Esqueça Cancun: vamos falar de Isla Mujeres, Playa del Carmen, Tulum e CAYE CAULKER!

"Chegando no aeroporto, ignora todos os caras te chamando p/ transfer, taxi, tours, etc... vai caminhando e pergunta onde é o bus ADO ( nome da empresa ) p/ o Centro de Cancun. Vao te indicar direitinho (em caso que nao, o bus fica do lado do aeroporto). A passagem de bus custa 48 pesos até o centro de Cancun. Troca nada mais que 20 dólares no aeroporto.

30 minutos depois estarás no centro de Cancun. Terás que pegar um táxi (ou uma vanzinha local) até PUERTO JUARES - ULTRAMAR FERRY. Vc vai ver mtos taxistas te oferecendo a corrida por 60 pesos. Podes atravessar a avenida principal e pegar um taxi na frente do MC DONALDS por 25, 30 pesos - NAO ESQUECE DE PERGUNTAR QUANTO ELE TE FAZ ANTES DE ENTRAR NO TAXI!! (acho melhor tu usar o taxi mesmo.. essas vanzinhas sao complicadas de localizar etc.. custam 6 pesos só!)

Quando estiver na estacao de PUERTO JUAREZ, estas em "casa", pois aí é só comprar o bilhete (70 pesos - só vinda). Tem saídas de 30 em 30 minutos. Já vai te encantar pela ilha antes mesmo de chegar..."

E foi essa a minha visão ao alcançar Isla Mujeres. Será que meu amigo estava realmente certo? Será?

Assim começo meu relato PIRATAS DO CARIBE: A MALDIÇÃO DO AZUL-BRINCADEIRA!

Aterrizei em Isla, após seguir as indicações do meu amigo passo-a-passo. Meses depois de me apaixonar do mesmo modo que ele se apaixonou pela ilha atraves de postagens com fotos e relatos cada vez mais lindos da ilha das mulheres, e melhor que qualquer promoção da cvc no peixe urbano, fui arrancada de casa para passar o ano novo naquela ilhota.

Algumas indicações depois, conseguir chegar no albergue indicado por ele também: o POCNA HOSTEL http://www.pocna.com

Deixei minhas coisas e fui entregar as encomendas brazucas pedidas por ele:

-Ypioca

-havaiannas branca

-guaraná antartica 2 litros

-biscookies

aproveitei para jantar no restaurante em que ele trabalha, o Moguaguá, e ter meu primeiro contato com a culinária mexicana. Ai cabrone, era comida 100% confiavelmente mexicana!

Amigo trabalhando, lá volto eu pro albergue para tentar fazer algumas amizades. Viajo muito sozinha, sempre faço mil amigos, mas a situação de ter que começar do 0 nunca é confortavel pra mim.

Mas num tem jeito, né?

Fiquei sabendo que no espaço praia, um espaço como uma continuação do albergue na praia, logicamente, de areia branquissima, palmeiras por todos os lador, redes e um beachbar, começaria dali a alguns minutos uma aula de salsa **GrAtiSSS**, e lá fui eu correndo para minha primeira oportunidade de fazer amigos. Chegando lá descobri que precisaria de um par (ah, Gênia) e todos os pares já estavam formados. Até que apareceu um chapéu de malandro solitário do outro lado do povo, e era Marc, um suiço, meu futuro grande amigo daquela estadia. Dançamos com o empenho digno da "dança dos famosos" para poder fazer bonito na primeira salsa que tocasse na beach party, que aconteceria logo após a aula. Só não tocou salsa

Segundo dia: mais uma vez fui correndo para o espaço praia.

É que estava começando uma aula de Yoga. Nunca tinha feito, mas era **GrAtiSS**, então né, gente?

Acabou, tomei café, coloquei chinelinho, biquininho, camera e fui dar minha volta inaugural na ilha. Saí pela praia, dobrei a esquerda, atravessei algumas pedras e me deparei com isso:

Uma pontezinha de madeira que atravessava para um hotel numa piscina de mar, tao linda que deixei o lado fotográfico de lado um pouco: aquilo tudo pra mim era mais importante que pensar numa foto...

Recuperado o estado normal da alma, continuei andando pela ilha muito turística, mas ainda assim irresistível pra mim. É diferente do que temos aqui no Brasil, muito diferente! A cor daquela água, os bares com balanços ao invés de cadeiras, as marimbas tocadas por cabroooones de bigodón, eu realmente estava bem longe de casa!

