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deniseka

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  1. Muito bom esse relato! Perdi algumas horas de sono lendo Você sabe me dizer se em fevereiro é muito cheio e se os preços são mais caros? O tempo costuma ser instável até mesmo no verão? Um abraço!
  2. 27 de Julho - 12º dia (CUSCO): Acordamos nesse dia quebrados da trilha. Minha panturrilha doía muito, então dormimos até um pouco mais tarde para repor as energias. Lá pela hora do almoço resolvemos levantar, mais uma vez briguei com o chuveiro para tomar banho e depois fomos tomar café (S/10,00 para os dois). Demos mais uma última volta por Cusco, pois seria o último dia por lá. Às 20h00 tínhamos mais uma longa viagem de ônibus para Arequipa, mais uma noite no ônibus! Passamos em uma farmácia para repor meu estoque de dramin para os enjôos na viagem. A gente tava com muitas dores da trilha e cada vez mais as ofertas de massagens que as pessoas oferecem na rua nos parecia mais tentadora. Então resolvemos fazer uma massagem de meia hora na Moon Spa (S/35,00 soles para duas pessoas) e foi com certeza a melhor escolha do dia, até cochilei um pouquinho com o cheirinho de menta do creme de massagem. O spa era bem limpinho e organizado, tudo feito com higiene. Depois de relaxados, fomos almoçar de novo uma pizza pois eu estava cansada de comer arroz com omelete e papas fritas . Comemos uma pizza bem gostosa em um restaurante chamado Mountain Pizza (S/30,00 para duas pessoas com uma inka cola grande), fora do circuito mais turístico de Cusco, ou seja, um pouco mais afastado da Plaza de Armas e foi legal dar uma volta por lá. Depois ficamos dando uma volta em umas feiras mais afastadas da Plaza de Armas e eu recomendo fazer isso se quiser comprar lembrancinhas e roupas. Comprei um poncho lindo em lã de alpaca por S/40,00. Na Plaza de Armas não achei por menos de S/70,00 outros bem semelhantes e do mesmo tamanho. Depois das compras passamos em um mercado para comprar umas comidinhas para levar na viagem de ônibus, algumas frutas, garrafas de água de 2l e uns salgadinhos e bolachas (S/15,00). Lembro que resolvemos abrir um dos salgadinhos de amendoim torrado. A embalagem era bonitinha até, com data de validade, etiqueta, selada. Era tudo meio caseiro, mas teve um processo de industrialização por mais rústico que fosse. Bom, abrimos e comemos, até encontrarmos um fio de cabelo no saquinho. Parecia coisa que acontece por acaso, até isso acontecer outras duas vezes, uma no Peru e uma na Bolívia. Portanto, não confiem em produtos industrializados ou semi-industrializados, você pode achar cabelos neles também, mas não desanime. Então desistimos de comer o salgadinho e fomos tomar um mate com pãozinho em um café que fomos no segundo dia em Cusco e adoramos, então resolvemos voltar. O café foi S/13,20 para os dois. Passamos mais um tempo fora para ver o ultimo pôr-do-sol em Cusco, o dia estava muito lindo. Último pôr-do-sol em Cusco: Cuzco sunset by Denise K., on Flickr Depois voltamos pro hostel para arrumar as malas e seguir para o terminal de ônibus da Cruz del Sur. A dona Betty, proprietária do hostel chamou um taxi pra gente, nos despedimos e agradecemos muito a estadia, pois apesar do chuveiro ruim e de outros problemas do hostel, ela realmente se esforça para ajudar. Fomos de taxi então para o terminal do Cruz del Sur, a viagem custou S/15,00. O ônibus sairia às 20h00. Chegamos uns 20 min antes, depachamos as mochilas grandes e às 20h00 em ponto embarcamos no ônibus. Mais uma vez, não tive o que reclamar do serviço de bordo da Cruz del Sur. Recebemos duas refeições completas e com opções para vegetarianos, um jantar e um café da manhã e tinha copinhos de água geladinha a vontade também. Nos deram travesseiros e mantas e a comissária me deu um saquinho e um pedacinho de pano e alcool para colocar no nariz (dica para passar o enjôo) porque eu disse que as vezes passava mal em ônibus. A viagem correu muito bem sem maiores contratempos, até consegui dormir no ônibus dessa vez! 28 de Julho - 13º dia (AREQUIPA): Chegamos em Arequipa por volta das 7h00 da manhã e pegamos um taxi direto para o hostel que já tínhamos reservado, chamado Gran Hotel. É uma construção antiga bem grande, com quartos espaçosos. Gostei logo de cara. Nosso quarto era de casal, bastante espaçoso, arejado e ventilado e a cama era bem confortável, mas não tinha banheiro privativo. Havíamos comido no ônibus e comemos mais umas frutas que levamos na viagem como café da manhã. Então fomos explorar a cidade. De longe, Arequipa é a minha cidade favorita no Peru. É conhecida como Ciudad Blanca, porque suas principais construções são feitas em pedra sillar, de origem vulcância que tem uma cor bem clara. Ao fundo, tem o vulcão El Misti, que é o cartão postal da cidade, super imponente e visto de vários ângulos na cidade. Ao contrário de Cusco, a Plaza de Armas é sossegada. Não há tantos vendedores te abordando a todo momento e os próprios moradores têm um ritmo mais desacelerado. A minha primeira impressão da cidade foi a melhor de todas. Plaza de Armas: Arequipa by Denise K., on Flickr Catedral de Arequipa: Arequipa by Denise K., on Flickr É muito interessante também como a população utiliza a placas de aquecimento solar de água lá. Em todas as ruas paralelas a Plaza de Armas tinham lojas de placas solares, e a maioria das casas tinham placas solares. Fomos pesquisar as agências de turismo para fazer a visita ao Cañon del Colca, tem várias próximas a Plaza de Armas e arredores. Nossa ideia era fazer a trilha de 3d/2n para o Canyon del Colca, mas nossas pernas ainda estavam