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13 dias na Chapada Diamantina, Praia do Forte e Salvador – fev 2017


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Olá, pessoal! Segue o meu relato para ajudar os próximos viajantes, assim como os vários relatos que li também me ajudaram em diversas viagens. Aproveito para escrever agora enquanto as informações estão fresquinhas na minha cabeça, pois voltei há poucos dias. Procurarei ser objetivo, mas também vou comentar sobre o que deu e o que não deu certo. Estou à disposição no final para responder dúvidas. Já posso adiantar uma coisa: a Chapada Diamantina é lindíssima! Superou, e muito, as expectativas. Vale muito a pena conhecer!

 

Viajantes: dois (minha irmã e eu)

Gasto total com passagens aéreas: aprox. R$ 3.100,00 por pessoa

 

Roteiro:

Dia 1 – Voo de Porto Alegre para Salvador

Dia 2 – Retirada do carro e ida de Salvador ao Vale do Capão (passando pelo Morro do Pai Inácio)

Dia 3 – Trilha da Cachoeira da Fumaça e Trilha Conceição dos Gatos.

Dia 4 – Caverna Torrinha (Iraquara), Escorrega (Lençóis) e ida até Itaetê.

Dia 5 – Trilha da Cachoeira Encantada

Dia 6 – Poço Encantado, Poço Azul e ida até o Baixão (Ibicoara).

Dia 7 – Trilha da Cachoeira do Buracão.

Dia 8 – Ida à Praia do Forte. (A ideia era fazer a Trilha da Fumacinha nesse dia, mas estava sem água).

Dia 9 – Praia do Forte.

Dia 10 – Ida a Salvador e devolução do carro.

Dia 11 – Salvador.

Dia 12 – Salvador.

Dia 13 – Voo de Salvador para Porto Alegre.

 

Observação:

Para visitar a Chapada Diamantina, é necessário definir quais atrações você quer visitar. Não é possível ver tudo em apenas uma viagem. Como é uma região grande, é importante ler e pesquisar o que mais lhe agrada. Esse mapa nos ajudou bastante na localização dos atrativos. Também vou postar algumas fotos. Os preços são todos de fevereiro de 2017.

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Dia 1 – Voo de Porto Alegre para Salvador

O voo de Porto Alegre a Salvador foi com a Gol, o que depois facilitou o aluguel do carro. A escala foi no Rio. Pagamos R$ 711,00 com taxas por pessoa ida e volta. A ideia era iniciar a viagem nos últimos dias de janeiro, mas a passagem aumentava uns 50% saindo nessas datas. Então, optamos por viajar só em fevereiro.

Chegamos em Salvador e pegamos o bus de linha 1001 Praça da Sé (R$ 3,60). Saindo do aeroporto, você precisa contornar o estacionamento. Lá está uma parada de ônibus bem grande. É bem tranquilo de achar. A viagem leva pelo menos 60 minutos, mas nós achamos que vale a pena. Chegando no bairro Rio Vermelho, tivemos que descer do ônibus cerca de 1,5 km antes da nossa parada: Era dia 2 de fevereiro, feriado de Iemanjá em Salvador. Então toda a orla estava lotada de gente, inclusive as ruas, parecia Carnaval. Fomos a pé, pois era o único meio de se chegar ao hostel.

Ficamos no hostel Vila da Paciência no Bairro Rio Vermelho (R$ 45,00 por noite). Se não for pra ficar próximo da Localiza, não recomendamos, pois não havia ninguém na recepção para nos receber às 20h40min. Uma outra hóspede abriu a porta depois de batermos bastante e telefonarmos várias vezes, mesmo que ninguém atendesse. Entramos e, depois de 20 minutos, apareceu o rapaz da recepção. Quarto com ar condicionado, não possui café da manhã, mas tem uma padaria subindo a rua uns 150 metros. Escolhemos esse hostel, pois era só uma noite e, principalmente, pela proximidade com a Localiza Ondina (1,2 km), onde queríamos pegar o carro na manhã seguinte mais cedo.

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Dia 2 – Retirada do carro e ida de Salvador ao Vale do Capão (passando pelo Morro do Pai Inácio)

Já havíamos feito uma reserva na Localiza pelo próprio site da Gol, onde eles oferecem upgrade grátis da categoria A (econômico) para a categoria C (econômico com ar, direção hidráulica etc). Pelo site da Gol, também oferecem 4 horas a mais na última diária. Se fosse só pela Localiza, não haveria upgrade e teríamos apenas uma hora de tolerância na entrega.

