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Israel e Jordânia - Abril/2017


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Fala pessoal! Senti falta de relato de viagem recente pra Israel aqui no fórum, então vou postar pra ajudar quem estiver precisando. Fomos eu e um amigo em Abril de 2017 pra Israel e pra Jordânia, gastando duas semanas nos dois países.

 

Sexta e Sábado (14 e 15/04)

Saí de Brasília em direção a Guarulhos num voo que partiu às 15h de sexta, dia 14/04. Cheguei em GRU e fiquei tomando umas de boa até dar a hora do voo pra Tel Aviv, que saiu às 3h da manhã, horário do Brasil. O voo fez conexão em Istambul e chegamos em Tel Aviv às 2h da manhã de domingo, 16/04, horário de Israel.

 

Domingo (16/04)

Ao chegar em Tel Aviv, como não havíamos despachado mala (levamos apenas mochilas como bagagem de mão), fomos direto pra imigração. Pra mim fizeram apenas as perguntas comuns (quanto tempo iria ficar, onde trabalhava no Brasil, se tinha algum conhecido em Israel). Já meu amigo foi levado pra uma sala, onde revistaram toda a mochila e fizeram mais algumas perguntas (levou mais ou menos 1 hora). Não carimbaram nossos passaportes, mas deram um cartão que valia como um carimbo, com nossas informações e o período máximo que poderíamos ficar no país.

 

Concluída a imigração, trocamos alguns dólares por shekels no aeroporto (como em qualquer lugar do mundo a cotação não vale a pena, mas trocamos pq não tinha opção) e fomos em busca de informação sobre como ir pra rodoviária de Tel Aviv, pois no mesmo dia já íamos descer pra Eilat, no sul do país. O motivo de sairmos de Tel Aviv logo no primeiro dia é pq fomos pra Israel no meio do feriado chamado Passover, que é um dos mais importantes pros judeus (dura uns 7 dias). Nesse feriado muita coisa fecha e os pontos turísticos ficam lotados (alguns restaurantes tem até cardápio especial e não vendem cerveja). Como a Jordânia ia fazer parte da viagem, resolvemos descer pra Jordânia logo no começo pois o tempo que ficaríamos lá daria pra voltar pra Israel depois do fim do Passover. Eilat é a cidade que faz fronteira com a Jordânia e por isso já descemos pra lá no começo da viagem.

 

Ainda era madrugada e nos orientaram a pegar um trem do aeroporto até a rodoviária. Pegamos esse trem, tivemos que fazer uma baldeação e esperar em uma estação até umas 5h, 6h da manhã pra pegar o trem que ia pra rodoviária. Chegamos na rodoviária umas 6h e pouca e tinha um ônibus saindo pra Eilat às 7h30, 8h. Conseguimos pegar o ônibus e fizemos uma viagem de umas cinco horas de duração até lá.

 

Chegamos em Eilat e conseguimos ir a pé do ponto de ônibus até o hostel (HI Eilat Hostel – 1 diária para 2 camas em dormitório saiu US$ 78). Deixamos as coisas e fomos almoçar no McDonald’s de um shopping que tinha ali perto. Trocamos mais uns dólares por shekels num câmbio no shopping e depois pegamos um ônibus pra Coral Beach, praia famosa pra quem curte mergulho e snorkel. Compramos umas cervejas num mercado que tinha na frente da praia e pagamos alguns shekels pra entrar nela. Apesar do calor, a água tava fria demais e ficamos mais ou menos 1h fazendo snorkel. A vista dos corais é realmente bonita, mas tinha muita água viva e o frio da água também não colaborou.

 

Voltamos pro hostel e saímos de noite pra procurar alguma coisa pra fazer. Tinha uma rua com vários restaurantes e procuramos algum lugar mais animado por lá. O máximo que achamos foi o Pub Three Monkeys, mas que não estava cheio e não vendia cerveja (só drinks e vinho em função do Passover) e depois disso, fim do dia.

