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Itália - Maio/2009 - Veneza, Pisa, Florença, Milão, Roma e Pompeia


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Em maio de 2009, meu marido e eu passamos nossa lua de mel na Itália. Vou relatar aqui a nossa viagem com o máximo de detalhes que eu me lembrar. Por causa da correria para organizar casamento e casa nova, não tínhamos muito tempo disponível para pesquisarmos sobre a viagem. Então fizemos o nosso roteiro, procuramos uma agência de viagem e já saímos do Brasil com passagens de avião, trem e hotéis fechados, tudo parcelado no cartão de crédito. Não sei se ficou mais caro ou mais barato pelo fato de ter feito com agência, mas preferi fazer assim a perder tempo nas cidades procurando hotel e vendo horários dos trens. Não quisemos ficar em albergues, então ficamos em hotéis tipo 3 estrelas. Também não fechamos transfer, fizemos toda a viagem por trem e reservamos hotéis próximos às estações, assim íamos a pé até o hotel. Deu tudo certo! A previsão do tempo era de cerca de 15°C para toda a viagem (o que pra mim é frio), levamos bastante roupa de inverno, mas para nossa surpresa a previsão falhou e pegamos temperaturas de 30°C, eu acredito. Por sorte levei blusinhas mais frescas também, foi o que me salvou.

 

Nosso roteiro foi o seguinte:

17/05: Embarque para Veneza

18/05: Chegada em Veneza

19/05: Veneza

20/05: Ida de trem para Florença na parte da manhã. À tarde, ida de trem à Pisa. Volta para Florença.

21/05: Florença

22/05: Florença

23/05: Ida de trem para Milão

24/05: Milão

25/05: Ida de trem para Roma

26/05: Roma

27/05: Vaticano

28/05: Excursão para Pompéia, retornando a Roma

29/05: Retorno de Roma para Brasil

 

1º dia: Chegamos no aeroporto de Veneza às 14:50h e no salão onde pegamos as malas encontramos uma máquina da ATVO de venda de passagens de ônibus. A ATVO tem ônibus do aeroporto para a Piazzale Roma (em Veneza) e para várias outras cidades, entre elas Mestre, cidade vizinha a Veneza com hotéis bem mais em conta. Nós compramos nossa passagem de ônibus para a estação de trem de Mestre, pois nos hospedamos lá. O ônibus que nós pegamos era ótimo e o bilhete custou 3 euros. Recomendo!

 

Chegando na estação de trem de Mestre, fomos andando até o hotel Alla Giustizia. Foi uma caminhadinha boa, de cerca de 15-20 minutos, carregado mala por uma calçadinha estreita por onde só passava uma pessoa. Quando reservei o hotel, achei que fosse mais perto, mas tudo bem, chegamos. O hotel é ótimo, quarto e banheiro limpos e confortáveis. O café da manhã era muito bom, com café expresso, capuccino, nutella, muitos tipos de pães e outras delícias. Não tem elevador e você mesmo tem que carregar suas coisas até seu quarto. A menina da recepção foi muito atenciosa e nos deu várias informações.

 

O mais importante é que em frente ao hotel tem um ponto de ônibus para a Piazzale Roma, nosso destino! Compramos nossa passagem numa banca de jornal no ponto de ônibus, pode-se comprar um bilhete só para uma única viagem ou então um bilhete que vale por um período maior de tempo e serve para ônibus, trem e vaporetto (barco de transporte coletivo utilizado em Veneza). Optamos por comprar o bilhete de 48 horas, subimos no ônibus e seguimos para Veneza.

 

Na ansiedade de chegar logo em Veneza, esquecemos nosso mapa da cidade no hotel. Descemos na Piazzale Roma por volta das 17:30h e de cara vimos vários quioques vendendo aquelas lindas máscaras de carnaval. Demos uma voltinha, comemos, tomamos sorvete (os sorvetes lá são mesmo deliciosos!) e decidimos fazer logo nosso passeio de gôndola, ali mesmo na Piazzale Roma.