sentindo as dores da Inka Jungle. Então resolvemos pegar um passeio mais tranquilo de van mesmo de 2d/1n. O melhor custo benefício foi o Arequipa Tours, uma agência na mesma rua do nosso hostel. Ao todo foram S/260,00 para duas pessoas e incluía: - Transporte nos dois dias; - Guia nos dois dias; - 1 Café da manhã no hostel; - 1 noite em quarto matrimonial com banheiro privativo. ** Não incluía almoço, jantar, entrada turística para a reserva do Canyon del Colca e as entradas para as águas termais (opcional). Os valores vou passando no decorrer do relato do passeio. Almoçamos bem tarde, por volta das 15h00, em um restaurante super charmoso, que ficava numa ruazinha de pedestres. O clima era o mais agradável possível com o céu azulzinho. A cidade é muito boa para andar a pé, não tem um trânsito caótico como em outras cidades um pouco mais populosas, como Cusco por exemplo, e não é tão turística, então é bem mais tranquilo. Comi um prato de crepe vegetariano e o Flávio pediu um prato com arroz, carne e guarnições. A refeição para os dois, mais bebidas, saiu por S/30,00. Depois de almoçarmos andamos pela cidade até anoitecer. É muito legal andar a noite por lá pois o céu é muito estrelado devido ao clima seco e o céu sem nuvens e poluição. Compramos algumas coisas em um mercado para levar ao tour do dia seguinte (frutas, água, chocolates e bolachinhas), saiu S/10,50. Antes de voltarmos pro hostel, jantamos em uma pizzaria em uma rua comercial de pedestres com várias lojas grandes. Uma pizza grande e mais uma jarra grande de suco deu S/20,50. Voltamos ao hostel para tomar um banho e dormir pois no dia seguinte iríamos começar o tour para o Cañon del Colca. Para o passeio, separamos as mochilas menores com as comidas, roupas, itens de higiene pessoal, chinelo, roupas de banho (para as aguas termais), toalha, repelente e protetor solar. Levamos pouca roupa pois seriam só dois dias e uma noite. Durante o dia fez um clima agradável durante todo o passeio, dava pra ficar só com uma blusa de manga comprida fleecee uma legging, e a noite e de manhã fazia um pouco mais de frio, mas uma blusa por cima e um par de luvas já resolvia. Deixamos as mochilas grandes no hostel pois iríamos voltar depois do passeio para lá. Hospedagem: Gran Hotel - Arequipa S/ 33,50 (uma noite) Quarto duplo sem suíte, sem café da manhã. O nome é hotel, mas na verdade é um hostel mesmo. É uma construção muito antiga, mas bem conservada. O preço foi um dos melhores que achamos, mas também era o primeiro quarto que pegamos sem banheiro privativo, os demais haviam rolado um upgrade de quarto. Estava bem cheio, quase todos os quartos pareciam ocupados e havia muito movimento o dia todo de gente entrando e saindo. Os banheiros coletivos eram bem limpinhos e individuais, não no esquema box. Haviam muitas pias espalhadas em vários lugares, então dava pra usar pia mesmo que os banheiros estivessem ocupados. A água é aquecida por painel solar e quando havia muita gente tomando banho ao mesmo tempo, o aquecedor não funcionava muito bem, então eu tomava banho em horários alternativos.
  3. Valderes, valeu! Estou postando sempre que posso um pouquinho mais da viagem, tem muito chão pela frente ainda, continue acompanhando. Abraços!
  4. Como a gente estava bem cansado já dos dias anteriores, foi a melhor coisa pra gente. Muitos do nosso grupo que subiu a pé, chegou lá no Machu Picchu e só conseguiu ficar sentado lá por um bom tempo hehehe.
  5. 26 de Julho - 11º dia (DIA 04 - Machu Picchu): Acordamos cedo, por volta das 04h30 da manhã para pegar a fila do ônibus que nos levaria até o Santuário de Machu Picchu, quando chegamos na fila, mais ou menos umas 05h00 da manhã, já havia muita gente. Acabamos conversando com uns austríacos que estavam na nossa frente na fila e também estavam viajando o Peru mas iriam em seguida para o Equador e, depois do merchandising que eles fizeram do país deles, eu fiquei mesmo com vontade de conhecer a Austria Conversa vai, conversa vem, conseguimos embarcar no ônibus. A viagem é rápida e até me deu um pouco de arrependimento de não ter feito a trilha até o Machu Picchu, mas isso passou quando a gente voltou a pé (vocês vão entender mais tarde o porquê ). Quando chegamos lá na porta já tinha uma imensidão de pessoas na fila pra entrar, os portões ainda não tinham sido abertos. Esperamos mais meia hora no frio de lascar , então abriram os portões e foi bem rápido até entrarmos. Lá dentro, ficamos esperando no local combinado com o guia e encontramos algumas pessoas do nosso grupo que subiram desde Aguas Calientes a pé. Todos estavam cansados e suados e trocavam de roupas pois fazia muito frio e as roupas molhadas podem fazer a pessoa se resfriar. Então, após algum tempo, avistamos o guia Gustavo e ele começou a explicação de alguns setores do Machu Picchu e o que significava aquele local para os Incas, mas não vou detalhar aqui pois será mais legal quando ouvirem ou entenderem isso quando forem pra lá hehehe. Logo que chegamos no Machu Picchu, é possível ver o nascer do sol que, por trás das montanhas, é simplesmente incrível. Amanhecer no Machu Picchu: amanhecendo no Machu Picchu by Denise K., on Flickr Amanhecer no Machu Pichu, Templo de Las Tres Ventanas: Machu Picchu by Denise K., on Flickr Enttão, após alguns minutos de explicação, o guia se despediu do grupo e cada um seguiu por um caminho e explorou o Machu Picchu por si só. Nós resolvemos seguir primeiro para a Puente Inka, depois fomos ao Intipuku (Sungate), a segunda caminhada é um pouco mais puxada, pois tem uma leve subida, mas a vista vale muito a pena . La Puente Inka: La Puente Inka by Denise K., on