 

Segunda (17/04)

Acordamos cedo pois era dia de cruzar a fronteira pra Jordânia e já havíamos combinado de fazer um tour de dois dias e uma noite no deserto de Wadi Rum com um guia chamado Ayesh (contato dele: ayesh.discovery@gmail.com). Descobrimos esse cara em um fórum da internet e tinha boas recomendações.

 

Pegamos um táxi do hostel de Eilat para o lado israelense da fronteira. Chegamos lá e não tinha fila nenhuma pra cruzar pra Jordânia. Na imigração fizeram as perguntas de praxe e nem eu nem meu amigo tivemos que passar por procedimentos adicionais. Foi nesse lugar que tivemos que comprar a moeda da Jordânia, pois a atendente da imigração israelense nos falou que teríamos que comprar lá de qualquer jeito pra pagar alguma taxa do lado jordaniano da fronteira (não tivemos que pagar nada, mas foi bom ter comprado com antecedência pra pagar o táxi). A moeda da Jordânia é o dinar, que é mais caro que o dólar. Compramos dinars com a “vendedora” da imigração israelense e atravessamos a pé pro lado jordaniano da fronteira.

 

Do lado da Jordânia tivemos que preencher um formulário com nossos dados e entregar nossos passaportes, que foram carimbados. Também não tivemos problemas e passamos rapidamente por lá. Já dentro da Jordânia, o táxi que o Ayesh tinha chamado estava lá nos esperando para nos levar até Aqaba, cidade em que entraríamos pro deserto de Wadi Rum. O táxi nos levou primeiro pro guichê onde se compra as entradas pro deserto (que acabou virando uma área bem turística).

 

Andamos de táxi mais um pouco até a cidade de Aqaba e o guia que nos acompanharia no deserto de Wadi Rum estava no esperando com uma picape daquelas de safari. Não era o Ayesh, mas um “contratado” dele. Não pagamos o tour nessa hora, só no final (um dia depois). Entramos na caminhonete e começamos a conhecer o deserto. Primeiro subimos numa montanha que tinha uma fonte de água no topo. Depois fomos até mais algumas montanhas e montes de areia até a parada pro almoço, que estava incluído no preço do tour (almoço era uma lata de atum, pão, húmus, verduras). Depois do almoço continuamos andando e escalando montanhas (algumas até meio perigosas mas o guia não tava nem aí, estávamos praticamente por conta e risco) até a hora do pôr do sol.

 

Depois do pôr do sol o guia nos levou até o acampamento onde íamos passar a noite. Serviram jantar, que também estava incluído no preço, sem cerveja pq na Jordânia o pessoal não bebe muito (não é proibido, mas os jordanianos mesmo só bebem chá) e fim do dia.

 

Terça (18/04)

Acordamos cedo, tomamos café, que também estava incluído no preço do tour, e voltamos no carro do safaria pra Aqaba. Lá o guia nos levou até a casa do Ayesh pra que a gente pagasse o tour (75 dinars por pessoa). Depois disso o guia nos deu carona até um ponto onde passaria o ônibus que iria pra Petra.

 

Esperamos um pouco e pegamos o ônibus até Petra. Chegamos lá e fomos deixar as coisas no hotel (Petra Nights Hotel – 15 dinars a diária de um quarto com duas camas). Pegamos um kit de almoço no hotel (com uma lata de atum, pão, húmus, etc) pois comentaram com a gente no dia anterior que dentro do sítio de Petra não tinha muita opção de comida barata.

 

Pegamos um táxi até a entrada do Visitor Center e fomos comprar as entradas. Como já era mais de meio dia, compramos um ingresso que dava entrada para dois dias (entraríamos em Petra nesse dia a tarde e no dia seguinte de manhã). O preço normal do ingresso de dois dias era 55 dinars (meu amigo teve 15% de desconto pq tinha uma promoção de que se vc mostrasse um cartão de embarque da Turkish, ganhava um desconto. Pode parecer pouco mas 8 dinars é quase uns 10 dólares. Não pode ser pelo celular, tem que ser o cartão de embarque físico).