 

Eu já tinha lido antes de viajar que a cidade de Veneza tinha fixado o preço do passeio de gôndola (45 minutos) em 80 euros e que muitos gondoleiros pediam mais do que isso, mas nunca menos, mesmo que você negociasse. E que se o passeio fosse feito à noite, era ainda mais caro. Pois bem, o gondoleiro nos pediu 120 euros, eu reclamei e ele disse que não tinha como fazer por menos, porque já era noite (eram 19h, mas o sol ainda estava alto). Eu disse que ele não podia me cobrar o preço noturno, já que ainda estava sol, mas ele disse que não daria desconto, então agradecemos e fomos embora. Nisso um outro gondoleiro veio atrás da gente e disse que faria o passeio pelo preço diurno de 80 euros. Topamos.

 

Vou abrir um parêntese aqui sobre fazer ou não o passeio de gôndola. A minha dica é: não leve em conta a opinião dos outros, faça se você sentir vontade de fazer. Isso porque as opiniões são muito divergentes. Algumas pessoas me aconselharam a não fazer (“é caro” e “a água cheira muito mal”) e outras me aconselharam a fazer (“é lindo”, “é romântico”, “é o melhor jeito de ver Veneza”). Nós decidimos fazer o passeio porque achamos que fazia parte da viagem (sabe aquela história de ir a Roma e não ver o Papa?), mesmo que custasse caro. Eu preferia me arrepender de ter feito o passeio a não ter feito. E não me arrependi nem um pouco! Amei cada minuto do passeio, que, aliás, passou voando! Quando acabou eu falei “já?”, olhei pro relógio e realmente o tempo tinha acabado. Foi lindo, inesquecível, não sentimos nenhum cheiro ruim e o gondoleiro ia explicando as coisas, mostrando as casas e até tirou fotos nossas.

 

Mas eu realmente acho que um fator ajudou muito para que nós curtíssimos tanto o passeio: o fato de termos feito ali na Piazzale Roma, antes de ver Veneza propriamente dita. Sim, porque depois que você pega o vaporetto, anda pelo Canal Grande e vê a beleza da cidade, o passeio de gôndola realmente perde parte do seu encanto, pois não há mais surpresas, afinal você já viu as mesmas paisagens por um preço muito mais em conta. Então, se você decidiu que quer fazer o passeio de gôndola, minha dica é essa: faça assim que chegar à cidade, antes de andar de vaporetto. Não faça pelo Canal Grande.

 

Depois do passeio de gôndola, resolvemos andar sem rumo pelas vielas da cidade e ver se conseguíamos chegar à praça principal, já que “todos os caminhos levam à Piazza San Marco”. Andamos bastante, a cidade é mesmo diferente de tudo que já vi na vida, simplesmente extraordinária. Chegamos ao Campo Santa Margherita, onde muita gente se divertia, ambiente muito legal. Continuamos caminhando e nada de chegar a San Marco, nem mesmo ao canal grande. Como disse, esquecemos nosso mapa no hotel e não tínhamos a mínima idéia de onde estávamos. E quando víamos uma placa indicando a praça, ela apontava ao mesmo tempo para dois lados opostos. Chegou uma hora em que nem placas víamos mais. Deu 21h, anoiteceu e de repente não víamos mais ninguém nas ruas. Confesso que comecei a ficar com um pouco de medo, a cidade escura e vazia, não tinha ninguém que a gente pudesse pedir informação e, mesmo que tivesse, como alguém poderia nos orientar a sair daquele labirinto? Foi aí que vimos uma família com crianças, pensei que eles deveriam saber para onde estavam indo e então resolvemos segui-los. Eles andaram mais um pouco e entraram numa casa, o que não nos ajudou muito. Meu destemido marido estava animadíssimo, queria continuar andando até achar a praça, mas a chata aqui já estava morrendo de medo que algo desagradável acontecesse, reação natural de quem está acostumada com o Rio de Janeiro. Decidi que era melhor tentarmos voltar pelo mesmo caminho que viemos, mesmo que nos parecesse impossível acertar. Fomos andando e tentando reconhecer os lugares por onde passamos, até que finalmente chegamos no Campo Santa Margherita, que aquela hora fervia de gente. Ufa!