Flickr Vista do Sungate: Machu Picchu by Denise K., on Flickr Vimos muitas pessoas subindo nas paredes e em algumas pedras, o que é PROIBIDO lá dentro. Povo totalmente sem consciência de preservação e sem respeito algum por nada ! Descemos para a área central do Santuário, onde estão localizados os Templos del Sol e del Condor, depois seguimos para o Setor Agrícola do lado Oeste, onde se tira a famosa foto do Machu Picchu. Famosa foto do Machu Picchu: Machu Picchu by Denise K., on Flickr Da janela de algum templo: Machu Picchu by Denise K., on Flickr Como nosso trem sairia de Aguas Calientes por volta das 14h30, tivemos que iniciar a trilha de volta para Aguas Calientes lá pelas 12h30. Então, dado esse horário, saímos de Machu Picchu mas, antes de seguirmos a trilha de volta, carimbamos nosso passaporte com o carimbo do Machu Picchu (fica na saída do Santuário, em uma mesinha, você vai achar facilmente ) Pegamos a trilha de volta para Aguas Calientes, são MUITOS degraus! Estávamos já muito cansados dos dias anteriores e por andar desde as 6h da manhã pelo Machu Picchu. Os degraus são bem altos e durante a descida começamos a agradecer por não termos optado subir na ida . Enfim, 40min depois, chegamos a Agua Calientes e fomos procurar alguma coisa pra comer pois estávamos mortos de fome. Lá dentro do Machu Picchu, não é permitido entrar com comidas e água, embora muitas pessoas desrespeitem essas regras, então não levamos nada pra comer. Se você quiser comer algo ou usar o banheiro, terá que sair do santuário e apresentar o bilhete de novo quando for voltar. Na entrada tem sanitários (pago: S/1,00 por pessoa) e uma lanchonete com preços turisteiros . Quando chegamos em Aguas Calientes era por volta de 13h20, fomos comer uma pizza que estava maravilhosa, pena que não anotei o nome do restaurante. Pagamos S/30,00 por uma pizza grande e duas cervejas Cusqueñas long neck. Depois disso, formos à estação de trem de Aguas Calientes, onde pegaríamos o trem às 14h30 da Inca Rail (não sei o preço da passagem pois estava inclusa no nosso pacote, mas vi em alguns blogs que é em torno de US$55,00). Lá dentro da estação é um pouco desorganizado e tivemos que esperar o trem em pé. No nosso caso, atrasou cerca de 30min pra embarcarmos. Entramos no trem e a viagem é bem lenta, entre 1h30 e 2h00 de viagem até Ollantaytambo. A paisagem é muito linda e o trem possui um breve serviço de bordo, onde nos servem uma bebida gelada de nossa escolha (muito boa por sinal) e uns biscoitinhos e castanhas para acompanhar. Chegamos em Ollantaytambo em torno de 16h30 onde, supostamente, deveria haver uma van nos esperando para nos levar para Cusco, SUPOSTAMENTE! Chegamos e fomos procurar nossos nomes nas diversas plaquinhas do pessoal que faz o transfer. Procuramos, procuramos, e nada! Calafrio total percorrendo o corpo, subiu uma tristeza que saiu não sei de onde, e um pequeno desespero de não ter condução até Cusco . E depois disso, só sentia raiva de terem deixado a gente lá. Então tentamos ligar várias vezes pro agente de viagens que nos vendeu os pacotes e o desgraçado não atendia, aí liguei pra agência umas três vezes, tudo de um orelhão que às vezes comia nossas moedas e não completava a ligação . Quando estava pra desistir e pedir ajuda para alguém, encontramos um casal de canadenses que fizeram a trilha no mesmo grupo que a gente fez. Eles tinham chegado em um trem depois do nosso, e estavam procurando o transfer deles também, explicamos o que havia acontecido no nosso transfer e eles disseram que tentariam conversar com o pessoal para encaixar a gente na van deles. Acontece que, parece que é comum falarem que incluem o transfer de Ollantaytambo a Cusco e depois abandorem os turistas por lá sem nenhuma explicação. E isso acabou acontecendo com os canadenses também. Agora éramos quatro sem transporte . Fomos tentar ligar de novo pra agência, e encontramos um casal de colombianos na mesma situação, também largados lá. Quando eu finalmente consegui ligar pra agência, uma mulher atendeu e disse que não havia mais vagas de van pra gente e desligou na minha cara . Ótimo! Estava cansada, faminta, e sem transporte! Então nós seis fomos procurar uma alternativa, todas péssimas, claro: um taxista queria cobrar S/100,00 de cada um (absurdo!), outro queria nos cobrar S/70,00 por pessoa, mas só conseguiria levar quatro pessoas, também não era uma opção. Então eu vi um ônibus que estava com uma “placa” improvisada escrita em papel de caderno com caneta BIC “Cusco”, quase chorei de felicidade. Fui correndo perguntar pro motorista, ele nos disse que sairia S/30,00 por pessoa, chorei o preço e falei que eu só tinha S/30,00 para duas pessoas, mas que se ele fizesse esse preço pra todos, iriam 6 pessoas. Então ele topou, e mais de duas horas depois tentando achar uma solução, entramos todos e fomos embora pra Cusco. O caminho foi conturbado, pois mais uma vez, a minha teoria sobre os motoristas peruanos loucos se confirmou, pensei que fôssemos morrer pelo menos 3 vezes durante um curto percurso de 80km . Mas mais uma vez, contando com a sorte, chegamos inteiros e exaustos !!! Fomos a um supermercado juntos para procurar um pisco para o colombiano levar de presente a um amigo e depois de lá ninguém aguentava mais nada, então só nos despedimos e fomos de volta pro Hostel Pumacurco que havíamos nos hospedados antes. Chegando lá eu só queria uma cama e um banho quente, mas lembram?, aquele hostel tinha o pior chuveiro da viagem, e de novo, passei nervoso com o banho “Aqui tá quente, aqui tá frio, muito quente, muito frio”. Fui dormir chateada, mas cansada demais para me importar mais.