Na verdade, essa foi a primeira vez que alugamos um carro durante uma viagem. Essa também foi uma das decisões mais difíceis: alugar ou não? Preferimos o transporte coletivo, mas explico os motivos dessa decisão:

A Chapada Diamantina é muito grande, são muitos municípios. As atrações que queríamos ver estavam distantes umas das outras. O transporte dentro da Chapada é raro ou inexistente. Como estávamos com pouco tempo, com o carro pudemos ver mais atrações. Éramos duas pessoas, ou seja, o valor seria dividido por dois. Os preços dos passeios pelas agências estavam caríssimos (por exemplo R$ 200,00 por pessoa por dia ou um pacote de R$ 1.768,00 por pessoa para 5 dias).

As oito diárias custaram R$ 758,64 no total (ou R$ 379,32 por pessoa).

No total, os oito dias de aluguel, a gasolina e os (poucos) pedágios custaram para cada um de nós R$ 581,00. Nós rodamos 1.700 km.

Bem, vamos à viagem. De Salvador até o Morro do Pai Inácio são 433 km. A estrada é tranquila e asfaltada. Havia dois pedágios a R$ 2,50 cada. Fomos por Feira de Santana e Ipirá. Almoçamos nessa última cidade, bem no trevo quando se dobra em direção a Itaberaba. Churrascaria São João, buffet a kilo R$ 46,90, comida boa. Recomendamos!

Seguimos viagem. ATENÇÃO: quando estiver chegando em algum vilarejo, reduza, pois há lombadas. E às vezes não há placas antes, só a placa da lombada mesmo. Nesses pontos, geralmente há pessoas vendendo frutas e outros produtos. Em poucos casos, não há placa nenhuma indicando lombada.

Também não há nenhuma placa indicando o Morro do Pai Inácio. Olhamos antes no Google Maps (e baixamos toda a área da Chapada off-line). Quando avistarem o morro em frente, é porque chegaram. Saindo do asfalto, tem uma barraca vendendo água etc e é possível subir parte do morro de carro. Estrada razoável. Quando se chega na antena de celulares, há um estacionamento improvisado. Lá é o controle onde se paga R$ 6,00 por pessoa para visitar o Morro. Desse ponto, a trilha dura 15 minutos e é só subida. Como é curtinha, é tranquila. Lá em cima do Morro, o espaço é grande, dá pra ficar pelo menos uma hora. A vista é linda. Recomendamos muito a subida. As fotos/os vídeos não conseguem captar toda a imensidão que se vê na Chapada ao vivo. Nesse dia estava nublado e com pouco movimento. Geralmente o pessoal vai para ver o pôr do sol, que ocorre às 18h aprox. na Bahia, pois não há horário de verão. Alguns recomendaram levar casaco para cima, mas não estava ventando nada. Depende do dia.

Nesse dia ainda seguimos viagem por mais 45 km até o Vale do Capão, onde fica a trilha da Cachoeira da Fumaça. Depois de sair da 242 e pegar a entrada para Palmeiras, o asfalto apresenta alguns pequenos buracos. Depois de Palmeiras, é só estrada de chão batido (21 km). Em alguns pontos, é necessário ir mais devagar, pois a estrada está ruim, o que torna a viagem mais longa do que o indicado no Maps. Também há trechos com “terra fofa”, em que parece que o carro vai atolar... ::mmm: mas o carro passa, é só ir devagar. Recomendamos dirigir de dia, pois a visibilidade é muito melhor. Por isso, queríamos pegar o carro cedo na Localiza. Como anoitece muito cedo (18h30 aprox.), a última parte dirigimos na escuridão, pois não há iluminação, nem casas pelo caminho.