 

Entramos em Petra e a ideia era ir no ponto mais distante primeiro. Passamos pelo Tesouro, que é sensacional e fica logo no começo e fomos direto rumo ao Santuário, que é o monumento que fica mais longe. O Santuário é maior que o Tesouro e achei mais bonito. Também é melhor pra tirar foto pq não tem muvuca de gente. Almoçamos o kit almoço que tínhamos comprado no hotel perto do santuário e vimos alguns outros pontos dentro da cidade até o pôr do sol.

 

Saímos do sítio de Petra e bem na saída tem um hotel com um bar chamado The Cave. Lá vendia cerveja, tomamos umas, fumamos narguilê e jantamos. Depois disso, pegamos um táxi até o hotel. Combinamos com esse taxista de ele nos levar até Aqaba no dia seguinte e marcamos hora pra ele nos buscar no hotel. Fim do dia.

 

Quarta (19/04)

Madrugamos pra conseguir entrar no sítio na hora que ele abrisse pra ver o nascer do sol. Falaram que o sol nascia em cima do Tesouro e ficava bom pra tirar foto, mas na verdade o sol demora a aparecer nele. Ficou bom pra tirar foto pq não tinha quase ninguém, mas o nascer do sol não vale muito a pena lá (não sei se em algum outro ponto do sítio vale a pena, mas no Tesouro o nascer do sol não aparece). Andamos mais um pouco em Petra, passamos por lugares que não tínhamos ido no dia anterior (um pico onde eram feitos os sacrifícios e com uma vista bem massa) e voltamos pro hotel pra encontrar com o taxista na hora combinada.

 

O taxista nos deixou em Aqaba, na porta da fronteira. Pra sair da Jordânia tivemos que pagar uma taxa de 10 dinars e carimbaram nosso passaporte novamente. Chegamos no lado israelense da fronteira e não tivemos nenhuma complicação com a imigração. Passada a fronteira estávamos em Eilat, mas não havia nenhum táxi esperando passageiro. Tivemos que pedir pra uma mina que trabalhava lá na imigração chamar um táxi pra gente. O táxi chegou bem rápido e fomos até o aeroporto de Eilat, pois tínhamos um voo pra Tel Aviv.

 

Chegamos no aeroporto, almoçamos e tivemos que passar por mais uma entrevista. Fizeram uma porrada de pergunta pro meu amigo e gastamos mais ou menos 1h nesse procedimento. Depois que passamos do raio x, foi só esperar o voo.

 

Chegamos em Tel Aviv em outro aeroporto (sem ser o Ben Gurion). Olhamos no Google maps e vimos qual ônibus de linha teríamos que pegar pra ir pro hostel. Conseguimos pegar o ônibus e fizemos check in no Abraham Hostel Tel Aviv (2 diárias para 2 camas em dormitório – total 97 dólares). Tanto o Abraham Hostel de Tel Aviv quanto o de Jerusalém (que nos hospedamos alguns dias depois) tem uma estrutura muito boa e recomendo fortemente.

 

Nesse dia, depois do check in, jantamos um falafel que tinha na região (é a comida com melhor custo-benefício de Israel, barata e alimenta tipo um almoço), tomamos umas cervas no hostel e saímos em busca de balada. Andamos na Rothschild Street, que tem muito lugar pra sair e passamos por uns 5 bares/baladas, até terminar em uma que tava um pouco mais cheia e que eu não lembro o nome.

 

Quinta (20/04)

Nesse dia acordamos mais tarde, perto de meio dia, e fomos a pé visitar a old city de Tel Aviv (Jaffa). É um bairro com umas construções bem antigas, alguns monumentos, um mercado de pulgas, etc. Almoçamos por lá e depois fomos a pé pra um shopping fora da Old City ver como estavam os preços das coisas, pois eu precisava de uma bermuda pra entrar no mar. Tudo caro pra caralho.

 

Perto do pôr do sol voltamos pro hostel, de táxi que pegamos na saída do shopping. Pagamos o pub crawl do hostel, com mais uns 5 gringos e rodamos pela Rothschild de novo. Finalizamos numa balada chamada Jimmy Who.

