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Peru: Huaraz e Caraz - Verdades e mentiras


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[align=center]COMO NÃO ENTRO POR AQUI TODOS OS DIAS, QUANDO FIZER UMA PERGUNTA NESSE TÓPICO, POR FAVOR, ME AVISE DE SUA EXISTÊNCIA POR AQUI.

 

ISSO VAI FAZER COM QUE A PERGUNTA SEJA RESPONDIDA MAIS RAPIDAMENTE

 

member/Junior%20Faria/#comment[/align]

 

 

 

 

 

 

[align=justify]Introdução

 

Huaraz é sem dúvida um destino que você tem que visitar quando for ao Peru. A cidade feia e mal cuidada contrasta com a beleza natural ao seu redor.

 

Quando o tempo está aberto (muito difícil na época úmida), podemos ver alguns montes nevados.

 

Com relação a essa época do ano que citei: É muito complicado ir a Huaraz na época das chuvas. Chove todos os dias na parte da tarde. É raro vermos o Sol, fato que deixa as lindas fotos que vemos em sites e blogs, meio tristes e sem vida.

 

Além disso, fazer trilhas com chuva não é nada legal. E um dos pontos fortes de Huaraz é o lindo trekking Santa Cruz.

 

Dito tudo isso, pense bem e tente escolher a época seca (inverno) para a visita a cidade.

 

Outra coisa interessante de mencionar é que Huaraz é muito mais longe da maioria dos pontos turísticos, do que a cidade de Caraz. Por isso, que inclui o nome dessa cidade no título do relato. No entanto, são pouquíssimas as pessoas que se habilitam a ficar em Caraz, em função à escassa quantidade de albergues e agências de turismo.

 

Ah, já ia me esquecer de um ponto super importante no que diz respeito à Huaraz: A ALTITUDE.

 

Cada pessoa reage de forma diferente a ela. Tente se aclimatar da melhor maneira possível antes de programar qualquer passeio, ou trilha. Mesmo as pessoas mais bem preparadas fisicamente podem sofrer com o soroche ou mal da altitude. Então, compre chocolates, masque folhas de coca e comece os passeios pelo local de menor altitude. Eu para o primeiro dia, descansaria ou faria o passeio das lagunas Llanganuco.

 

Lendo o relato, vocês poderão ver como a altitude é traiçoeira. Não tente brincar com ela.

 

Boa leitura e paciência a todos vocês!

 

 

 

 

 

Dia 1 - Chegada a Lima e Huaraz

 

 

Após 5 horas tranqüilas de vôo, cheguei ao aeroporto de Lima. Atrasei o relógio em 3 horas para me adequar a hora local. Eram 11 horas.

 

Desembarquei e passei pela imigração. Depois vi um posto de informações e fui perguntar do local que sairiam os ônibus da Movil Tours. Cada empresa de ônibus em Lima se situa em um local diferente.

 

Escolhi essa empresa depois de pesquisar um pouco sobre ela, e por falarem bem no site dos mochileiros.

 

Depois disso, fui a um guichê fazer o câmbio. O cambio no aeroporto não é bom. Dessa forma, troque só o necessário. Troquei 130 dólares. Isso deu 342 soles. A taxa foi de 2,76.

 

Após o cambio, peguei meu mochilão e fui atrás do taxi. O taxi oficial cobrava 100 soles para levar no Paseo de la Republica, n 749. Local em que se situa a empresa.

 

Achei esse preço caro demais. Dessa forma, sai do desembarque e logo me ofereceram taxi. Deram o preço de 60 soles para me levar lá.

 

Após pechinchar, o preço caiu para 55 soles. Entrei no taxi. Ele demorou 40 minutos para chegar a empresa.

 

Chegando ao terminal, entrei na fila para comprar a passagem. Na minha vez, perguntei a atendente qual seria o próximo ônibus para Huaraz, e se ele era direto (os ônibus que vão direto são mais seguros, pois não ficam parando em todos os lugares).

 

Confirmado que o onibus era direto, fui informado que o ônibus era mixto (ônibus com camas e semi-camas). Escolhi um assento com semi-cama e paguei 50 soles por isso. O horário de saída do ônibus era de 13 horas.

 

 

 

[li=Dica]Entre no site das empresas para confirmar os horários dos ônibus (o fod@ é que a maioria dos sites são horríveis e não vem com horários). Eu tive muita sorte de pegar logo um ônibus. Se perdesse esse, somente às 21 horas conseguiria ir.[/li]

 

 

 

Depois de comprar a passagem, fui na vendinha que havia por ali e comprei o refrigerante mais famoso do Peru, o Inca Kola por 2 Soles. Achei ele bem diferente e gostoso.

 

Aproveitei para tomar o remédio Diamox para me adaptar melhor a altitude. Em poucos minutos, já estava dentro do ônibus e seguindo viagem.

 

A viagem começou bem tranqüila. Eu dormi bastante durante o trajeto.

 

Quando acordei, reparei que estávamos em algo que parecia um semi árido ou um deserto. Haviam varias casas em cima dos morros. Acho que algumas que vi, faziam parte de um cemitério.

 

Após duas horas de estrada, comecei a ver o litoral. O trajeto era sinuoso e em mão dupla. De uma parte estava o mar e de outra um paredão de areia.

 

Um pouco depois, foi nos servido um almoço. A comida não era muito boa, mas acabou matando a fome.