Finalmente chegamos ao Vale do Capão, que tem uma atmosfera muito diferente e agradável. É uma vila, relativamente pequena, e há muita gente alternativa. Vale muito a pena conhecer esse lugar. Ficamos na pousada Pé no Mato (Recomendamos!), próximo ao centrinho da Vila. R$ 70,00 por pessoa por noite em dormitório coletivo com café da manhã e wifi. Depois descobrimos que só há dois quartos assim. O resto é estilo pousada mesmo. A porta do quarto dá direto no jardim, muito bom! As outras hospedagens também estavam cobrando o mesmo valor. No centro, é possível sentir um pouco do isolamento: o que se vê lá são algumas lojinhas, dois mercadinhos, três restaurantes, um ou dois bares e era isso. Não havia sinal de celular (no caso, Vivo. Parece que Claro e Tim pegam em alguns lugares da Chapada).

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Dia 3 – Trilha da Cachoeira da Fumaça e Trilha Conceição dos Gatos.

O café da manhã da Pousada Pé no Mato estava excelente. Tinha até um fogão à lenha em uso no “salão” onde era servido o café. Achamos um pouco tarde o café só iniciar às 8h. Eles também vendem um kit trilha (R$ 25,00), mas nós optamos por dois produtos avulsos: sanduíche R$ 4,00 e suco congelado R$ 4,00. Adoramos essa ideia de levar alguma bebida/água congelada, que vai degelando durante a trilha. Usamos outras vezes essa ideia.

Para iniciar a trilha, foi necessário “voltar” 1 km de carro até onde fica a placa da Associação de Guias ACV-VC. Lá, entra-se mais uns 200 metros a pé ou de carro. Nesse local, você coloca o seu nome no caderno e o horário de saída. Na volta, você passa novamente e coloca o horário de chegada, para ter certeza de que ninguém ficou no meio da trilha. Bem, não é obrigatório pagar entrada, mas sugere-se fazer uma doação para manter o trabalho deles.

Parênteses: Tanto ali na recepção da trilha, quanto na Pousada, houve um pequeno “terrorismo” por parte das pessoas que falavam conosco, perguntando se já havíamos feito a trilha e dizendo que seria melhor ir com o guia etc..... Nossa dica: Se você já fez outras trilhas, vá sem medo, pois é tranquilo.

A trilha já inicia com uma subida. Na verdade, são 6 km de trilha (ida), dos quais são 2 km de subida no início e depois 4 km de plano lá em cima. Então, não se assuste com a subida. Na verdade, a gente vai subindo, subindo e, quando vê, já está na parte plana. Levamos 2h15min no caminho de ida.

Já sabíamos que a Cachoeira estava sem água, mas mesmo assim valeu a pena fazer essa trilha. A vista lá de cima é incrível! Recomendamos muito. Um pouco antes de se chegar ao final de trilha, há um poço de água, mas que estava seco. Se não, ali seria um ótimo lugar para tomar banho. Existem basicamente dois mirantes. Um caminho à direita desse poço, onde é possível ver a cachoeira de frente, quando há água. E outro à esquerda ou por dentro desse poço.

O caminho de volta levou duas horas. Vá com calma nessa descida de dois km. Infelizmente não há muita sombra nessa trilha. Então, não se para tanto para descansar.

Estávamos em dúvida se iríamos para a Cachoeira do Riachinho ou a Conceição dos Gatos. Como toda a Chapada estava com pouca água, perguntamos para algumas pessoas e elas disseram que a segunda opção teria um pouco mais de água.

A uns 9 km do centrinho do Vale do Capão, sentido Palmeiras, fica a entrada para Conceição dos Gatos. Uns 400 metros depois, existem dois ou três restaurantes e uma placa que indica essa trilha. O Zézão controla a entrada, que custa R$ 4,00 por pessoa. 17:40 deveríamos estar de volta ali. Tínhamos apenas uma hora, mas valeu a pena mesmo assim. A trilha, que na verdade é um caminho que está sendo feito pelo Zézão, é super fácil e demora 10 min. Lá, pode-se tomar banho no poço em cima ou abaixo da cachoeira. Fomos no poço de baixo e, mesmo que fosse pequeno, estava ótimo. Foi um banho para renovar todas as energias. Recomendamos muito!

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Dia 4 – Caverna Torrinha (Iraquara), Escorrega (Lençóis) e ida até Itaetê.

