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Carol Carrijo

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  1. Oiii @victoralex ! Desculpe a demora!!! Eu recomendo um calçado de trilha que cubra o tornozelo, pelo menos uma bota de trilha de cano médio. Lá é região montanhosa e é um local onde facilmente você pode virar o pé. Claro que em certos trechos, não em tudo... então é bom cano médio ou alto para evitar esse problema. Quanto à impermeabilidade e aos ventos, o verão na patagônia é o período em que há mais ocorrência de chuvas e também é quando os ventos são mais intensos!! Então, se você vai no verão, com certeza leve um corta vento!!! As botas impermeáveis aumentam a chance de manter seus pés secos e isso diminui a probabilidade de atrito afetar a pele e gerar bolhas. A minha é um simples com tecnologia Novadry http://www.decathlon.com.br/trilha-e-trekking/calcados-femininos/calcados-de-trilha-leve-na-natureza/calcado-feminino-impermeavel-trilha-nh-arpenaz-100-mid-quechua?skuId=1547030 O meu corta vento é praticamente uma simples capa de chuva, não é um Anorak que tem função térmica também não, então serve como corta-vento/capa impermeável para situações de verão também. Lá na patagônia, como também precisava da função térmica no período que fui, o ideal seria um Anorak, mas eu usava uma boa segunda pele e um casaco quentinho debaixo do corta vento , que era esse: http://www.decathlon.com.br/trilha-e-trekking/roupas-femininas-de-trilha-e-trekking/camada-3-jaqueta-impermeavel-trilha-leve-tempo-quente/casaco-de-chuva-impermeavel-trilha-rain-cut-mulher-rosa?skuId=2024402 Eu tinha uma calça impermeável/corta vento também. Não tinha luvas corta vento e fez falta! O vento lá pode ser surreal e olha que na época que fui nem era época de ventos intensos. Não pense que o verão da Patagônia condiz com a ideia de verão hehehehe. Dica: Um site que eles usam muito lá para checar a previsão do tempo e outras estatísticas é o WindGuru. Se não conhecer, dá um olhada direitinho, fuça o site e tal, ele pode ser difícil de entender a primeira vista , é uma ferramenta muito utilizada em "esportes radicais" e usa diferentes modelos climáticos e raio (km). Além disso, tem localidades com estatísticas oficiais e localidades não oficiais, que "qualquer um" pode adicionar; de certa forma isso, é bom porque dá para ter medições mais exatas, de quem está/vive realmente no local. por exemplo: Laguna de los Tres https://www.windguru.cz/408847 e Laguna Torre https://www.windguru.cz/408848 Mas, o pessoal lá de El Chaltén, onde você se hospedar, com certeza vai saber te ajudar se é um bom dia dia ou não para fazer um ataque às montanhas, te informar do tempo do dia ou coisas do tipo. Além do windguru, um site que também utilizo bastante para ver duração do dia, hora da aurora/crepúsculos e médias climáticas é o Time and Date, só que, muitas vezes, ele usa aproximação e não inclui a realidade de certa região. El Chaltén por exemplo, busca uma localização 360 km distante... https://www.timeanddate.com/weather/@6690180/climate. Ah, e é sempre bom ter em mente que a patagônia é uma região em que pode ocorrer as 4 estações em um único dia!!!
  2. Oi @kely.alves ! Mil desculpas pelo atraso! Não sei se você vai agora em Outubro, mas se ainda valer: o grampos pro ice trekking estavam inclusos no passeio. Geralmente os passeios que tem trilha nas geleiras incluem esse acessório. São essenciais sim para a geleira. Também já vi uns americanos terem um modelo mais simples para usar em neve mesmo, sem ser geleira, acho que para eles que vivem em regiões nevadas deve ser comum terem uns como acessório padrão dos calçados, heheh. Sobre me sentir insegura ou não, como eu me informei bastante sobre a trilha e os trechos antes de ir, não me sentir insegura não! Vi que era bem sinalizado e que não correria risco de me perder. Se você se sentir insegura em alguma trilha, você pode procurar tracklogs de pessoas que já fizeram e baixar algum APP que funciona offline, apenas com o GPS ligado. Claro que nem sempre o sinal funciona bem e às vezes pode não ser tão preciso, mas é uma ferramenta que pode ajudar, já que a maioria não dispõe de um aparelho de GPS mesmo ou às vezes não sabem usar. Esses apps quebram um galho. Mas no caso de El Chaltén, realmente não precisa!! Só o mapa deles já é suficiente, lá é muito bem sinalizado. O que é importante é ter noção do ritmo de trilha e duração da trilha, paradas, descansos, trechos restantes, etc, algo que é variável para cada um.
