta pela neve ia nos “vigiando”.

Depois de 1:20h chegamos ao final da trilha que é onde fica a placa de divisa entre os Argentina e Chile! Que sensação da hora de estar ali entre dois países muito queridos! A trilha leva o nome da placa “Hito XXIV”. Recomendo muito. Trilha leve! Vale salientar o cuidado e o quão bem sinalizada é a trilha. Aliás, todas as que eu vi na Patagônia.. sonho isso para minha cidadezinha no sul de Minas (Caldas-MG)!

Retornamos e entramos no Centro de Visitantes Alakush para comer, tomar um café e conhecer o local, faltavam 30 minutos para o sr. Oscar nos buscar. Ele claro, foi pontual!

No caminho de volta ele nos sugeriu ir ao ponto de partida do “Tren Del Fin Del Mundo”. Achamos bem bonitinho, mas não é o tipo de passeio que nos interessou. Em seguida, de volta para Ushuaia ele, por conta, decidiu que nos levaria para conhecer a pista de esqui do Glaciar Martial. Uma grata e grátis surpresa! E para nossa alegria, nevou!! Haha – mineiro nunca tinha visto neve!! Estava muito liso, assim decidimos não subir até o Glaciar. Mas valeu muito a pena! Gracias Sr. Oscar!!

·         Dia 3:

Nosso anjo em forma de Host disse que conseguia desconto para o passeio de Catamarã para o Canal de Beagle – 20%! Claro que aceitamos. Pagamos um total de $2.320,00 Pesos. Menos da metade que pagaríamos por intermédio de uma agência! – Dica, comprem direto nos quiosques!! Ainda compensará!!

O passeio é turistão, mas as paisagens, sem palavras! Ushuaia é linda demais!!! O Farol é muito bonito, ali, pequeno no meio daquela imensidão entre a água do mar e as cordilheiras. Vimos uma espécie de pinguins que claro, não me lembro o nome, muitos pássaros e os escandalosos e muito fedidos leões marinhos. Sério, nunca senti um cheiro tão fedido na vida...kkk

Retornando à Ushuaia, decidimos caminhar pela cidade, almoçar um belo Chorizo ($1.000,00), colocar um chip no celular e enviar uns postais. Em seguida fazer o tour pelo Museu do Presídio ($600,00 Pesos). Bastante interessante e confesso que a ala que continua intacta é bem pesada, sombria. Retornamos a pé para a cabana depois de andar muito por Ushuaia... pensa numa subida infinita. O importante foi achar!! Kkk

 

·         Dia 4:

Dia de deixar Ushuaia. Nosso grande amigo e host Oscar nos levou, antes despedimos de sua muito simpática e atenciosa esposa, Sra. Nora. Confesso que nos emocionamos ao despedirmos. O bom de viajar é isso, além das paisagens, momentos, as boas pessoas que encontramos pelo caminho fazem valer muito a pena!

Novamente, as Aerolíneas Argentinas foram pontualíssimas. Partiu exatamente no horário marcado, as 11:10h com destino a El Calafate.

Continua...

 

 

 

 

 

 

 

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O voo para El Calafate é um espetáculo à parte. Com contrastes vibrantes entre as cordilheiras e o tom desértico que do alto, nos proporciona a Estepa Patagônica!

Compramos nosso transfer pela empresa Las Lengas que nos custou $350,00 se não me engano pois esse valor esqueci de anotar. O trajeto é de 12 km até nosso hostel. O escolhido foi o famoso America Del Sur. Optamos por um quarto privado com banheiro compartilhado. Não foi uma boa, pois ficamos isolados “na casa” e pegamos o andar debaixo em uma cabana de madeira em que se ouvia tudo. Tudo mesmo... Mas o Hostel em si é ótimo. Atendimento excelente, cerveja gelada, boa música e clima muito bom.