O dia da roubada:

Eu e meu amigo Marc nos associamos a 3 Belgas e 2 neozelandezas. Malandriadamente, resolvi mergulhar! Irriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Fomos levados para o meio daquela água azul-brincadeira e eu simplesmente nao podia esperar a hora para me jogaaarrr ali. Equipamento checked, lugar certo e bluft! água dentro...

vi isso:

na imagem é bem mais legal do que o que realmente vi, ainda mais porque ao lado tinha uma estátua de um new beatle(???) provando a falta do que se ver naquele lugar. Fomos levados a mais alguns pontos, todos com peixes cor de pardal de rua, absolutamente nada que combinasse com a cor daquela água. No final, tirei pé de pato e máscara e me contentei a somente nadar no paraíso. E pensar que me recompesaria na volta com alguns chilis e mojitos. E mais uma festa na praia. E conhecer mais gente. E eu estava de bom humor de novo!

No dia seguinte era Año nuevo, Cabronesssss

Traumatizados do mergulho rorozo do dia anterior, as belgas, eu e marc resolvemos alugar um super-carrinho-de-golf

Esse carrinho aí nao veio fácil para nossas patinhas: saimos a procura cerca de 10hrs da manhã e a graaande maioria das agencias ja havia alugados todos os seus carros. Só nos sobrou umas poucas agencias que nos cobraram nao diária, mas por hora, logicamente veio na minha cabeça *olha o golpeee*, mas já estávamos todos muito pilhados para ir conhecer o lado sul da ilha para desistir ali. E aceitamos o golpe para andar com essa belezinha aí. Sem freio.

O lado sul tem bem menos coisas, mas é lindíssimo. Tem uma ruina de templo maya, mas posso dizer que se trata de uma ROUBADA! Quer ver ruina? vá a Tulum, nao perca seu dinheiro aqui

Lado sul

vista ao lado das "ruinas"

A Isla é pequena, mas me entreteve profundamente por 6 dias. Posso dizer que em grande parte por causa do albergue, que é considerado o "club med" dos albergues. Todo os dias tinha algo muito bom a ser feito por lá: fogueira, as aulas gratis, as festas das praias, som ao vivo todos os das... certo, era época de ano novo, tudo é bem mais caprichado, mas estou certa que poucos lugares onde eu pagaria menos de 40 reais por diária perto da minha cor preferida, o azul-brincadeira, teria tamanho retorno.

O resto da ilha também é interessante. Tem uma ruazinha principal com muitos restaurantes, algumas lojinhas de artesanatos e músicos se apresentando pelas esquinas. Me chamou a atenção um grupo que tocava Olodum, porém meio mexicanizado... até batida de funk entrou no meio!

As bebidas merecem comentários a parte também:

Estava na terra dos meus drinks favoritos: mojito, marguerita, tequiiiiiilaaaaaaaaaaa

fator engraçado: após as 5 aos domingos, é proibida a venda de alcool pelos mercados e afins, se nao me engano, durante a semana é a partir das 9. Então, se planejar comprar algo alcoolico, faça-o cedo!

Experimentei bebidas apimentadas ao som da marimba, quase numa passarela do alcool na rua principal, indo de bar em bar para provar especialidade de cada lugar. Fiquei muito felizzzzzzzzzz com o resultado, hahhahaha... mas no final tinha algumas barraquinhas de churros e burritos para curar felicidades em excesso. E todo bom fã de Chaves vibraria como eu por comer Churos, só com um "r" mesmo, quentinhos, no mérricooo babe!

Sem olho gordo, KID

A noite de ano novo é especialmente lindinha: lindinha porque me lembra muito as festas de cidades pequenas do Brasil.

Todos vão para a praça principal, onde logicamente é de frente para uma igreja, e lá tem um palco grande armado e várias barraquinhas em volta. Os fogos são normais, o show é como o de qualquer bandinha que toque sertanejo e axé aqui no Brasil, mas o que me encantou foi como os mexicanos se enturmaram com a gente. Tiravam-nos pra dançar o tempo todo, e era velho, adulto, criança, que delícia! Nessa batida ficamos até 7hrs da manhã, e então fomos para praia ver o sol nascer, já que tinham algumas nuvens no horizonte atrasando a aparição do grandão. E adivinha? A festa continuou! Eita povo mexicano festeiro!

Los gringos no meio da multidão: Recomendo!

pode olhar em volta, só mexicano!

