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Espanha e Portugal em 17 dias com criança


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Olá galera, já fui mochileiro de verdade e pesquisei muito aqui no site. Confesso que hoje em dia não sou mais o mesmo, pois ando de táxi, não durmo em albergue e uso mala de rodinhas. Minha esposa gosta de conforto e tenho um menino de três anos, mas o espírito ainda é o mesmo. Vou postar aqui nossa viagem que fizemos em Outubro para Espanha e Portugal.

 

Partimos de São Paulo no dia 17 de Outubro via Campinas, pois era mais barato, e agora tenho que pagar passagens para três, pois o Vinicius paga também. O pai da Vivi nos deixou em Congonhas, onde pegamos um ônibus da TAP até Viracopos. O Vinicius corria alegremente pelo saguão do aeroporto, daí uma faxineira disse que levaria ele pra casa dela, pois ele era muito bonito. Ele agarrou na minha perna e não correu mais. Depois, ele abriu o berreiro na polícia federal, pois queria voltar pra comprar algodão doce, mas não podíamos voltar, então a moça da polícia disse que iria passar o “chorão” na frente, e não precisamos pegar fila. A refeição durante o vôo foi melhor que eu imaginava, e ainda serviram vinho. O bom de viajar a noite é que a criança dormiu a maior parte do tempo.

 

Chegamos á Europa na Sexta 18 através de Conexão no Aeroporto de Lisboa. Almoçamos na praça de alimentação, com o Vinicius imitando um galo pra comer, e depois pulou todos os bancos do aeroporto. Chegamos à Barcelona no começo da noite e fomos pro hotel Grand Guitart com um taxista não oficial que nos abordou no aeroporto, sei que não é uma boa fazer isso, mas o preço dele era bom e a corrida foi tranquila, o cara só parecia meio emburrado porque percebeu que eu desconfiei dele.

 

BARCELONA

No primeiro dia em Barcelona, Sábado 19, saímos para conhecer a cidade a partir do bairro L’Eixample. A arquitetura dos prédios nos chamou a atenção pelos papéis de parede nas fachadas e curvas que lembram as obras do Gaudí. Passamos pela Casa Batló, importante obra de Gaudí, no Passeig de Gracia. Descemos para o centro antigo, passando por bonitas fontes e praças. Passamos pela Praça de Catalunya, e entramos em La Rambla, alternando entradas e saídas nas ruelas da Ciutat Vella, e depois do Bairro Gótico, parando para comer, comprar e tirar fotos. Almoçamos num restaurante perto de La Barceloneta, e fomos á praia. Tinha bastante gente curtindo a praia, inclusive o Vinicius, que tirou o tênis e foi á areia. Depois voltamos á cidade, tomamos sorvete e fomos ao Parc de Ciutadella, que tem belos jardins e fontes. O Vinicius ficou um tempão no parquinho brincando com outras crianças. No final do dia, subimos até o arco do triunfo, e voltamos pro Hotel de ônibus. A cidade de Barcelona é ótima para andar com um carrinho de bebê, o transporte público é acessível, a cidade é plana e todas as calçadas tem acesso.

 

 

No Domingo, 20, começamos o rolê pela Av.Diagonal, e fomos até La Pedrera, outro importante prédio do Gaudí, paramos com o Vinicius em um parquinho e fomos até a Sagrada Família, que até hoje está em construção. A igreja é muito grande e imponente, havia uma multidão em torno dela, tiramos fotos por fora e, nem tinha fila, quando fui comprar o bilhete, descobri que fecharia em dez minutos, por isso não tinha fila, então não pudemos entrar. Tomamos o metro até o Parc Guell, no alto da cidade, com uma bela vista e várias obras do Gaudí. O ruim foi subir o morro empurrando o carrinho, com o Vinicius dizendo: _Força pai, você consegue! Foi o lugar que mais gostei de Barcelona, a Vivi que é arquiteta também gostou muito, pois se lembrou das aulas na faculdade. Sua arquitetura é muito particular e diferente. Depois pegamos um ônibus errado e fomos parar perto do estádio do Barça, como estávamos do lado, decidimos conhecer o Camp Nou, mas para nosso azar, estava fechado (domingo á tarde). Só perdemos tempo. Voltamos pro hotel, tomamos um banho, e fomos passear a noite em La Rambla.

