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Barcelona, Granada, Madri, Lisboa, Roma, Pompéia, Toscana, Veneza - 20 dias


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Depois de ter mochilado pelo Brasil e américa do Sul, decidi que meu próximo destino seria a Europa. Defini outubro de 2009 para o mochilão, mas com o euro mais caro e uma lentidão da minha parte, fizeram com que cancelasse. Escolhi então maio de 2010 e também não deu certo. Bem, tudo tem seu tempo, e em julho surge à promoção da Qatar airways com passagens para a Espanha a partir de U$$ 311!! Realmente imperdível! No entanto, tive problemas para fazer a compra e as passagens sumiam rapidamente. No último momento, consegui para Barcelona por U$$ 446. Ufa! Estava indo para Europa. Tinha um roteiro em mente, que ajustei com a ajuda do Guia do Mochileiro Independente e da internet, com destaque para o site dos Mochileiros. Foram 20 dias, de 21 de setembro a 10 de outubro de 2010, por Espanha, Portugal e Itália:

 

21-23/09 – Barcelona - Mediterranean Youth Hostel

24-25/09 – Granada - Oásis Backpackers Hostel

25-27/09 – Madrid (Toledo) – Way Hostel

28-30/09 – Lisboa (Sintra) – Rossio Hostel

30/09-05/10 – Roma (Pompéia) – Hostel Alessandros Downtown

05-08/10 – Florença (Pisa, Siena e San Gimignano) – Archi Hostel

08-09/10 – Veneza – Residenza Sta Croce

09-10/10 – Barcelona

10-11/10 – Doha

 

Total de Gastos: R$ 3.700

 

Pessoal, o relato só tem a parte da Espanha, qualquer dúvida é só perguntar, inclusive sobre Portugal e Itália. Eis o relato:

 

 

Barcelona – 21 a 23/09

 

Decolei de São Paulo às 03h do dia 20/09 com destino a Doha, no Catar, de onde sairia à conexão para Barcelona. Durante a viagem pude constatar que os comentários favoráveis a respeito do serviço de bordo da Qatar airways eram reais. Chegando em Doha, um stop de duas horas até o embarque para Barcelona. O aeroporto de Doha é um exemplo da globalização; chineses, indianos, europeus, árabes, africanos, entre outros, se cruzam pelo lugar, muito legal. Bem, cheguei em Barça às 08h do dia 21/09, depois de uma viagem longa e cansativa. Chovia. Estava com os documentos separados para apresentar na Imigração: passagem de retorno, reservas dos albergues, etc. Chegando lá, o cara não falou nada, só carimbou e próximo. Que fácil entrar na Europa, hehe. No aeroporto tem um ônibus gratuito para o outro terminal onde se pega o trem para o centro - 3€. Resolvi descer na Estación de Sants para comprar a passagem de trem para Granada. Não consegui comprar pelo site da Renfe, que tinha preços melhores, não aceitou meu cartão, mas tem gente que consegue comprar, fica a dica. Lá foi meio complicado comprar a passagem, cada hora me mandavam pra um lugar. No fim consegui – trem noturno - 63€. Fui para Plaza de Catalunya de metrô – 1,40€, dentro das estações têm umas máquinas pra comprar o ticket, fácil de usar, Madri e Lisboa também é assim. Tem a opção de comprar 10 tickets pela metade do preço, o que eu não fiz e me arrependi, usei muito o metrô. Desci no começo da Rambla. Bem legal. Deu uma idéia da agitação de Barcelona, muitos, muitos turistas. Fui caminhando até o albergue: Mediterranean Youth Hostel. Fica entre o Passeig de Gracia e a Sagrada Família. É limpo e tranqüilo, staff simpático. Bom pra quem quer andar durante o dia e dormir a noite. Só não tem café-da-manhã, mas tinha cozinha com geladeira. Deixei minhas coisas lá e fui andar, passei pela Plaza de Catalunya e entrei na Rambla. Lá é muito legal, agitado, com muito comércio e artistas fazendo apresentações. Com um mapa na mão, me embrenhei pelas ruelas do Bairro Gótico. Bacana. No retorno pro albergue entrei no Mercado La Boquería; frutas, doces e frutos-do-mar dão um colorido ao lugar. Na Rambla tem um Carrefour, comprei algumas coisas e fui pro albergue. Cansado, fiquei por lá mesmo, treinando meu inglês macarrônico, hehe. Na manhã seguinte, fui para o Templo da Sagrada Família. É simplesmente fantástico, muitos detalhes, numa arquitetura realmente original. Depois, fui até o Passeig de Gracia, onde tem outras obras de Gaudi: a Casa Batlo e La Pedrera. Por lá almocei no Restaurante La Vaca Paca, à vontade por 9,50€, incluída bebida e sorvete. Resolvi ir até o Parc Guell, tomei o metrô até a estação Vallcarca, daí é só seguir as placas até o parque. É legal que na rua tem umas escadas rolantes que te ajudam a subir o morro.O Parc Guell é repleto de obras de Gaudi. De lá se tem um panorama incrível de Barcelona. Fui a pé até o albergue, não é perto, mas foi tranqüilo. Chegando lá, a francesa que tava no quarto me convidou pra comer espaguete. Beleza. Durante o jantar, tentei conversar com umas alemãs, mas vi que tenho que estudar mais inglês, hehe. Fui andar pela Rambla, sempre com muita agitação. Em Barcelona tem muitos jovens, principalmente ingleses e alemães, aproveitando o clima festeiro da cidade. No dia seguinte, como ia pra Granada a noite, arrumei minhas coisas e me ofereceram um locker pra guardar. Fui andar, segui pela Rambla e entrei no Bairro Gótico. Lá, fui na Catedral, pensei que a entrada era paga, mas não é. Fabulosa. Desci então para a Barceloneta, almocei por lá e segui pelo calçadão da praia. Depois fui até o Parque, e arco do Triunfo deles, daí retornei ao Bairro Gótico, passando por uma área árabe, com restaurantes em conta. Fui para Plaza de Catalunya, estava tendo um ensaio de uma banda para um evento que ia começar naquela noite. Parei por lá, me sentei e fiquei escutando. Tinha diversos palcos espalhados pela cidade para os shows. É uma pena que teria que ir embora naquela noite. Segui para o albergue, dei um tempo e peguei o metrô até a Estação de Sants, de onde sairia o trem para o meu novo destino: Granada.