 

Dali para a piazzale Roma foi mais fácil, as ruas estavam mais movimentadas e me senti mais segura. Chegamos na piazzale Roma, que também estava super movimentada, comemos uma pizza e decidimos pegar o vaporetto para finalmente avistarmos o canal grande. Foi lindo ver Veneza à noite! Descemos no Rialto, tiramos umas fotos e decidimos voltar para o hotel, pois já era umas 23h e estávamos cansados. Vaporetto novamente até a piazzale Roma e de lá um ônibus que nos deixou na esquina do nosso hotel em Mestre.

 

2° dia: Veneza: Acordamos cedo, pegamos o ônibus até a piazzale Roma e depois o vaporetto até a Piazza San Marco, que é mesmo belíssima. Fomos visitar a basílica, mas na entrada havia uma placa dizendo que não era permitido entrar com bolsas e que tínhamos que deixar tudo no guarda-volumes que tem do lado de fora da basílica, inclusive câmeras fotográficas e filmadora. Fizemos isso e depois entramos na fila da basílica. Percebemos que várias pessoas estavam com bolsas e máquinas na fila, achamos que elas seriam barradas pelos seguranças, mas nada! Dentro da basílica todos filmavam e tiravam fotos, menos nós. Portanto, minha dica é observar se os seguranças estão fazendo vista grossa antes de se dirigir ao guarda-volume.

 

Na basílica, visitamos a Pala d’Oro e o Tesoro. A entrada é baratinha e vale a pena! Depois saímos e visitamos o Palazzo Ducale, que também tem guarda-volumes, mas dessa vez ficamos com as máquinas. É um lugar belíssimo! Mais tarde, subimos o Campanile (tem elevador) para avistar a cidade, mas confesso que não achei nada de mais e não iria de novo. Na praça há ainda o Museu Correr, o Museu Arqueológico e a Biblioteca, mas não tivemos tempo de visitá-los. Ficamos um tempo na praça, vendo as pessoas, os prédios, os pombos, vendo as pessoas alimentando os pombos, enfim, dá para ficar horas ali só vendo o movimento.

 

À tarde fomos ao Rialto, mas o mercado em si já tinha acabado. Demos uma volta e depois pegamos o vaporetto até a Galleria dell’Accademia, que infelizmente estava fechada. Resolvemos então dar uma volta por ali enquanto tomávamos mais um sorvete. Andamos bastante e depois fizemos o caminho de volta para pegar novamente o vaporetto. Achamos a estação muito fácil, mas quando entramos, vimos que o nome da estação, que deveria ser Accademia, era outro, San Basilico. Detalhe que entre as duas estações havia mais quatro ou cinco. Depois é que nos demos conta que tínhamos atravessado o bairro e que não estávamos mais no Canal Grande, mas sim no Canale della Giudecca. Enfim, pegamos o vaporetto e rimos muito, realmente é muito fácil se perder em Veneza e é também uma das coisas mais legais de se fazer. Com certeza foi um dos melhores momentos da viagem!