 

Segunda 21, pegamos um carro na Avis de manhã, que já estava agendado. A Vivi disse que queria um carro grande, então o cara nos deu uma Renault Kangoo. Fomos pra Sagrada Família com a ilusão de entrar na igreja, doce engano, a fila para comprar os bilhetes era tão imponente quanto a catedral, desistimos. Fica a dica: se quiser entrar na Sagrada Família, compre o bilhete antes pela internet. Fomos até o Parc Montjuic, num morro que fica a oeste da cidade. Paramos o carro no Parking e subimos de funicular, depois tomamos o teleférico até o Castelo de Montjuic, no alto do morro, de onde é possível ver o porto e toda a cidade. O parque é legal, mas o Guell é melhor por causa das obras do Gaudi, o Montjuic é um antigo forte e tem uma melhor vista. Comemos um lanche, voltamos pro carro e caímos na estrada rumo a Valencia. Na saída de Barcelona, nos perdemos, e fiquei em dúvida se estava na rodovia certa, pois as placas indicavam Zaragoza, que é a Noroeste, enquanto Valencia fica a oeste, mas estava certo. Lá na frente a rodovia se separa em duas pistas. Passei num pedágio onde tirei um tíquete, e tive que pagar no final, quase chegando em Valencia. O sistema deles é diferente. Foi muito fácil encontrar o hotel em Valencia, pois havia placas de transito em luminárias indicando o sentido das principais vias. Ficamos no hotel NH Ciudad de Valencia.

 

VALENCIA

Na Terça, 22, tomamos um café horrível na frente do hotel e compramos umas frutas, em um lugar onde tinha um monte de velhas gritando. Depois fomos de carro conhecer o centro velho. Paramos em um parking e fomos ás ruas. A maioria delas fechadas para o transito de veículos. Têm muitas lojas de roupas misturadas ás construções antigas. A região é bonita, lembra um pouco o centro velho de Barcelona, só que é menor. Tomamos café numa praça bonita com charretes, eu e o Vinicius corremos atrás das pombas, e subi na torre de uma igreja, chegando no alto com a língua de fora. Fomos á uma antiga torre, que era a porta de entrada da velha cidade. Depois de muito escolher onde almoçar, acabamos escolhendo um restaurante italiano meia boca, com um garçom grosso e comida ruim. A Vivi perdeu uma hora na El Corte Inglês, a maior loja de departamentos da Espanha, e eu fiquei entediado enquanto o Vinicius dormia no carrinho. Depois fomos até a praia de Malvarosa. Na praia tem uma pirâmide muito legal com cordas, é um brinquedo para crianças e adultos, eu gostei e subi bem alto, relembrando os tempos de infância. Ficamos bastante tempo na praia, o Vinicius brincou na areia e até arrumou um amiguinho espanhol. Tomei uma cerveja num restaurante a beira mar, e antes de ir embora ainda encontramos um parquinho. De noite fomos ao Burger King e pela primeira vez encontramos dois brasileiros em Valencia, não eram turistas, moravam lá, e disseram que os brasileiros não costumam vir a Valencia a turismo como a gente.

 

Na Quarta 23, fomos conhecer a Cidade de Ciências de Artes, obras do arquiteto Santiago Calatrava. Acho que as construções lembram um pouco o estilo do Niemeyer, só que são mais modernas por utilizaram aço e vidro. Passamos a manhã toda andando pelo complexo e seus espelhos d’água. Não entramos em nenhum prédio. Nosso interesse era somente ver a arquitetura. Paramos num jardim ao lado onde tinha um parquinho pro Vinicius brincar. Depois fomos almoçar no centro de Valencia, comi uma paella a valenciana (sem frutos do mar..rs), e no final da tarde fomos pra Madrid. A caminho de Madrid e Vinicius acordou e paramos num posto para ele comer um cachorro quente. Subimos a serras vendo placas de touros por todo o caminho. Na chegada a Madrid, já de noite, encontramos rapidamente a região do hotel, tendo apenas um pouco de dificuldade de entrar em sua rua. Ficamos no Florida Celeuisma, em uma região perto do centro. Á noite o Real Madrid jogava e os bares estavam todos cheios, comi a refeição mais deliciosa da viagem, um churrasco espanhol cheio de gordura acompanhado de três taças de vinho barato. Saí do bar com o coração batendo mais forte. A Vivi ficou brava, e eu fui dormir feliz.