  3. Oi gente! Estou pensando em fazer o W entre 13 e 23 de abril. Então o tempo foi de ruim a bom por lá nessa época né? Eu já fui ao TDP no final de julho e no dia que fiz o passeio de 4x4 nevou muuuuito, então agora queria mesmo pegar uns dias sem nebulosidade hahahaha. Acham que abril dá pra arriscar?
  4. Obrigada , Andrea! Desculpe a demora em responder Com certeza você conseguiria fazer em 2 dias, dormindo no caminho. Tem o acampamento Poincenot perto da Laguna de Los Tres ou tem o acampamento de Agostini perto da Laguna Torre. O trajeto que conecta as duas trilhas eu não fiz por falta de tempo, mas gostaria de ter conhecido as Lagunas Madre e Hija. Esse trecho sai do sendero fitz roy num ponto que imagino que seja a 1 ou 2 km de distância da Laguna de Los Tres e, a partir da bifurcação, tem 8km e duração estimada em 2h15 pelo mapa do Parque Nacional; sendo que deve cair no terço final do sendero Torre; imagino que com uns 3km adicionais ( +/- 1h) chegaria na laguna Torre. Se eu fosse optar, eu não faria em 1 dia só, a fim de poder aproveitar o tempo nas lagoas. A não ser que você esteja com a estadia "contada" em Chalten e que seja naqueles dias longos de verão que tem umas 15 ou 16h de sol . Se você tiver a oportunidade, acredito que valeria muito a pena fazer a trilha da Laguna Sucia, mas deve- se informar melhor com os nativos, pois essa trilha não está nos mapas de hoje em dia. Ou voce pode usar um dia pra fazer a laguna de Los Tres e ir também ao glaciar piedras blancas (também não entrei na trilha dele por falta de tempo) , dormir no Poincenot e no dia seguinte rumar a Laguna Torre. Ps: não deixe de ir à loma del pliegue
  5. Esses lugares q tem estações definidas dá vontade de conhecer pelo menos duas vezes né, Jack, hehe! Vi fotos sem neve e com a laguna descongelada e parece outro lugar !
  6. Não deixe de fazer, Analy, vai amar! Reserve pelo menos uns 4 dias lá porque nunca se sabe das reviravoltas do tempo ne. E se tiver mais dias disponíveis , melhor ainda. Há tanto para se fazer! Gostaria de ter ficado mais para fazer outros passeios tb. Quando tiver dúvidas, só chamar
  7. Oi, gente! Essa viagem foi feita em outubro de 2016 (de 7 a 17/10), com 7 “dias líquidos” para passear por El Chaltén e El Calafate. Foi uma viagem surreal, de tanta paisagem linda, de tirar o fôlego! O objetivo da viagem foram as trilhas que essa região espetacular oferece, que não necessitam de guia nem taxas (as que eu fiz; com exceção do icetrekking). As trilhas em El Chaltén são bem demarcadas, dificilmente alguém se perderia...não vejo como! Tem várias bases de acampamento dentro do parque, mas como eu não me organizei pra acampar, optei por voltar todos os dias e dormir em El Chaltén. Deve ser muito legal acampar lá! Vou colocar o roteiro, os gastos e, no final, o relato. Eu já havia viajado sozinha antes, então, estava bem tranquila quanto a esse fato e devido à região ser convidativa a isso também, né?! Ah, eu não falo espanhol e isso não foi um problema. Qualquer dúvida podem perguntar que eu esclarecerei o que eu souber e lembrar! ROTEIRO "Dia 0" 07/out Deslocamento: partida às 21h BSB_GRU Dia 1: 08/out Deslocamento: Chegada às 16h30 em Calafate. Dia 2: 09/out El Calafate: Ice trekking no Glaciar Perito Moreno - Big Ice (+/- 12 km ao todo, dia inteiro) Dia 3: 10/out El Calafate: caminhada pela cidade (+/- 8 km, um turno). Deslocamento: Van para El Chaltén às 18h. Dia 4: 11/out El Chaltén: trilha Laguna Torre + Mirador Maestri (22 km ao todo, dia inteiro) Dia 5: 12/out El Chaltén: passeio pela cidade + trilha Mirador de Los Condores + Mirador de Las Águilas (6 km ao todo, um turno) Dia 6: 13/out El Chaltén: trilha Laguna Capri (8 km ao todo, um turno) Dia 7: 14/out El Chaltén: Trilha Laguna de Los Tres (22 km ao todo, dia inteiro) Dia 8: 15/out El Chaltén: trilha Loma