Saímos para almoçar, conhecer a cidade, fazer compras no supermercado e comprar nosso passeio para o famoso Glaciar Perito Moreno! O almoço nos custou $590,00 e o passeio (mini-trekking), mais caro de toda a viagem e o mais fantástico também, $8.800,00. Compramos direto na Hielo e Aventura. A noite não saímos da casa, jantamos o famoso “miojo” e descansamos.

 

·         Dia 5:

Acordamos cedo, tomamos café e aguardamos o transfer para o parque. O trajeto é muito bonito e o contraste do branco da montanha e o amarelado das estepas proporcionam paisagens realmente inesquecíveis, agora ao nível do chão...

A sensação de avistar pela primeira vez, em uma curva da estrada, ao longe o Glaciar é indescritível! De perto então, acredito não haver palavra na língua portuguesa capaz de transmitir a emoção de estar diante de tamanha beleza! Sério, nunca vi nada parecido!! Enorme, lindo, vibrante, gelado... rs! A entrada no parque nos custou $1.200,00 Pesos. Passeamos um pouco por cada uma das passarelas e suas cores distintas. Fizemos um lanchinho na passarela vermelha, que fica mais abaixo possível, em frente ao paredão azul. Fantastico! Depois retornamos ao ponto de encontro para pegar o catamarã que nos levaria para o Mini-Trekking.

O trajeto de barco é espetacular, dava pra ver vários pedaços de gelo boiando no lago e à medida que aproximávamos do Glaciar, sua dimensão era monstruosa! Desembarcamos e fizemos uma pequena caminhada, circundando a montanha e o Glaciar. Em seguida nos foi colocado os “crampones” e iniciamos nossa caminhada pelo Glaciar. Uma experiência, com certeza, que ficará para sempre na memória. Jamais imaginei um dia pisar sobre um Glaciar! Ao final, uma dose de whisky e um bombom nos foi servido. Minha esposa não conseguiu tomar o whisky todo, então lhe fiz o favor de tomar também. Desci “simpático” do Glaciar.. haha

Quando achei que o passeio havia acabado, nos levaram para um túnel de gelo. O tom de azul é indescritível! Que coisa louca! Muito bonito!!

Voltamos para El Calafate e chegamos no hostel por volta das 19h. Tomamos uma cerveja local acompanhado do famoso Choripan e um molho com chimichurri! Bom demais!!!

 

·         Dia 6:

O “dia perdido”... explico-lhes! No primeiro dia em El Calafate, já havíamos andado pela cidade toda. Já neste dia, estava muito chuvoso, queríamos ir ao lago Argentino, mas a neblina o cobria todo, a entrada para uma trilha próximo a ele, acabava por ser cara e achamos que não compensaria.

Quando fechei o roteiro, acabei levando em conta que o custo de Ushuaia era mais alto em relação à Calafate. Mas hoje, percebemos que 2 dias inteiros apenas em Ushuaia é MUITO POUCO e três dias em El Calafate acabou sendo desnecessário para as atividades que programamos! Enfim, é aprendizado e claro.. mil vezes um dia de férias em El Calafate sem fazer nada que dez dias de trabalho em Paulínia... kkk

Compramos nossa passagem para El Chaltén... Cara e tabelada entre todas as companhias. Isso me deixou meio puto... Compramos ida e volta, total: $3.200,00.

De volta ao America Del Sur, compramos também nosso passeio “turistão” -  Full Day em Torres Del Paine – Chile. Pagamos o total de $7.800,00. Em seguida mais cerveja e batata frita para fechar a noite.

 

·         Dia 7:

Acordamos bem cedinho, e depois do café nosso transfer chegou. Era um “caminhônibus”! Muito interessante o veículo! Seguimos em direção ao Chile. Assim que subimos a montanha que faz a divisa entre os países percebemos que o tempo não nos favorecia. Muito fechado e nevava muito! Fizemos a parada para inspeção e carimbo dos passaportes de saída e em seguida, em uns poucos quilômetros de entrada no Chile. Chegamos no parque após 5 horas de viagem e nosso roteiro foi primeira Lago Sarmiento de Gamboa (Mirador), em seguida seguimos para o lindíssimo Saltos del Río Paine (parada para mais fotos) e depois ao Cerro Almirante Nieto / Cuernos del Paine - Mirador Superior que claro, não conseguimos avistar nada... Em seguida seguimos para a Porteria Laguna Amarga e depois ao mirador Lago Nordenskjold.

