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Um dia em Pancas\ES - PARNA dos Pontões Capixabas


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Boa noite, amigos mochileiros! Sou novato no fórum, e vou começar contando um pouco da visita que eu e um amigo fizemos aos Pontões Capixabas, em Pancas\ES, um lugar lindíssimo e, estranhamente, pouco conhecido. Esse texto foi postado em um blog mantido por nós, que conta as nossas várias aventuras, entre viagens e participações nos campeonatos de trekking de MG. O endereço do blog se encontra na minha assinatura, caso alguém se interesse. Segue o relato (obs: pintassilgos é o 'nome de guerra' do nosso grupo):

 

 

Eis que tudo começou quando alguns pintassilgos decidiam onde passar o Reveillón. A decisão foi ir para Vitória (ES), e acabamos por passar a noite do Ano Novo em Guarapari, na Praia da Bacutia em Meaípe. Na volta reservamos um dia para desbravar a belíssima cidade de Pancas, onde está o Parque Nacional dos Pontões Capixabas.

 

Na manhã do dia 3 de Janeiro do novo ano acordamos cedo na cidade de Vitória e, em silêncio, para não acordar os anfitriões da casa em que ficamos, arrumamos as malas e partimos. São 180 km a partir da cidade de Vitória, seguindo para o norte, passando pelas cidades de Serra e Colatina. Partindo-se de Belo Horizonte, cidade “sede” dos pintassilgos, são 485 km indo pela BR-381, passando por Governador Valadares e indo até Central de Minas. De lá deve-se descer pela ES-164 até Pancas. Chegamos à cidade às 9h30min.

 

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Cidadezinha encravada no meio das pedras.

 

Hospedagem: Hotel Acácia

Capacidade do quarto: 3 pessoas

Diária: 60 reais com café

Opinião: simples, limpo e muito confortável, é aparentemente o maior prédio da rua.

 

Tão logo se chega à cidade, você se vê cercado por altíssimas e belas pedras por todos os lados, é simplesmente deslumbrante. Tínhamos muitas idéias do que fazer, mas nossa maior pretensão era voar, é claro. Pancas é um ponto turístico obrigatório dos parapentes/paraglider’s, esportistas de todo o mundo visitam a cidade para voar.

 

Para conseguir informações fomos rumo ao Dega’s Bar e Restaurante, visto que dentro do bar fica também a sede da Associação de Vôo Livre de Pancas (AVLP). Lá encontramos um sujeito que não parava de falar, mas era sábio e nos informou com precisão. Infelizmente, devido ao dilúvio que acometeu MG e ES na última semana, e de o tempo ainda não estar bom, descobrimos não ter ninguém na cidade para voar conosco.

 

Seguimos com nosso roteiro. Primeiro rumo à Rampa da Colina, ou rampa de vôo Livre "Clementino Izoton". A rampa proporciona uma vista privilegiada da cidade e dos Pontões Capixabas, é de tirar o fôlego. Até a rampa são 13 km de carro partindo de Pancas, dos quais 7 km são em estrada de terra, tudo muito bem sinalizado com placas. Nesse dia a estrada de terra estava bem castigada pela chuva, com muito barro e galhos na pista.

 

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Na rampa

 

De lá fomos conferir a Cachoeira do Breda. Cachoeira de fácil acesso, é só seguir até o trevo que divide as estradas de Alto Mutum Preto e Mantenópolis. Seguir rumo a Mantenópolis por aproximadamente 100m e entrar à direita. Esta cachoeira não despertou muita vontade de nadar, sendo classificada como uma low sliding waterfall level 1, por não ter uma queda propriamente dita, a água só escorre pela pedra.

 

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Cachoeira do Breda

 

A esta hora chegava o momento de almoçar, já eram 13h da tarde. Encontramos poucos restaurantes, até toparmos com um que estava aberto e descobrirmos que já passava da hora do almoço em Pancas. Aparentemente lá as pessoas almoçam bem cedo, mas a moça disse que conseguiria passar mais dois bifes antes de encerrar.

 

Reabastecidos e energizados, era hora de encontrar uma cachoeira para nadar. Foi aí que apareceu o desafio da Cachoeira do Bassani. Nos foi dito que ela estava abandonada e suja, e que só os franceses nadavam lá. Ainda assim não desistimos. Para chegar até essa cachoeira é só seguir pela via principal no sentido Pancas-Colatina e virar à direita após o Dega’s. Seguiríamos por uma estrada de terra com o carro por 3 km. Na metade do caminho uma ponte danificada bloqueava o caminho. Ao manobrar o carro para estacionar ali ainda conseguimos a proeza de atolar o carro. Felizmente dois homens bondosos que estavam trabalhando na ponte nos ajudaram a empurrar e liberar a roda. Dali, fomos à pé. Andamos mais 1 a 2 quilômetros tranquilamente na trilha, e já era possível avistar a queda da cachoeira. Foi então que, fascinados, seguimos direto para lá, atravessando portões da propriedade sem nem falar com o dono. Escalamos um morro bastante inclinado, onde havia uma plantação de café, atravessamos capim alto, terra fofa, e lama.