 

Sexta (21/04)

Acordamos na hora do almoço e saímos pra comer perto do hostel. Depois disso fizemos check out e esperamos até dar a hora de uma van que saía do Abraham Hostel Tel Aviv e levava até a porta do Abraham Hostel Jerusalem, com um preço que valia muito a pena (a van era organizada pelo próprio hostel). Pegamos essa van e em uma hora estávamos em Jerusalém.

 

Fizemos check in no Abraham Hostel Jerusalem (3 diárias pra 2 camas em dormitório – 145 dólares) e saímos pra conhecer a cidade velha. Já era quase pôr do sol e a movimentação tava grande, pq depois do sol sumir começaria o shabbat, que vai do pôr do sol de sexta até o pôr do sol de sábado. Fomos até o Jaffa Gate pra entrar na cidade velha, conseguimos ver o Muro das Lamentações e mais algumas coisas no bairro judeu da cidade velha e depois voltamos pro hostel. No caminho estava tudo deserto, pq já estava quase escurecendo. Mesmo assim, ouvimos uma música alta saindo de um rooftop de um hostel. Subimos lá, tomamos uma cerveja até que um judeu ortodoxo chegou e acabou com a balada.

 

Com tudo fechado, voltamos pro hostel e pagamos pra participar do Shabbat Dinner organizado pelo próprio hostel. Uma judia explicou pra todos que estavam no jantar o que era o shabbat e jantamos bem servido. Depois disso uma cerveja e fim do dia.

 

Sábado (22/04)

Começamos o dia indo pro Jaffa Gate pq o guia Lonely Planet falava de um free walking tour que saía de lá às 9h. Chegamos e fomos informados de que o tour saía na verdade às 11h. Voltamos pro hostel pq lá ia ter um free walking tour que saía às 10h30, mas que no fim das contas foi esse mesmo que saía às 11h do Jaffa Gate.

 

Esse free walking tour passava pelos quatro bairros dentro da old city e o cara explicava rapidamente sobre os monumentos. A empresa desse guia ofereceu um tour pelo Monte das Oliveiras na parte da tarde e resolvemos pagar. Almoçamos no Abu Shukri, dentro da cidade velha e que tem um húmus sensacional.

 

Encontramos com o guia pro tour no Monte das Oliveiras no começo da tarde e passamos por vários lugares (uma igreja onde Jesus subiu aos céus depois de ressuscitar, uma igreja em que Maria viu Jesus subindo aos céus, o cemitério judeu, o jardim com as oliveiras de dois mil anos e a igreja Getsêmani). Depois disso voltamos pro hostel.

 

Com o pôr do sol de sábado chegando, o shabbat foi acabando e o povo começou a sair pra rua. Fomos pra um lugar mais central de Jerusalém e fizemos um pub crawl por conta própria. Depois disso, fim do dia.

 

Domingo (23/04)

Nesse dia acordamos bem cedo, tipo umas 6h da manhã, e de ressaca pra conseguir entrar na Igreja do Santo Sepulcro e pegar ela vazia. Conseguimos, mas estava rolando uma cerimônia em que fecharam o local onde Jesus foi crucificado. Mesmo assim, a energia da igreja é bem forte e fiquei lá por um tempo rezando.

 

Voltamos pro hostel perto das 10h pq havíamos combinado de fazer um tour pago pela cidade velha de Jerusalém. Fizemos esse tour pq com ele entraríamos em alguns monumentos que não tínhamos ido no dia anterior. Encontramos com a guia no Jaffa Gate às 11h da manhã e passamos pela Tumba de Davi, pelo local onde aconteceu a santa ceia, de novo pelo Muro das Lamentações (pra deixar os pedidos lá em um bilhete), pela Dome of the Rock (local onde Maomé subiu aos céus e que só abre pra turista em pequenos intervalos do dia – só conseguimos entrar pq a guia sabia o horário e nos levou pra fila com antecedência). Depois andamos por algumas estações da Via Dolorosa e chegamos ao fim do tour. Após isso compramos presentes na cidade velha e voltamos pro hostel.

