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  • Colaboradores

Olá, viajantes!!

 

No último post compartilhei com vocês sobre La Punta de Callao, uma área pouco explorada pelos que visitam Lima e, até mesmo, por guias e revistas de turismo. Além de ser um gostoso passeio, a região oferece opções gastronômicas maravilhosas. Clique aqui para ler o post.

 

No post de hoje vamos descobrir o modo peculiar como os peruanos tomam cerveja quando se reúnem; como foi participar de um evento beneficente e assistir a um show de salsa, ao vivo, em um bairro de Callao e ainda desvendar um pouquinho da noite limenha.

 

IMPORTANTE: por favor, perdoem-me pela baixa qualidade das fotos desse post, pois todas foram tiradas com o celular.

 

Um dia de peruano

Bom, você que já leu o post anterior sabe que a cidade de Callao fica coladinha em Lima. Nosso anfitrião, Israel, nasceu em Callao e, como toda a população de lá (pelo menos foi essa a impressão que tive), tem muito orgulho de sua terra. Apesar de hoje em dia ele viver em Lima, fez questão de nos apresentar sua cidade.

 

Depois do almoço e de uma voltinha por La Punta, fomos até uma Bomba (Corpo de Bombeiros) onde haveria um show de Salsa. Na verdade, o que ocorria no local era um evento beneficente que duraria o dia inteiro. Foi uma forma interessante de passar o dia com os locais e uma chance ímpar de ver seus costumes sem interferências do “pra turista ver” – Carioca, Marcelo e eu éramos os únicos gringos presentes.

 

O local da festa era simples: um barracão com um portão enorme (que era a garagem dos bombeiros), com algumas faixas penduradas onde havia dizeres em italiano. Visitando a entrada social, um corredor que ficava ao lado, constatei que foram imigrantes italianos que deram início àquele corpo de bombeiros voluntários. Do lado de fora havia, inclusive, dois lindos carros de bombeiro utilizados pela antiga corporação há algumas décadas.

 

Eram cerca de 15h e no evento beneficente havia frango assado e bebidas à venda. Nós tínhamos almoçado há pouco e, portanto, fomos tomar uma cervejinha. Ao retirá-la no bar, uma surpresa: apenas um copo. Pedimos mais… Não rolou. E foi aí que descobrimos o interessante modo peruano de tomar cerveja compartilhando o mesmo copo (isso vale para as garrafas grandes, de 600ml). O que estamos acostumados a fazer com cuias de tereré ou chimarrão, eles fazem com a cerveja. Mas existem detalhes importantes nesse procedimento. Cada um que se serve deve colocar a quantidade desejada, tomar até o final e passar o copo para o próximo; se sobrar algum líquido no fundo do copo (dizem que a quantidade que sobra é proporcional ao chifre da pessoa… rsrs), deve ser jogado fora. E tem mais: quem termina a garrafa sem o copo estar cheio deve abrir a próxima e se servir, tomando a primeira dose (ou tirando o veneno, como dizem por lá). Enquanto isso, numa espécie de quintal (foto abaixo), os frangos ficavam assando dentro de grandes latões.

 

Após degustarmos a cerveja peruana no quintal, fomos para o o salão principal (garagem) onde rolaram várias apresentações. Primeiro, assistimos à uma apresentação de dança tradicional. Depois, para a alegria das crianças, chegaram os palhaços – que lá permaneceram por bastaaaante tempo. Quando eles perceberam que havia gringos na festa, pronto… Começou a zoação! Entre outras coisas, nos compararam a bonecos de pelúcia por causa das barbas e, durante as brincadeiras, um deles encontrou uma brecha pra pular no meu colo, fugindo das crianças que arremessavam centenas de bolinhas de plástico coloridas em sua direção. Claro que encaramos tudo com muito bom humor!

 

Quando os palhaços foram embora iniciou-se o revezamento de músicos que tocavam e cantavam diferentes estilos, sempre acompanhados pelo coro dos espectadores. Já era noite quando chegou a atração principal da festa: a Orquesta Zaperoko – La Resistencia Salsera del Callao – um conjunto de salsa de 15 músicos e sua mascote, que é a Pantera Cor-de-Rosa. Nesse momento o salão se encheu, todos dançando salsa e nós… Bem, nós somente mexíamos os joelhos, balançando pra lá e pra cá, pra não passarmos vergonha!

 

 

Um pouquinho de Miraflores

Com o fim do show, seguimos para o apartamento do Israel em Miraflores, badalado bairro de Lima. Como estávamos todos cansados, a opção foi caminhar ali por perto mesmo. Enquanto procurávamos algo para comer, Israel nos falou sobre os Chifa, restaurantes muito comuns no Peru (e também no Equador), que oferecem uma fusão das culinárias chinesa e peruana (e os pratos costumam ser baratos – falarei detalhadamente sobre isso nos próximos posts, pois saboreamos essas comidas por muitas vezes). Mas resolvemos parar em uma lanchonete: La Lucha, onde pedi um Chicharrón (com carne de porco, batata doce e cebola roxa) que estava fabuloso – e para beber, claro, Inca Kola. Há duas lanchonetes La Lucha bem próximas ao Parque Central de Miraflores, uma na esquina da Calle Mártir José Olaya (sempre lotada) e outra a poucos metros dali, escondidinha, na Pasaje Champagnat (comemos nessa, que fica entre as mesmas ruas já citadas).

 

Seguimos caminhando e fomos atraídos pela música eletrônica do Mushrooms Café Bar & Lounge. O que vimos foi um ambiente superagradável, bem decorado e com DJ ao vivo, tocando um loungezinho suave pra embalar a noite. Tomamos um drink, descontraímos e seguimos por Miraflores.

 

Fomos até a famosa Calle de las Pizzas que, como o nome sugere, é um calçadão repleto de pizzarias. Os preços não são caros e muitas ainda oferecem Pisco Sour e cerveja grátis, drible os garçons e pesquise. Também nessa rua ficam algumas casas noturnas com entrada gratuita, é o caso da Sabor Peruano VIP que mistura vários estilos de música como Salsa, Reggaeton e Pop Internacional.

 

A noite foi curta, pois estávamos realmente cansados (tínhamos chegado de viagem pela manhã) e partiríamos para Huaraz na manhã seguinte. No caminho de volta, passamos em frente ao Houlihan’s, onde havíamos experimentado (e aprovado) um prato de ceviche no ano anterior – o local é um bar bacaninha, frequentado por estudantes, mas não se prendam a esta opção pois há outras melhores e mais interessantes.

 

No próximo post vou contar como foi nossa ida a Huaraz e tudo o que ocorreu durante nossa subida à Laguna 69, a 4600 metros de altitude.

 

Leia o post original com fotos e informações detalhadas sobre as atrações:

http://www.viajanteinveterado.com.br/um-dia-de-peruano/

 

Este post faz parte da série Mochilão América do Sul II:

http://www.viajanteinveterado.com.br/category/grandes-viagens/mochilao-na-america-do-sul-ii/

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