 

Esse foi um dia cheio. Saímos do Vale do Capão e fomos em direção à Iraquara. Estávamos em dúvida entre a Torrinha e a Lapa Doce, mas optamos pela primeira por ter um passeio maior dentro da Caverna e não nos arrependemos. No início, achamos um pouco alto o preço R$ 150,00 para duas pessoas para o tour completo de duas horas com o guia. Aguardamos uns 5 minutos e veio um casal, com quem conversamos para fazermos juntos o passeio. Eles concordaram e ficou R$ 60,00 por pessoa o passeio completo. (esse preço fica para grupos a partir de 3 pessoas). Mesmo assim, após a visita, posso dizer que valeria a pena o primeiro preço oferecido, pois a experiência é incrível. O nosso guia foi o José. Existe também a possibilidade de só fazer metade do passeio, e aí o valor é bem menor. Mas vale a pena fazer todos os roteiros, o tour completo.

Cada um ganha uma lanterna no início. Lá dentro a gente fica com calor por estar caminhando. No total, ficamos mais de três horas dentro da Caverna. Cada setor tem a sua beleza, as suas formações etc. Parece que estamos em outro mundo. Recomendamos muito esse passeio. No final, se o grupo for pequeno e “comportado”, o guia leva para o Palácio dos Cristais, onde se fica a centímetros das formações. Há um ponto em que é necessário caminhar de cócoras ou engatinhar, mas só por alguns metros por alguns metros. Todo o resto é tranquilo de se andar, em alguns lugares com muitas pedras. Leve água e a câmera.

Depois da visita, aproveitamos para almoçar ali mesmo. Eles trazem a comida na mesa e cada um come o quanto quer. Preço de R$ 25,00 por pessoa. Comida boa!

Fomos a Lençóis para conhecer o Escorrega (ou Ribeirão do Meio) e sacar dinheiro. Lençóis é toda turística, destoa um pouco do aspecto “natural” da Chapada, não gostamos muito da energia do lugar, ficamos pouquíssimo tempo. Já o Escorrega foi ótimo. Fomos de carro 1,2 km até (quase) a Pousada Canto no Bosque (pelo Google Maps). De lá, a trilha dura 35 minutos (aprox. 3,5km) e é bem tranquila. A maior parte é dentro do mato e protege um pouco do sol. Durante o caminho, há dois pontos com cabanas (casinhas) vendendo água, frutas etc. Quando se chega próximo do Escorrega, há uma descida com algumas pedras para se chegar até o rio/poço. Novamente o banho foi ótimo, havia alguns jovens escorregando e a água era pouca. Mesmo assim, valeu e recomendamos muito a visita. O poço de banho estava com bem mais água.

Voltamos ao centrinho de Lençóis para sacar dinheiro no Banco do Brasil. Dos cinco caixas disponíveis, não havia mais dinheiro em nenhum deles. Talvez por ser final de tarde de um domingo... Isso nos frustrou um pouco. Nós havíamos levado uma boa parte em dinheiro, pois sabíamos que há pouquíssimos bancos e muitos lugares não aceitam cartão. Conseguimos sacar dois dias depois em Itaetê.

Seguimos viagem para Itaetê. Parece que existe um caminho “por dentro” de Lençóis a Andaraí. Mas resolvermos pegar o caminho mais longo, porém asfaltado. Voltamos até a 242 e dobramos na entrada para Nova Redenção / Andaraí. Foi melhor fazer esse caminho. Depois de Andaraí, quando se dobra à esquerda para Itaetê (ver mapa), dizia que a estrada era asfaltada. Sim, era. Hoje é uma estrada de chão batido, com alguns metros de asfalto em pontos isolados. Ou seja, foram 35 km para dirigir mais devagar novamente.

Ficamos na Pousada Poço Encantado, que fica uns 500 metros antes de se chegar ao centrinho de Itaetê. R$ 150,00 para duas pessoas por noite, em quarto duplo, com ar condicionado e café da manhã. A reserva foi feita por telefone (75-3320-2118). Não foi necessário pagar nada antecipado, pois “domingo é um dia parado”, segundo a proprietária.

Aqui foi um ponto da viagem em que estávamos com bastante dúvidas, pois havia pouquíssimas informações sobre a cidade e, principalmente, sobre a Trilha da Cachoeira Encantada, que faríamos no dia seguinte. Por isso, segue o parágrafo abaixo com informações detalhadas para quem quer fazer essa trilha.

