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(Custos e Roteiro ) Mochilão de 17 dias Patagônia Chilena e Argentina


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Fico feliz de hoje postar pela primeira vez aqui no Mochileiros! Sempre busquei muitas informações aqui ::love::

Quando montamos o roteiro queríamos que passasse por toda a Patagônia, foi difícil definir, com a falta de informações para quem quer fugir do padrão de ir só no norte do Deserto do Atacama- Santiago-Bariloche ou ao sul em El Calafate-Puerto Natales- Punta Arenas -Ushuaia. São mil e uma possibilidades. Porém com muita pesquisa, conseguimos montar o roteiro e tentar economizar (tudo é lindo e longe, prepare-se com um dinheiro extra). Tínhamos um roteiro pronto, seis meses antes da viagem, feita em 1º de Janeiro e volta 17 de Janeiro de 2015, para um grupo de 8 amigos. Queríamos muito ter feito também o Deserto do Atacama, mas dobraria o preço da viagem e ficaríamos com o tempo apertado.

 

O ROTEIRO BASE

• Santiago – Cidade escolhida para ser nosso ponto de chegada e saída no mochilão, com o melhor preço de passagem – comparando com outros aeroportos (Calama, Punta Arenas, Calafate, Buenos Aires), com saída do aeroporto de Guarulhos/SP. 1 dia na ida e 1 na volta.

• Puerto Varas –Pequena cidade próxima ao vulcão Osorno, com lago Llanquihue e suas casinhas de madeira, encantadora. Foi também, nosso ponto de conexão para atravessar a região dos lagos até Bariloche. 2 dias.

• Bariloche – Muito maior do imaginávamos, paisagens lindas, com comida barata e o melhor chocolate quente do mundo! 1 dia, mas ficaria muito mais.

• Punta Arenas – Começa o Cenário do fim do mundo, onde se compram passagens para o Ushuaia e Puerto Natales. As passagens para o Ushuaia são muito procuradas, bom comprar no mínimo 3 dias antes para garantir. 1 dia na ida e 1 na volta

• Puerto Natales – Base para quem planeja conhecer Perito Moreno e Torres del Paine. 2 dias.

• El Calafate – Linda e pequena, é apoio para quem vai ao Perito Moreno. Só passamos o dia.

• Ushuaia – Diferente do vilarejo que imaginávamos, a cidade mais ao sul possui parque e algumas trilhas. 5 dias

Se quiser ver nossa rota em mapa clique na imagem: Mapa Mochilão Patagônia

Documentos

Dessa viagem tenha uma certeza, que passará muitas vezes por fronteiras entre o Chile e a Argentina. Os dois países estão no Mercosul, você pode ir apenas com a identidade original – que tenha sido feita há menos de 10 ANOS! Com passaporte se torna mais prático, os procedimentos são um pouco mais lentos para quem está apenas com a identidade- digo por experiência de um amigo que foi com identidade e os guardas chilenos ficavam se perguntando se realmente podia se usar RG. Com o passaporte, pode carimbar com no correio do fim do mundo, no Ushuaia!

E sempre ao mudarmos de país, precisávamos declarar se estávamos levando dinheiro que precisava ser declarado, e ao entrar no Chile se estávamos levando qualquer tipo de comida não industrializada, armas ou até artesanato com madeira ou barro. Vários potes de mel, queijo e salames ficam no lixeiro da imigração – então comam no caminho até a fronteira o que tiverem, os cães farejadores pegaram nossos salames comprados em Bariloche, foi triste.

Custos(R$)

Como gastar menos? É preciso planejamento, definir datas com antecedência – deixando brechas no roteiro para poder fazer mudanças, caso o ônibus quebre ou goste da cidade e queira ficar mais tempo. Entre Punta Arenas e Ushuaia, por exemplo, é necessário cruzar o Estreito de Magalhães, que pode demorar poucos minutos ou esperar por horas caso o forte vento interrompa a passagem – ouvimos casos de 25 horas de espera, com sorte esperamos meia hora. Além de buscar promoções de passagens, ficar em hostel e ficar controlando quanto se está gastando por dia. Se você tiver mais tempo disponível e está sem grana, pode conseguir alternativas mais baratas, como carona ou bicicleta.

Na patagônia é essencial planejar como percorrerá as longas distâncias, já que a região é enorme, se quiser encarar a rota terrestre, saiba que é bem cansativa, horas e horas dentro de ônibus e alguns trechos de avião. Alugar carro foi complicado por causa do alto preço e as fronteiras constantes.