  6. Oi Vanessa, Tem como fazer uma trilha de Santa Teresa até a Hidroeletrica, onde vc vai se encontrar de novo com o grupo que foi fazer a tirolesa. Teve um pessoal do nosso grupo que preferiu fazer essa trilha.
  7. CONTINUANDO O RELATO, INÍCIO DA INKA JUNGLE: 23 de Julho - 8º dia (DIA 01 - Inka Jungle): - Down hill de bike; - Rafting (acabamos não fazendo); - Hostel em Santa Maria. Acordamos cedo pois deveríamos esperar a van que nos levaria ao início da trilha às 09h00 em frente à agência. Fizemos o check out e deixamos as mochilas no hostel com a proprietária. Fomos tomar um café antes de ir até o local combinado. Tomamos um café simples (S/10,00) perto da agência e depois esperamos até as 09h00, várias pessoas foram se juntando a nós, acho que as empresas marcam o ponto de encontro no mesmo local. Deu 09h10 e as vans chegavam e iam chamando os nomes das pessoas e as levando para diferentes passeios. Esperamos mais 10min, chegavam pessoas e iam pessoas e nada de virem chamar a gente, e mais 10min... aí começou a bater um medinho de termos sido enganados Já comecei a procurar o número do celular do cara que nos vendeu os tours. Então, 40min depois, veio um guia bastante afobado gritando nossos nomes, e o local já estava vazio, ele só disse “vem comigo” e começou a andar num passo muito rápido, subindo as ruas e escadas, que nós que não estamos acostumados com a altitude, quase não conseguimos acompanhar. O guia nos indicou uma van, perguntou se falávamos inglês ou espanhol (disse que falávamos os dois), aí ele nos colocou em uma van. Já tinha algumas pessoas nessa van, eles estavam separando as vans por língua, e nos colocaram em uma van com pessoas que falavam inglês. O guia fechou a porta e nós fomos. É bem assim, eles não explicam nada, nem conversam nada durante a viagem. No meio do caminho, a nossa van e outras que iam na frente param em um depósito, onde pegam as bikes e os equipamentos para a primeira parte da trilha que é um downhill de bike. Já com as bikes e equipamentos na van, andamos durante 1h30 mais ou menos, até chegarmos ao ponto mais alto do trajeto, “Abra Malaga”, a mais de 4300m de altitude, de onde inicia o downhill. No meio do caminho, eu escutei as conversas do guia, ligando desesperadamente pros hostels procurando vagas para 35 pessoas pra passar aquela noite, depois ouvi ele ligando para os restaurantes pedindo refeição pra 35 pessoas (ligou pra uns 4 ou 5 até conseguir fechar com algum) . Enfim, acho que tudo lá acontece assim, tudo em cima da hora, mas em relação a hospedagem e comida, durante toda a trilha, não deu nenhum problema (incrivelmente!). Enfim, chegando a Abra Malaga, os guias nos deram as primeiras instruções de segurança sobre o downhill, eles não desceram de bike conosco, vão escoltando o grupo do início ao fim com a van. Uma van vai escoltando os primeiros lá na frente e outra vai atrás, escoltando os últimos. Escolhemos então as bikes (teste bem os freios porque você vai precisar muito ), colocamos os capacetes, luvas, colete, joelheiras, caneleiras e cotoveleiras e começamos. A descida é toda asfaltada e tem uns 20km de distância. No trajeto, tem uns trechos com curvas bem acentuadas e um precipício logo abaixo, então é preciso atenção. Como é só descida, chegamos a velocidades muito altas, então se estiver inseguro, freie!!! No caminho, tem algumas minas de água que passam no meio da estrada e atravessamos essas minas, é muita adrenalina! A paisagem ao longo do trajeto é incrível, com muita vegetação e a vista é muito foda! Eu e o Flávio não temos muita experiência com down hill de bike, mas é tranquilo, só precisa tomar cuidado nas curvas e dá pra seguir de boa. Ponto de partida do down hill: Abra Malaga by Denise K., on Flickr Down Hill: Down Hill Inka Jungle by Denise K., on Flickr A descida segue até um pouco antes de Santa Maria, uma vilazinha onde almoçamos e a comida está incluída no pacote. Comemos um buffet simples mas gostoso, tinha opções vegetarianas (ovo, legumes, arroz) e tinha ainda um suco e sobremesa incluída. Depois do almoço, a van nos leva até Santa Maria. Lá, antes do jantar, é possível fazer um rafting com custo adicional. Não me lembro muito bem quanto era, mas acho que algo em torno de S/60,00 por pessoa, optamos por não fazer porque queríamos economizar, afinal ainda teríamos muito chão de viagem pela frente.O pessoal que foi adorou, depois bateu um arrependimento de não ter ido. Então, se vocês puderem, façam! :'> Enquanto o pessoal estava no rafting, o guia nos levou a um hostel onde passamos a noite. O quarto é coletivo e sem banheiro privativo, e os guias que encaixam as pessoas nos quartos. Dividimos com duas canadenses super antisociais . Então fui tomar um banho, estava super gelado, ainda bem que fazia um calor de lascar lá. Aliás, isso é uma coisa que me surpreendeu na trilha, pelo menos onde passa a Inka Jungle, fez muito calor durante o dia e a noite a temperatura era agradável, nada muito frio, mesmo no inverno. O único dia frio mesmo foi de manhã no Machu Picchu. O pessoal voltou do rafting e logo depois serviram o jantar, tudo incluso no pacote. As refeições foram uma grande surpresa pra mim durante essa trilha. Foram todas muito gostosas e completas, sempre tinha uma entrada (sopa, salada ou pãozinho), prato principal (carne ou vegetariano, com acompanhamentos - arroz e legumes), suco/mate e sobremesa! Incrível como eles conseguiam cozinhar pra tanta gente, mesmo em lugares bem afastados como alguns que passamos no meio da trilha. Depois fomos dormir porque o dia seguinte seria o mais pesado da trilha, apenas trekking. 