Parênteses: Existe também a Pousada Central em Itaetê (R$ 50,00 por pessoa, por noite, sem café). Mas ficamos satisfeitos em escolher a Pousada Poço Encantado, pois o café da manhã estava muito bom e ainda pudemos lavar algumas peças de roupa. Na verdade, sempre levamos um sabão para isso. Logo, não é necessário levar tanta roupa e se viaja mais “leve”. Bem, outra possibilidade seria pernoitar na casa do Guia Orlando (com quem fizemos a trilha no dia seguinte). Os valores lá na casa dele por noite são: 1 pessoa = R$ 150; 2 pessoas = R$ 180; 3 pessoas = R$ 200; 4 pessoas = R$ 250. Ele mora no assentamento Baixão. Uma das vantagens de pernoitar lá, é que se está mais próximo do início da trilha. Mesmo assim, pelo preço e pela falta de informações antes da viagem, resolvermos pernoitar em Itaetê, que fica a 26 km do assentamento Baixão. Esse mapa pode ajudar:

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Dia 5 – Trilha da Cachoeira Encantada

 

Tomamos café no primeiro horário, 7h, e seguimos 26 km estrada de chão batido de Itaetê até o assentamento Baixão. Fomos nos guiando pelo mapa acima e tínhamos salvo o trajeto off-line no Google Maps. Há algumas placas no caminho para ajudar. Chegando lá, não existe controle, cerca, é tipo uma vila normal do interior da Bahia. E quando se chega a essa vila do assentamento, vindo de Itaetê, dobra-se à esquerda na segunda rua para chegar à casa do Guia Orlando Bernadino. Todo o contato havia sido feito por mensagens de Facebook, já que lá não pega sinal de celular. É só procurar com a palavra “guia” na frente que vocês acham. O Orlando é simpático, gente boa e tranquilo. Recomendamos! Ele já guia há 23 anos. O valor da trilha para duas pessoas ficou em R$ 180,00. Existem poucos guias que fazem essa trilha. Pelo que entendemos, só uns 4 ou 5.

Bem, saímos do assentamento Baixão às 8:30 e de lá até o início da trilha são 9 km de carro por uma estrada um pouco pior. Na verdade, é a estrada que o pessoal usa para ir trabalhar na roça, nos seus lotes. Não é possível ir sem guia. Há dois pontos críticos na minha opinião: uma pontezinha de madeira em que só passam carros pequenos e uma subida no meio do mato com “terra fofa”. Pra quem gosta de emoção, esses são os lugares... Também é possível deixar o carro antes da ponte e caminhar esse trecho. Acho que dá uns 3 km (30 min) até o início da trilha.

Não sabíamos como seria essa trilha, então tudo foi novidade. A trilha é considerada de moderada a difícil, são 6,2 km de ida. No início, 1 km em que se sobe e desce um morro e depois mais 5 km pelo leito do rio, andando a maior parte do tempo em pedras. Como estava com pouca água na Chapada, não precisamos entrar no rio em nenhum momento, foi tudo pelas pedras mesmo. Há trechos de lajedo, onde é melhor pra caminhar e também há pequenos trechos dentro da mata. Na verdade, se anda até o início do cânion, lá está a Cachoeira. Bem, nós levamos 2h e 30 min para chegar. Valeu cada metro caminhado nessa trilha. A imensidão do local não cabe nas fotos e vídeos, é magnífico! Recomendamos muito fazer essa trilha, apesar de ser um pouco mais difícil. Na verdade, não achamos tão difícil assim, só os últimos duzentos a trezentos metros que são um pouco mais puxados. É importante ir com um calçado bom, pois se anda muito sobre as pedras. A trilha não é fechada, dá pra ir de bermuda. E a própria trilha já é considerada uma atração.

Nós ficamos das 11h30min às 14h lá na Cachoeira. E estávamos só nós!!! Foi demais! A água estava um pouco fria, pois estava nublado, mas não dá pra não entrar depois de toda essa trilha. Como estava caindo pouca água da Cachoeira, pudemos ir até embaixo dela.

Na volta, paramos para tomar mais um banho num poço que estava mais ou menos no meio do caminho. Depois de chegarmos ao carro, voltamos os 9 km até o assentamento Baixão, deixamos o Orlando na casa dele e voltamos para Itaetê.

