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20 DIAS NOS EUA: MISSISSIPI, LOUISIANA E FLÓRIDA (COM PARQUES)


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Olá pessoal, tudo bem?

 

Estou escrevendo este relato de viagem porque me senti na obrigação de compartilhar minhas experiências (de marinheiro de primeira viagem) no passeio pros EUA. Apenas peço desculpas em ter demorado um pouquinho a postar o relato, mas estive muito ocupado os últimos meses! hehehe

 

Sempre achei que seria muito custoso e trabalhoso fazer uma viagem internacional. Mas lendo os relatos do pessoal aqui no Mochileiros e fazendo pesquisas, percebi que não é nenhum "bicho de sete cabeças" (desde que, claro, o planejamento seja realizado com antecedência).

 

Como as minhas dúvidas eram imensas, e as mais variadas possíveis, resolvi escrever um relato bem detalhado – vocês vão ter de ter paciência para ler tudo!

 

PRÉ-TRIP

 

Como todos sabem, para entrar no EUA é preciso fazer o visto, a não ser que tenham passaporte de algum país que seja dispensado. Como este não é o meu caso, já que usei o passaporte da gloriosa República Federativa do Brasil, fui obrigado a tirar o visto, passando pela tão temida entrevista…

 

Bom, não sei se é verdade, mas me falaram que o lugar mais fácil para fazer o visto é o Rio de Janeiro, pois os outros consulados, especialmente o de São Paulo, são mais rigorosos. Porém acho que é lenda, porque atualmente, devido à crise nos EUA, eles estão concedendo visto para praticamente todos aqueles que pedem.

 

O procedimento para agendar o visto é bem tranquilo, embora seja trabalhoso. Não vou falar muito a respeito de todo o trâmite, pois mudou há pouco tempo… Só digo uma coisa: NA MINHA OPINIÃO não precisa gastar dinheiro com despachante, pois o formulário é bem fácil de responder. Ah, é claro: não mintam nele!

 

Quanto ao agendamento em si, não houve problemas, porque existiam bastantes datas disponíveis. Apenas para ter uma ideia, eu entrei no sistema e já tinham datas disponíveis para o fim de semana seguinte! Mas, como queria ir junto com uns amigos, que tinham de pedir dispensa no serviço, agendamos para umas semanas após.

 

Dica: agendem a entrevista para o primeiro horário. Garanto que vale a pena "madrugar". Eu fiz isso e não me arrependi. Eles fazem esse agendamento de horários para não chegar todos na mesma hora, porque lá dentro ficam todos os horários misturados. As entrevistas não são por ordem de chegada ou de horário.

 

A entrevista foi bem tranquila. Elas podem ser realizadas em inglês ou português. Como meu "english" é bem básico, não resolvi me arriscar e fiz ela em português mesmo! O funcionário que me entrevistou foi bem atencioso e educado, no estilo americano, claro (não esperem sorrisinhos e outras "intimidades"). Pareceu-me que a entrevista foi "só pra cumprir tabela", porque ele apenas me perguntou o que eu já tinha colocado no formulário (como se quisesse confirmar as informações).

 

Pelo que me lembro, as perguntas foram seis: qual minha profissão, onde me formei, quanto ganhava, se já tinha viajado para o exterior, motivo da viagem e quanto tempo pretendia ficar nos States.

 

Pra mim não pediram nenhum documento. Mas temos de levar, como eles próprios dizem, documentos que comprovem o vínculo com o Brasil, ou seja, que demonstrem que você não vai querer ficar ilegalmente lá. Eu levei tudo que veio à mente: diploma, comprovante de matrícula na pós-graduação, documentos do serviço, etc.

 

Após essa meia dúzia de perguntas, veio a tão aguardada resposta: "seu visto foi concedido"! Depois foi só pagar a taxa do Sedex para que o visto fosse enviado.

 

A grande maioria dos visto eram concedidos, mas vi eles negando para um casal de namorados (jovens). Por favor, pessoal, não pensem que sou preconceituoso ou arrogante, mas devemos ir bem arrumados para a entrevista. Não sei se foi por isso que negaram, mas o rapaz estava vestindo camiseta de física, bermuda e havaianas. Isto é, o negócio é ir um pouco mais arrumado (só para garantir).