Fizemos um pequeno trekking em direção ao mirador Salto Grande – Que visão fantástica. Era um dos lugares que mais gostaria de conhecer. Se por um lado não conseguimos avistar os picos de Torres Del Paine, por outro lado, realizamos o sonho de caminhar sobre a neve fofinha e amigos, como nevou!! Foi uma outra experiência inesquecível. A vantagem de não conseguir avistar as Torres é que fica a promessa de volta para quem sabe, fazermos o Circuito W!! Ainda passamos pelo Mirador Lago Pehoe con Valle del Francés. Eles servem um lanche, “bem servido” durante a excursão.

Como dito, é um passeio turistão, cansativo, mas acredito que vale a pena!

Chegamos em El Calafate por volta de 21h, pregados...rs. No outro dia acordaríamos cedo em direção a cereja do bolo da viagem, El Chaltén!

Continua...

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·         Dia 8:

Café, check out no America Del Sur e taxi rumo à rodoviária de El Calafate rumo a El Chaltén. O período mais esperado por mim da viagem. O ônibus atrasou mais de uma hora, mas o trajeto entre as duas cidades foi muito divertido. Estávamos sentados nas primeiras poltronas e o motorista era daqueles que gostavam de uma boa prosa. Mineiro como sou, não lhe neguei uns dedinhos de conversa. Durante todo o trajeto ele foi indicando os nomes dos locais, contando histórias sobre a região e seus atrativos pelo caminho, como o Lago e Glaciar Viedma. Também nos contou que além de motorista, era maratonista e havia participado de uma maratona de El Chaltén até El Calafate: 36h de prova e mais de 230km. Infelizmente me falha a memória seu nome.

O tempo também não ajudou e não podemos ver as lindas paisagens como nas fotografias do Fitz Roy e das outras montanhas no horizonte.

Chegamos por volta do meio dia e fizemos a parada para as explicações sobre os cuidados com o Parque Nacional Los Glaciares. Nosso hostel, também por indicação de vários relatos de mochileiros foi o Condor de Los Andes. Adoramos! Acredito ser o que mais gostamos de todos. Também pegamos um quarto privado que era muito bom!

Deixamos as coisas no quarto e fomos atrás de almoço e em seguida subimos para os dois miradores mais próximos: Los Condores e Las Aguilas. O primeiro (pequeno) trekking foi tranquilo, são bem próximos os dois miradores. Claro, após viagem, etc, cansamos um pouco. Mas nada demais, somente o sedentarismo falando... rs. Trajeto foi de 1h de ida e outra de volta, o tempo não ajudou e o Cerro Torre e Fitz Roy estavam encobertos.

Voltamos para o Hostel e procuramos descansar logo pois havíamos acordado cedo e no dia seguinte, certamente faríamos algum dos “sanderos”.

 

·         Dia 9:

Descemos para o café, e ao nos sentarmos olhei para a janela e advinha quem estava totalmente descoberto, sem nenhuma nuvem?! Sim ele, o majestoso Fitz Roy! Engraçado que ninguém havia percebido e quando eu colei na janela para ver melhor e tirar uma foto, todos se surpreenderam! Vários já se adiantaram para sair. Uma das hóspedes relatou que há 4 dias não aparecia. Nós também nos adiantamos e fomos para a trilha.