24 de Julho - 9º dia (DIA 02 - Inka Jungle): - Trekking por mais de 20km; - Paisagens lindas; - Baños termales para fechar o dia; - Hostel em Santa Teresa. Para começar o dia, tomamos um café da manhã reforçado em Santa Maria e mais uma vez a refeição nos surpreendeu. O café tinha diversas opções pra você escolher: panqueca, bolo, salada de frutas, além de pãezinhos, chá e café com leite. Café tomado, lá pelas 09h30 começamos o trekking que seguiria por 8h. O início é bem tranquilo, vamos por uma parte asfaltada até o início de uma trilha. No início do caminho vamos passando por propriedades rurais, com plantações de coca, café e até de cacau. Conforme avançamos na trilha, vamos nos afastando mais das propriedades e adentrando as matas. O caminho percorre o Rio Vilcanota e a paisagem vai ficando cada vez mais linda e a trilha mais difícil também, pois ela tem várias subidas e descidas. Dica 01: No caminho há alguns moradores que vendem água e algumas coisas para comer, bolachinhas e tal. Como é difícil carregar muita água por causa do peso durante a trilha, essa é a melhor opção, ir comprando no caminho. Achei que os preços fosse exorbitantes por estarem muito isolados e o transporte de produtos ser feito tudo no muque mas, pra minha surpresa, os preços ficavam entre S/3,00 e S/4,00 uma garrafinha de água de 500ml, se for parar pra pensar em São Paulo vendem por esse preço em qualquer restaurante por aí. Outra opção é levar pastilhas de purificação de água e pegar água de bicas, não vi ninguém fazendo isso lá no nosso grupo, mas tem gente que opta por essa alternativa para não gastar (não sei como é a qualidade da água por lá, melhor pesquisar antes). Dica 02: Há banheiros no caminho, alguns ok até, com descarga (quando estava funcionando), mas tem uns banheiros bem tensos também, que são só um buraco no chão. Por via das dúvidas, use o banheiro sempre que achar um, porque o próximo pode não ser tão cedo . O lugar onde almoçamos nesse dia foi super legal, no meio de uma propriedade rural. Quando chegamos, a comida já estava toda pronta, e a refeição foi bem completa: sopa de entrada com pãezinhos, espagueti de prato principal e um docinho de sobremesa. Depois do almoço, o caminho começou a ficar mais fácil, com mais descidas. A paisagem acompanhava sempre o rio. Pegamos uma parte da trilha original inca, com escadas em pedra. É um trecho um pouco mais difícil pois os degraus são bem altos e meus joelhos já estavam doendo. Escadaria Inka, trecho de trilha inka original: Camino Inka by Denise K., on Flickr Depois seguimos descendo o rio, até chegar em umas cachoeiras, onde os guias pararam pra gente se refrescar. Eu estava com uma dor de cabeça lascada nessa hora , não consegui entrar na água, pois estava muuuito gelada. O Gustavo, nosso guia, me ensinou um truque para passar a dor de cabeça: ele pegou um pouco de alcool liquido, jogou nas mãos, esfregou, bateu palma três vezes e passou as mãos no meu rosto. Parece mentira, mas a dor parou na hora. Ensinamentos da abuelita dele, ele me disse . Descendo o rio: Camino a Machu Picchu by Denise K., on Flickr A trilha acompanha o rio, lugar onde paramos para tomar um banho de cachoeira, água geladíssima: Camino a Machu Picchu by Denise K., on Flickr Depois da pausa na cachoeira, e minha dor de cabeça curada, atravessamos uma ponte que tem um visual lindo! Ponte sobre o Rio Vilcanota: Camino a Machu Picchu by Denise K., on Flickr Depois, seguimos andando mais uns 5km por uma trilha ao lado do rio e em um certo ponto temos que atravessá-lo de novo em uns carrinhos puxados por cabos de aço, muito legal Travessia do Rio: Untitled by Denise K., on Flickr Por fim, andamos mais meia hora e depois de mais de 20km de caminhada em temperaturas que, segundo o guia, chegou a 35°C durante a travessia, chegamos aos banhos termais (hot springs) de Santa Teresa onde, por um valor bem baixo, acho que por volta de S/5,00 por pessoa, tomamos um banho delicioso para relaxar os músculos da caminhada . Banhos termais em Santa Teresa: Hot Springs Santa Teresa by Denise K., on Flickr Depois dos baños, uma van nos levou para os hostels, onde jantamos e fomos dormir. Aproveite para se lavar mesmo lá nos baños termais, pois provavelmente seu hostel não terá água quente, como foi o nosso caso . Ficamos novamente em um quarto coletivo, que dividimos com um casal de londrinos muito legal, trombamos com eles coincidentemente de novo em Puno 25 de Julho - 10º dia (DIA 03 - Inka Jungle): - Zipline e “ponte do rio que cai”; - Trekking de Hidroelétrica a Aguas Calientes; - Hostel em Aguas Calientes. No terceiro dia, estava programado um passeio para atravessar o Rio Vicanota de tirolesa (zipline). Esse passeio é opcional e custou S/160,00 para duas pessoas. Eu morro de