 

Com o visto na mão, foi a hora de ver as passagens. Recomendo que se inscrevam nesses blogs de passagens aéreas, onde têm muitas promoções interessantes! Eu fui pela TACA, o que pra mim foi ótimo, porque escapei da conexão em São Paulo, além de pegar um voo curto (11 horas), com conexão de meia hora em Lima – sem falar no ótimo preço.

 

ESTADOS UNIDOS

 

Bom, meu propósito da viagem era acompanhar a formatura de um amigo no Mississipi e depois alugar um carro e seguir até Miami, conhecendo Nova Orleans, Orlando e seus parques. No total, foram 20 dias viajando. Abaixo segue o roteiro:

 

08/05/2012 – Saída de Porto Alegre e chegada EUA (Miami). Miami para Nova Orleans. Nova Orleans para Hattiesburg/MS.

09/05/2012 a 12/05/2012 – Hattiesburg/MS e Nova Orleans/LA (só um dia).

13/05/2012 a 21/05/2012 – Orlando/FL.

22/05/2012 a 28/05/2012 – Fort Lauderdale/FL.

 

HATTIESBURG

 

Bom, essa foi a cidade onde foi a formatura. Meu amigo disse que era uma cidade "pequena", mas não me dei conta que tinha que ter em mente os padrões americanos. A cidade é bem bonita e organizada: grandes avenidas, escolas, universidade, etc. É uma típica cidade norte-americana, com todas aquelas "comidinhas light".

 

Aqui, no interior do Mississipi, ninguém fala espanhol, mas apenas inglês, que é bem carregado no sotaque. Se a pessoa não se concentrar um pouco fica difícil entender em alguns casos. Mas no fim dá tudo certo!

 

Fizemos o trajeto Miami-Nova Orleans de avião (pela American Airlines), o que dá umas duas horas de viagem. Após, tivemos de encarar mais duas horas de viagem de carro até Hattiesburg. Saímos de Porto Alegre às 6 horas da manhã e chegamos em Hattiesburg à uma hora da manhã.

 

A cidade, pelo pouco que vi, não tem muitas atrações turísticas. Vi no GPS que tinha zoológico, mas não cheguei a ver. A universidade (The University of Southern Mississippi), gigante e muito bem estruturada, é um lugar legal pra conhecer.

 

NOVA ORLEANS

 

Adorei a cidade. É tranquilo chegar de carro até lá, mas, claro, GPS é indispensável. A estrada é muito boa e bem sinalizada, mas quando chega perto da cidade é uma infinidade de saídas, entradas e muitos carros que fica quase que inviável de algum turista se achar – isso sem falar em se locomover dentro da cidade.

 

Assim que chegamos, avistamos da entrada o Superdome, que é um estádio de futebol americano gigantesco. Não conseguimos entrar nele, pois não tinha visitação – pelo menos no dia em que fomos (já que a moça da bilheteria não sabia informar e mandou perguntar ao segurança).

 

Uma das coisas que mais me chamou atenção foi a quantidade de mendigos na cidade. Não que a minha cidade (Porto Alegre) não tenha nenhum, mas é que estávamos numa cidade do interior do Mississipi, onde tudo é bonito e organizado – e, pelo menos na parte onde circulamos, não havia uma pobreza explícita…

 

No mais, a cidade é muito bonita, principalmente a região do rio Mississipi. Essa parte turística é de fácil acesso e com bastantes estacionamentos públicos – o que facilita bastante as coisas. Essa parte da cidade é super segura, não tem problema de assaltos – as pessoas andam tranquilamente pelas ruas sem serem incomodadas.

 

Em um raio de 1Km tem um monte de atrações, a começar pela orla do Mississipi. O local e muito bonito, com vários parques e atrações. Pode-se jantar em um barco histórico que sobe o rio ao som de jazz (se não me engano custava US$ 120) ou nos restaurantes que tem na volta (Bubba Gump, Hard Rock, cachorro quente, etc.).

 

Há poucos metros, defronte à Catedral, fica a Jackson Square, onde vários músicos se apresentam, pessoas leem a mão, fazem voodoo… Ou seja, tem pra tudo que é gosto!