 

Andamos mais um pouco e a paisagem logo mudou. Agora percorríamos gramados e lavouras.Comecei a ver vários picos. Aproveitei o pouco sol, e tirei umas fotos.

 

Aos poucos íamos subindo,e também aos poucos meu corpo ia sentindo a mudança de altitude. A partir da sexta hora de viagem, ganhei uma dor de cabeça que só foi aumentando.

 

No fim, a viagem durou 9 horas. Cheguei cansado, e com uma forte dor na cabeça e na face. Pedi infos a um guardinha, de como chegar no albergue Backpakers Huaraz.

 

Saindo da rodoviária já veio um local me importunar e oferece hotéis, passeios e tal. Como eu não sabia onde o albergue era, e o caminho estava escuro, aceitei a compainha daquele individuo.

 

Foram 10 minutos de caminhada. Cheguei exausto ao albergue. Qualquer quarto que tivesse eu aceitaria. No fim, paguei 25 Soles por um quarto privativo.

 

O carinha veio me deixar quase que dentro do quarto e, disse que amanhã estaria no hostel às 8:30 para me levar na agência dele. Acho que ele pensou que eu fosse algum turista idiota e que fechasse com o primeiro que aparecesse na frente.

 

Daí para frente, só foi dormir e descansar. Amanhã seria meu primeiro dia em Huaraz.

 

 

Fotos do dia 1

 

https://picasaweb.google.com/junior.faria2/PeruDia1?feat=directlink

 

 

 

_ _ _

Taxi 55

Ônibus 50

Inca Kola 2

Albergue 50 (2 noites)

Total: 157 Soles[/align]

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Dia 2 - A altitude faz mais uma vítima

 

 

[align=justify]Acordei umas 6:30. Quase não sentia mais dores de cabeça.

 

Tomei um banho, desarrumei o mochilão e parti para a rua. Era hora de caçar uma agência. Entrei em algumas e por fim, fechei com a Galaxia Expedition (indicação do Paulo Motta – aqui do site).

 

Mesmo o preço estando um pouco mais alto que o de outras agências, resolvi fechar com eles, pois essa parecia ser a agencia mais confiável.

 

Paguei 40 Soles pelo passeio de Chavin e 40 pelo passeio de Nevado Pastoruri.

 

Depois disso, passei pela Plaza das Armas, Plaza Genebra e tirei algumas fotos.

 

Em seguida, só voltei para a agência e fui chamado para o ponto de encontro. Durante o trajeto de van tirei algumas fotos do caminho.

 

Demoramos 1:30 para chegar na laguna Querococha. Consegui fotos lindas do lugar.

 

Em seguida, fui a uma vendia que havia ali perto e tomei um chá de Coca 1,50 Soles.

 

Logo depois, voltamos para a estrada, que por sinal fica horrível. Isso me deu um baita enjôo.

 

Depois de muitos buracos e de muito enjôo, paramos no ponto mais alto de Chavin, a mais ou menos 4.500 metros de altitude. Nesse lugar, existe uma estátua de Jesus.

 

O guia falou um pouco da estátua e do lugar em que estávamos. Ele explicou também que há alguns anos atrás havia neve por ali. Ele disse que em função do aquecimento global, a neve tinha derretido. Esse foi o primeiro, de muitos comentários sobre o aquecimento global, que eu escutaria no Peru.

 

Voltamos para a van. Em mais algumas horas de estrada, havíamos chegado ao sítio arqueológico de Chavín.

 

Paguei a entrada, agora não lembro quanto foi. Deve ter sido algo em torno de 10 Soles. Devo ter esquecido do preço em função do acontecimento seguinte.

 

Logo antes de entrar, uma menina do grupo desmaiou em conseqüência do mal da altitude. Uma amiga dela e eu, a ajudamos a recobrar a consciência. Depois disso, fiquei esperando por ela boa parte do caminho.

 

Bem, eu perdi quase toda a explicação do guia sobre Chavín em função de ajudar Kate, a menina que havia desmaiado. Acho que só entendi que Chavín seria pré Inca.

Ficamos no sítio arqueológico por mais ou menos 1 hora. Apesar de todo o transtorno, consegui tirar algumas fotos. Para a falta de meus conhecimentos, peguei algumas infos na net. Fonte: Wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/Chavin_de_Huantar

 

Após o sítio, fomos visitar o museu. Esta visita não demorou mais que 20 minutos.

 

Depois do museu tivemos nossa parada para almoço. Como achei os preços bem caros, pedi somente uma Inca Kola que custou 2,50 Soles.

 

Durante o almoço conversei com as amigas que tinha feito. Kate era uma canadense que tinha estava viajando e fazendo trabalhos voluntários em alguns lugares, como por exemplo na Amazonia boliviana. Manja era holandesa e estava fazendo um mochilão antes de ter respostas de universidades.

 

Depois do almoço seguimos de volta a Huaraz. Levamos cerca de 3:30 para voltar.

 

Como não almocei estava varado de fome. Sendo assim, fui jantar com Kate e Manja. Escolhemos um restaurante menu perto da Praça das Armas.

 

Pedi um prato de lomo e paguei 5 Soles pela refeição. Em seguida, combinei com as meninas de fazermos o passeio para a Laguna Llanganuco no dia seguinte. Depois disso, me despedi das duas.

 

Logo depois, fui a uma casa de cambio que fica também perto da praça. Consegui uma cotação de 2,81. Andei mais um pouco e passei no supermercado para comprar coisas para o café da manhã. Gastei 16 Soles. Antes de voltar para o albergue, achei um locutório e liguei para o Brasil. Lá se foram mais 3 Soles.