À medida que caminhávamos, várias nuvens, bem sem graça, cobriram todo o céu. Quando chegamos no primeiro mirador, O Rio de Las Vueltas já não sobrava quase nenhum “azulzinho” no céu. O primeiro trecho da trilha é realmente puxado, bem como o trecho entre os quilômetros 3 e 4. Neste trecho encontra-se o segundo mirador, O Fitz Roy e a bifurcação para a Laguna Capri. Neste Mirador encontramos um simpático casal de senhores do norte europeu. Nós nos encontraríamos depois várias vezes pela trilha, inclusive no dia seguinte... Os quilômetros seguintes são mais tranquilos e cheios de paisagens de tirar o fôlego, isso sem ter o Monte Fitz Roy à vista como sabemos. O Glaciar Piedras Brancas é lindo e muito alto!!  Depois de 2,5 horas de caminhada chegamos no acampamento Poincenot. Estávamos bem próximos da realização do nosso maior desafio. Em seguida chegamos na famosa placa que indica que o próximo quilômetro seria o mais difícil.

Subíamos devagar, chovia um pouco e depois nevava também, o tempo ficou bem fechado. Víamos algumas pessoas que haviam passado pela gente retornando, e isso já me causava uma certa angustia. Até que um casal nos avisou que estava perigoso subir devido à neve e ao gelo. Agradecemos e claro que eu pensei: “Já cheguei até aqui, nem a pau que vou desistir.” Entretanto poucos metros á frente, à medida que ficava mais íngreme, tornou-se impossível prosseguir. O gelo colava nos vincos da bota e ela se tornava um sabão em contato com o próprio gelo do caminho. Algumas pessoas estavam com os “crampones” e somente assim subiam em segurança. Outros arriscaram. Minha esposa já me alertara umas três vezes que não devíamos continuar. Mas eu não aceitava, faltava pouco, eu sabia, muito pouco! Já havíamos subido pelo menos a metade do último trecho. Contudo, infelizmente fui vencido. Não poderia correr o risco de me machucar ou que minha companheira se machucasse. Desistimos!

Esse, com certeza foi um momento bem frustrante, bem doloroso até, eu diria. Mas respirei, olhei à volta, percebi onde estava, o quão privilegiado éramos por estar neste paraíso. E o quanto vitorioso já era por ter andado pelo menos uns 9,5km. Nunca havia feito um trekking com esta distância antes. Enfim, um dia retornaremos para completar. Ele sempre estará lá!!

No caminho de volta, pegamos a bifurcação em direção à Laguna Capri. Vale muito a pena, uma lagoa enorme em cima das montanhas..

Chegamos em Chaltén destruídos!! Tomamos um banho e descobrimos um barzinho que toca muito rock n” roll de qualidade. Comemos uma pizza maravilhosa e uma cerveja local de excelente qualidade! Depois, o sono dos justos.

 

·         Dia 10:

O dia estava bem fechado. Mas não chovia, então decidimos fazer outra trilha das consideradas fáceis. O Chorrillo Del Salto. Trata-se de uma bela cachoeira, bem escondida. São 4km de trilha que vão circundando o Rio de las Vueltas. Um belo caminho e uma trilha tranquila. Só não estava mais tranquila pois às vezes chovia e a canseira do dia anterior, ainda cobrava. Culpa do sedentarismo…

A cachoeira é realmente muito bonita e vale a pena conhecer. Ideal para os dias em que o tempo não ajuda para trilhas maiores. Na volta, almoçamos no mesmo restaurante do primeiro dia. Fica no hostel Rancho Grande. Sinceramente, não aconselho. É caro, muito cheio e a comida não é lá essas coisas. Mas a fome foi mais forte e era o primeiro que encontramos na volta! No caminho de volta ao hostel, fomos parando em algumas lojinhas para conhecer. Jantamos o famoso miojão..