 

Uma das partes da cidade que mais gostei foi a famosa Bourbon Street, no coração do French Quarter. É uma rua fechada (à noite) pela polícia que se estende por alguns quilômetros. Nela há vários bares, shows, gente de todo o tipo. Ela é bem democrática: tem desde restaurantes familiares a puteiros! Nas ruas paralelas também tem bastante coisa interessante. Vale se aventurar por lá, mas não muito longe! Quase todas as atrações têm entrada grátis.

 

Jantamos hambúrguer em um restaurante. É uma pena que não me lembro do nome dele (sei apenas que fica em uma esquina, na mesma rua do Bubba Gump), pois, certamente, não recomendaria! Fomos muito mal atendidos pela garçonete. Fiquei na dúvida quando fui fazer o pedido, e ela disse que não falaria mais comigo, apenas com um dos meus amigos, porque não sabia falar inglês! Hahahaha. Mas acho que o problema era só comigo, pois ela ficou brava quando eu pedi para ela me trazer mais refrigerante! Quase pedi desculpas, pois achei que ela estava lá para atender os clientes…

 

É, sem sobra de dúvidas, uma excelente cidade. Talvez a melhor que conheci na viagem, pena que passamos apenas um dia.

 

ORLANDO

 

Fizemos o trajeto Hattiesburg-Orlando de carro (alugado). Uma dica que dou é, caso vocês aluguem um carro em um estado e entreguem em outro, aluguem apenas para fazer esse trajeto, pois, assim, as taxas (dos dois estados) incidirão sobre o valor daquele período necessário para fazer a viagem.

 

Exemplo: nós alugamos um carro por cinco dias em Hattiesburg, entregamos ele, alugamos outro por apenas um dia (só para fazer a viagem) e na Flórida alugamos outro por dez dias. Nesse caso, os impostos (do Mississipi e da Flórida) incidiram apenas sobre uma diária (e não sobre o valor dos 21 dias – se alugássemos um carro para toda a trip).

 

A viagem foi bem tranquila. Nem preciso falar que a estrada é excelente. Mas o que impressiona é a estrutura de apoio. De tantos em tantos quilômetros há locais de descanso, com grandes áreas de estacionamento, máquinas para vender lanches e banheiros. Certamente dá para fazer uma viagem longa, como a nossa (12 horas)!

 

Chegamos em Orlando (na verdade ficamos hospedados em Kissimmee) passando da meia-noite. Alugamos uma casa por meio de uma agência de viagens aqui de Porto Alegre. A casa, bem grande, confortável e mobiliada, e que ficava em um condomínio fechado bem localizado, saiu muito em conta (R$ 300,00 por pessoa, sendo que estávamos em sete). Se fossemos para um hotel bom, iriamos gastar pelo menos uns R$ 1.200,00 por esses mesmos dez dias.

 

Isso sem contar o fato de podermos comprar comida em supermercados (lá tem Walmart em praticamente todos os lugares) e fazer em casa. Assim comemos algo saudável e, acreditem, muito mais barato! Se fossemos comer em restaurante (que serve comida, e não lanches) numa região turística como aquela se gasta muito. Para se ter uma ideia, comemos em um buffet asiático e gastamos em torno de US$ 30,00 por pessoa.

 

Passamos, como disse, dez dias lá e cada um desembolsou a bagatela de US$ 30,00 com toda a comida e bebida – e isso comendo do bom e do melhor: carne, galinha, massa… Compramos tanta comida que deixamos um monte dela com o vizinho (pessoal do Chile que também estava passando férias).

 

É claro que, por mais turística que a cidade seja, há lugares onde se come bem e barato, e certamente há dicas aqui no Mochileiros, mas, como nosso tempo era curto, não saímos para procurar ou pesquisar tais locais.

 

O lanche nos Estados Unidos é barato. A pizza grande da Domino's, por exemplo, custa mais ou menos US$ 15,00. McDonald's, Burger King e Outback seguem a mesma faixa de preços.

 

Aproveitamos a estada para conhecer alguns parques da Disney (Magic Kingdon, Epcot Center, Hollywood Studios, Animal Kingdon), da Universal (Island of Adventure e Universal Studios) e o Busch Gardens.