 

Algumas considerações:

1- Se vir algo que gostaria de comprar, não deixe para depois, ou você pode não se lembrar mais como chegar na loja;

2- Se puder, programe-se para ficar mais tempo na cidade, nós ficamos um dia e meio e não fizemos tudo o que gostaríamos;

3- Estão à venda o Museum Card e o Museum Pass, que permitem a entrada em vários museus da cidade. Nós não compramos porque só tivemos tempo para visitar o Ducale, então não valia a pena;

4- Como disse no início do relato, nós compramos o vale-transporte de 48h e, pelas minhas contas, gastei exatamente o mesmo que teria gastado de tivesse comprado os bilhetes individuais. Mesmo assim, acho que valeu a pena, pois não pegamos fila toda hora para comprar bilhetes e também nos sentimos mais livres para pegar os transportes sempre que tínhamos vontade, sem pensar em quanto aquilo ia nos custar, afinal, já estava pago;

5- Sempre que entrar em um meio de transporte, você deve validar o bilhete (há uma maquininha onde você deve encostar o bilhete para validá-lo). Se não o fizer e um fiscal aparecer, você pode ser multado;

6- Dizem que na Itália você pode andar tranquilo com máquina fotográfica e filmadora nas mãos, mas que deve ter muito cuidado com sua mochila, pois é muito comum que te roubem sem você perceber. Por segurança, andávamos com a mochila trancada por um cadeado.

 

3º dia: Ida para Florença. Tínhamos que pegar o trem na estação de Veneza, tentamos pegar o ônibus para lá, mas estava tão lotado que não conseguimos subir. Andamos até a estação de trem de Mestre e lá foi muito confuso descobrir qual trem ia para Veneza. Rodamos muito, perguntamos muito, ninguém sabia dizer nada. Depois de muito tempo rodando, vi que um trem estava chegando, fomos para a plataforma onde ele parou e aí perguntei para umas estudantes que estavam dentro do trem se ele iria para Veneza, elas disseram que sim, então entramos e fomos rezando para que fosse aquele trem mesmo, pois já estávamos em cima da hora. Chegamos em Veneza, tomamos um café rápido e pegamos nosso trem para Florença e... não é que o trem parou na estação de Mestre? Tanta correria!! Se soubéssemos, teríamos dormido até um pouco mais tarde e pegaríamos o trem ali mesmo em Mestre. Fica aí a dica!

 

Chegamos em Florença mais ou menos na hora do almoço e andamos até o hotel Caravaggio . O hotel é ótimo, quarto confortável e limpo, todo arrumadinho e com ótimo café da manhã. A localização é ótima, pertinho de tudo, íamos a todos os lugares à pé e ainda passávamos no hotel durante a tarde para deixar compras e dar uma refrescada. Recomendo!

Almoçamos, voltamos para a estação e pagamos um trem para Pisa. Compramos a passagem na hora, tem a todo momento e foi super tranqüilo. Em Pisa, fomos na Praça dos Milagres, não subimos na torre pois achamos muito caro (não lembro agora o valor) para o que era. Tiramos muitas fotos e voltamos para Florença.

 

4° dia: Florença: A idéia era acordar cedo para não pegarmos fila na Galleria degli Uffizi, mas não conseguimos. Chegamos lá umas 10h, a fila nem estava assim tão grande, mas simplesmente não andava, ficamos uns 20 minutos parados no mesmo lugar. Aí resolvi ir lá na frente para ver o que estava acontecendo e descobri que poderíamos pagar 4 euros a mais para entrarmos com hora marcada, sem pegar fila. Como tempo é dinheiro, compramos o bilhete para as 14h e fomos passear pela Ponte Vecchio e pela Piazza della Signoria, tudo ali pertinho. Almoçamos na Osteria dei Peccatori, que fica entre a Piazza della Signoria e a Pizza del Duomo. Ótima comida, ótimo ambiente, ótimo preço!

 

Finalmente fomos na Galleria degli Uffizi. Minha opinião é a seguinte: se você é amante da pintura, reserve horas para esse passeio, mas se não é, em mais ou menos uma hora você vê os principais quadros. Foi o que aconteceu conosco. Achamos que íamos ficar horas lá dentro, mas rapidinho vimos o que nos interessava. De lá, fomos para a Galleria dell’ Accademia, mas para entrar lá tem que reservar com antecedência pelo telefone. Demos um pulo no nosso hotel e o recepcionista ligou e reservou pra gente para o dia seguinte. Continuamos nosso passeio pela cidade, fomos na feira e no Mercado Central de San Lorenzo e na Santa Croce, até que deu 18h e tudo fechou. Sem nada para fazer, decidimos então pegar um ônibus até a Piazzale Michelangelo para ver o por do sol e foi um momento lindo! Era uma atração que não estava na nossa lista de prioridades, só fomos por pura falta do que fazer e adoramos!

