Serra do Tepequem - Roraima - Brasil

Belém - Manaus - Roraima

Oi gente! Alguém quer conhecer parte da nossa Amazônia?

Bom, vim relatar a minha viagem para a Serra do Tepequém, que aconteceu entre 27/12/13 e 02/01/2014, localizada em Roraima.

Apesar de ser de Belém, a verdade, é que eu nunca me interessei em conhecer Roraima, sempre tive poucas informações sobre o estado. O convite surgiu do meu amigo Du que está viajando pelo país, então resolvi pegar uma carona com ele

Saí de Belém dia 25 de dezembro ( isso mesmo, Natal ) para Manaus de avião, onde ele estava me esperando, ficamos em Manaus mais 2 dias e dia 27/12 partimos de ônibus para Boa Vista. Fomos pela empresa Eucatur, a passagem custa R$ 128,00 e tem saída diária. Saimos a noite, a viagem dura cerca de 10h, e tem várias paradas, em uma delas policiais entraram no ônibus e pediram nossas identidades, e um deles veio conosco, talvez pelo fato de o Du possuir várias tatuagens, não sei, veio nos perguntar o que íamos fazer em Roraima, como nos conhecemos ( pelo fato dele ser paulista e eu paraense ), enfim, desconfianças, mas depois de tudo explicado, ele devolveu nossas identidades e seguimos caminho. Chegamos em Boa Vista por volta de 8h da manhã.

Boa Vista - Serra do Tepequém

Chegamos em Boa Vista e fomos conhecer a cidade, andando, diferente das grandes capitais, Boa Vista tem ares de interior, cidade calma e com uma orla muito bonitinha e cheia de camaleões. Nas ruas, facilmente vemos a venda de produtos vindos da Venezuela, país vizinho. Ah, e não deixe de comer a paçoca com banana vendida nas ruas, custa R$ 2,50 e é maravilhosa. Andamos durante uma manhã inteira na capital do estado de Roraima.

Nosso ônibus tinha saída as 14h. De Boa Vista para a Serra de Tepequém são 210km, e a passagem custa 23 reais, você tem a opção de comprar para o centrinho do município de Amajari, onde fica localizada a serra, a passagem é mais barata, mas fica mais longe e vai te dar mais trabalho depois, é melhor comprar direto para o Pé da Serra, você fica bem mais perto, foi o que sugeriu o funcionário e foi o que fizemos. Como é serra, o final do caminho é de subida, o ônibus em que fomos era grande e velho e quase não dá conta de subir, sem contar umas pontezinhas de madeira sinistras que ele passa, paramos algumas vezes, mas depois a viagem seguiu tranquila. Chegamos ao pé da serra, por volta de 19h, já estava bem escuro, e de onde o ônibus nos deixa, até a vila onde há alojamentos, são 6km de subida. A princípio não sabíamos o que fazer, mas como algumas pessoas desceram junto com a gente, e tinham pessoas esperando por eles lá em motos e carros, enfim, conseguimos uma carona em duas motos. Emoção pura na subida e na curvas escura da serra.

Vila de Tepequém

Durante o caminho até a vila, fui conversando com a menina que estava dirigindo a moto, perguntando sobre pousadinha pra ficar pelo menos nessa primeira noite, ela nos levou a pousada do tio dela, não lembro do nome, mas a vila possui várias e para quem quer acampar ou colocar rede, é bem baratinho. Ao chegar lá, negociamos o valor da diária, como andamos com redes, ele deixou por R$ 10,00 pra gente colocar as redes embaixo de um barracão todo aberto. As noites em Tepequém são frias, então melhor levar uma roupinha quentinha para dormir. Ah, só pra lembrar, não não tem cobertura de nenhuma operadora de celular, a comunicação acontece por um orelhão.

No outro dia, de manhã cedo saímos para explorar, pois como chegamos a noite, não deu pra ver nada. A vila tem uma rua principal, asfaltada e varias casas, pousadinhas e restaurantes, um ao lado do outro. O clima é bem gostoso e a paisagem é maravilhosa.

Cachoeira do Paiva

Na minha opinião, a cachoeira do Paiva é a mais bonita e a de melhor acesso, dá pra ir andando, são cerca de 2km em estradinha de terra, não há erro. No local há placas para identificar o local, antes de descer a escadaria de cerca de 200 degraus, vale a pena andar um pouco para o lado direito e ter essa vista de cima da cachoeira.

Depois de contemplar essa paisagem maravilhosa, resolvemos descer, como era fim de ano, estava meio lotado, tomamos um banho rápido e acredite, esqueci de tirar foto de frente da cachoeira , esse negócio de muitas pessoas no mesmo local me deixa meio atordoada, fui em busca da natureza e não de estresse. Enfim, tirando a quantidade de gente no local, a água é gelada e maravilhosa. Resolvemos subir pelo outro lado, dessa vez sem escadas, somente se apoiando com as mãos, foi cerca de 20 min, e nos deparamos com esse visual . Inacreditável.

Caminhando ainda lá por cima, com bastante cuidado, fomos para cima da cachoeira, o lugar onde ela começava a cair, e fantástico, não havia ninguém para nossa felicidade, até porque o acesso é meio ruim e precisa de disposição. E adivinhem, colocamos é claro uma rede para apreciar o local lindoooo.

Ainda vou falar sobre a subida no Platô , cachoeira do Funil e Chillin do Gringo, assim que tiver um tempinho, volto por aqui

que massa, mayara!! fotos lindas ate agora!! essa é uma viagem que eu sempre quis fazer, entao to aguardando ansiosa!!!

Por favor, posta o resto. Quero ver maia fotos. Estou me preparando pra ir pra lá com um grupo. Somos todos de Manaus e curtimos aventuras. Essa com certeza é uma aventura incrível.

Obrigado pelas fotos e relatos.