 

O primeiro parque que visitamos foi o Busch Gardens, que fica a pouco mais de uma hora de viagem de Orlando. Foi, junto com os da Universal, o parque que mais gostei. É, de longe o mais radical de todos, com várias montanhas russas. Mas também há atrações para crianças e uma vasta área com animais e possibilidade de fazer um safari (pela terra e/ou por um teleférico). Para quem, como eu, é fã de montanha-russa, é um prato cheio!

 

O ingresso para um dia no Busch Gardens foi US$ 87,73. Lá dentro comprei um lanche, que era um prato principal, bebida e sobremesa (por US$ 9,98).

 

Nós compramos os ingressos para os parques da Disney no Walmart, que é um local autorizado de vendas. Gastamos a bagatela de US$ 254,66 para aqueles parques que falei antes. Há algumas lojas (não oficiais) que vendem ingressos por um preço mais barato. Pelo o que eu entendi, eles compram ingressos de pessoas que não conseguiram usar todos os dias (ex.: compro ingresso para realizar três visitas, mas faço apenas uma) e revendem. Não sei como funciona ou se é confiável, portanto não tenho como opinar, mas PRESUMO que não seja falcatrua, pois, caso contrário, não estariam operando tão na vista!

 

Cada parque da Disney possui um tema: o Epcot é mais futurista e tem uma parte com vários países, o Animal Kingdon é voltado para os animais, o Hollywood Studios para os filmes e o Magic Kingdon é aquele da Cinderella. Mas, embora haja essa temática, todos eles têm vários pontos em comum: montanha-russa, espaço para criança, "atração molhada", etc. Ou seja, é difícil sair sem gostar de alguma coisa!

 

Os parques da Universal seguem mais ou menos o mesmo estilo dos parques da Disney, mas com uma proposta diferente. Pareceu-me que os dois parques são dedicados a um público um pouco mais velho do que o da Disney, talvez por causa que há vários personagens da Marvel (que atingem um público de adolescente pra cima). Mas, claro, também há atrações para todas as idades.

 

Os parques igualmente possuem aquelas atrações para agradar a todos, mas, na minha opinião, o grande diferencial são os brinquedos 3D (na verdade 4D), em especial os do Homem Aranha, Simpsons e Harry Poter. As pessoas ficam em um "carrinho" preso a braços robóticos que o movimentam e com uma tela gigantesca à frente (além de óculos 3D). Os movimentos criados pelo brinquedo, juntamente com a tela gigantesca, óculos e efeitos (como som, vento, água e odor) fazem parecer que estamos voando, caindo, correndo e tudo o mais que queiram nos induzir (sendo que praticamente não saímos do lugar)! Simplesmente in-crí-vel.

 

Minha opinião é que iria gostar mais dos parques da Disney se tivesse 15 ou 16 anos no máximo (tenho 28 anos, 27 na época), mas não me arrependo de ter ido a esses parques, pois, já que estava lá (e não sabia quando e se iria voltar de novo), resolvi conhecer – mas, a princípio, não retornaria (a não ser acompanhando os filhos que um dia pretendo ter. hehehehe).

 

Com relação ao Busch Gardens e aos parques da Universal, COM CERTEZA voltarei, pois as suas atrações são excelentes (pelo menos para o meu gosto mais radical).

 

Como vocês devem imaginar, todos os parques são gigantescos, e não é força de expressão! Ou seja: se preparem para caminhar muito (ou alugar um carrinho elétrico). Caso queiram conhecer todas as atrações, recomendo chegar assim que o parque abrir – para não fazer tudo na corrida. Mesmo para pessoas jovens e dispostas, como eu acho que sou (hehehe) a rotina é MUITO cansativa – talvez por termos visitados sete parques seguidos (teve um dia que folgamos para fazer compras!).

 

Quem vai com criança deve ter em mente que em Orlando costuma fazer bastante calor. Fomos no início de maio, que não era o auge do verão e pegamos temperaturas sempre por volta dos 35º. Isso pode ser bastante desgastante para crianças e pessoas mais idosas. Sem falar que todas as atrações fechadas dos parques possuem ar-condicionado, que é violentamente frio! Eu que os diga, pois visitei uns quatro parques com febre de uns 39º! Chegava animado, mas umas duas hora depois estava meio malexo e no final do dia completamente acabado! E isso que estava me entupindo de remédios!