 

Voltamos para o hotel e depois saímos para jantar em um dos restaurante da Piazza della Signoria, chegamos lá umas 22h e já estavam todos fechando, não nos deixaram entrar. Acabamos comendo uma pizza num barzinho mesmo, um dos poucos que ainda estavam abertos.

 

5º dia: Florença: Visitamos o interior do Duomo e também a cripta, onde há os vestígios da antiga catedral de Santa Reparata. A entrada é no interior do Duomo e foi bem legal conhecer. Depois subimos os 463 degraus até a cúpula do Duomo, que é mais alto que o Campanile, que tem 414 degraus. É bem legal poder ver os mosaicos do domo de perto! De lá, visitamos o Museo Dell'Opera Del Duomo, que é onde ficam as esculturas e pinturas que antes ficavam no interiror do Duomo. Belíssimo!

Depois passeamos mais pela cidade e vimos o Mercado da Palha com seu Javali. E não esquecemos nossa hora marcada na Galleria Dell'Accademia para ver o Davi: só essa escultura valeu toda a viagem! É incrível, imperdível, inesquecível!

 

6° dia: Ida para Milão: Mais uma vez de trem, fomos para Milão, onde ficamos hospedados no hotel Demidoff, a uns 8 minutos a pé da estação de trem. O quarto era bom, mas o chuveiro era horrível, pior banho da minha vida. Não sei se todos os quartos são assim ou se foi azar. Só para você ter uma ideia, meu marido pendurou a roupa atrás da porta do banheiro e ela saiu toda molhada. O banheiro ficou alagado. A camareira falou que a gente tinha que pegar o chuveiro (era daqueles móveis), se agachar na banheira e tomar banho como se estivesse se escondendo de alguma coisa, para evitar que os guinchos do chuveiro atingissem todo o banheiro. Dá pra imaginar isso? O café da manhã não sei dizer bem como era, pelo que vi era mais ou menos, porque eles não repõem, então quando fomos comer, já tinha acabado tudo, mesmo estando dentro do horário. A única coisa que tomamos foi um expresso e um capuccino, que a garçonete fazia na hora, então ainda tinha. Mas era perto da estação de metrô e fomos de metrô para as atrações. Mesmo assim, não recomendo o hotel pra ninguém!

 

Posso dizer que são três as principais atrações de Milão: o cenacolo, o duomo e a galeria Vittorio Emanuele II. Mas o que nos levou até lá foi o jogo Milan x Roma no estádio San Siro!

 

Depois de deixarmos nossas malas do hotel, fomos comprar nossa entrada para o jogo em uma loja de música na galeria Vittorio Emanuele, que o recepcionista do hotel nos indicou, mas não conseguimos, pois não vendem ingresso na véspera, só com mais antecedência. Na verdade, passamos toda a viagem até aqui tentando comprar ingresso para esse jogo: não vende pela internet e para comprar no Banco Intesa San Paolo era necessário ter a carteira de torcedor, que não temos ("La tessera del tifoso, per favore", "Tifoso? Non, io non sono tifosa, grazie Dio!" Pagando mico em italiano ao entender que a vendedora me perguntava se eu era tifosa (com a doença tifo), quando na verdade ela me perguntava se eu era torcedora ::putz:: Ela não deve ter entendido nada quando agredeci à Deus por não ser tifosa :lol: ) Então o jeito foi deixar para comprar no dia seguinte, dia do jogo, na bilheteria do estádio mesmo.