 

 

24 a 25/09 – Granada

 

Granada é uma das cidades de que mais gostei na minha trip. Saí às 21h30 de Barcelona. Já que tinha comprado o ticket mais barato - classe turista - o assento não era dos mais confortáveis, mas iria novamente. De qualquer maneira, fica dica, se conseguirem, comprem pelo site da Renfe com uma boa antecedência, dá pra conseguir classe cama turista por um preço em conta. Cheguei em Granada às 08h30. Na estação, a policia pediu os passaportes de todos os turistas para conferir. Bem, com o mapa e roteiro do Google Maps segui para o albergue que ficava no Albaicin, o Bairro mouro de Granada. Entrando lá, deu um pouco de medo, é um labirinto de ruelas e não tinha ninguém. No fim encontrei o albergue - Oásis Backpackers Hostel. Recomendo. Bem localizado. É muito limpo e confortável. Ótimo lugar para conhecer pessoas, oferece um drink grátis na recepção, tem city tours grátis e uma paella deliciosa a noite por 4€. Staff muito bom. O ckeck in era somente a partir das 12h. Fui sentar um pouco e passado um tempo chega um japonês. Reconheci na hora, estava sentado do meu lado no trem desde Barcelona. Ficamos conversando. Ele falava um pouco de espanhol, então ficamos falando em spanenglish. Nesta trip, pude observar que tinha muitos turistas asiáticos na Europa. Como só tinha um dia em Granada, larguei minhas coisas no albergue e fui andar. Com um mapa, explorei o Albaicin. Granada é uma cidade encantadora, muito limpa, repletas de casas brancas, com ruelas cheias de lojas, tudo num clima bem particular. Durante a caminhada conheci os “Banhos árabes”, o único preservado depois da Reconquista. Segui subindo o Albaicin até chegar ao Mirador San Nicolas onde se tem um panorama incrível de Granada. Lá tinha um músico cantando e tocando flamenco, deixando tudo mais encantador. Olhei a hora e vi que já era 13h, minha entrada na Alhambra era às 14h30. Desci e na Plaza Nueva resolvi comer um kebab numa lanchonete árabe. Delicioso, além de grande. Fui pro albergue, fiz o check in e corri para a Alhambra, subindo a Cuesta de Gomerez. É recomendável comprar o ticket com antecedência pela Internet - 13€, pois a entrada é restrita a certo número de pessoas por dia. Encontrei a entrada para o Alcazar, mas primeiro tinha que ir até os caixas eletrônicos para pegar o ticket. E dava uma boa caminhada. Fui correndo, os caixas ficam meio escondidos, é só colocar o cartão de crédito que o ticket sai. Retornei correndo, mas deu tempo, hehe. La Alhambra é a grande atração da região. Imperdível. É um complexo de palácios e fortalezas construídos pelos mouros. É realmente espetacular: paredes entalhadas, arcos e colunas, pátios com fontes, jardins e pomares. Fiquei umas quatro horas lá. Já no albergue serviram paella, muito boa. Decidi sair. Na saída encontro o japonês e convido pra ir junto. Ele aceita. Fomos até o Mirador San Nicolas. Nossa, o panorama à noite de Granada e da Alhambra é sensacional, principalmente com a noite estrelada que tava. E ainda tinha uma rodinha com um pessoal cantando e dançando flamenco. Já sentia saudades de Granada. No dia seguinte, tomei café-da-manhã e segui para estação de ônibus. Na Gran Via de Colón passa ônibus pra rodoviária, que é melhor pegar pois é longe. Chegando, adquiri a passagem direto numa máquina, saída às 9h, preço 40€, para meu próximo destino – Madri.