 

Mais tarde, voltei para o albergue. Paguei mais uma noite adiantado e fui dormir, esperando o passeio do dia seguinte.

 

 

Fotos do dia 2

 

https://picasaweb.google.com/junior.faria2/PeruDia2?feat=directlink

 

 

_ _ _

Passeios 80

Chá de coca 1,50

Inka Cola 2,50

Ligação Brasil 3

Supermercado 16

Albergue 25

Total 128 Soles[/align]

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[align=justify]Dia 3 - A laguna e a comida das "xolas"

 

Acordei por volta de 8:00 e fui a Mony Tours, já que Kate e Manja tinham ido por essa agência no passeio do dia anterior.

 

Chegando na agência, conversei com um antigo guia dali, e papo vai papo vem ele me disse que conhecia vários brasileiros. Aproveitei e fui logo entregando os 30 Soles do passeio.

 

Durante a conversa com o guia, ele comentou também do aumento da temperatura global. Eu achei incrível, um senhor tão velho, e que parecia não ter tanta instrução dialogar tão bem sobre o assunto. E engraçado, que nós aqui no Brasil, não damos a mínima para isso.

 

Após conversar, o senhor me levou para comprar folhas de Coca. Paguei 1 Sol por elas.

 

Começamos o passeio. Após algum tempo na van, paramos em uma pequena cidade (acho que o nome da cidade é Carhuaz) para tomar sorvetes. Gastei 2 Soles no sorvete.

 

Em seguida, fomos em direção a Yungay, cidade que foi devastada pelo terremoto de 1970.

 

Pagamos 5 Soles de entrada, e caminhamos pelo cemitério e memorial.

 

Caminhamos um pouco e o guia foi nos contando sobre o terremoto, sobre como algumas pessoas que foram se abrigar no cemitério teriam sobrevivido, sobre o milagre das crianças que estariam no circo terem sido poupadas, e outras coisas...

 

Em seguida, o guia nos mostrou os restos da catedral e de um ônibus.

 

Saindo de Yungay, rumamos para as Lagunas Llanganuco. A estrada é muito ruim. Demoramos quase 2 horas para chegar.

 

Quando vi a entrada para o parque foi um alívio. Foi nos cobrado 5 Soles de entrada no parque. Voltamos para a van e logo estávamos na laguna. O nome da laguna que visitamos era Chinancocha.

 

 

[li=Importante]Mesmo o nome do passeio sendo Lagunas Llanganuco, só visitamos a primeira laguna, a Chinancocha, também conhecida por laguna fêmea. A laguna Orconcocha, ou laguna macho não é visitada nesse tour.[/li]

 

 

 

Paramos na laguna por 50 minutos. Mesmo o clima não estando dos melhores, dava para perceber a grande beleza daquele lugar.

 

Algumas pessoas do grupo, resolveram pegar um barquinho e fazer um passeio pela laguna. Eu decidi ficar no meu cantinho, apenas tirando fotos.

 

Após tirar algumas fotos, fui comer algumas comidas típicas que eram vendidas por ali. Paguei 10 Soles por um prato de comida e uma água.

 

Depois de almoçar, rumamos a Caraz para passar numa vendinha de doces. Eu comprei um doce regional e um pé de moleque por 2 Soles. Depois disso, voltamos para Huaraz.

 

Assim que chegamos na cidade, passei no supermercado e comprei itens para meu jantar e café da manhã. Gastei 20 Soles.

 

Em seguida, passei no albergue Chorup, pois durante o tour da laguna, Manja havia comentado que alguns amigos do albergue fariam uma trilha no dia seguinte. Dessa forma, fui me apresentar a eles para tentar me juntar ao grupo.

 

Assim, conheci o casal Pippa e Liam. Eles eram ingleses e já estavam na estrada há 10 meses viajando.

 

Conversei um pouco com eles e combinei de fazer a trilha da laguna Chorup no dia seguinte. Como já estava tarde, depois de alguns minutos me despedi, voltei para meu humilde albergue e fui dormir pensando na trilha que iria fazer no dia seguinte.

 

 

 

Fotos do dia 3

 

https://picasaweb.google.com/junior.faria2/PeruDia3?feat=directlink

 

 

 

_ _ _

 

Folhas de Coca - 1

Passeio 30

Sorvete 2

Entrada Yungay 2

Entrada laguna 5

Almoço 10

Pé de moleque 2

Supermercado 20

Total: 72 Soles[/align]

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Dia 4 – A frustração da trilha: A “mardita” da altitude

 

 

[align=justify]Acordei às 6:00, já que tinha que encontrar o pessoal às 7:30 no albergue Chorup.

 

Antes de sair, paguei mais uma diária do albergue. Caminhei uns 15 minutos e cheguei no albergue deles. Depois de alguns minutinhos o taxista que iria nos levar para o começo da trilha havia chegado. Ele nos cobrou 100 Soles para nos levar até o começo da trilha, nos esperar e nos trazer de volta para Huaraz.

 

Achei bem prático rachar este taxi, já que na baixa temporada os ônibus não funcionam, e quando funcionam param na cidade anterior ao começo da trilha.

 

Entramos no taxi e rumamos para a cidade de Pitec. Demoramos pouco mais de 1 hora para chegar a esse destino.

 

No começo da trilha, tivemos que pagar 5 Soles cada um para entrar no Parque Nacional.