 

Nesse dia era “feriado” de novo em Israel - Holocaust Memorial Day. A TV do país passa o dia exibindo documentários sobre o Holocausto e no nosso hostel um sobrevivente foi lá contar sua história. Depois disso passaram um filme relacionado ao assunto e fim do dia.

 

Segunda (24/04)

Nesse dia madrugamos pq havíamos pagado um tour do hostel que ia pra Masada, Ein Gedi e o Mar Morto. Já descemos com as malas pq só voltaríamos pro hostel depois do horário de check out e deixamos no luggage room.

 

A van chegou e fomos primeiro até o Masada, que é uma cidade que foi construída em cima de uma montanha. Pagamos a entrada (que não estava incluída no tour) e o trecho de subida até ela de bonde. Subimos nesse bondinho, andamos por lá pra ver as ruínas e depois descemos a pé pra encontrar a van novamente (tinha a opção de pagar a descida de bonde também, mas preferimos ir a pé).

 

A van saiu do Masada e nos levou até o Ein Gedi, que é um parque que parece um oásis (a entrada do parque também não estava incluída no preço do tour). Fica praticamente no meio do deserto e é cheio de mato e tem até algumas cachoeiras. Andamos por lá por cerca de 2h e voltamos pra van.

 

Depois disso, fomos até um local parecido com um clube na beira do Mar Morto. A entrada pra esse clube estava incluída no preço do tour. Lá vestimos roupa de banho e fomos entrar na água. É uma experiência muito maluca boiar na água de lá e com certeza vale a pena. Depois pegamos a lama do mar morto pra passar no corpo, que dizem que é boa pra pele. Pra limpar a lama tem uma ducha que fica na beira da praia e o clube tem chuveiros pra tomar banho.

 

Voltamos na van do tour pro hostel e fui perguntar na recepção como faríamos pra ir pra Nazaré, nossa próxima cidade. Me informaram do horário do último ônibus que saía de Jerusalém pra Nazaré e fomos até a rodoviária pra pegá-lo. Fomos do hostel até a rodoviária a pé e a viagem de ônibus durou umas duas horas.

 

Em Nazaré não existe uma rodoviária e o ônibus foi parando onde o pessoal pedia pra descer. Descemos em um local em que o Google maps mostrava que estávamos perto do hostel.

 

Quando chegamos no hostel era umas 21h, estava tudo escuro na região e a porta estava fechada. Por sorte, os donos do hostel ainda estavam lá jantando e fizeram nosso check in (eles mandaram email no dia anterior informando que o horário máximo pra check in era 20h, mas não vimos o email). O nome do hostel que ficamos é Simsim Guest House (1 diária – 20 dólares por cama em quarto compartilhado). A única reclamação é que o hostel só tinha água fria nos chuveiros.

 

Feito o check in, saímos pra procurar alguma cerveja mas não achamos, por isso voltamos ao hostel e fim do dia.

 

Terça (25/04)

Acordamos cedo pq só teríamos um dia em Nazaré. Fomos direto para a Basílica da Anunciação, onde dizem que Maria recebeu o aviso de que seria mãe de Jesus. Lá dentro tem as ruínas da casa onde isso aconteceu e imagens de Maria vindas de vários países. No mesmo complexo há também uma igreja para São José. Saindo de lá fomos à igreja ortodoxa da anunciação, onde os ortodoxos acreditam que Maria recebeu a notícia. Saindo de lá fomos ao Marys Well, um lugar onde Maria costumava pegar água e outras pessoas acreditam que ela foi avisada que seria mãe.