 

MADRID

Acordei logo cedo na Quinta, 24, e fui devolver o carro na Grand Via. Achar a loja foi fácil, mas tinha que entregar num estacionamento subterrâneo que eu demorei pra encontrar. Ainda bem que os espanhóis não buzinam quando você fica parado no meio da rua. Voltei no hotel e saímos pra passear, pegando nosso primeiro dia de frio. Começamos pelo Palácio Real, depois centro velho, passando por charmosas ruas de pedestres, até a Plaza do Sol, onde fica a estátua do Urso Madroño. Fomos até a Plaza Mayor, uma importante praça histórica de Madrid, onde almoçamos, depois fomos ao Mercado de San Miguel, o mercado mais legal de toda a viagem, onde eu bebi cerveja e o Vinicius comeu um iogurte delicioso. Paramos em um parquinho pro Vinicius brincar e fomos até o Museu do Prado. Como ele dormia, aproveitamos para fazer um passeio cultural e visitamos o museu. Não dá pra ver tudo, então a gente pega algumas obras principais e conhece o contexto. Na saída, havia uma grande manifestação popular contra um projeto sobre educação. Tentamos fugir das manifestações voltando ao centro, mas eles vieram em nossa direção. Além disso, começou a chover, e a Vivi ficou brava. Queríamos voltar pro hotel de metro, mas estava muito cheio devido aos manifestantes. Então, arrumamos uma rua mais tranquila, jantamos, e voltamos pro hotel mais tarde, quando o tumulto já estava menor.

 

Na Sexta, 25 chovia muito. Nós queríamos pegar um trem até Toledo, mas ficamos com medo da chuva. Não dava pra sair na rua. Demoramos pra sair do hotel, e quanto saímos fomos até a Estação de Atocha. Tem uma floresta tropical dentro dessa estação, é muito legal. Decidimos entrar no museu Reina Sofia, que fica em frente, pois dentro do museu não chove. É um museu com obras modernas, que eu não gosto, mas era melhor que tomar chuva ou ficar trancado no hotel. Depois que a chuva parou, almoçamos perto do hotel e fomos ao Parque do Retiro, tipo o Ibirapuera de Madrid. É um parque legal, com construções imponentes, e a vegetação de outono estava muito bonita. Fomos ao Palácio de Cristal, na beira do lago, e começou a chover novamente. Ficamos um tempo numa barraquinha, onde tomei uma breja, e quando a chuva diminuiu nós saímos, passando por pontos clássicos da cidade, como a Puerta de Alcala, o Prédio dos Correos, e o Edificio Metropole, na Grand Via. Por ultimo, eu ainda fiz a Vivi andar até a Plaza de Espana, onde tem uma estátua de Dom Quixote e Sancho Pança. Voltamos e jantamos no Shopping Principe Pio, que fica anexo á estação de trem e metro na frente do hotel.

 

No Sábado 26, era nosso último dia em Madrid e restava pouco a fazer. Eu queria ver uma plaza de Toros, então fomos de metro. Achei caro pra entrar, 10 euros, mas eu queria assim mesmo. Brinquei de touro e toureiro com o Vinicius na arena, e no final ele saiu abatido, sendo carregado no colo da mamãe. É uma pena que não consegui ver uma tourada. Demos um rolê no bairro de Salamanca, e a Vivi entrou na El Corte Ingles. Não comprou nada, foi só pra me encher o saco. Eu estava com pressa, pois sempre fico tenso em aeroportos, pois tenho a impressão que vou perder o voo ou que ele não vai sair. Comemos no MC Donalds e fomos de táxi pro Aeroporto. Chegamos lá bem cedo, e o Vinicius ficou tocando o terror, deixando a mãe dele brava e com vergonha. Pegamos um jatinho da Embraer pra Porto. Chegando no Porto, fomos recepcionados por um taxista muito simpático, que nos levou ao Hotel Vila Galé. A recepção no hotel também foi muito boa, com funcionários muito simpáticos. Jantamos no hotel, e o Vinicius estava chorando, o pessoal do hotel era tão legal, que uma moça ficou conversando com ele pra gente conseguir jantar.