 

Antes de continuar tenho que comentar sobre a trilha. A trilha da Laguna Chorup dura em média de 4 a 5 hora até a laguna, e mais 2 a 3 horas para voltar até Pitec. Ela é usada para aclimatação, e a altitude da Laguna é de 4.450m.

 

A trilha até a laguna é 90% em subida, sendo que a parte final onde existe uma cachoeira é bem traiçoeira dependendo do caminho que você pegue.

 

Começamos a caminhada. Durante o caminho, masquei várias folhas de Coca para evitar o soroche. Notei que haviam placas vermelhas indicando o caminho.

 

Depois de uns 20 minutos de subida estava exausto e pedi para que o pessoal parasse um pouco. Reparei que apesar de estar em uma forma física razoável eu já aparentava estar muito mais cansado que todos. Com certeza, eu não estava tão aclimatado.

 

E foi assim por todo o caminho. Sem sombra de dúvidas, atrasei bastante o pessoal. Mas depois soube o motivo de eles terem um ritmo muito melhor que o meu. Eles já estavam aclimatados há muito mais tempo. E aclimatação é tão ou mais importante que uma excelente forma física. Além disso, cada pessoa reage diferente a altitude. E eu cheguei a conclusão que eu reajo da pior forma possível.

 

Liam e Pippa ficaram 6 semanas no equador. Tentaram o Cotopaxi e fizeram o Quilotoa loop. Manja veio de Cuzco e tinha acabado de fazer a trilha inca. E eu, um brasileiro folgado, que estava em Huaraz cerca de 2 dias e meio e queria fazer uma trilha.

 

Devemos ter parado mais 20 vezes durante a trilha. Qualquer subidinha já me dava um baita cansaço.

 

Chegamos a uma cachoeira depois de 3:30 de trilha. Enquanto descansávamos um guia e um estrangeiro passaram por nós. Eles cruzaram a cachoeira e foram pelo lado direito.

 

O pessoal escolheu o lado esquerdo. Eu descansei por uns 10 minutos para me recuperar.

 

Depois disso, escolhi ir pelo lado direito, já que se o guia foi por ali, aquele caminho seria o mais indicado. Esse foi o meu maior engano. (Depois eu vi que até o LP recomenda a ir pelo lado esquerdo)

 

Saltei a cachoeira sem problemas. Comecei a subir com cuidado. Tive que escalar algumas pedras também.

 

A cada passo o caminho ficava mais difícil. E para completar comecei a sentir soroche (nesse momento eu já estaria a mais de 4.000 metros). Me senti tonto e um pouco de dor de cabeça. Nem mesmo as várias folhas de Coca que havia mascado pelo caminho deram jeito.

 

Faltava bem pouco para eu alcançar o topo da cachoeira, mas naquele momento, ir na lagoa Chorup já não valia todo o risco que estava passando. Eu estava sozinho, com soroche e subindo por um lugar bem perigoso.

 

Assim, pensei comigo mesmo por umas três vezes e resolvi voltar. O caminho de volta é ainda mais complicado. Sempre acho que descer é pior do que subir. Resolvi então ir de bunda nas pedras. Mesmo tonto ia descendo muito bem.

 

Em dado momento, coloquei o pé em uma pedra, e a pedra se soltou. Com isso, cai de uma altura de 0,5 metro, 1 metro, ou 1,5 metros. Nessa hora você não sabe o quanto caiu, você só quer deixar de cair.

 

Fui tentando parar a queda com minhas mãos e botas. Por sorte, me agarrei em um tronco de uma pequena arvore (vejam foto 51 desse dia) e assim, não cai na cachoeira.

 

Foi muita sorte(?) a minha, podia ter me machucado bastante. Mas só cortei a mão e tive algumas escoriações na perna. (Com isso, comecei a pensar: Primeiro passei mal durante o ônibus para Huaraz. Agora, quase me fudi nessa trilha. Seria possível eu estar com a uruca de

? Bem, ao longo do relato, vocês leitores, poderão tirar suas próprias conclusões.)

 

Depois do ocorrido, fiquei por uns instantes meio congelado. O corpo tremia e não respondia aos meus comandos. Respirei por alguns minutos, e voltei devagar para o ponto que me encontrava antes de subir na cachoeira.

 

Logo depois, aquele guia passa por mim novamente, e me pergunta o que tinha acontecido com minha mão. Eu disse a ele que tinha tentado subir pelo lado direito da cachoeira.

 

Ele então me explica que aquele seria o caminho mais rápido, mas muito perigoso para quem não o conhece. Daí ele me deu um pedaço de papel para limpar meu sangramento e seguiu viagem com seu cliente.

 

Eu esperei meu pessoal por vários minutos, mas como ainda estava bem tonto, resolvi caminhar de volta para descer um pouco daquela altitude.

 

O caminho de volta é muito tranqüilo, já que é na maior parte em descida. Durante o caminho, depois de eu ter descido de uma parede de pedra, começou a chover.

Com isso vim mais devagar e tomando mais cuidado. Quando já estava bem próximo de chegar, vi uma bifurcação na trilha.

 

Uma trilha demarcada com totens nas pedras seguia para a direita. Outra trilha seguia reto.

 

Eu peguei a trilha da direita. Caminhei por 5 minutos, e percebi que aquele seria a trilha errada. Acho que o soroche e tudo o que me ocorreu, dificultou a me lembrar do caminho correto.