 

De lá, pegamos um táxi até o Cenacolo, onde tem a Última Ceia do Leonardo da Vinci. Tem que fazer reserva para visitar, mas só paga na hora. O site para reserva é http://www.cenacolovinciano.net. Infelizmente quando soube disso e fui fazer minha reserva, já não tinha mais vaga para esse dia. Mesmo assim arriscamos ir até lá ver se conseguíamos entrar. Perdemos nosso tempo. Fica para a próxima!

 

Voltamos então para a praça do Duomo, vimos com mais calma a galeria, visitamos a igreja, demos uma voltinha pelos arredores e voltamos cedo para o hotel. Milão é cidade grande, não tem aquele ar de cidade italiana das antigas. A ideia aqui foi ver o principal e aproveitar para descansar um pouco e recuperar as energias.

 

7° dia: Milão: Dormimos até umas 9:30h e fomos de metrô até o San Siro comprar nossos ingressos. Chegamos lá e a fila já estava enorme, e olha que o jogo era só no fim da tarde. Tinha uma fila só para estrangeiros que não tinha fim. Então demos uma volta e descobrimos uma outra bilheteria, mais nos fundos do estádio, com menos fila, mas mesmo assim bem grandinha. Por sorte, conhecemos uns brasileiros que também queriam ingresso, e um deles passou um papo em um japonês que estava no início da fila e o japa topou comprar o ingresso pra gente. Foi a nossa sorte! Furamos fila, mas mesmo assim levamos umas 2 horas para comprar. É preciso mostrar o passaporte para comprar o ingresso, o lugar é marcado e nem deu pra escolher muito, mas conseguimos, isso é que é o importante.

 

Fizemos uma lanche, compramos camisa e boné do Milan e entramos no estádio. Nosso lugar era no sol, um calor do inferno, mas alguém aqui tá reclamando? O jogo foi muito legal, é um programa e tanto para quem curte futebol e se liga no campeonato italiano. Não é muito o meu caso, mas sim do meu marido, e o que a gente não faz por amor, né? Hehehehe! Foi uma experiência legal, mesmo com o Milan perdendo... é totalmente diferente de ver jogo aqui no Brasil.

 

De lá, fomos direto para o hotel, acabados de cansaço, prontos para um péssimo banho e depois dormir, que no dia seguinte tem mais.

 

8° dia: Finalmente, Roma! Ficamos no hotel Rimini, muito perto da estação Roma Termini, tipo uns 40 segundos a pé. Hotel simples e bom, sem luxo, bem limpo, bom café da manhã, do jeito que a gente procurava. Na recepção do hotel fechamos um passeio para Pompeia, com uma paradinha rápida em Nápoles, que agora não me lembro mais o valor.

 

Almoçamos na estação de trem, que tem muitas lojas, lanchonetes, há tipo um shopping center no subsolo, com supermercado e tudo. Depois resolvemos ir a pé até o centro histório, é uma caminhada boa, mas um ótimo jeito de conhecer a cidade. Ma che caldo fa in questa città?? Um calor absurdo! Eu não conseguia reparar na beleza da cidade de tanto calor que eu sentia, só queria saber de sombra e água gelada. Até que passamos por um brechó que foi minha salvação! Comprei uma saia na altura do joelho, mas de tecido bem levinho, coloquei a calça jeans na mochila e aí sim pude respirar! Como a cidade ficou linda depois disso! Uma dica para as mulheres:para entrar nas igrejas você tem que estar com os ombros e pernas cobertos (por isso eu estava de calça e blusa de manguinha que cobre só os ombros), mas a mulherada toda só anda de shortinho e blusa de alcinha, carregam na bolsa lenços grandes ou cangas e na hora de entrar na igreja amarram na cintura e cobrem os ombros. É a melhor coisa!