medo de altura, mas resolvi encarar, afinal não é sempre que dá pra cruzar um zipline de 2,5km! A van nos leva até a base da tirolesa, onde recebemos os equipamentos e as instruções. A melhor dica é freie quando avisarem pra freiar ! São 7 cabos de aço, totalizando 2,5km. Pelo que os guias disseram, em alguns trechos, chega a 60km/h . Eu já tava com cagaço, mas uma americana que conhecemos lá começou a conversar comigo e fui me acalmando, e ela foi antes pra me dar incentivo. O primeiro pulo é o mais dificil, muito estranha a sensação de pular no precipício, depois eu fui perdendo o medo e já estava me divertindo. É muito incrível, recomendo muito! :'> :'> :'> Depois do zipline, temos que atravessar uma ponte que, para quem como eu morre de medo de altura, é o pior pesadelo do mundo. É uma ponte de madeira sustentada por cabos de aço, quando venta balança muito e vc tem que se equilibrar para se manter no meio da tábua. Pra mim foi a pior parte, eu tremia muito de medo e travei umas três vezes lá em cima . O Flávio vinha atrás de mim dando muita risada dos meus gritos histéricos . Ainda bem que foto não tem som, pq nessa hora eu estava gritando lá na frente kkkkk: Quando finalmente terminei de atravessar a ponte eu tremia igual vara verde, nunca tive tanto medo na vida, mas estava feliz porque havia conseguido! Venci meu medo de altura!!! Depois dessa ponte macabra, seguimos de van até a Hidrelétrica, onde almoçamos e depois continuamos com trekking pelos trilhos do trem que vai até Aguas Calientes, são mais uns 10km de trilha e umas 4/5h. Essa parte da trilha foi a minha favorita, porque é bem arborizada, mais fresca que no dia anterior e tão bonita quanto. Durante a caminho, as vezes temos que ficar fora dos trilhos pois o trem passa por lá. Trekking pelo trilho do trem até Aguas Calientes: Camino a Aguas Calientes by Denise K., on Flickr Trekking pelo trilho do trem até Aguas Calientes: Camino a Aguas Calientes by Denise K., on Flickr Chegamos enfim a Aguas Calientes, ou Machu Picchu Pueblo, onde passamos a noite para finalmente conhecermos o incrível Machu Picchu! No jantar desse dia, os guias nos deram as entradas do Machu Picchu e as instruções para o dia seguinte. Eles nos encontrariam na entrada logo que as portas abrissem, para iniciarmos o tour guiado. Como não teríamos tempo de tomar café no dia seguinte, eles nos deram um kitzinho de comida (banana, um suco, lanche e umas bolachinhas). Há duas opções para chegar até a reserva do Machu Picchu: a pé, em uma trilha de mais ou menos 1h de subida em escadarias ou de ônibus que sai lá de Aguas Calientes. Nós resolvemos ir de ônibus pois, devido ao horário que conseguimos de trem, teríamos muito pouco tempo no Machu Picchu e queríamos estar inteiros para ver tudo o que conseguíssemos em menos tempo. Compramos o ônibus, S/38,00 por pessoa, bem salgado o preço, mas no nosso caso valeu a pena. Logo depois fomos pro hostel, onde dividimos um quarto suíte com as americanas que me ajudaram a encarar meu medo no zipline Pela primeira vez, a gente ficava em um quarto confortável, com banheiro privativo e, pasmem, chuveiro quente!!!. Foi o paraíso. Dormi super bem nesse dia, super ansiosa pro dia seguinte.
  8. Oi Mari, Eu gostei muito da bota que comprei (da Quechua), ela não é muito pesada e serviu muito bem pra trilha que fizemos. Usei ela a viagem inteira e em nenhum momento ela me deu bolhas. Compre um número maior ou veja se ela tem pelo menos um dedinho de espaço. Outra dica é comprar umas meias para trilha que vendem na Decatlhon. Algumas pessoas falam que também não é bom cortar as unhas muito antes de usar as botas pois elas protegem os dedos do impacto hehehe Você tem o link da bota Denise? Boa dica Olhei no site e não tinha mais na Decatlhon o modelo que eu comprei, mas achei esse vídeo do modelo: Na época paguei R$99,00, foi um achado! hehehe
  9. Oi Lili, Que legal que está gostando! Continue acompanhando que vou tentar atualizar todos os dias um pouquinho! Olha, pelo que sei, tem alguns pacotes que duram 2d/1n, ou seja, você vai de van de Cusco até Ollantaytambo, onde pega um trem de lá para Aguas Calientes. Lá em Aguas Calientes vc passa uma noite. No segundo dia bem cedinho, vai pro Machu Picchu (se posso te dar uma dica, vá tipo muito cedo mesmo, pq o nascer do sol lá é maravilhoso, vale muito a pena). Na ida pro Machu Picchu vc pode ir caminhando (é uma subidinha bem difícil, muitos degraus ) ou pode pegar um ônibus que sai de Aguas Calientes até o Machu Picchu. Depois do Machu Picchu você não precisa dormir em Aguas Calientes não, dá pra voltar pra Cusco direto, só precisa comprar as passagens de volta de trem num horário que dê tempo de fazer tudo lá (tem uns horários a noite também). Aí faz o caminho inverso, trem de Aguas Calientes a Ollantaytambo e van ou onibus de Ollantaytambo a Cusco! Não conheço quem tenha feito um bate/volta no mesmo dia, não sei nem se tem alguma agência que ofereça um passeio assim. Mesmo se oferecer, eu acho que não vale a pena, pq vc vai ficar muito cansada da viagem e não vai aproveitar ao máximo o Machu Picchu, lá é enorme e tem que ter tempo e estar bem pra ver tudo! Espero ter ajudado! Beijos!