 

Por isso no começo do relato mencionei, SE LEMBREM DAS PLACAS VERMELHAS. Durante meu caminho de volta para a trilha correta, avistei meu grupo. Gritei para eles e depois de alguns instantes cheguei onde eles estavam.

 

A chuva já tinha apertado bastante (parece que no verão costuma chover todos os dias no meio da tarde), descemos o restante do caminho bem devagar. Durante a descida, senti fortes câimbras nas duas pernas, mas não parei em função de não querer atrasar mais o restante do grupo.

 

Minutos depois chegamos ao local em que o taxista estava esperando. Estávamos todos ensopados. Nem minha bota que seria impermeável, resistiu a tanta água.

Durante o caminho de volta contei tudo o que havia acontecido comigo, e vi triste as fotos da laguna Chorup.

 

Chegando a Plaza das armas, paguei minha parte do taxi, me despedi e fui para meu albergue. Enquanto ia embora, Pippa me convidou para ir ao albergue deles mais tarde para ficar conversando. Confirmei a presença e fui descansar um pouco.

 

Chegando no meu albergue, fui logo tomar uma ducha quente. Devo ter ficado uma meia hora ali, só esquentando meu corpo e descansando.

 

Saí do banho e fui deitar um pouco. Devo ter dormido por 1 hora.

 

Em seguida, me arrumei e sai para ir ao supermercado. Comprei salgadinhos, biscoitos, refrigerante e sabão em pó. Gastei 20 Soles.

 

Depois foi só caminhar um pouco e cheguei no Chorup. O albergue é incrível. Com certeza, foi um dos melhores em infra-estrutura que eu já vi. Se não fossem 20 Soles por um quarto compartilhado eu já estaria por aqui.

 

Fui logo para a parte comum dos hospedes. Pippa, Liam, Manja e até Kate estavam lá. Aquela noite fio bem divertida. Comemos macarrão feito pela Pippa, aprendi a jogar uns jogos com cartas. Contamos histórias de viagens e combinamos de nos encontrar no futuro.

 

Apesar de ter sido a trilha mais frustrante e desgastante de minha vida, havia conhecido pessoas muito legais.

 

 

 

Fotos do dia 4

 

https://picasaweb.google.com/junior.faria2/PeruDia4?feat=directlink

 

 

_ _ _

 

Albergue 25

Taxi (/4) 25

Supermercado 20

Total: 70 Soles[/align]

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Dia 5 – Um descanso merecido e a propina da foto

 

 

[align=justify]Esse dia foi dedicado totalmente ao descanso. Acordei com fortes dores nas pernas em função do desgaste da trilha e também em conseqüência das câimbras.

 

Como não fiz nada de especial nesse dia, vou tentar simplificar ao máximo tudo o que fiz.

 

Lavei roupas, entrei na internet, paguei o albergue, liguei para o Brasil e gastei 4 Soles.

 

Em frente ao “locutório” havia uma feira. Então, aproveitei para tomar o café da manhã e tirar algumas fotos.

 

É totalmente equivocada a imagem que tinha dos peruanos típicos. Para Samantha, as “xolas”.

 

Aquelas fotos em que vemos eles sorrindo são pura mentira. Eles só sorriem quando ganham propina (esmola) para foto.

 

Essas fotos são bem diferentes da realidade. Feições tristes, amarguradas e sofridas foi o que vi enquanto estive por aqui.

 

Então não se engane mais. Quando vir a foto de uma peruana que lida na terra sorrindo, saiba que aquele sorriso não é verdadeiro.

 

Voltando ao relato. Rodei um pouco a feira. Acabei comprando uma banana por 0,30 Soles.

 

Fui em direção a praça das Armas. Pelo caminho, parei numa lanchonete minúscula na rua e comi um pão de batata recheado com carne 1 por 1 Sol. Depois fui ao mercado e gastei 8 Soles com meu almoço.

 

Na praça das Armas, vi uma “xola” com uma lhama bem bonita. Tirei algumas fotos bem rapidinho para ela não perceber e vir me cobrar.

 

Durante o caminho de volta vi uma pequena peruana vestida de traje típico. Sabendo dos costumes daqui pedi a mãe para tirar foto dela e tive que deixar 2 Soles de propina. Veja como a história do sorriso é verdadeira.

 

Mais tarde, voltei para o albergue, fiz o almoço e descansei um pouco. À noite, fui no albergue Chorup me despedir dos meus amigos que havia conhecido.

 

Bem, este foi o meu dia de descanso em Huaraz. Amanhã meus amigos Mamão Papaya chegariam a cidade.

 

 

 

Fotos do dia 5

 

https://picasaweb.google.com/junior.faria2/PeruDia5?feat=directlink

 

 

_ _ _

 

Albergue 25

Ligação casa 4

Banana 0,3

Pão de batata 1

Supermercado 8

Propina da foto 2

Total: 40,3 Soles[/align]

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Dia 6 – Todos juntos novamente

 

 

[align=justify]Meus amigos chegaram às 6:00 no meu albergue. Para quem não sabe, eles são: Taka (editor mochileiros), Samantha (editora mochileiros), Luana e Rafael (grandes amigos de trilhas).

 

Logo após eles baterem no meu quarto, fomos tentar negociar o preço da hospedagem, mas como todos no Peru tentam passar a perna em turistas, o velhinho da recepção queria cobrar mais caro para cada um de nós ficar em quarto compartilhado, se comparado ao quanto eu estava pagando por um quarto privativo. Como ele não abaixou o preço, meus amigos foram em busca de outro albergue.