 

Visitamos o Pantheon, a Fontana di Trevi, a Via Condotti, a Piazza di Spagna, a Scalinata di Trinità dei Monti e a igreja Santa Maria del Popolo, depois voltamos até a Piazza Navona, tudo a pé. Jantamos em uma cantina próxima à Navona. Voltamos a pé para o hotel, passando novamente pela Navona, pela Fontana e pelo Pantheon para ver tudo iluminado à noite. É mesmo belíssimo!

 

9° dia: Roma: Não conseguimos acordar tão cedo quanto gostaríamos. Mais uma vez à pé, seguimos pela via Cavour e chegamos no Coliseu por volta das 11h. Que lugar incrível! Fizemos uma visita guiada (em inglês) que eu recomendo para conhecer melhor o lugar. Ficamos bastante tempo lá! Na saída, era só virar à esquerda, na via di San Gregorio, que ali estava a entrada para o Palatino e o Fórum Romano. Mas eu achei que deveria seguir em frente, na via dei Fori Imperiali, e com isso demos uma volta gigantesca ao redor de todo o Forum Romano, sem conseguir entrar. Perdemos um tempo absurdo na caminhada. No caminho, vimos a Piazza del Campidoglio (não visitamos os museus), visitamos a igreja Santa Maria in Cosmedin (onde tem a Bocca della Verità) e vimos o Circo Massimo, só então, já chegando de novo do Coliseu, é que encontramos a entrada para o Palatino e Forum Romano. Como já era tarde (já passava das 16h), não tinha mais visita guiada, então tivemos que ver as ruínas só nós dois, tentando entender o que era cada coisa, coma ajuda do nosso livro guia da Itália. Foi uma pena eu ter errado o caminho, poderia ter feito primeiro a visita guiada lá e depois dar essa volta para ver os outros pontos. Mas, beleza, lá é incrível de qualquer jeito! Dica: Na saída do Forum Romano tem a melhor vista do Coliseu para fotografar! Depois estávamos tão cansados que resolvemos pegar o metrô na estação Coliseu até a Roma Termini e tentar dormir mais cedo.

 

10° dia: Vaticano: Fomos de metrô até o Vaticano. Era uma quarta-feira, dia que o Papa aparece para abençoar o povo, mas não conseguimos a reserva, então fomos direto para o Museu Vaticano. Alugamos um guia eletrônico e começamos a ver as primeiras salas, mas depois percebemos que aquilo lá é tão gigantesco que íamos ficar o dia todo e não íamos ver nem a metade. Então começamos a pular as salas e ir para as principais: Stanze di Raffaello e Capela Sistina. Sem comentários, só indo lá para entender a beleza que é! Almoçamos uma pizza numa das poucas lanchonetes que tem lá e fomos então para a praça São Pedro, que a essa hora já estava aberta para todos. A Basílica é linda! Vimos a Pietà de Michelangelo, visitamos as grutas (onde ficam as tumbas dos papas) e subimos os mais de 500 degraus até a cúpula. Tem a opção de pegar um elevador até o terraço e depois subir só 330 degraus até a cúpula, mas era mais caro, tinha fila, e pra quem já andou tanto, subir 200 degraus a mais é pinto! A escada é bem apertada e fechada, como em qualquer outra cúpula, tem que ir uma pessoa atrás da outra e não dá pra desistir e voltar, porque os caminhos pra descer e subir são diferentes, então se você fica nervoso em lugares fechados e apertados, não recomendo a subida. Mas aviso logo que vale muito a pena, porque a vista é deslumbrante! Na saída do Vaticano, encontramos uma confeitaria com uma promoção de medialuna de chocolate com capuccino que foi inesquecível!