 

 

25 a 27/10 - Madri e Toledo

 

O percurso até Madri é legal, com algumas montanhas belíssimas e muitas plantações de oliveiras. Cheguei em Madri às 14h. Já na Estacion Sur, adquiri a passagem para Lisboa, na maquina, por 40€. Fui de metrô até a estação Tirso de Molina, que é próxima ao albergue onde ia ficar: Way Hostel. Bem localizado, limpo, staff ótimo, inclusive com um atendente falando português. O problema é que meu quarto não tinha locker e me expulsaram da minha cama duas vezes. Não adianta deixar chinelo debaixo da cama, tem que chegar e revirar a cama mesmo. Estava com muita fome, já era umas 15h30. Fui almoçar perto do albergue, menu do dia por 9€, com muita comida, sobremesa e refrigerante, muito bom. Bem, minha idéia era dar um passeio rápido, para pegar entrada gratuita a partir das 18h no Museu do Prado. Ficou na idéia, pois inventei de ir ao tal Templo de Deboh, um templo egípcio que os espanhóis trouxeram do Egito. Só vale a pena ir se tiver tempo sobrando mesmo. Nesta me atrasei para ir ao Museu do Prado, pensei em deixar para os dias seguintes, mas no fim não conheci o museu. Se arrependimento matasse. Fica como desculpa pra retornar a Madri. Nesta caminhada, passei pela Plaza Mayor, Palácio Real, Puerta del Sol e também pelo Paseo do Prado. No dia seguinte, domingo, fui para o Museu Reina Sofia, recomendo. Passei a manhã toda lá. Têm muitos quadros, destaque para o Guernica de Picasso, e também fotografias e películas. Depois de almoçar, fui até a estação Ventas do metrô garantir a entrada para a tourada às 18h – 2,20€. De lá segui até a estação Santiago Bernabeu para entrar no estádio do Real Madrid - 16€. É caro, mas mais barato do que do Barça que era 19€. Depois retornei para a Plaza de Toros, entrando, consegui um lugar na sombra, apesar do meu ticket ser para o sol. Não tinha muita gente, achava que lotava pelo que o Guia diz; não sei se a tourada era menos famosa ou se está decadência por aqui. É realmente polêmico, mas achei legal. Fiquei umas duas horas lá. No dia seguinte, segui até a estação de metrô Plaza Elíptica, de onde sai ônibus para Toledo – 4,74€, uma hora até lá. No metrô, dois caras pediram meu passaporte, eram policiais à paisana, meio desconfiado os atendi; no fim perguntaram se tive alguma vez preso!? Fala sério. Bem, Toledo é fascinante. É uma cidade medieval sobre uma colina a margem do rio Tajo. Fui até a Catedral, para entrar tem que pagar 7€, o ticket é comprado na loja em frente. Dentro, estava tendo um evento, tinha uns estudantes entrando, os turistas ficaram esperando. Terminado, os turistas começaram a entrar, daí pensei que tinham liberado entrada gratuita e fui entrando. No entanto, os turistas, na maioria japoneses, iam falando pro guarda: ticket, ticket. Fiquei na minha e entrei. Não sei se o ticket era só pra alguns lugares, só sei que entrei na catedral sem pagar, hehe. Ela é linda, enorme, com alguns túmulos de reis e rainhas. Na saída, na praça em frente, tinha um pessoal dando um prato de farofa acompanhado de um copo de sangria. Que maravilha, almoço grátis! Depois disto fui andar pelas ruas e praças de Toledo. Bem legal. Tem diversas lojas com produtos medievais: espadas, armaduras, jóias. É bem explorado o tema de “Dom Quixote”, na cidade tem estatuas e souvenirs dele com o Sancho Pança. Depois de cinco horas em Toledo, retornei para Madri. Chegando, fui dar uma boa caminhada, indo até o Parque Bom Retiro. Como já era quase 20h, retornei ao albergue. Dei um tempo por lá, para depois seguir de metrô para a Estação de Norte, de onde sairia o ônibus para Lisboa às 22h. Chegando lá falo em espanhol com o motorista do ônibus, gente boa, mas ele era português e começa a falar nosso idioma. Já tava me sentindo em casa. De lá, o ônibus seguiu até a Estacion Sur para pegar mais gente. Só sei que nessa, saímos meia-noite de Madrid. Dentro do ônibus, todo mundo falando nossa língua: africanos, brasileiros, portugueses; parecia que a Europa já tinha ficado pra trás.

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