 

PORTO

No Domingo 27 saímos pra passear nas ruas do Porto, estava um dia lindo. A primeira impressão é de uma cidade velha e suja, mas foi o lugar que mais gostamos, depois de Barcelona, é claro. O ambiente da cidade é descontraído. Passamos pela Rua de Santa Catarina, onde fica o comercio, fomos á igreja da Trindade e prédio da Prefeitura. Passamos pela Estação São Bento, que eu achei linda, principalmente pelos azulejos. Passamos pelo Palácio da Bolsa e saímos na Zona Ribeira, onde fica o Douro. Tinha muitos turistas nessa região, e muitas pessoas sentadas nos restaurante á margem do rio. Compramos um passeio de barco pelo Douro e primeiro fomos almoçar, foi o almoço mais caro da viagem, 44 euros. Depois, fizemos o passeio de barco pelas sete pontes, que dura uma hora. O Vinicius tomou uma bronca do capitão, porque estava fazendo bagunça, ficou triste e dormiu. Atravessamos a ponte até Vila Nova de Gaia, onde fizemos um passeio numa bodega, com direito á degustação. Tem várias bodegas, o passeio é o mesmo em todas, vale fazer pelo menos uma. Depois levamos o Vinicius em um parquinho, subimos o teleférico até o alto da cidade, e apreciamos a vista no alto de um convento, que fica no ponto mais alto de Gaia. Voltamos para o Porto pela ponte. Tomei um puta susto quando fui tirar uma foto do Vinicius e percebi que o corpo dele passava pelo vão das grades. Á noite tinha jogo do Porto vs. Sporting. Nos falaram para não sair na rua, pois era perigoso, mas fomos a um restaurante em frente do hotel: O Triunfante. Foi uma das melhores refeições da viagem. Depois, ficamos sabendo que teve um monte de brigas do lado de fora do Estádio do Dragão, bem perto do nosso hotel.

 

Na Segunda 28, fui pegar um carro que já estava alugado na Hertz. Dessa vez o cara foi mais bacana e me deu um Audi A3. Perdemos um pouco de tempo e saímos já tarde para um passeio a Braga e Guimarães. São cerca de 70km a norte do Porto. Primeiro fomos a Braga, visitamos a Igreja da Sé, que é muito antiga, a Vivi comprou souvenirs, e almoçamos. Gostei da cidade, era bem organizada e maior do que eu imaginei. Depois fomos á Guimarães, berço da nação portuguesa. Conhecemos as ruínas do castelo onde viveu Dom Infante Henriques, tomamos um café, e demos um rolê no centrinho da cidade. Achei parecida como uma cidade da Estancia das Águas Paulista, tipo Amparo ou Serra Negra. Na volta ao Porto nos perdemos, e demos umas voltas na cidade até encontrar a direção do hotel. Eu sei, sou burro, da próxima vez vou alugar um GPS, mas agora já foi. O problema do Porto é que é difícil ler as placas das ruas, pois as letras são muito apagadas. Então, é quase impossível saber onde está. Paramos num mercado, compramos umas guloseimas, e depois achamos o caminho do hotel, pois tinha placas indicando a direção do hotel. Á noite, o restaurante Triunfante estava fechado, então comemos um lanchinho meia boca numa lanchonete da esquina.

 

Na Terça 29, deixamos a cidade do Porto em direção á Lisboa. Primeiro paramos em Aveiro, a Veneza Portuguesa, onde fizemos um gostoso passeio de barco no meio dos canais, e a Vivi comprou sal de Aveiro, que é o melhor sal do mundo, de acordo com os vendedores de sal de Aveiro. Era uma cidade bonita que dava pra ficar mais um tempinho, mas já tínhamos uma programação. Então caímos na estrada novamente até Fátima, onde paramos pra Vivi pagar promessas. É uma cidade bem organizada com estrutura para receber os romeiros. Não gostei dos restaurantes, e comemos um lanche mais-ou-menos. A igreja é bem maior que eu imaginava, nas fotos parecia menor. Assistimos uma missa rápida, e a igreja estava cheia de brasileiros. A Vivi brigou com uma mulher na fila de preencher o livro de visitas. Depois ascendemos velas pra santa e o Vinicius e eu brincamos de pega-pega do lado de fora, num grande espaço aberto pra receber os fiéis. Chegamos em Lisboa de noite e erramos a entrada. Fomos parar em Amadora, uma outra cidade, e quando voltamos pra Lisboa, pegamos uma entrada errada novamente e atravessamos o Rio Tejo, pela Ponte 25 de Abril. Como eu queria ter alugado o GPS... Quando chegamos na região do hotel, mais de uma hora depois, ainda apanhamos pra achar o hotel, pois era necessário passar por debaixo de uma ponte. Chegamos exaustos. Tomamos um banho e jantamos num restaurante em frente ao hotel. Fui dormir pregado.