 

Pegamos o metrô de volta para Roma com o objetivo de fazer nossas compras de vinho para trazermos para o Brasil. Para nossa surpresa, todas as seções de bebidas estavam isoladas com fitas. Fomos a todos os mercados que conhecíamos e nada, todos estavam isolados. Até que entramos num mercadinho de uns chineses que nos explicaram que era a final da Champions League e era proibida a venda de qualquer bebida alcóolica durante a partida, mesmo nos supermercados. Como no dia seguinte íamos à Pompeia e voltaríamos muito tarde, e voltaríamos para o Brasil na madrugada seguinte, explicamos que não iríamos consumir, mas sim levar de lembrança, então eles decidiram nos vender, embalaram em sacos de verduras e disseram que se fôssemos parados pela polícia que não era pra dizer que compramos ali. Concordamos e voltamos para o hotel tensos, passamos por vários policiais, o caminho era longo e eu morrendo de medo de ser presa! Mas deu tudo certo e passamos o resto da noite vendo o jogo e arrumando as malas.

 

11° dia: Pompeia: Acordamos tão cedo que o café da manhã ainda não estava pronto. Assim que entrei no ônibus da excursão para Pompeia, avistei algo caído no canto do banco: 100 euros! Como só tínhamos nós dois no ônibus, o dinheiro certamente era de alguém que fez o passeio no dia anterior. Eu simplesmente não conseguia parar de sorrir! Bem, o ônibus deu uma voltinha em Nápoles tão fajuta que não deu pra ter a menor ideia de como é a cidade. Paramos ainda em uma loja de camafeus caríssimos e ficamos muito tempo lá, o povo só comprando e nós doidos para seguirmos viagem. Finalmente chegamos em Pompeia no hora do almoço, almoçamos em um restaurante que estava incluso no pacote e seguimos para as ruínas. Lá, fizemos uma visita com um guia que explicava tudo em inglês e italiano. A visita levou cerca de 2 horas, então voltamos para o ônibus e chegamos em Roma por volta das 22h, estava chovendo um pouco, eu queria ir até o Coliseu para vê-lo iluminado à noite, mas o metrô já estava fechando e também estávamos tão cansados que só conseguíamos pensar em dormir. Eu não sou muito fã de excursões, prefiro fazer os passeios por minha conta, mas em Pompeia não há visita guiada, se quiser um guia, precisa ir de excursão (pelo menos era assim em 2009). Então a excursão valeu só pelo guia, que foi fantástico, sem ele ficaríamos perdidinhos lá, sem entender nada.

 

Pedimos à recepção do hotel que chamasse um táxi pra gente para as 4h da manhã. Acordamos às 4h com o telefone tocando e o recepcionista dizendo que o táxi nos esperava. O cansaço era tanto que quando o despertador tocou, desligamos sem perceber e voltamos a dormir. Sorte que deixamos a mala totalmente pronta antes de dormir, foi só trocar de roupa, jogar o pijama na mala e trancá-la. Foi a maior correria! Cruzamos Roma de táxi até o aeroporto, a cidade ainda acordava, fiquei muito triste por estar indo embora, foi com certeza a melhor viagem da minha vida!

Editado por Visitante
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  • 1 mês depois...
  • Membros

Olá, bom dia!

Gostei bastante do seu relato, eu e minha esposa faremos uma viagem semelhante à sua.

Em Roma, para ir para Pompéia, você reservou um tour lá mesmo ou já foi com ele reservado do Brasil?

Qual agência você usou?

E em Firenze, você tentou visitar Siena ou San Gimignano?

Obrigado pelo auxílio.

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  • Membros

Oi, diogo!

Como não tive muito tempo para programar a viagem, deixei para fechar a ida à Pompeia quando chegasse em Roma. Me disseram que lá em Roma tinha muitas agências e que seria fácil fechar, mas assim que cheguei no meu hotel vi que eles também ofereciam a excursão, então fechei com eles mesmo, para ganhar tempo. Tinha excursão para vários lugares, tinha excursão para o Vaticano com entrada para ver o Papa, mas era só na parte da manhã, depois você tinha que voltar lá por conta própria para visitar os museus, então não me interessei. Veja se seu hotel oferece excursão.

Infelizmente não deu para ir à Siena nem a San Gimignano. Vai ficar para a próxima!

Desculpe não poder ajudar mais.

Qualquer coisa, entre em contato.

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