 

É permitido que as pessoas levem lanche e água para os parques, o que é uma opção para comida saudável, que não tem em muito variedade nos parques. Mas, caso queiram comprar a comida por lá, tem bastante variedade – restaurantes, lanches, comidas de vários locais do mundo, etc.

 

Como disse, fomos no começo de maio. Segundo uns americanos com os quais falei, essa é a melhor época, pois não é tão quente e os parques não estão tão cheios (já que as escolas ainda estão em aula). Fui para lá sabendo que iria esperar muito para andar nas atrações mais concorrida, mas, para minha surpresa, dava para contar nos dedos as atrações que nos fizeram esperar bastante – mas nunca ficamos mais do que 40 minutos na fila (o que pra mim está bom).

 

Na Disney há o fastpass que é um esquema onde você vai até a atração, retira gratuitamente um ticket onde está impresso um intervalo de horário onde você retorna e não pega a "fila comum", mas a do fastpass (que é bem menor). Outra dica legal é usar o "single rider", que é uma fila, muitíssimo menor do que a comum, utilizada para ocupar aqueles lugares vazios nas atrações (ex.: a montanha-russa tem dois lugares, mas apenas um foi ocupado pela fila comum, lugar que é ocupado pelo "single rider").

 

Mas, antes de andar pelo "single rider", recomendo ir pela fila comum, pois tem toda uma história e aclimatação antes da atração, sendo que a fila do "single" passa direto à atração.

 

Bom, finalizados os parques, passemos às compras! Pessoal, moro no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Nós, Gaúchos, sempre que podemos, damos uma passada nos "free-shops" uruguaios pra comprar muamba sem imposto. A primeira vez que fui lá me espantei com os preços, que são muito mais baratos que no Brasil. Mas, quando vi os preços nos EUA, aí sim vi o que era barato – chega a revoltar saber que uma camiseta que comprei lá por US$ 10,00 custa R$ 120,00 aqui em Porto Alegre!

 

Em Orlando, fizemos compras no Buena Vista Lake, que é um outlet pequeno, mas com várias marcas boas e conhecidas. Na região de Miami, fomos no Sawgrass Mill, que é um shopping gigantesco. Para terem uma ideia, chegamos lá por volta das 9hs, almoçamos por lá, só saímos quando o shopping fechou (no final era só nós nos corredores. hehehehe) e não vimos ele todo! O bom do Sawgrass é que ele é fechado, ou seja, ar-condicionado para fugir do calor escaldante!

 

Quando chegamos eu via as pessoas andando com malas a tiracolo para guardar as compras (sem medo de errar: 80% delas eram brasileiras). Num primeiro momento (leia-se: antes de olhar os preços) achei o fim da picada, o cúmulo do consumismo. Mas os preços eram tão bons que adivinhem quem teve de comprar uma mala para guardar todas as sacolas de compras! ::hãã2:: E isso que não sou nem um pouco consumista!

 

Para vocês terem uma ideia dos preços: camisas polo da Tommy por US$ 30, duas camisetas da Nike por US$ 15, camisa da seleção brasileira de futebol por US$ 40, moletom GAP por US$ 24, camiseta Aéropostale por US$ 6, bermuda Ecko por US$ 29 e assim por diante! Sem falar nos perfumes, maquiagens e eletrônicos!

 

FORT LAUDERDALE

 

Saímos de nossa casa alugada em Orlando e fomos a Fort Lauderdale, que fica entre Orlando e Miami. Fomos "no escuro" para lá, pois não tínhamos reservado hotel. Indicaram-nos um (cujo nome não me lembro), e, assim que chegamos na cidade, por volta da 1h da manhã, nos dirigimos ao tal hotel. Ele era de uma grande rede, mas era mais parecido com aqueles motéis (americanos, e não brasileiros! ehehhe). Não saí do carro, mas o pessoal resolveu não ficar porque, a funcionária foi BEM mal-educada – querem ir para os States? Então se acostumem! (mas, claro, há pessoas bem-educadas).

 

Passamos por mais uns dois hotéis até chegarmos no Comfort Suites, que foi o hotel onde nós ficamos. Ele é muito bom e tem um ótimo custo-benefício. Não lembro quanto era a diária, mas era um preço acessível, sem falar que havia café da manhã incluído.