  10. Oi Vanessa! Tudo bem? Acabei de postar a segunda parte do relato, lá eu falo os valores do pacote que achamos na época pra Inka Jungle e Salkantay. Beijos
  11. Oi Mari, Eu gostei muito da bota que comprei (da Quechua), ela não é muito pesada e serviu muito bem pra trilha que fizemos. Usei ela a viagem inteira e em nenhum momento ela me deu bolhas. Compre um número maior ou veja se ela tem pelo menos um dedinho de espaço. Outra dica é comprar umas meias para trilha que vendem na Decatlhon. Algumas pessoas falam que também não é bom cortar as unhas muito antes de usar as botas pois elas protegem os dedos do impacto hehehe
  12. Oi Quel, tudo bem? Fico feliz que esteja gostando do relato! Sim, é bem difícil achar quartos com valores legais, tem que procurar bastante, eu reservei tudo pelo Booking, nenhum deu problema! Acabei de postar a segunda parte do relato, onde eu coloco os valores da trilha, dá uma olhadinha lá!!! Beijos
  13. CONTINUANDO O RELATO... 21 de Julho - 6º dia (CUSCO): Depois de muuuuitas horas de viagem, chegamos a Cusco por volta das 16h, muito cansados. Como eu disse, passo muito mal durante viagens de ônibus longas e nessa não foi diferente, as últimas 5h de viagem foram um tormento, não via a hora de chegar logo . O Flávio, ao invés de me fazer companhia, foi dormindo do início ao fim da viagem Quando finalmente chegamos, eu já estava zonza de tanto ônibus ãã2::'> . Pegamos um táxi (S/14,00) do terminal até o Hostel Pumacurco, que já havíamos reservado pelo Booking. Ele fica numa ruazinha com escadaria, acessível apenas para pedestres. Fizemos o check in no hostel e saímos para comer alguma coisa. Já estava tarde para almoçar, então não haviam muitos restaurantes abertos. Fizemos um “almojanta” em um restaurante chamado “Las Mustas”. Comemos uma massa, que não tinha nada de mais, mas como estávamos mortos de fome, parecia um banquete. A refeição saiu S/36,00 para nós dois. Depois fomos dar uma volta antes de retornar pro hostel e descansar. Entramos em um café e tomamos um mate de coca com uma sobremesa (S/13,00), o mate de coca é muito bom pra ajudar na aclimatação da altitude. Eu já estava sentindo as consequências da altitude: dor de cabeça e um pouco de tontura, por isso corri pra uma farmácia para comprar a famosa Sorochi Pills (para mal de altitude), foi uns S/6,00 uma cartela com 6. Como eu já havia passado por uma má experiência antes por causa de altitude no Atacama, no Chile (apaguei, passei mal, mas isso eu conto uma outra vez ), estava com medo de estragar de novo nosso rolê, então agi antes que o pior acontecesse . Andamos mais um pouco pela Plaza de Armas, mas logo um chamado da natureza chegou e voltamos correndo pro hostel. Era o primeiro desarranjo intestinal que a gente passava (em toda a viagem eu passei por três e o Flávio, por duas) . Agora não sabemos exatamente o que foi, se foi a comida ou o suco que tomamos, ou os dois . Aliás, essa é uma dica importante: evite tomar sucos naturais ou qualquer coisa feita com água sem que esta seja fervida. Água, de preferência mineral de garrafinha fechada! Mais tarde, no começo da noite, já estávamos melhor e saímos pra procurar um pacote de trilha pro Machu Picchu. Havíamos pesquisado antes pela internet e estávamos em dúvida entre três opções: Salkantay, Lares Trek ou Inka Jungle. O Camino Inka original já não tinha vagas. Para você fazer essa trilha, precisa reservar com muitos meses de antecedência e pagar uma pequena fortuna (algo em torno de US$ 700,00 em alta temporada, época que fomos). Então fomos perguntar em várias agências os preços e o que recomendavam. Pelo que entendi entre as três opções que pensamos: 1- Salkantay: é a que tem as paisagens mais bonitas, ela percorre um caminho mais selvagem, com nevados, matas fechadas, rios e riachos, mas é a que mais exige do condicionamento físico da pessoa. A trilha clássica é de 5 dias e 4 noites, mas tem versões mais curtas de 4d/3n, e é na base de camping. No inverno as temperaturas chegam facilmente abaixo de 0°C, então acampar pode ser mais difícil por essa razão. Achamos valores entre US$350 e US$600,00 p/pessoa. Por causa principalmente do valor, não optamos por essa. 2- Lares Trek: ainda é uma trilha recente, não tem muita procura. Dessa forma, poucas agências fazem esse tour. Encontramos poucas que fariam, mas seria de forma privativa, ou seja, iria apenas nós dois com um guia, devido justamente à falta de procura. De longe, essa era a minha favorita, pois faz um percurso de 4d/3n que, além de lindo, também é muito diferente dos demais por ser menos turística e você pode conviver durante esses dias com as famílias que moram por lá e comer com eles, pois as bases de camping são nas propriedades das famílias. Enfim, era a opção mais cultural de todas. O valor estava bem alto, o mais barato que achamos estava em torno de U$400,00/pessoa, então também acabamos desistindo dessa opção devido aos valores. 3- Inca Jungle: tem muita procura, e era a mais barata. Ela tem diversas atividades, não só o trekking. Depois de pesquisarmos em várias agências, conseguimos o valor de US$520,00 p/ os dois, ou seja, US$260,00 p/ pessoa, na agência Action Machu Picchu (falamos com o Adrian). A agência é muito pequena e no começo ficamos um pouco desconfiados, é uma portinha que divide espaço com uma lojinha de variedades e uma casa de câmbio, tudo no mesmo espaço! Mesmo assim, pelo preço, resolvemos arriscar, fechamos um pacote que incluía: - traslado de van (IDA) de Cusco até início da trilha; - traslado de van (VOLTA) de Ollantaytambo para Cusco; - entradas para o Machu Picchu (sem Huayna Picchu); - refeições e hospedagens todos os dias; - passagem de trem (VOLTA) de Aguas Calientes a Ollantaytambo. Combinamos que nos encontraríamos em frente à agência às 9h00 no primeiro dia para pegar a van. A agência nos entregou no dia as passagens de trem. Só havia horário disponível às 14h30, um dos primeiros horários, então sobraria menos tempo para ver o Machu Picchu e não daria para subir o Huayna Picchu. As entradas para o Machu Picchu foram entregues depois pelos guias. Pagamos e depois voltamos pro hostel e fomos dormir. Hospedagem: Hostel Pumacurco - Cusco US$ 29,00 (duas noites) Quarto duplo com suíte, sem café da manhã. A dona do hostel é meio atrapalhada, mas gente boa . A limpeza deixa a desejar, as roupas de cama tinham pêlos de animais (acho que dos cachorros dela ) e o quarto cheirava mofo. O chuveiro não esquentava direito e em Cusco faz muito frio, não dá pra tomar banho gelado, passamos nervoso com o chuveiro diversas vezes. Ainda tinha outra, eles desligavam o aquecedor do chuveiro entre 20h00 e 06h00, ou seja, quando estava “funcionando”, não esquentava e ainda tinha restrição de horário! A localização é boa, a uma distância de 500m da Plaza de Armas, mas acredito que tenham hostels bem melhores por aí pelo mesmo preço. 