 

RESUMO.jpg

 

Roteiro Detalhado

Tabela-Roteiro-Chile.jpg

 

Dinheiro

Quanto levar para o mochilão é relativo. Pois você pode ter o mesmo gasto que nós tivemos, ou gastar muito (com os navios) ou muito menos. Mas é sempre bom ter um dinheiro extra para se garantir, nós pesquisamos o preço no inverno, fomos no verão e as coisas estavam bem mais caras! Se não for no inverno, acabará economizando passagens de avião, já que poderá fazer os trajetos de ônibus.

 

Os gastos estavam planejados para R$ 3.500, mas o dólar na época subiu e as passagens de ônibus também, na temporada e finais de semana eles sobem muito os preços, fomos parar num custo de R$5.000. Isso se deve há alguns passeios que achávamos que iriamos controlar de fazer eles, mas estando tão perto de alguns pontos e com aquele pensamento “quando vou estar aqui novamente”, foi quando gastamos muito.

 

Sobre a melhor moeda para se levar, no Chile o real, em especial em Santiago na rua – teve a melhor valorização. Já na Argentina, por mais que o dólar estivesse caro no Brasil – 3 reais, valeu muito a pena trocar real por dólar no Brasil e depois ao chegar na Argentina trocar o nosso dólar pelo peso argentino, decorrente da economia em crise na Argentina. Na época o real estava valendo 2,5 pesos argentinos e 200 pesos chilenos.

 

Hospedagem

Listamos alguns hostéis e hotéis, considerando baixos preços, localização e avaliações de hóspedes, usando sites como Booking e Hostelworld, listamos os três melhores de cada cidade, em relação custo e benefício e disponibilidade. Reservamos os dos primeiros dias e os que estavam mais disputados, deixamos alguns dias abertos caso quiséssemos mudar o roteiro. Porém, quase ficamos sem ter onde dormir em Puerto Natales e Ushuaia, as cidades estavam lotadas de turistas. Inocentes, não imaginávamos que tantas pessoas iriam para essas áreas no verão.

 

Trocamos o conforto de hotel por hostel, economizando para conseguir conhecer mais lugares. Para quem não conhece hostel, muito diferente dos albergues que imaginamos com maltrapilhos, são basicamente quartos que podem ser ou não compartilhados com mais pessoas. Pensando que ficamos o dia inteiro de um lado para o outro e no fim do dia estamos prontos para desmaiar na cama, acaba sendo uma boa opção. Já que nosso intuito não é aproveitar o dia no conforto de um hotel. Além dos hostels terem cozinhas para poder preparar a alimentações mais baratas, salas de convivência e wi-fi.

São hospedagens de luxo ao lixo, quase sempre no meio termo, principalmente quando se reserva muito tempo antes. O risco de deixar para reservar na hora é só ter os piores lugares, como no Ushuaia, que chegamos ao reservado e lindo La Posta e não tinha mais disponibilidade para os outros dias no mesmo lugar, tivemos que ficar no único da cidade que restava – batemos em vão nas portas de todos os outros. No Lo de Momo alguns ficaram num container no meio do gramado, esse contêiner bruto sem nada “cool” e o banho era num chuveiro com poça parada no chão. Ou o caso do Melinda em Puerto Natales, que reservamos na internet, mas quando olhamos a sujeira mudamos para outro na mesma rua, o Josmar.

 

A melhor hospedagem foi em Bariloche, no hotel Fazenda Carioca, foi praticamente o luxo no meio da viagem, com o banho mais gostoso, a vista mais linda e todo o conforto da casa que era do cônsul do Brasil na Argentina.

 

Transporte

 

Há, nossas horas infinitas de ônibus! Diferente dos ônibus que pegamos no mochilão entre Peru e Bolívia, que tinham um ótimo atendimento e conforto, não tivemos essa sorte entre Argentina e Chile. Isso é muito importante quando se tem 28 horas de ônibus entre Puerto Varas e Punta Arenas.

 

São poucos horários e muita procura, na internet as informações não eram suficientes, e em algumas cidades os pontos de ônibus eram nas ruas, e não haviam pontos demarcados, quase perdemos o ônibus de volta no Ushuaia por causa disso.

Mas além disso, os custos são bem inferiores as caras passagens aéreas e de navios, então valeu a pena pelo valor que pagamos.

 

Quando Ir

Depende muito do que você quer ver. No inverno há pistas de esqui, porém as estradas as vezes ficam interditadas, necessitando fazer o deslocamento por avião, que encarece bastante a viagem. Já no verão ainda é muito frio, conseguimos ver os animais por todos os lados e conseguimos visitar todos os lugares que pretendíamos.

 

Vamos colocando mais informações no nosso site www.rotaterrestre.com

Mochilão Chile 2015 Rota terrestre.xls

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