 

Vistos esses lugares fomos para a White Mosque, mesquita mais antiga de Nazaré. Lá dentro demos uma olhada nos lugares onde o pessoal reza mas nada de muito excepcional. Depois da mesquita fomos ao Centro de Maria de Nazaré, que só abria por volta de 10h. Lá um voluntário explicou que o centro tinha sido construído em cima de ruínas onde supostamente a família de Jesus morou por muitos anos e nos ofereceu uma exibição de alguns filmes sobre essa história (de graça, mas fizemos doações ao centro quando saímos). São 4 filmes e cada um deles dura uns 15 minutos. Cada um é exibido em uma sala diferente e fica parecendo um tour pela história de Jesus. Vale muito a pena se não estiver cheio. Na última sala de filmes vc sai num jardim no último andar do centro, que tem uma vista muito legal da cidade e da Basílica da Anunciação.

 

Saímos do Centro de Maria de Nazaré, fomos ao hostel buscar nossas mochilas e fomos almoçar em um lugar recomendado pelo guia Lonely Planet, chamado Abu Asharaf. Além de não ser tão caro, foi a melhor refeição da viagem inteira. Comemos um negócio tipo arroz com salada que tava bom demais, recomendo.

 

Depois do almoço fomos ao hostel perguntar onde conseguiríamos um ônibus para a próxima cidade, Tiberíades. Como Nazaré não tem uma rodoviária, a dona do hostel informou um horário que o ônibus possivelmente passaria e tivemos que ir pra um ponto de ônibus específico esperar. Depois de alguns minutos do horário informado por ela, conseguimos entrar no ônibus e fomos em direção a Tiberíades.

 

A viagem até Tiberíades foi bem rápida e fomos direto pro hostel deixar as coisas. Ficamos no Tiberias Hostel (2 diárias, cada uma ao custo de 20 dólares por pessoa). O hostel é bem localizado e conseguimos bastante informação com o pessoal de lá.

 

O primeiro plano era ir pro Yardenit Baptism Center, no rio Jordão, pra entrar no rio e ser “batizado” lá. Alugamos uma bike, pois a distância do hostel até o rio era de uns 10km. O trajeto tem alguns trechos meio tensos pq não há ciclovia e tivemos que andar no meio de trechos apertados da rodovia, mas conseguimos chegar tranquilo no Yardenit.

 

Na entrada do Yardenit fomos informados de que ele estava fechado, em função do horário, mas que ainda assim era possível entrar no rio em outras partes dele. Continuamos de bike pela beira do rio e vimos que ele fica cheio de judeus acampados em sua beira. Achamos um lugar mais vazio pra estacionar as bicicletas e dar um mergulho de batismo.

 

Voltamos os 10km, devolvemos as bikes e fomos pro hostel descansar pra procurar alguma coisa pra fazer à noite. Em Tiberíades há uma “rua” onde a turistada toda vai pra jantar e ficar andando durante a noite. Existem alguns bares, mas estavam todos praticamente vazios. No fim compramos algumas cervejas e ficamos bebendo no rooftop do hostel.

 

Quarta (26/04)

Acordamos cedo de novo pra pegar um ônibus e ir pro Mount of Beatitudes. A informação sobre o ônibus nós conseguimos no hostel e descemos a pé pro ponto pra esperar por ele. Pra chegar no topo do monte foi cerca de 15 a 20 minutos. A partir daí, descemos a pé até chegar ao The Beatitude Monastery, onde o sermão da montanha de Jesus (bem aventurados os...) supostamente foi feito.

 

Saímos do monte e fomos andando até Cafarnaum (caminhada gigante, passando inclusive por alguns matagais), cidade onde Jesus fez alguns de seus milagres. Lá é um lugar legal e vale a visita, mas chegar lá a pé demorou um pouco.

 

Pra voltar, pensamos que estávamos fudidos, mas aí lembramos que na noite anterior alguém tinha comentado que em Tiberíades era comum pedir carona nas rodovias. Tentamos e fomos ignorados por uma porrada de carros, até que um judeu resolveu parar pra gente. Conseguimos carona até um lugar do lado do nosso hostel e a viagem foi bem rápida.