 

LISBOA

Na Quarta 30, fomos passear em Cascais e Sintra. O Vinicius disse que queria ir pra Praia, então fomos primeiro pra Cascais. Chegamos num lugar chamado Boca do Inferno, onde tem uns paredões de pedra ao invés de praia. Foi difícil achar uma praia, pois existem poucas, e a faixa de areia é muito pequena. Dei um rolê procurando uma praia maior, fui parar em Estoril, daí percebemos que não teria praia grande, então voltamos num lugar ruim de estacionar no centro de Cascais, e ficamos em uma praia pequenininha. O Vinicius adorou, jogou areia na água, tirou a roupa, e molhou a bunda. Depois fomos pra Sintra, que fica em uma montanha, e o clima era mais ameno, com um ar mais gelado. Percebi que a Vivi estava emburrada, pois ela queria ter ficado em Cascais, mas não me disse nada. Almoçamos em Sintra, uma cidade bem elegante numa montanha verde. Depois subimos até o Castelo da Pena. Esse passeio seria melhor ter feito de manhã, com Cascais por último. O Castelo da Pena fica no alto da montanha, é todo colorido e pitoresco. Foi construído e habitado pelos descendentes de Dom Pedro. Na volta, paramos num Shopping em Lisboa, pra deixar a Vivi feliz. Ela fez compras na Zara, levamos o Tadeu na Toys Surs, e fomos jantar num restaurante muito bom. Até aqui, meu dia tinha sido ruim, mas quando voltava do banheiro, o Vinicius veio correndo até mim, olhei pra ele e vi uma nota de cem euros no chão. Como não tinha como saber quem era o dono, não tive dúvidas, peguei e coloquei no bolso. Ganhei o dia. Falei pra Vivi que agora tínhamos dinheiro sobrando, ela gastou mais um pouco, e voltamos felizes pro hotel.

 

Tiramos a Quinta 31 pra conhecer Lisboa, mas antes disso eu tive que entregar o carro na Hertz. Dirigir em Lisboa é muito complicado, pois não existem quarteirões. Você entra numa rua pensando em dar a volta, e a rua faz uma curva e te joga em um bairro totalmente diferente. Depois de apanhar um pouco no transito, entreguei o carro numa boa e voltei pro hotel. Conhecemos o Parque Eduardo VII, numa região de aclive, com gramado no meio e bosques dos lados, e a praça do Marques do Pombal, com muito transito e uma grande estátua no meio. Descemos pela Av. Liberdade, que é bem arborizada, até o Centro Velho. Passamos pela Praça do Rossio e chegamos á Rua Augusta. Na Rua Augusta tinha muitos turistas, além de lojas e restaurantes. No final da rua, tem o Arco e a Praça do Comercio, em frente ao Rio Tejo, com vários restaurantes. Subimos de bondinho até o Castelo de São Jorge, um morro bem ao lado, que não dava pra subir empurrando o carrinho. Dentro do bondinho, tem batedores de carteira muito espertos, e bateram a de um cara que estava ao meu lado, ainda bem que não era a minha. Entramos no Castelo de São Jorge, que é um antigo forte no alto do morro onde se tem uma bela vista da cidade de Lisboa. Depois descemos a pé, passando pela igreja da Sé de Lisboa, e voltando á Rua Augusta para almoçar. Iríamos até o Parque Vasco da Gama, pois queria levar o Vinicius no Aquário, mas o metro de Lisboa estava em greve, os ônibus estavam cheios, e me dei conta de que já era tarde. Resolvemos voltar para o hotel a pé, era uma caminhada longa, mas tudo bem. Paramos numa praça pro Vinicius brincar, depois apostamos corrida num calçadão, fomos num supermercado comprar leite e guloseimas, e comemos num restaurante bom perto do hotel.