 

·         Dia 11:

Esse dia amanheceu nevando muito e um frio de lascar. Não tinha muito o que fazer e vi meus planos de 3 grandes trilhas se esvaindo. Á princípio o plano era fazer as trilhas do Fitz Roy, Cerro Torre e a Loma Del Pliegue Tumbado, porém a última foi cortada... andamos pela cidade em busca de uns “pequenos regallos”, compramos alguns interessantes, em uma loja de artesanato local. Procuramos outro restaurante para almoçar e encontramos o Ahonikenk. Esse eu indico. Tem um Chorizo maravilhoso com batatas e de entrada uma espécie de vinagrete de lentilhas que é bom demais. Tomamos também um vinho no pinguim. Quando vimos no cardápio pensamos: Deve ser um vinho mais barato aqui da região.. na verdade era um vinho servido em uma jarra em formato de pinguim que derramava o vinho pelo bico. Bizarro! Hahahaha

A refeição é muito boa, atendimento ok! Voltamos “simpáticos” para o Condor e a tarde foi só neve e sono!!

 

·         Dia 12:

O dia amanheceu também com uma cara ruim, ficamos naquela de sair ou não sair. Mas decidimos que estávamos lá para isso e outro dia parado não seria interessante. Nos preparamos e saímos com uma leve garoa rumo à Laguna Torre.

Início da trilha também maltrata os amiguinhos sedentários. Logo chegamos ao Mirador da Cachoeira Margarita. Uma vista muito linda da queda d’água do outro lado do vale. Depois dessa pequena parada começou a nevar mais, nada que nos impediria de seguir.

Essa trilha em relação a do Fitz Roy é mais tranquila, porém, também com 10km aproximadamente cada perna. Assim como na trilha acima, também há um mirador por volta do quilometro 3 e também não era possível avistar o Cerro Torre devido ao mal tempo.

No quilômetro 8, há um acampamento, chamado de De Agostini e também é tão organizado quanto o Poincenot. Após o acampamento em poucos metros chega-se à Laguna Torre.

A nossa alegria e satisfação em terminar a trilha foi enorme. Mesmo sendo ela menos difícil que a primeira, por ter finalizado tem um gosto saboroso da vitória, da conquista. O local é lindo! A tonalidade da água é bem diferente e ver os grandes blocos de gelo boiando sobre ele é inexplicável. O Glaciar ao fundo é fantástico. Ficamos por 2 horas no local sem percebermos! O tempo pareceu que estava abrindo, mas desistimos de esperar e seguimos de volta à cidade.

O caminho de volta foi com céu bem mais limpo em relação a poucas horas antes quando estávamos em direção á laguna. As paisagens ficaram ainda mais bonitas com o sol.

Quando chegamos ao mirador do Cerro Torre era possível avistá-lo parcialmente, como é possível observar nas fotos abaixo.

Retornamos ao Condor, banho e fomos comer uma pizza no mesmo restaurante que havíamos almoçado no dia anterior!

 

·         Dia 13:

Dia de deixar esse paraíso na Terra, chamado El Chaltén. Depois do café, gastamos uma hora para organizar as mochilas, mala, etc. Depois check out. Nosso ônibus apenas partiria as 18h. Então deixamos nossa bagagem e fomos dar uma última voltinha pela cidadezinha e almoçar. Novamente um chorizo no Ahonikenk, porém sem pinguim de vinho! Retornamos ao Condor e ficamos “morgando” a tarde até o horário do ônibus na recepção do hostel, que, convenhamos, tem ótimo gosto musical a galera de lá, além do excelente atendimento, claro!

No fim de tarde o tempo abriu e ele, o majestoso Fitz Roy surgiu para despedir da gente! Foi um misto de alegria e frustração, pois bem na hora que íamos embora, ele resolve aparecer..rs

Dessa vez o ônibus não atrasou (muito) e partimos novamente em direção a El Calafate.

Pra mim, El Chaltén representa o paraíso na Terra com certeza! Digo e repito isso. Me identifiquei demais com a cidade, com o clima e com as paisagens, principalmente. Até brinquei com minha esposa Sâmera que se eu ganhar na mega sena, compraria uma casinha lá! Todos os dias até hoje após a viagem esse local não me sai da cabeça, em um misto de saudades e alegria por ter passado por lá. Com certeza, dos locais que passei, foi o que conquistou meu coração!

Continua..