 

Pegamos roupa de praia no hostel, pq o plano era ir para algum day club na beira do Mar da Galiléia. Almoçamos um mc donalds e fomos a pé até o Bora Bora Beach Club (mais uma caminhada considerável). Pagamos alguma coisa pra entrar, mas não sei se por conta da época lá estava bem vazio. Porém, o lugar é muito massa e dá pra passar o dia bebendo tranquilo no mar. Ficamos lá até a hora de fechar, pouco antes do sol sumir. Pra voltar, bateu uma preguiça monstra e pedimos carona na rodovia de novo. Conseguimos carona bem rápido e fomos deixados na porta do hostel por algum desconhecido.

 

Chegamos no hostel em busca de alguma balada, já que na noite anterior não conseguimos nada. A recepcionista nos disse que ia ter uma festa de música eletrônica num lugar aleatório e disse que ia ser legal. Pegamos as informações sobre o ônibus que teríamos que pegar e partimos pra lá perto de meia noite. Com a ajuda do Google Maps descemos no lugar certo e encontramos a balada (o nome se não me engano era Doris Bar). Também não estava muito cheia, mas valeu a pena.

 

Quinta (27/04)

Nesse dia não acordamos tão cedo por conta da noite anterior. Fizemos o check out e almoçamos. A recepcionista do hostel tinha comentado que umas vans saíam de um local específico em direção a Tel Aviv e o preço era quase o mesmo de um ônibus. Fomos até esse lugar, que era perto do hostel e conseguimos duas vagas em uma van.

 

A viagem pra Tel Aviv foi rápida e conseguimos descer perto do hostel, tendo que andar só um pouco. Novamente ficamos hospedados no Abraham Hostel Tel Aviv, como fizemos nos primeiros dias da viagem em Tel Aviv.

 

Descansamos durante a tarde e compramos ingresso antecipado para a The Block, acho que a balada mais famosa de Tel Aviv. Fizemos um esquenta no hostel e partimos pra lá a pé. A balada realmente é sensacional e parece um labirinto com vários ambientes.

 

Sexta (28/04)

Nesse dia acordamos bem tarde e como já tínhamos visto os pontos turísticos mais famosos no começo da viagem, o plano era só ficar de boa na praia. Alugamos uma bike da cidade (tipo aquelas do Itaú que tem no Brasil) e fomos até as praias mais ao norte de Tel Aviv. Por ser sexta, estavam lotadas e com música rolando. Paramos em uma barraca e ficamos por lá bebendo.

 

Voltamos pro hostel e um dos recepcionistas falou de uma balada de hip hop que ia rolar por ali perto (não lembro o nome). Fomos até essa balada perto da meia noite e tava bem cheia, valeu a pena.

 

Sábado (29/04)

Não acordamos cedo de novo, mas quando acordamos fizemos o check out e fomos pra praia ficar até a hora de ir embora pro aeroporto. Fomos pra uma barraca mais perto do hostel pra almoçar e ficar bebendo por lá. Tinham avisado que era bom chegar no aeroporto com antecedência e saímos da praia por volta de 16h (o voo estava previsto para sair meia noite).

 

Voltamos pro hostel e demos um migué pra tomar banho no banheiro coletivo. Até arrumar as coisas já era quase 18h e fomos pro aeroporto. Acabou que chegamos lá com MUITA antecedência. A única coisa que levou um certo tempo foi a inspeção do raio x. Pediram pra que abríssemos a mochila e revistaram tudo. Pediram para que eu jogasse fora um pacote de lama do mar morto que eu tinha comprado pra dar de presente e fizeram algumas perguntas sobre um cachecol árabe que eu estava levando (“vc sabe o que significa isso? Quem te deu isso? Pq vc está com isso na mochila?”). Respondi que era um presente e me liberaram tranquilo – único prejuízo foi a lama do mar morto que teve que ir pro lixo, mas consegui comprar outra no duty free.

 

Por fim embarcamos, fizemos uma conexão durante a madrugada em Istambul (tivemos que dormir por umas 6 horas no aero mesmo) e no outro dia estávamos no Brasil!

 

Qualquer coisa é só perguntar!!

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