 

Enquanto isso, eu terminava de arrumar meu mochilão. Mais tarde, fomos tomar café da manhã. Para isso, escolhemos uma padaria que havia próxima ao albergue. Eu pedi uma empanada e gastei 2,50 Soles.

 

Em seguida, fomos na agência Mony Tours para fazer o passeio das Lagunas Llanganuco. Isso mesmo, eu fiz esse passeio duas vezes. O que não faço por meus amigos...

 

Para não ficar monótono, só vou falar das coisas diferentes que eu fiz, nessa nova visita.

 

 

...Assim que chegamos na laguna, caminhamos por 20 minutos para chegar a um mirante. Essa caminhada é tranqüila, só existe um pequeno trecho de subida no final que pode cansar. Mas, chegando no mirante a vista compensa.

 

Em seguida, saímos do mirante e retornamos para a laguna. Aproveitamos e tiramos fotos do local.

 

Minutos depois, retornamos para a van. A próxima parada seria um restaurante. Devemos ter demorado, pelo menos 1 hora para chegar nele.

 

A fome era tamanha que só foi parar a van, que corremos para nos sentar. Demos uma olhada rápida no cardápio e pedimos 2 pratos de truta e 1 prato de frango. Nós dividimos a comida por 4 pessoas. Rafael quis comer sozinho (because Rafael doesn’t share food). No fim, a conta deu 11 Soles para cada um dos quatro.

 

Depois do almoço, foi só tirar aquele cochilo até chegar em Huaraz. Daí foi só passar no meu antigo albergue e pegar meu mochilão. Antes de seguir para o outro albergue, passamos no mercado e gastamos 45 Soles. Dividimos entre 4 e gastamos 11 Soles cada um.

 

Em seguida fomos para o albergue Andes Camp. Ele se situa em uma rua próxima a Praça das Armas, mas achei a rua um tanto sinistra e escura. Paguei 8 Soles por um quarto compartilhado de 5 pessoas, com café da manhã (meia boca) incluído.

 

Particularmente, não gostei muito do albergue. Não consegui tomar um único banho quente sequer ali.

 

Bem, nesse dia foi só isso. Agora era descansar e esperar pelo passeio do dia seguinte.

 

 

 

 

Fotos do dia 6

 

https://picasaweb.google.com/junior.faria2/PeruDia6?feat=directlink

 

 

 

 

_ _ _

 

Café da manha 2,50

Passeio Llanganuco 25

Sorvete 2

Entrada 5

Almoço 11

Mercado 11

Total: 56,50 Soles[/align]

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Dia 7 – Decepção com a agência Mony Tours

 

 

[align=justify]Acordamos às 7:00. O café da manhã consistia em: 2 pães, 1 ovo, 1 chá ou café.

 

Depois do café, nos arrumamos rápido e passamos na Galáxia Expeditions, pois eu já havia fechado meu passeio para o Nevado Pastoruri com eles.

 

Em função de não haverem pessoas suficientes para fazer o passeio, eles me devolveram o dinheiro. (Achei essa agência a mais honesta. Além disso, ela foi indicada).

Dessa forma, recorremos a Mony Tours para fazer o passeio do Pastoruri. Chegando lá, o carinha da agência que não lembro o nome (um idiota, enrolador) disse que mesmo estando somente em 5 pessoas, ele faria o passeio com a gente.

 

Na verdade, esse carinha estava mesmo era querendo que fechássemos o Trekking Santa Cruz com a agência dele. Por isso, nos levou ao Pastoruri. No entanto, para a agência não perder dinheiro, já que seriam poucas pessoas no passeio, ele fez uma grande “cagada” com a gente. Mais adiante eu conto mais sobre isso.

 

Pagamos 35 Soles pelo passeio. Esperamos bastante pela van. Quando esta chegou, vimos que havia mais uma pessoa no grupo, uma inglesa que era quase muda.

Entramos na van e pegamos a estrada. Depois de algum tempo paramos para um chá de Coca que me custou 1 Sol.

 

Em cerca de 1:30 havíamos chegado a entrada do parque. O motorista da van, nos pediu 5 Soles de cada um para pagar a entrada. No momento em que ele ia pagar a entrada, o guarda do parque perguntou aonde estaria o nosso guia.

 

O guarda disse que não poderíamos ir ao Nevado Pastoruri sem guia. O motorista da van, disse que ontem tinha feito aquele trajeto, e que teria ido sem guia. Eu tentei dizer ao guarda que já teria entrado no parque sem guia para fazer algumas trilhas.

 

Sei que demoramos bastante tempo ali. Só depois de o motorista ter ido “conversar” com guarda em algum canto é que entramos no parque.

 

Agora vem a parte principal: Se é necessário guia, porque a agência Mony Tours não enviou um com o nosso grupo?

 

Depois dessa confusão, a van percorreu alguns kilômetros e chegou ao final de uma estrada. Ela havia nos deixado no início de um caminho de pedras. Ali já estávamos a uma altitude de cerca de 4.900 metros.

 

Agora teríamos que caminhar cerca de 2 kilômetros para chegar ao pé do Nevado. Isso nos deixaria a uma altitude de mais ou menos 5.100 metros.

 

A caminhada em si e bem leve, o que dificulta é a altitude. Demoramos pouco menos de 1 hora para chegar a base. O motorista nos acompanhou na nossa caminhada.