Sobre essa cidade, gostaria de dizer ainda que, no centro de Itaetê, existem três lancherias. Recomendamos a da praça. E também tem um mercado ali perto. Claro que não convém ir muito tarde, pois estará fechado. Ainda tentamos sacar dinheiro no Banco do Brasil, mas os horários eram os seguintes: A agência abre das 9h às 12h. E o auto-atendimento abre das 8h às 16h. Logo, é importante saber que os horários são diferenciados. Conseguimos sacar no dia seguinte pela manhã antes de seguir viagem.

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Dia 6 – Poço Encantado, Poço Azul e ida até o Baixão (Ibicoara).

 

Saindo de Itaetê, indo em direção a Mucugê, há uma placa indicando o Poço Encantado. Depois de sair da rodovia à esquerda, são mais 3,5 km. Continua a estrada de chão batido. Lá, a entrada custa R$ 25,00 por pessoa. É necessário esperar chegar mais pessoas e esperar o grupo que está visitando sair, para que o próximo grupo possa entrar. Cada um ganha um capacete e, nele, está afixada uma pequena lanterna. Nós descemos uma escada até a gruta/caverna. Lá se desce mais alguns metros e já se chega ao Poço Encantado. O “guia” passa algumas informações decoradas. O poço é bonito e, nas fotos, fica bem azul. Eu não gostei tanto assim, mas minha irmã gostou. Se você está sem tempo e precisa cortar algo do roteiro, isso seria uma opção, na minha opinião. Não se pode entrar na água. O passeio é rápido. No total, ficamos talvez uma hora lá, entre espera, descida, tempo na gruta de uns 15 minutos e depois a subida. É importante dizer que muita gente confunde o nome dos poços. No Poço Encantado não é possível tomar banho. Já no Poço Azul, sobre o qual vou falar agora, é possível entrar na água.

Bem, existe um caminho (atalho) para chegar no Poço Azul, a partir do Poço Encantado. Volta-se até a rodovia, vai 4,4 km sentido Mucugê, ali à direita há uma placa escrito (Agropecuária) Chapadão. Não há placas indicando o Poço Azul. De lá, são uns 18 km até o fim da estrada, que tem alguns pontos críticos. É necessário ir devagar, por isso a viagem vai levar um bom tempo. No fim, há uma placa escrito Poço Azul, vai-se à direita e chega-se ao Rio Paraguaçu, onde não há ponte. Nós deixamos o carro ali, atravessamos o rio a pé e é só seguir reto por mais uns 200 metros que já se chega na recepção do Poço Azul. Atenção: fizemos isso porque havia pouca água no rio, talvez uns 15 cm. Vimos um carro mais alto que inclusive atravessou o rio. E existe algo parecido com uma pequena balsa, em que cabe um carro em cima. Estava desativado, mas parece ser usado quando rio está mais cheio.

Fizemos tudo isso de chinelo, pois são pouco metros para caminhar depois do rio. E também dá pra descer de chinelo até o poço.

Bem, ali na recepção do Poço se paga R$ 30,00 por pessoa. Tem wifi e funciona bem. É um passatempo enquanto se espera a descida. Também tem um restaurante, uma lancheria, banheiros e duchas ao ar livre. Pelo que entendi, sempre descem grupos de 12 pessoas. Um pouco antes de descer, eles avisam para tomar uma ducha para deixar o corpo mais limpo. Aí cada um ganha um colete salva-vidas. As mochilas ficam ali no chão. Achei meio estranho, mas ninguém mexeu. Uma ideia seria deixar o máximo de coisas no carro. Bem, eram 13h45min, horário de almoço ainda, por isso eu acho que não havia tanta gente, pois descemos entre 5 pessoas. A descida é bem tranquila, dá pra ir de chinelo, são poucos metros. Levamos celular. Chegando no deck, um rapaz explica algumas coisas e prende os óculos de snorkel no colete. O Poço Azul é simplesmente lindíssimo e a experiência de flutuar/nadar ali é fantástica! Recomendamos muito!!! O rapaz que cuida também tira as fotos, deixe o celular com ele. Depois de alguns minutos, chegaram mais três pessoas e nós continuamos na água. Depois, chegaram mais duas pessoas e nós continuamos na água. O tempo normal é de 15 minutos, mas, como não havia outras pessoas “na fila”, pudemos ficar um tempo maior.

Para nós, essa foi uma das experiências mais belas de toda a viagem pela Chapada Diamantina. Na verdade, praticamente tudo foi maravilhoso e vale muito a pena conhecer a Chapada.