 

Sempre achava graça quando a imprensa falava que um jogador de futebol (não me lembro o nome) abandonou o clube no qual jogava e voltou para o Brasil porque não tinha feijão lá. Achava isso um absurdo (talvez até seja, mas agora passei a não julgar tanto as pessoas). Acontece que, depois de duas semanas sem comer arroz e feijão, já estava tendo crises de abstinência! Hahhahaa.

 

Toquei no assunto do feijão porque na frente do hotel, do outro lado da rua, tem um restaurante cubano chamado Pollo Tropical, onde vendem arroz, feijão, galinha assada (1/2 frango), batata e salada – e o melhor: tudo isso por mais ou menos US$ 5,00! Uma verdadeira pechincha. A comida é MUITO boa, almoçamos lá uns quatro dias!

 

Do lado do hotel tem um Taco Bell. Não comi lá, mas me falaram que tem alguns pratos bons. Se quiserem fast-food bom e barato (tirando as porcarias de McDonald's, Burger King e cia), recomendo a pizza da loja de conveniências 7eleven, que custa US$ 1,00 a fatia, sendo que a pizza grande sai por US$ 8,00 (oito fatias). Eu sou tarado por pizzas, e não tenho dúvidas em afirmar que essa foi uma das melhores que comi (com certeza o melhor custo-benefício). Não dá para acreditar que aquela pizza tirada do freezer fique tão gostosa em alguns minutos de formo…

 

Já tinha ouvido falar na cidade de Fort Lauderdale, mas não sabia o que tinha de bom para fazer lá. Meus amigos falaram que tinha praia, mas não tinha ideia de como seria. Como adoro praia, resolvi ver como era. Para minha surpresa, a praia era demais! Limpa, organizada, bem estruturada, areia branca e mar calmo, verde e limpo.

 

A primeira praia que fomos foi Las Olas; a segunda, Deerfield Beach (que, na verdade, é uma cidade). Las Olas fica em uma região com bastantes canais, onde os "pobretões" atracam seus iates gigantescos defronte suas mansões. É uma região muito linda! Deerfield Beach é mais movimentada e não tem uma cara tão residencial quanto Las Olas.

 

Sem sobra de dúvidas: vale uma passada em alguma praia da região, que não deixam nada a dever às melhores praias brasileiras.

 

Quanto à vida noturna, recomendo fortemente uma passada no Hard Rock Cassino de Hollywood (da Flórida, e não da Califórnia). Fomos de dia para conhecer a jogatina e estrutura. Mas, quando meu amigo disse que iriamos passar lá para ver como ele ficava de noite, não tinha ideia do que iria ver!

 

O lugar é simplesmente sen-sa-cio-nal. É uma Lapa mais organizada (cariocas: não fiquem bravos comigo, acho a Lapa – e o Rio – um dos locais mais fascinantes do mundo!). Pessoas por todo o lugar. Negros, brancos, latinos, todos juntos e misturados. Gente de várias classes sociais!

 

E isso tudo que falei é na parte externa ao ar livre do cassino (onde não se paga para entrar, basta se identificar). Se as pessoas desejarem, podem se aventurar em algumas das várias boates que rodeiam o lugar, ou até mesmo em um dos barzinhos disponíveis. Nem preciso dizer que o lugar é super seguro, perguntei para o meu amigo (que mora nos EUA) se tinha muita confusão lá, e ele me respondeu: "não, porque eles sabem o que acontece quando fazem besteira aqui no cassino!" hahaha.

 

Enfim, vale muito a pena dar uma passada por lá!

 

MIAMI

 

Pessoal, Miami foi uma das cidades em que menos ficamos. Passamos pouquíssimo tempo por lá, e, então, conhecemos pouca coisa. O que posso falar é que a região turística é muito boa (quanto à segurança, infraestrutura, etc.).

 

Passamos uma manhã em South Beach, onde almoçamos (preços razoáveis, já que ficamos em um restaurante à beira-mar). Não deu para aproveitar a praia, porque o dia estava feio, além de ter caído um temporal. Fora da área mais turística, a cidade não é tão glamorosa. Fomos ao bairro cubano (procurando uma festa tradicional que acontecia por lá, mas fomos no dia errado), que estava bem sujo e maltratado – inclusive o McDonald's (o mais sujo que vi na vida).