 

Quando cheguei, fiquei encantado com toda aquela neve. Me animei tanto que quis continuar e subi mais um pouco. No entanto, devo ter subido mais uns 100 metros e comecei a ficar ligeiramente tonto. Sei que depois de tirar uma foto abaixado, perdi o equilíbrio e cai. Ainda bem, que já estava abaixado.

 

Assim, comi uma barrinha de cereal, descansei um pouco, reparei nos meus amigos brincando com a neve (Luana era a que mais brincava. Foi a primeira vez que ela tinha visto neve. Ela fez até um bonequinho!). Em seguida, o motorista já começou a nos apressar. E olha que estávamos somente há 10 minutos ali.

 

Passados mais 5 minutos, começamos a descer. Gostei muito da visita ao nevado, mas eu esperava mais. Dias depois, descobri o motivo de não ter achado o nevado aquilo tudo. Vi umas fotos de minha amiga Manja, que tinha feito o passeio 2 dias antes, e reparei que o guia (que provavelmente deve ter ido) levou eles a um glaciar que deve haver por ali, e o motorista por não saber disso ou por estar com pressa, não nos levou. Isso me deixou bastante chateado e decepcionado com a agência.

 

 

 

[li=]Então fica a dica: Não façam passeios com a Mony Tours. O pessoal é enrolador e não presta um serviço descente.[/li]

 

 

O caminho de volta na van foi bem rápido. Chegamos em Huaraz por volta de 17:00.

 

Mais tarde, depois de um banho (frio) e um descanso no albergue, fomos comer no restaurante Encuentros (ao lado da Galáxia Expeditions – na Plaza Periodista). O restaurante é excelente e os preços não são altos se comparados ao Brasil.

 

Eu dividi uma Pizza média Mi Chef (23 Soles) com a Samantha. Paguei 13,50 de conta no final.

 

Após o restaurante passei nas “xolas” para comprar toucas. As toucas em Huaraz são muito baratas e bonitas. Comprei logo umas 4 (isso foi só o começo). Gastei 20 Soles com isso.

 

Em seguida, passamos no famoso Café Andino (Lúcar y Torre, 530, 3° andar) para conhecer o lugar e tentar pegar algumas dicas de trilhas.

 

Infelizmente, como era baixa temporada, o local ficava relativamente vazio, mas só pelo clima (o local é lindo e super aconchegante), as comidas (deliciosas), o banheiro (limpíssimo. O banheiro mais limpo de Huaraz. Todos, menos eu, o batizamos).

 

Depois de conversar bastante e descansar, pedi um smothie de manga (7,50 Soles) e uma água (2,50 Soles). Nossa noite, ficou nisso. Amanhã seria um dia decisivo para o Trekking Santa Cruz. Fazer ou não fazer?

 

 

Fotos do dia 7 - As 6 últimas fotos são da máquina de minha amiga. Reparem na diferença entre nossa visita ao Pastoruri, e a que ela fez. Sendo que com dois dias de diferença.

 

https://picasaweb.google.com/junior.faria2/PeruDia7?feat=directlink

 

 

_ _ _

Passeio – 35

Chá de Coca – 1

Entrada – 5

Jantar – 13,50

Toucas - 20

Café Andino – 10

Total: 84,50 Soles[/align]

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  • Membros de Honra

Dia 8 – A arte de negociar e Shrek eternamente

 

[align=justify]Tiramos esse dia para descansar e decidir se iríamos ou não fazer o trekking Santa Cruz, já que o tempo em Huaraz não estava lá essas coisas. A verdade é que no verão chove todos os dias na parte da tarde. Um Solzinho é raro. O tempo fica nublado, na maior parte das vezes. Isso nos desanimou muito para fazer a trilha.

 

Sei que assim que acordamos o cara da agência Mony Tours já estava no corredor do nosso quarto para saber se fecharíamos ou não a trilha com eles.

 

Aí ele veio com um papinho de que o tempo estava estabilizado, de que não iria mais chover e talz (é claro que a gente sabia que aquilo era mentira), mas ficamos tentados a fazer a trilha, já que esse seria o ponto alto do Peru. (Creio que se soubéssemos antes do lance de não terem nos levado no lugar correto no Pastoruri, não teríamos fechado o trekking com essa agência)

 

Ficamos de pensar e mais tarde passar na agência dele. Em seguida, fomos ver os horários de ônibus para Trujillo em algumas compainhas de ônibus. Preferimos os preços e horários da compainha Línea (Bolívar y José de la Mar), pois se fizéssemos o trekking, só poderíamos pegar um ônibus no horário noturno.

 

Dessa forma, fomos na agência fechar o trekking. Pagamos 80 dólares (cerca de 225 Soles) por ele. Estava incluído guia, muleiro, tranporte, barracas, equipamentos e alimentação para os 4 dias.

 

Engraçado que depois de pagar o dinheiro na Mony Tours, o “caboclo” nos leva em outra agência (que tinha os equipamentos e os guias), e começa a negociar quase na nossa frente o trekking com essa empresa. Então na realidade, o único papel do funcionário da Mony Tours foi ser atravessador. Ele só ganhou nas nossas costas.

 

[li=]Então fica a Dica: Se forem fazer o trekking Santa Cruz, passem na Casa dos Guias (ela fica fechada na baixa estação, que foi a época em que estávamos por lá, e por isso, não conseguimos contratar diretamente nesse lugar. Mas como pegamos o email do guia Abel, que fez a trilha com a gente, tudo fica mais fácil e barato para os futuros viajantes.