Bem, seguimos viagem. Na volta, pegamos à direita em algum lugar (não há outras entradas) e fomos na diagonal até a rodovia que liga Andaraí a Mucugê. Foi mais curto do que voltar à estrada que liga Itaetê a Mucugê, pois ali teríamos que pegar à direita mais dez quilômetros para, então, chegar na rodovia Andaraí – Mucugê. Essa rodovia é asfaltada. De Mucugê a Ibicoara também é asfaltado. A ideia era parar em Mucugê por cerca de uma hora pra ver o centrinho, mas não fizemos por causa do tempo, pois tínhamos combinado de chegar às 17h30 em Ibicoara para encontrar o guia Neilton (pernoitamos na casa dele e fizemos a trilha do Buracão no dia seguinte). Tudo demorou mais do que o previsto e chegamos às 18h15 em Ibicoara, no sul da Chapada.

De Ibicoara até o povoado do Baixão, onde fica a casa do Neilton, são 30 km aproximadamente. Tudo estrada de chão batido. Não teríamos conseguido chegar se ele não fosse conosco, pois anoiteceu e não tem placa no caminho.

O guia Neilton é nativo do Baixão e foi indicação de uma amiga minha que já tinha feito trilhas com ele. E nós também recomendamos, pois ele é simpático, tranquilo e muito atencioso. O contato foi pelo whatsapp (77) 9-8816-8376. No momento, ele tem um quarto para alugar na casa dele. O custo foi R$ 180,00 para duas pessoas por noite (inclui janta, pernoite e café da manhã). A janta estava ótima e o café da manhã estava muito bom também. A casa dele é alguns quilômetros após a entrada do parque da Cachoeira do Buracão. E o início da trilha para a Fumacinha fica 1,5 km após a casa dele. É muito bem localizada para que quem fazer esses passeios. Uma opção seria pernoitar no centro de Ibicoara, mas nós achamos mais prático ficar lá na casa dele, que é simples, mas tem tudo, inclusive wifi, colocado há alguns meses.

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Dia 7 – Trilha da Cachoeira do Buracão.

Saímos às 8h30min da casa do guia Neilton (77) 9-8816-8376. Voltando sentido Ibicoara, após alguns km, entra-se à esquerda. Mais um trecho e há um controle de acesso ao parque onde fica o Buracão. Chama-se Parque Municipal do Espalhado. Lá se paga R$ 6,00 por pessoa. E é obrigatório estar com guia. O Neilton cobrou pela trilha R$ 120,00 para duas pessoas.

Desse ponto, são mais 7 ou 9 km até o estacionamento, onde inicia a trilha. A estrada é razoável, com alguns pontos críticos. Há um ponto onde se passa com o carro num riacho, mas é algo bem rasinho e passamos tranquilo.

A trilha até o Buracão é leve a moderada e dura 1 hora. Nós achamos bem tranquila. A parte menos fácil é no final da trilha quando se desce até o rio, mas mesmo assim é tranquila. Um pouco antes de chegar na água, cada um pega um colete salva-vidas (obrigatório). Quando se chega ao rio, dá pra ir pelos paredões ou pela água. Recomendamos ir pela água, flutuando, nadando. Dali, são uns 100 metros até o Buracão, que é algo incrível e indescritível. Valeu cada metro dirigido por essas estradas todas. Fomos os primeiros a chegar, pois já estávamos no Baixão e não precisamos pegar toda aquela estrada para quem vem de Ibicoara. Mais uma vantagem de pernoitar na casa de nativos por lá.

Como estava com menos água do que o normal, pudemos ir até embaixo da Cachoeira. Todo o tempo na água foi super tranquilo, pois estávamos com os coletes. Ali dá pra ficar um bom tempo. Saímos da água e depois entramos de novo. É muito bonito! Ficamos quase três horas lá.

Na volta, pudemos tomar uma ducha (ao ar livre) no estacionamento. Há banheiros também. Essa facilidade foi construída recentemente e concluída em dezembro de 2016.

Bem, aqui termina a parte do relato da Chapada. A ideia inicial era ficar mais uma noite para, no dia seguinte, fazer a trilha da Fumacinha. Mas, essa cachoeira estava completamente sem água. Essa trilha é considerada difícil, são 9 km de ida, sendo 5 km pelo leito do rio, segundo o Neilton. A vontade era grande, mas optamos por não fazer pela falta de água. No final desse relato, estão algumas dicas que consideramos importantes para quem quer visitar a Chapada.