 

Num outro dia fomos a Bayside, que é uma área que fica ao lado do mar. É um local com um mini shopping e vários barzinhos. Lá tinha um show de rap e também um de danças latinas (a cantora era brasileira). Existe ainda um atracadouro de onde saem navios para passeios pela região. Apenas me lembro de dois passeios: um era para ver casas de famosos (muito caro) e outro numa lancha de corrida (não olhei quanto era).

 

Uma das coisas que mais me arrependi na viagem foi a de não ter feito um cruzeiro para a Bahamas. Ela fica praticamente ao lado da Flórida, e os cruzeiros para lá são "praticamente de graça". Vários amigos fizeram e me recomendaram. Pelo que eu pesquisei, eles saem por volta de US$ 300,00 (e até menos) com comida e bebida inclusa. Não me entendam mal, R$ 600,00 é muita grana, o que quero dizer é que para quem está nos EUA e já gastou bastante dinheiro, que gaste mais um pouco para conhecer um belíssimo país!

 

Bom, pessoal, essa foi a síntese da minha viagem. Procurei fazer de forma mais detalhada possível, colocando todos os pontos que causaram dúvidas em mim e que poderiam. Desculpem o tamanho do relato, mas espero ter ajudado vocês. Qualquer dúvida, estou à disposição!

 

Próxima viagem? Europa! Alguém se anima!

 

Abraços!

  • Gostei! 1
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  • Membros

Cara, parabéns pelo teu relato, ficou muuito bom mesmo!

Também sou aqui de POA e em Fevereiro/13 farei um mochilão pela costa leste dos EUA, terminando em Orlando e Miami.. Algumas duvidas, tu sabe me dizer qual das duas cidades tem melhores outlets para compras? E quanto à Miami, estou achando os hoteis muito caros, tenho pesquisado pelo booking e pelo decolar, os valores ficam inclusive a cima de NY,..

Mais uma vez parabéns pelo relato e obrigado pela atenção!

Abraço

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  • Membros

Oi Dudu, que bom que tu gostou do relato. Espero que tenha ajudado!

 

Olha, se fosse viajar pelos EUA, passando por Orlando e Miami, certamente faria as compras em Orlando. Principalmente por dois motivos:

 

1º) Os preços em Orlando são menores. Exemplo da loja da Nike: o tênis modelo shox era US$ 30,00 mais caro em Miami, as camisetas eram um pouco mais caras também.

 

2º) Em Orlando quase não havia pessoas no Lake Buena Vista, que foi onde fomos. Já em Miami, havia horas que era complicado se locomover em algumas lojas.

 

Como disse no relato, Lake Buena Vista não é tão grande, mas existem várias marcas conhecidas. Caso queira alguma que não tenha lá, vale a pena dar uma olhada em outros outlets (como o Premium Outlets). Já o Sawgrass é gigantesco, e para percorrer ele todo, é melhor chegar cedo e ser rápido!

 

Uma boa dica é entrar na internet e ver o mapa das lojas para direcionar melhor as compras e otimizar o tempo. Mas a variedade é tão grande, assim como a diferença de preços, que não tem como não olhar outras lojas.

 

Resumindo: acho que o melhor negócio é pesquisar as lojas antes de viajar e ver quais existem em Orlando e Miami (ex.: Nike Factory Store, Tommy, etc.), para comprar em Miami apenas o que não conseguir em Orlando. Miami não é de se jogar fora, muito pelo contrário. Embora exista diferença com relação a Orlando, os preços são MUITO mais baixos do que no Brasil!

 

 

Cara, quanto à acomodação, tenho uma baita dica!

 

Eu ia ir pra NY e Washington DC nessa viagem que fiz, mas como ia ficar muito corrido, resolvi deixar pra 2014. Antes de tomar essa decisão, comecei a pesquisar hostel para ficar, que ficavam na faixa de US$ 30,00 a diária, até que, não me pergunta como, descobri o site AirBnB.