A gente sabe que a festa foi boa quando, no dia seguinte, até o gato tá de ressaca

Playa del carmen

Subitamente, acordei e decidi que era hora de move on!

Peguei minhas coisas, me despedi dos meus amigos do albergue e fiz todo o caminho inverso: Ultramar

Pois bem, eu e minha mochilona cargueira começamos a cortar a 5a avenida e comecei a ver moiçolas maquiadas no salto, cheias de sacolas na mão, pessoas insistentes para fazer/comprar/comer qualquer coisa que eles estivessem vendendo, animais exóticos sendo exibidos para tirar foto (claro em troca de uma pequena quantia... ou grande). Meu lado roots pensou comigo: "não mais que duas noite aqui. Não mais."

http://www.mundoadentro.com

E claramente essa foto não é minha, nao paguei, mas precisava mostrar isso

Desculpa para os mais empolgdos, mas isso na minha opinião é a típica armadilha para turista. Assim como Cancun. Pulo!

Fui procurar um Hostel, não tinha indicação de nenhum.... que arrependimento de não ter checado isso antes de sair da wifi do outro albergue!

A solução foi uma parada para almoço em qualquer restaurante com o preço mais acessivel e com a plaquinha "wifi" do lado de fora. Um spagetti Thailand com suco de grapefruit depois, fui procurar o Albergue Rio (hehe, nada influenciada pelo nome) e fui recepcionada por um brasileiro, o Marcelo. Que marvilha! era o primeiro brazuca que cruzava meu caminho desde o início da viagem, acredite. Que tristeza! Tava lotado!

Ele me indicou um albergue logo adiante, mas só me convenceu quando falou "eles tem um bar ótimo, com um pessoal muito legal. Eu mesmo deixo o bar daqui para tomar umas cervejas com o pessoal de lá". O nome do albergue era o Happy Gecko. Lá fui eu!

o bar realmente era bem simpático!

O albergue não era lá dos melhores, mas de cara fiz amizade com uma holandesa e uma francesa e fomos para a praia. LOTADA! Mas justiça seja feita, qual praia não está lotada dia 2 de janeiro? A cor da água não mentia, estávamos no caribe, mas achar um pedacinho de areia vago foi missão dificil, creio que nunca mais verei tanto sofá numa mesma praia.

Parada para um mojito num dos bares com balancinhos e apreciar o mar de gente siliconizada, biquinis brilhantes, taças e mais taças de champagne, muita gente tirando foto da bun... das amigas para colocar no instagram, creio. Porém nao sei explicar, talvez seja a cia das meninas que estava muito boa, mas eu estava me divertindo naquele mar de gente, fora que Playa em si é linda, não posso negar!

As meninas e os balancinhos

Primeiro por-do-sol em playa... não é linda?

Mas é na noite que playa mostra pra quê veio ao mundo: boates, bares que viram boates, cafeterias que viram boates, sorveterias que viram boates. Tudo vira uma enorme festa! E tudo luxuosamente decorado, tudo dizendo para voce ter aquelas noites para realmente se perder, manter segredo com as pessoas que estavam contigo naquele dia e pronto! Pra completar, tava acontecem um festival de musica eletronica, o BPM, que gente do mundo inteiro estava lá só para curtir. Eu nunca tinha ido, e a convite da minha nova amiga canadense, resolvi me estreiar na eletronic music em grande estilo, afinal, disseram que eram os melhores dj's do mundo tocando lá.

foto da entrada, pq lá dentro eu nao me atrevi a ficar com camera fotográfica

O festival acontecia simultaneamente em vários beach clubs, 24hrs por dia. A praia vivia lotada a qualquer hora do dia, qualquer mesmo! A música era escutada até de Tulum, que ficava a quilometros distante de lá.

Porém preciso confessar uma coisa: saí somente duas noites nas ruas, e fiquei bem mais que duas noites prometidas em Playa. Tudo culpa do happy gecko!

Todas as noites eu chegava para fazer o esquenta por lá, e ia pra cama, "na felicidade" perto de 4hrs da manhã. Shots de tequila "libre", cerveja no turbotchela: um funil com um tubo onde eles derramavam sua cerva intercalada com, claro, tequila, e tomando tudo de uma só vez! E sempre com mutia gente falante, que vinha a té voce todo o momento, coisa ótima pra uma viajante solo como yo!

Bem, posso lhes dizer que este foi sim o motivo para aminha estadia de 2 dias se tornar 8: as pessoas que encontrei no happy gecko