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  • 3 semanas depois...
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Chegamos em El Calafate novamente as 21:00h. A viagem foi uma atração à parte, mas nada divertido. Tenso eu diria. O motorista simplesmente não andou na faixa dele na rodovia, ou ia no meio ou na contramão o tempo todo. Além de ter corrido excessivamente. Mas chegamos sãos e salvos.
Para esta noite decidimos ficar no Folk Hostel (https://goo.gl/BcxeoA). Hostel excelente: ótimo atendimento e preços, quartos confortáveis, colchões excelentes, calefação funciona bem (até demais), boa localização (ao lado da rodoviária), estruturas novas e café da manhã honesto. Indico!

•    Dia 14:
Após o café da manhã, aguardamos na recepção o transfer, como nosso hostel foi o último, demorou um pouco até que chegasse. Mas nada que fosse preocupante. Seguimos para o aeroporto de El Calafate rumo ao nosso último destino na Argentina, a capital Buenos Aires. Vôo, como foi a viagem toda, saiu no horário marcado e as 17h chegávamos à capital. Saímos do aeroporto Aeroparque e atravessamos a rua para tentar pegar um Uber, sem sucesso. Por sorte um taxi parou para desembarcar um pessoal e conseguimos um preço muito mais acessível que o cobrado no aeroporto. Coisa de $300 pesos, no aeroporto estavam cobrando $600,00!
Chegamos no hostel, pegamos também o America Del Sur, fica no bairro de San Telmo. Um bairro bem charmoso de Buenos Aires. Localização ok, quartos ok, atendimento bacana também (https://goo.gl/RQ5Kfu). Fizemos algumas compras e comemos um lanche e voltamos para o quarto.

•    Dia 15:
Esse foi o dia 25 de setembro, dia de “Paro General” na Argentina. Greve Geral, nada, absolutamente nada funcionava! Dia perfeito para andar muito pelo centro da Capital! Saímos pela manhã, após café no hotel (não incluso - $120,00 p/pax). Andamos algumas quadras e logo chegamos a famosa Av. de Mayo e já avistamos a linda Casa Rosada. Nossa primeira parada foi na Catedral Metropolitana de Buenos Aires, conhecemos ela por dentro, vale muito a pena, muito linda! Em seguida fomos a Praça de Mayo, Colón Park e Casa Rosada, mas não entramos, só pelo lado de fora, em seguida, fotos na Pirâmide de Mayo e fotos do antigo prédio Cabildo de Buenos Aires (foi sede do cabildo encarregado de representar a cidade frente à metrópole). Seguimos pela Av. de Mayo, com suas construções antigas e arquitetura inspirada em Paris, dizem. Passamos pelo Obelisco e em seguida pelo também famoso Palácio Barolo (lindíssimo, em Montevideo há um similar) e logo chegamos ao não menos bonito, Congresso Federal. Andamos um pouco pela maior avenida da America Latina, a Av 9 de Julio até encontrarmos o edifico que tem fotos da Evita nos dois lados. Paramos para almoçar e fomos atrás do Café Tortoni, mas devido á greve, estava fechado.. Seguimos então ao bairro San Telmo atrás da Fundación Mercedes Sosa, mas também estava fechado, então seguimos ao Mercado San Telmo em seguida fomos em direção ao Porto Madero e demos uma volta no parque Micaela Bastidas e, como tudo em Buenos Aires, a reserva Ecologica Costanera Sur também estava fechada. Mas tudo bem, valeu a pena passar pela lateral da reserva. Estava escurecendo e voltamos ao hostel. No total desse dia, caminhamos ao todo, 19 km!! A noite pedia uma cerveja gelada, Patagônia, claro, melhor pedida!


