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Mar de Nuvens no Tucum


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Domingo (21/12) voltamos (eu, Andressa, Gil, Ale, Digo, Flávia, Carlos e Guilherme) da aventura de subir as montanhas Camapuã e Tucum. Foi um final de semana maravilhoso! Tudo começou no sábado!

 

Logo pela manhã, recebi uma mensagem do Marceleza confirmando que não iria conosco, estava engripado desde quinta e a subida iria acabar mais ainda com sua saúde. Combinado as caronas saimos eu e a Gil, levados pelo nosso pai; no viaduto do Orleans paramos para pegar a Andressa. A Flávia e o Digo pegaram o Carlos e o Guilherme na PUC e foram até o boqueirão pegar a Ale, enquanto isso já estávamos a caminho da chácara. Já era cerca de 9hs quando passamos pelo posto do Túlio (distribuidora Esso) e entramos na primeira ruazinha a direita, cerca de 100 ms à frente. Quando ligamos o Digo e pessoal estavam passando na favela do Zumbi. Chegando na chacará onde dá início a trilha ficamos esperando o pessoal chegar.

 

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Enquanto não vinham fiquei observando no entorno a vida tranquila das pessoas que ali moram. A Andressa a comentou: “O Senhor ali afiou umas quantas facas e facões”. “Deve ser para cada cabeça que vem ali” - assombrei ela!

 

Depois de tanto contemplar aqueles facões, decidi ligar pro Digo. Ahn! Haviam passado a entrada! Mais um tempo esperando!

 

Quando chegaram nos arrumamos e partimos para a trilha. Nos primeiros minutos a trilha foi muito fácil, bastando apenas atravessar o riacho cerca de cinco vezes antes de subir de verdade. Nesse trecho de atravessa pra lá e volta pra cá fui observando a beleza da mata atlântica - apesar de um tanto degradada na região. O riacho, de águas limpidas, serviu de bebedouro e para encher nossas garrafas d’água. Ainda nesse trecho, passamos por uma árvore ôca que, quando inteira parecia muito grande.

 

Daí para frente, o Carlos, Guilherme, a Gil, Flavia e Ale seguiram mais na frente. Eu, a Andressa e o Digo fomos mais devagar conversando. Lá pelas tantas chegamos na gigante que tanto me falaram. Sem dúvidas, a maior árvore que já vi. Depois da gigante a trilha seguiu numa mata cheia de bambús. Perfeita para enrroscar nossos isolantes! E viraram um risco mesmo! Uma subida cheia de pedras, raízes, bambús, lâma e água! Quando teoricamente nos aproximamos do pessoal da frente, a pouco minutos do início da trilha descampada, notamos que eles estavam perdidos! Estavam abaixo da trilha tentando abrir picada em meio ao denso bambuzal. Tive que deixar a cargueira ali e voltar até o ponto onde eles se perderam.

 

Recuperados do susto, continuamos subindo. Mais adiante encontramos um xaxim caido onde, além de carrapatos, havia muitos pêlos. Já haviamos passado por um trecho com cheiro muito forte e ali comprovamos que os felinos realmente existem naquela mata! Muito legal!

 

Chegando no descampado, quase uma da tarde, é hora do almoço! Comemos alguns sanduiches para aguentar o tranco e seguimos viajem. A vista do Camapuã é maravilhosa já daquele ponto! No início da trilha nos deparamos com uma flora repleta de arbustros baixos, seguidas por um capim típico de altitides e bromélias com flores esquisitas; mais acima apareceram as orquídeas e lá no alto as caratuvas. O solo da montanha, formado pela degradação do granito, formam uma pasta negra (pelo material orgânico em decomposição) e arenosa.

 

No alto, a vista maravilhosa ao redor! A represa do capivari, a rodovia, Curitiba, a serra do mar em si, e muitas nuvens abaixo dos nossos pés! Pena que não avistamos o PP. Estava nublado naquele pico. Agora precisavamos descer o Camapuã para subir o Tucum.

 

A tarefa árdua de subir o primeiro monte abalou psicologicamente minha amada Andressa que queria por que queria ficar ali mesmo acampando. O paredão supostamente dificil do Tucum a deixou com medo. Ali no vale entre as montanhas fomos a busca de água. Como haviam me dito, existe um caminho à esquerda que leva a uma bica. É de dificil acesso mas conseguimos nos agachar para pegar água. Ali enchi o galão de 5 litros que levava vazio. Depois de encher as garrafas: subir o Tucum ou não! Subir claro! Apesar da Andressa não ter gostado, resolvemos subir.

 

O Tucum é mais ingrime do que o Camapuã e a subida é bastante sinuosa, cheia de plantas com espinhos e de pedras soltas. Mas apesar dessa dificuldades, fomos até o pico! A vista de lá valeu muito mais apena! O gigante Tucum é maravilhoso com sua face leste repleta de caratuvas.

 

Lá no alto já havia uma barraca. Fomos obrigados a montar acampamento mais abaixo após duas pedras em meio às caratuvas. Após montado tentamos curtir um pouco a vista, mas as nuvens já haviam chegado à montanha com os ventos gelados e úmidos. Como nunca havia estado numa nuvem antes, foi incrível notar que ela se condensa ao tocar na gente! Percebi isso após perguntar a Andressa: “Você lavou o cabelo?”. Decidi passar o resto do dia na barraca! A Flavia e o Digo foram para a deles e dormiram; a Gil, o Carlos e o Gui ficaram conversando lá fora e fazendo o rango deles. Eu, a Andressa e a Ale ficamos preparando o miojo com milho e sardinhas - um verdadeiro manjar dos deuses!

 

A noite veio chegando e fomos dormir! Muito vento e constantes garoas fortes me fizeram acordar muitas vezes a noite. Tive até que arrumar as estacas. Acredito que estava ancioso! Queria muito ver o mar de nuvens!

 

Ao amanhecer, antes das 6h30 acordei e sai naquele frio mesmo! Surpresa! O Mar de Nuvens estava diante de mim! Ou melhor, abaixo dos meus pés! Foi a cena mais linda que já vi na serra do mar! Essa aventura ficará guardada para sempre!

 

Veja as fotos no post original em http://blogdojonas.wordpress.com/2008/12/24/mar-de-nuvens-no-tucum/

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