 

Na Sexta, 01, fomos conhecer a região de Belém. O transporte público de Lisboa é muito ruim. Olhando no mapa, as atrações parecem perto, mas na verdade a estação de Belém é longe da Torre. Outro problema é que o trem e o metro não são interligados. Nós pagamos o metro, e depois tivemos que pagar o trem. Descemos em Belém e caminhamos até o Monumento aos Descobrimentos, ao lado do Rio Tejo, se quiser, pode pagar pra subir a Torre de Elevador. Andamos até a Torre de Belém. Ventava bastante e a água do estuário agitada. Decidimos entrar na Torre de Belém, mas a fila era grande e demorava muito, além disso, de vez em quando a água do mar vinha com força e batia em quem estava na fila. Diante disso, desistimos de entrar na torre. Ela é bonita, e acho que vale a pena entrar, mas pra mim não era tão importante, queria apenas conhecer o local. Fomos ao Mosteiro dos Jerônimos, do outro lado da pista. O Vinicius e a Vivi estavam com fome, tiramos fotos do Mosteiro, do lado de fora, e comemos num MC Donalds na vila de Belém. Não sabia que tinha essa vila com casas tão bonitas. Podia ter ficado ali mais tempo, mas tinha que levar o Vinicius no Aquário. Então, pegamos o trem, que demorou, e fizemos conexão até o Parque das Nações, também ao lado do Rio Tejo, só que mais a leste. Essa é uma zona moderna de Lisboa, com prédios novos, um grande Shopping ao lado da estação, pavilhões de exposições, e um teleférico. Como o Vinicius estava quase dormindo, tentamos chamar a atenção dele, e fazê-lo correr, entramos no Aquário, que é bastante grande, o maior que já fui. O Vinicius ficou mais esperto lá dentro, vendo todos os peixes, pinguins, tubarões, pererecas, etc. Ele adorou e até hoje me pede pra voltar no Aquário. Saímos já de noite, jantamos no Shopping Vasco da Gama, e a Vivi ainda fez mais umas comprinhas, compramos uma mala adicional para carregar as roupas, souvenirs e garrafas de vinho. Ao sair do metro, outra dor de cabeça com os transportes publicos de Lisboa, pois era necessário ter o bilhete para sair da estação, que aqui no Brasil não precisa, e tinhamos perdido. A funcionaria da estação nos deu uma bronca e disse que precisariamos comprar outro bilhete para sair, então a Vivi bateu boca com ela e, depois de revirar toda a mala com as coisas do Vinicius, achei os bilhetes. Quando chegamos no hotel, o Vinicius estava muito cansado e dormiu. Foi bom, pois sendo hoje o último dia de viagem, era também o dia de arrumar as malas.

 

No Sábado, 02, saímos ás 7hs do hotel, com o Vinicius ainda sonolento, e pegamos um táxi. O Aeroporto estava cheio, mas como temos uma criança pequena, os agentes mandavam a gente passar na frente, e rapidamente estávamos no saguão de embarque. Ainda gastamos os poucos euros que nos restavam comprando azeite, vinho, e um brinquedo que o Vinicius viu de longe. O vôo foi durante o dia e o menino não dormiu em nenhum momento. Tinha umas crianças da idade dele no banco da frente e eles fizeram a maior zueira no avião. Tinha até uma mulher do lado incomodada, mas fazer o que. O avião chegou no final da tarde em Campinas e fazia muito calor. Os pais da Vivi foram nos buscar, o que foi bom, pois pudemos ficar mais tempo no Duty Free. Voltamos para casa felizes da vida, por realizar mais uma viagem pra Europa, e contando nossas aventuras pra toda a família.

 

 

Custos aproximados:

Passagens aéreas TAP: R$ 8.600

Hoteis: R$ 3.700

Aluguel de carro: R$ 1.500

Rango: R$ 4.200

Táxi: R$ 400

Outros: R$ 1.600

Total: R$ 20.000

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