•    Dia 16:
Neste dia decidimos conhecer o famoso Cemitério La Recoleta, como nos outros dias, decidimos ir a pé e conhecer outra parte da cidade. No caminho passamos em frente ao Teatro Colón. O cemitério é realmente muito bonito com muitas obras de artes e cada túmulo que era um show à parte. Demoramos para encontrar o mais famoso deles, da Eva Perón, é simples, mas interessante conhece-lo pela sua importância histórica. Fomos em seguida ao cemitério atrás do parque onde encontra-se a Floralis Genérica. Passamos ao lado da Faculdade de Direito e logo já a avistamos. Me surpreendi, confesso, com seu tamanho. Enorme!! De lá, nossa intenção era chegar ao Rosedal, fomos até a metade do caminho, quando a canseira dos dias anteriores cobrou sua conta e desistimos. Fica para uma próxima! Tenho certeza que um dia retornaremos! Mesmo assim voltamos a pé, passamos pelo bairro Palermo, bem bonito e só fomos almoçar no centro. Restaurante mais estranho e cafona que já entrei, mas a fome falou mais alto e já passavam das 16h.. Total caminhado neste dia, 15km. Não foi trekking, mas quase que a mesma coisa.. rsrs
A noite no hostel, fomos tomar mais uma gelada e conhecemos uma turminha do Ceará, daí foi chegando mais gente, uma garota da Finlândia, um Inglês falante, argentinos, e foi uma torre de Babel bem divertida.

    Dia 17:
Dia de conhecer La Bombonera!!! Mas antes, fomos atrás do famoso banco de praça onde se encontra a ilustre moradora de Buenos Aires, Mafalda. Minha esposa tirou 400 fotos e pedimos um Uber para o Bairro La Boca. Rapidinho chegamos e ficou baratinho. Dessa vez não aguentaríamos ir caminhando. Canseira bateu forte. Chegamos no Caminito, várias fotos no famoso prédio, passeamos por uma linda galeria que não me lembro o nome, fugimos do pessoal que pede pra tirar fotos, como sugerido aqui, porque dinheiro já estava no fim e não estava disposto a pagar por fotos.. Seguimos em direção ao Estádio La bombonera. Gosto de futebol, embora não seja fanático. Mas, a sensação de estar de frente a um dos mais famosos estádios do mundo e indescritível. Entramos e compramos o tour mais barato, já dava acesso ao museu e as arquibancadas, para nós já estava de bom tamanho. Fantástico estar ao lado do campo e poder entrar nesse estádio. Confesso que foi das coisas que mais me marcaram em Buenos Aires. Em seguida, voltamos ao Caminito e passamos horas comprando lembrancinhas para família, colegas de trabalho, etc. Voltamos ao hostel e organizamos a mala, foi nosso último dia. 

•    Dia 18:
Nosso transfer chegou pontualmente as 3h da manhã, seguimos para o Aeroparque. Buenos Aires – São Paulo, São Paulo – Paulínia, pegamos o carro e seguimos para Caldas, sul de Minas Gerais matar as saudades dos dogs e da família.

Pra quem quiser trocar idéia e/ou tirar dúvidas, estou á disposição! Espero contribuir assim como vários aqui contribuíram para que realizássemos esse sonho; confesso que hoje, passados 40 dias da viagem, já estou em abstinência da Patagônia! Preciso voltar!!!! rs
 

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  • Eduardo Melo Ferreira changed the title to Ushuaia, El Calafate, El Chaltén e Buenos Aires - 11 a 28 de setembro, 2018
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Muito bom cara, relembrei minha trip lendo teu relato. Fizemos o mesmo roteiro. Que pena q vc nao pegou um tempo favoravel em Chalten...Eu fiquei 5 dias lá e o tempo ficou ruim nos 2 ultimos mas eu tive sorte de aproveitar bastante os 3 primeiros. Chalten é realmente a cereja do bolo😍

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@Rezzende Pois é.. foram raros os momentos de céu limpo. E a cada fração de tempo que ele abria, meu, que coisa linda o Fitz Roy. Vou ter que voltar lá. 
Nos baseamos muito no seu relato para fazer nossa viagem! Só não fizemos a pinguinera em Ushuaia por ser inverno, caso contrário, Mineiros como também somos, teríamos que dar um "canga leitão" num pinguim também!! hahaha
Obrigado pela ajuda!! 

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