 

Alías, o guia Abel é excelente. Tem amplo conhecimento de trilhas. Parece que já faz isso há mais de 20 anos, é atencioso e um ótimo cozinheiro. Preparou uma das melhores sopas que já comi na vida. O email dele é solysombra_45@hotmail.com[/li]

 

 

Depois de tratar do trekking, fomos comprar as passagens de ônibus. A passagem para Trujillo custou 40 Soles em um ônibus semi-cama.

 

Com tudo resolvido, decidimos pegar um táxi e ir no mirante El Pinar que fica a poucos kilômetros de Huaraz. Pagamos 10 Soles (ida e volta - /5 deu 2 Soles para cada).

 

Acho que não compensou nada ir nesse mirante. A vista da cidade é bem decepcionante.

 

Mais tarde, voltamos para Huaraz, passamos no supermercado para comprar coisas para trilha. Gastei 8 Soles. Em seguida, passei em uma farmácia e gastei 17 Soles em um remédio para dores musculares.

 

Logo após, fui comprar uma capa de chuva com Samantha. Rodamos bastante e achamos uma capa por 35 Soles. Samantha comprou a capa. Como eu achei muito caro, perguntei ao vendedor se não havia algum lugar que vendesse capas mais baratas. Ele informou um lugar no começo da rua.

 

Eu e Sam fomos procurar esse tal lugar. Depois de algum tempo, o achamos. Haviam algumas capas mais baratas da que Samantha havia comprado, mas também a qualidade era muito inferior. Como seriam somente 4 dias de trilha, resolvi comprar lá mesmo.

 

O valor de cada capa era 10 Soles. Como tinha que comprar uma também para Luana, cheguei para o vendedor e disse que levaria mais uma capa, mas ele teria que fazer um desconto. Foi aí que com meu “portunhol”, mandei uma frase que entrou para a história da viagem:

 

- “DEZOTIO E NÃO SE FALÁ MAIS NESSÓ!

 

Samantha disse que caiu na gargalhada e que as pessoas na multidão da rua, olhavam espantados para ela.

 

Após minha bela negociação (a fala deu certo), fomos comprar o bolo de aniversário para Luana, já que seu aniversário seria no dia seguinte, mas já estaríamos fazendo a trilha.

 

Andamos um pouco e encontramos uma padaria. Compramos um bolo por 25 Soles (/5 deu 6 Soles para cada um).

 

Mais tarde, deixamos as coisas no albergue. Mesmo chovendo bastante, sai para almoçar. Comi em um restaurante Chifa Menu (acho que era Gamarra y Figueroa) perto da Praça das Armas. Pedi um Chaufa com pollo por 5 Soles e um refri por 1,50 Soles.

 

A comida veio muito gostosa. Além disso era muito farta, dava com certeza para 2 pessoas.

 

À noite, comemoramos o aniversário da Luana e trocamos nossos presentes de inimigo oculto. Pela segunda vez, o Taka me tirou em uma brincadeira dessas. Ganhei uma Fiona e uma água oxigenada de “presente”.

 

Em seguida, só fui pagar as 3 noites do albergue (8 Soles cada noite) e dormir cedo, pois amanhã teríamos o primeiro dia do Trekking Santa Cruz.

 

 

Fotos do dia 8

 

https://picasaweb.google.com/junior.faria2/PeruDia8?feat=directlink

 

 

 

_ _ _

 

Trek - 80 dolares (225 Soles)

Passagem de ônibus - 40

Taxi - 2

Supermercado - 8

Remédio - 17

Capa de chuva - 9

Bolo - 6

Almoço - 6,5

Albergue - 24

Total: 337,50[/align]

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  • Membros de Honra

Dia 12 – Até breve, Huaraz

 

 

[align=justify]Acordamos sem horário previsto. Arrumamos nossas mochilas e fizemos o check out.

 

Saímos para almoçar. A chuva nos fez encontrar o excelente restaurante Don Hugo (Calle Giron Simon Bolivar). Pedi um menu de bife a milanesa. Ele veio servido com arroz e feijão. Paguei contente 9 Soles pela conta, sendo que divide um refri com Sam e Rafael.

 

Depois do almoço a chuva estava tanta que decidimos pegar um taxi para voltar ao albergue. O taxi custou 3 Soles.

 

Chegando no albergue, não havia muitas opções de divertimento. Dessa forma, ficamos na internet e jogamos bastante truco (tem gente que quase perdeu o toba jogando...).

 

Mais tarde, resolvemos nos despedir do Café Andino. Dessa forma, também pegamos um táxi para lá. Gastamos mais 3 Soles.

 

Como seria nossa última noite em Huaraz, dei uma de rico e esbanjei no Café Andino. Pedi um smothie de manga, uma jarra de limonada, um sanduíche de queijo com bacon. No final, deixei 26 Soles na mesa.

 

Como já tínhamos ido para o Café Andino um pouco tarde, só tivemos mesmo tempo de comer e usar o banheiro (lembram do batismo ao banheiro?). Logo depois disso, fomos ao terminal da Línea que fica pertinho dali, pegar nosso ônibus para Trujillo. Com isso, tínhamos fechado a primeira parte de nossa viagem.

 

Para saber a continuação de nossa aventura, leia o excelente relato da Samantha.

 

[linkbox]Por samanthavas

 

Mochilão Mashi - Peru e Equador em 33 dias[/linkbox]

 

 

 

_ _ _

 

Almoço – 9

Táxi – 1

Táxi – 1

Café Andino – 26 Soles

Total: 37 Soles[/align]

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