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Barcelona - Diário de um "Che" Brasileiro


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29 de Julho de 2007 - Barcelona

O recepcionista disse: "Não ha mais vagas!" "Mas eu reservei!" "Foi para o dia 28, sinto muito!" O atraso do vôo da BRA me fudeu, voltei para a rodoviária de Barcelona e com alguns poucos Euros que ainda tinha guardei a bagagem e segui a pé rumo Sagrada Família, as bolhas não doiam mais, me acostumei a elas, meia hora de caminhada e êxtase total ao ver a imponente construção de Gaudí, valeu a pena aguardar horas naquela fila abarrotada de turistas para subir a torre e observar detalhes de sua engenharia, e quando lá de cima via aquele caracol de degraus sumirem no infinito, dava um arrepio, comecei a infindável descida, em cada curva uma nova descoberta, um novo detalhe esculpido na parede, ou em cada janela um novo mirante da bela Barcelona... Segui até a Casa Milá, infelizmente não pude entrar por que os Euros não davam, me contentei com a fachada, e logo alí do lado ficava a Ave de Miró e não se pagava nada para visitá-la...Segui entrecortando o bairro gótico, em uma determinada área fica concentrada os imigrantes árabes, aquele local parecia tenso, era lá que trafico de drogas circulava e os arabes me encaravam quando passava, aqui todos informes comerciais eram escritos em catalão e árabe, vielas escuras, muitas janelas com roupas a quarar, gatos pulando de uma varanda para outra e motocicletas surgindo do nada,até que cheguei nas Ramblas do planeta, não resisti ao canecão de Breja, sentei e observei os jovens que por lá circulavam, a maioria bêbados, já à noite caminhei pela Rambla até seu limiar, na estátua de Vasco da Gama, dali segui ao porto e sentei num banco solitário e escondido do resto da sociedade fazia uma introspecção da viagem e o futuro da minha espécie, o mar mediterrâneo se chocava nas docas do porto, as gaivotas planavam pelo vasto céu negro, até que me cansei do melodrama e mergulhei na night do porto, dancei até as 3 da madruga, cansei, deitei num descampado ali próximo, acordei com o sol na cara e um guardinha metropolitano com seu apito pedindo para que eu saísse da grama, a ressaca era brava, pela primeira vez experimentei o metro catalão, para fazer a baldeação as distâncias eram eternas, até que cheguei na praia de Barceloneta, era a hora do banho matinal, procurei por algum velhinho confiavel e pedi que olhassem minhas coisas, alguns euros, passaporte, filmadora e cai na água, Nogal renascido das cinzas, tomei uma duchinha para tirar a água salgada do corpo, troquei a roupa suja em uma banheiro local,e para o café da manhã, uma breja para contemplar a beleza local, top less a rodo, vi peito de todos os tipos, pêra, maçã, biquinho roxo, caído, melão, até enjoar e seguir até o estádio Camp Nou e entender como se ganha dinheiro com o Futebol... Próximo do Estádio numa mercearia comprei umas mortadelas e pãezinhos para a janta, um tanto quanto exausto depois de ter visitado o mini-museu de Salvador Dali, sentei em uma das várias praças de Barcelona para fazer um lanchinho, já me sentindo um tanto quanto mendigo, mas escutei um barulho similar, na mesma praça em outro banco um bela e suja mochileira desembrulhava seu lanche, uma maçã, uma pêra uma bengala e algumas fatias de presunto... Foi amor a primeira vista, pela Vaca Profana.

Marcelo Nogal

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