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Seguimos viagem em direção ao litoral da Bahia. Pernoitamos numa pousada uns 40 km antes de Itaberaba (R$ 40 por pessoa por noite sem café da manhã).

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Dia 8 – Ida à Praia do Forte.

Dirigimos bastante e chegamos às 15h aprox. na Praia do Forte. Não tínhamos reserva, pois a ideia seria nesse dia fazer a Trilha da Fumacinha lá na Chapada. Como estava sem água, fomos embora um dia mais cedo, mas queremos voltar um dia para conhecer a Fumacinha.

Ficamos no hostel (da rede Hostelling International) que tinha várias camas vazias, apesar de no site do hostelworld não ter mais vaga. A diária era R$ 80,00 por pessoa com café da manhã. Achamos caro, mas tem suas vantagens. O hostel é muito bom, fica bem localizado. Os hóspedes têm entrada grátis no Projeto Tamar (preço normal R$ 22) e no Instituto das Baleias, nesse último não fomos. Também se ganha 50% de desconto na entrada da reserva Sapiranga, mas não fomos. No projeto Tamar geralmente tem abertura de ninho de tartaruga às 17h.

Ali na Praia do Forte é tudo urbanizado, com calçamento. Tem muitos condomínios, pousadas, restaurantes, lojas, bem diferente de tudo que vimos na Chapada.

 

Dia 9 – Praia do Forte.

Ficamos mais um dia pra poder fazer tudo com mais calma e porque não queríamos chegar na sexta à noite em Salvador.

Nesse dia a maré estava bem baixa de manhã. Isso possibilita a formação de pequenas “piscinas” naturais, onde é muito bom de tomar banho.

Os preços são mais altos ali na Praia do Forte. Existe um local chamado “it’s”, com preços mais em conta. Fica próximo ao Tango Café e ao lado da sorveteria Doce Gelato, que também tem um sorvete ótimo.

 

Dia 10 – Ida a Salvador e devolução do carro.

Depois de devolver o carro em Salvador, fomos ao hostel Barra Guest deixar as mochilas.

Esse era o último dia da minha irmã, então fomos aos pontos turísticos do centro: Pelourinho, Igreja de São Francisco, Elevador Lacerda, Mercado Modelo. Também fomos à Igreja do Bomfim (fitinhas) e terminamos na Praia do Porto da Barra.

 

Dia 11 – Salvador.

Sugestões do que conhecer além disso:

- Museu da Misericórdia (recomendo).

- Museu do Jorge Amado no Pelourinho (recomendo para quem gosta de literatura).

- Casa do Rio Vermelho (casa onde morou Jorge Amado – recomendo para quem gosta de arte e/ou literatura).

 

Dia 12 – Salvador.

Sobre o Barra Guest Hostel: havia praticamente só estrangeiros por lá. A localização é boa. O preço é bom. Tem mercado e ponto de ônibus próximo. Fica a uns 800 metros da praia. Fica próximo também ao shopping da Barra. Café da manhã ok. Ali perto do Farol da Barra a rua é fechada para carros, então fica tipo um calçadão onde as pessoas passeiam, praticam esportes etc. Recomendo ficar na região da Barra.

Dia 13 – Voo de Salvador para Porto Alegre.

Peguei o bus 1003 em direção ao aeroporto. Levou cerca de 1h e 30 min. Também tem bus passando da frente do shopping Barra que vai ao aeroporto.

 

Quem quiser ver mais fotos, pode entrar na publicação que fiz na página dos mochileiros no facebook:

 

E também tem fotos e vídeos no instagram: o meu é @marciog18; e o da minha irmã é @elisabetg7

Dicas finais para visitar a Chapada Diamantina:

- Leve repelente. Alguns locais não têm foro, então pode ser importante para conseguir dormir.

- Saque dinheiro antes e tenha sempre um dinheiro trocado.

- Alugue um carro, pois as atrações são longe umas das outras.

- Vá com tempo, pois vale a pena.

- Desfrute da maravilhosa natureza na Chapada Diamantina! ::love::

 

Quem tiver dúvidas, pode perguntar. Estou à disposição para ajudá-los no que eu souber.

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