 

Observação: Eu atolei o pé até o meio da canela. Quase perco o tênis.

 

Finalmente uma belíssima master flow sliding waterfall level 3. Essa cachoeira é muito alta (por volta de 70m de altura) e bonita, porém, como a cachoeira do Breda, possui poço raso e pequeno, ruim para mergulho, e não tem uma boa queda para ficar debaixo.

 

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Cachoeira do Bassani

 

Ainda não era hora de descansar, não antes de visitar a Pedra Agulha, uma rocha parecida com uma chaminé, é a segunda maior do Brasil com 500 metros de altura. Para isso, retornamos pela estrada de Colatina por poucos quilômetros e entramos à direita (tem placa). Uma estrada de terra, que piora cada vez mais, nos aproximou da pedra. Esta estrada segue indefinidamente até a base da pedra (não chegamos até o fim). Paramos o carro próximo a uma fazenda cheia de maracujás, e continuamos a pé. A julgar pelo nosso carro, fizemos o correto, mas com carros mais potentes e apropriados é possível ir mais além, vai do senso de cada um. A subida à pé é árdua, mas a recompensa é infinita. Queríamos avançar ainda mais. Apenas voltamos quando um mato infestado de carrapichos fechou a estrada já quase na floresta da base.

 

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Pedra da Agulha

 

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Carrapichos? Que nada!

 

 

Outras pedras de destaque:

 

Pedra do Camelo - Considerado o principal cartão postal da cidade, possui 720 metros de altura;

 

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Pedra do Camelo (fundo, à esq.) e Pedra da Agulha (fundo, à dir.)

 

Pedra do Leitão - Está a 4,5 km do Centro da cidade;

 

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Pedra do Leitão

 

Pedra da Gaveta - Está a 3,5 km do centro da cidade, ideal para escalada, rapel e montanhismo.

 

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Pedra da Gaveta

 

Pedra da Cara - Está localizado na comunidade São Pedro, possui 600 metros de altura;

 

Terminamos na Pedra Agulha ao fim da tarde, voltamos, e após o banho passeamos em Pancas durante o por do sol, lá pelas 19h. Foi esplêndido, comemos e tomamos um sorvete na praça da igrejinha. O tempo foi curto, mas já podemos escrever o livro: “Conhecendo Pancas em 10 horas”, ou então escrever o Post no blog! hahahhaha...

 

 

[Lucas]A cidade vale muito a visita, e pode-se conhecer os principais pontos em um dia apenas, mas dois dias é a quantidade recomendada. Para quem gosta de trilhas, escalada, rapel e vôo livre, a cidade é um paraíso. Muitas das pedras proporcionam possibilidades de escalada, e o vôo livre, partindo-se da rampa da cidade, é conhecido por oferecer uma das mais belas paisagens para vôo no Brasil.

 

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Igrejinha de Pancas

 

Abraços :)

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  • 2 meses depois...
  • Colaboradores

Lucas,

Parabéns pelo relato !

 

Terei férias em julho e to querendo partir pra Pancas, gostaria de saber se o parque nacional e as cachoeiras são proximas ao centro ? Pois pretendo deixar o carro na garagem e partir de ônibus.

Pretendo ficar 5 dias lá, acha que é suficiente pra conhecer a cidade ou tem poucos atrativos e consigo conhecer em menos tempo ?

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  • 2 meses depois...
  • Membros

VRosetti,

desculpe-me pela demora eterna para responder o seu comentário. Nunca mais lembrei de vir aqui conferir se alguém tinha postado alguma coisa.

Quanto aos 5 dias só para Pancas, penso que é demais. Com 2 ou 3 dias acho que você conhece tudo tranquilamente (as pedras principais e as cachoeiras), a não ser que você voe de asa-delta, paraglider ou afins, ou queira escalar uma das pedras, o que vai levar mais tempo. Isso tudo pensando que você esteja de carro, pois as coisas não são tão perto assim.

Só fomos em duas cachoeiras, a do Bassani é bastante bonita, mas não tem poço para nadar. Se você quiser uma cachoeira maior, com poço, existem algumas no distrito, cujo nome eu me esqueci.

 

HenriqueMauri,

respondi seu e-mail ontem, se não me engano, não sei se você viu. Quanto às fotos, posso te enviar todas que tenho, se você quiser. Me responda lá no e-mail!

 

Abraços! :)

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  • 2 anos depois...

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