22 de Julho - 7º dia (CUSCO): Resolvemos tirar esse dia para visitar alguns museus e depois descansar porque no dia seguinte iríamos começar a trilha. Logo que acordamos, deixei algumas roupas com a dona do hostel para ela levar para uma lavanderia, pagamos S/15,00 para lavar quase todas as peças que levamos. Fomos tomar café fora pois nosso hostel não oferecia café, entramos em uma padaria simpática e pedimos um pão recheado e um café com leite para cada que saiu por S/8,00 para os dois. Após o café, saímos em busca de informações sobre os museus, eu queria visitar a Catedral de Cusco, a principal construção na Plaza de Armas, então fomos primeiro lá. Nos informaram que existe um bilhete que dá pra visitar vários museus, então compramos esse ingresso (a tarifa de estudante é S/15,00 por pessoa), chama-se CRA (Circuito Religioso Arzobispal), e inclui entradas para: Catedral Templo del Triunfo Templo de la Sagrada Familia Templo de San Blas Templo de San Cristóbal Museo Arzobispal Boleto do CRA: A Catedral é, sem dúvida, a mais completa e que demanda mais tempo de visitação. Na entrada, recebemos um audioguide para acompanhar a visitação. A arquitetura barroca da parte interior da igreja é impressionante, todos os elementos tem ornamentos detalhados, em toda a igreja há muita prata e ouro e a explicação histórica do audioguide é super completa. Catedral de Cusco: Cuzco by Denise K., on Flickr Catedral de Cusco: Cuzco by Denise K., on Flickr Depois, seguimos visitando as demais igrejas, e finalmente chegamos na última igreja do circuito, o Templo San Cristóbal, que está localizada em um cerro mais alto com vista para a Plaza de Armas. Não é tão majestosa como as demais, mas é super simpática e tem a escala perfeita. Dá para subir na torre e tem uma vista super legal da cidade. Essa é a vista que se tem na praça do Templo San Cristóbal: Plaza de Armas - Cuzco by Denise K., on Flickr Torre do templo San Cristóbal: Templo de San Cristóbal, Cusco by Denise K., on Flickr Depois de visitarmos os museus, fomos andar pelas diversas feiras de artesanias que tem em Cusco. Andando pela Plaza de Armas, às vezes nos sentíamos bem incomodados pois, a toda hora, havia alguém querendo nos vender um tour, um artesanato, insistentemente. Algumas vezes ficávamos mesmo indignados e tristes pois muitas crianças passavam o dia todo na rua trabalhando, vendendo alguma coisa ou posando com llamas e alpacas para tirar fotos com turistas, realmente triste! Ruas de Cusco: Por las calles de Cusco by Denise K., on Flickr Já no final da tarde, passamos no Mercado Municipal de Cusco. É muito interessante e bem grande. Vende-se de tudo lá: desde artesanato, frutas, ervas locais e até refeições. Só não arriscamos comer por lá pois ainda estávamos nos recuperando do primeiro desarranjo e no dia seguinte iríamos começar a trilha e a gente precisava estar 100% Mercado Municipal de Cusco: Mercado municipal de Cusco by Denise K., on Flickr Passamos em um supermercado e compramos algumas coisas para levar na trilha no dia seguinte: bolachinhas, amendoins e castanhas, barrinhas de cereal, frutas e 2l de água para cada. Voltamos para o hostel para descansarmos e recarregarmos as energias pro dia seguinte! Peguei as roupas que havia mandado pra lavanderia e estava faltando umas peças minhas e um par de meias do Flávio, mas resolvemos não correr atrás. Arrumamos as nossas coisas, separamos nas mochilas menores o seguinte: - algumas peças de roupa pra levar na trilha, recomendo levar uma camiseta dry-fit, bermuda, uma blusa corta vento leve, uma calça e uma blusa um pouco mais quentinha, peças íntimas e uma boa meia para usar com a bota para não dar bolhas; - itens de higiene pessoal (escova e pasta de dentes, protetor solar e repelente - importante!!! - lencinhos umedecidos e papel higiênico); - chinelo; - remédios (recomendo que levem pelo menos aspirinas para dor de cabeça e dor de estômago, band-aids, e as famosas Sorochi Pills); - câmera; - dinheiro (só usamos para comprar água no meio do caminho, o resto estava tudo incluído); - documentos. As mochilas maiores deixamos no hostel pois voltaríamos lá de novo depois da trilha. Passei frio e nervoso com o chuveiro do hostel de novo, a água esquentava muito e do nada esfriava , mas consegui terminar o banho, depois fomos dormir pra começar chique o dia seguinte
  14. Mari, Qual será seu roteiro? No Peru eu achei que seria mais frio, mas só no Machu Picchu, e bem de manhãzinha, fez frio. Nos outros dias, em alguns lugares, fez até calor. Mas na Bolívia era bem frio, principalmente no Salar do Uyuni (chegamos a pegar um dia com -15°C de sensação térmica!!! ). No Salar venta muito , e pegamos no último dia uma tempestade de areia que não dava nem pra sair do carro. Quanto aos banheiros, no Peru tem vários sanitários públicos nas ruas, onde vc paga S/1 e pode usar, alguns não tem nem descarga e tem que ser na base do baldinho hehehe. Na Bolívia, os banheiros são bem piores! Principalmente no Salar, passei alguns apuros. Tinha uns banheiros que era só um buraco no chão De qualquer forma, carregue sempre um pacotinho de lencinho umidecido e um rolo de papel higiênico hehehehe
  15. Oi Mari! Que bom que está gostando! É a primeira vez que estou fazendo um relato aqui e tô me divertindo muito Então, no total, calculei algo em torno de R$4800,00 por pessoa, incluindo tudo! Em dólares com a cotação da época, seria aproximadamente US$1450,00, considerando que ficamos em quartos privativos, achei que foi um valor bom. Os ônibus da Cruz del Sur que peguei, todos tinham banheiros sim, e eles param em alguns lugares, alguns meio podrão, para o pessoal usar. Dependendo, o banheiro do ônibus é até melhor rsrsrs.
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