 

Esse site é como se fosse uma comunidade virtual onde as pessoas anunciam desde um colchão na sala até ilhas luxuosas! Apenas para se ter uma ideia: achei acomodação em NY por US$ 8,00 a diária (e tem mais barato)! É claro que não fica em Manhattan, mas fica a duas quadras do metrô, que em 15 minutos nos deixava no Central Park.

 

Tem lugares onde se aluga um quarto para uma pessoa (por exemplo) e se cobra um valor a mais por pessoa se ficar mais gente lá. Porém existem lugares que não cobram nem um centavo a mais por hóspedes extras. Assim, se a diária é de US$ 20,00, mas ficam quatro pessoas no quarto, acaba saindo por US$ 5,00. Só tem que dar uma olhada no número máximo de pessoas…

 

E mais: o site é super seguro. Tu entra em contato diretamente com o proprietário, reserva com ele, etc. O hospedeiro recebe a grana da estadia após o primeiro dia dela, isto é, se houver algum problema, é só ligar para o pessoal do site que eles cancelam e devolvem a grana!

 

PS.: não ganhei nada pra fazer essa propaganda! Hehehe

 

Grande abraço!

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  • Membros

Que bom que vocês gostaram da dica do AirBnB. Os preços do site são ótimos. Vou usá-lo na próxima viagem e depois posto o feedback aqui!

 

Atualizando meu post: eu tinha dito que existem lojas em Orlando que compram ingressos usados e vendem por um preço mais barato. Mas, olhando o site, vi um excelente relato sobre a Disney (walt-disney-world-como-planejar-sua-viagem-t68592.html#p625626), onde o autor disse que essa prática é ILEGAL.

 

Assim, não sei qual é o "esquema" dessas lojas, porque elas são bem chamativas e até mesmo suntuosas – o que me fez crer que não operavam na ilegalidade. Portanto, sabendo como são as (rígidas) leis americanas, imagino que elas tenham outra maneira (legal) de vender ingressos mais baratos!

 

Abraços!

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  • 3 meses depois...
  • Membros

Prezado Murilo,

 

Achei fantástica a sua descrição na viagem citada.

Sou marinheiro de primeira viagem e estou programando um passeio para a Flórida, partindo do Rio de Janeiro com a minha família (dois filhos menores, minha esposa, minha mãe, irmã e sobrinho ... maior galera....).

Estou conhecendo detalhes e pormenores sobre passaporte, companhia area, hospedagem, parques, e outros detalhes! E tentando fazer uma previsão de custos!

Tomei a liberdade de te adicionar como amigo.

Mas a sua experiencia me ajudou bastante! Obrigado!

Gostaria de entrar em contato com você por email para saber um pouco mais sobre aluguel de carro e hospedagem se não se importar,

 

Um forte abraço,

 

Cleyson Vieira

Rio de Janeiro

cleysonvieira@outlook.com ou cleysonvieira@gmail.com

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Oi, Cleyson!

 

Também fui marinheiro de primeira viagem. Na real não tem muito com o que se preocupar, pois, se tu te organizar direitinho, sai tudo dentro dos conformes! heehhe

 

Pode perguntar, não tenho problema em responder!

 

Cara, quanto ao carro não me lembro exatamente quanto pagamos, pois foi um amigo que pagou com o cartão dele e depois dividimos ele com todas as outras despesas. Já a hospedage, como referi no relato, ficou em R$ 300 por pessoa (estávamos em sete) - isto é R$ 2.100,00 por dez dias. Também não fui eu que fiz os contatos, mas meu amigo achou a casa por meio de agência de viagens, então imagino que se vocês entrarem em contato diretamente com a agência de Kissimee.

 

A casa em que ficamos é esta: http://www.tripadvisor.com.br/VacationRentalReview-g34352-d2521975-Spacious_townhome_near_Disney_for_family_enjoyment-Kissimmee_Florida.html

 

Os móveis não são os mesmos, mas é a casa (no mesmo condomínio). É como está na foto: bem espaçosa, confortável etc. Alí diz que o aluguel é de R$ 159,00 por dia, ou seja, bem menos do que a diária de R$ 210,00 que pagamos (e isso que também tem a taxa do Trip Advisor)! Não achei site da empresa que alugou a casa, mas o nome dela é "Magical Dreams".

 

Só não entendi onde tu me dicionou como amigo... hehehe

 

Abraço!

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