Del Pliegue Tumbado (24 km ao todo, dia inteiro) Dia 9: 16/out Deslocamento: van de El Chaltén para El Calafate às 9h. Voo às 15h20 de El Calafate para Buenos Aires Dia 10: 17/out Deslocamento: Voo GIG-BSB, chegada às 9h Quilometragem total do trekking: 105 km Condicionamento físico: já estava acostumada a fazer trilha e pratico atividades físicas diariamente. Minha mochila de ataque não estava pesada, acho que uns 3 ou 4 kg (não sei estimar bem). Não senti necessidade de parar para descansar nas trilhas, pois quando chega no “fim” (que na verdade é metade do caminho) e você para pra comer e apreciar o local, acaba descansando também. No final da volta das trilhas longas, o joelho fica sobrecarregado, principalmente quando tem descida, mas não chegou a doer de ter que parar de caminhar ou de ter que sentar. Mas quem já tem algum problema no joelho, deve sentir mais. Os bastões ajudaram muito! O que mais gostei: Big Ice, Trilha da Laguna de Los Tres e do Loma del Pliegue Tumbado GASTOS resumidos (detalhes no final): Total 10 dias Patagônia Argentina (El Calafate/El Chaltén) R$ 3.630 Sem passagem aérea R$ 1.869 • Passagem aérea BSB-GRU-AEP-FTE-AEP-GIG-BSB R$ 1.761 • Alimentação (estilo trilha) R$ 340 (ARG 1469) • Translados Aeroporto/El Calafate/El Chaltén/Aeroporto R$ 324 (ARG 1400) • Ingresso Perito Moreno (Parque Nacional Los Glaciares) R$ 58 (ARG 250) • Ice trekking BIG ICE Perito Moreno com transfer R$ 717 (ARG 3100) • Souvenir (quase não comprei) R$ 64 (ARG 278) • Hospedagem em Hostel (quarto compartilhado) R$ 366 (ARG 1600) OBS: cotação da época 1 real = +/- 4,32 pesos. Fiz o câmbio real-dólar-peso, comprando 1 dólar a R$ 3,42 no Brasil e fazendo câmbio na Argentina de 1 USD por 15 pesos (ou 14,8 ou 14,0 pesos). Não paguei nenhuma taxa adicional nos câmbios que fiz na Argentina. É bom ver os valores para estimar se é melhor trocar real-peso ou dólar-peso. Dica para escolher casas de câmbio no Brasil com boas taxas é o ranking do Banco central: https://www3.bcb.gov.br/rex/vet/index.asp. Ler primeiro o post: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/05/26/quer-comprar-dolar-mais-barato-saiba-consultar-o-ranking-do-banco-central.htm Locais onde fiz câmbio: aeroporto AEP (Buenos Aires), hostel que fiquei em El Calafate (fez câmbio na “brotheragem” por eu ter pegado os bancos fechados por causa de um feriado lá...); Souvenir Patagônia e Casimiro Bar na Av. del Libertador Gral. San Martín. É bom levar dinheiro para El Chaltén, pois sacar lá pode não dar certo e os estabelecimentos podem não aceitar cartão. Planejamento: Antes da viagem, li sobre as trilhas que eu queria fazer (duração, distância, grau de dificuldade), mas a única coisa que necessitou reservar com antecedência foi o BIG ICE. O translado do Aeroporto para El Calafate eu havia combinado com o hostel e o resto fechei na hora. As trilhas em El Chaltén foram decididas a cada dia devido à oscilação do tempo ser muito frequente na Patagônia. Em relação à bagagem, eu já tinha várias roupas de frio, mas não tinha corta-vento/impermeável. Comprei na Decathlon e foi essencial para visitar a Patagônia com seus ventos fortes e frios, hehehe. Comprei também bastões de trekking. Sempre fiz trilhas, mas nunca havia usado bastões. Achei que viria a calhar por ser uma viagem de trilha em região montanhosa e de muitos km em poucos dias, e realmente foi super útil, tanto nas descidas/subidas como para ajudar nas partes com neve e, no final da trilha, quando o joelho já tá cansado. Reservei a hospedagem previamente também. O hostel que fiquei em El Chaltén era do lado da entrada das trilhas da Laguna Torre e da Laguna de Los Tres, então não precisei atravessar a vila ao ir para essas trilhas. Vi muita vantagem! Sites onde me informei sobre as trilhas: http://www.elchalten.com/eng/actividades/caminatas.php http://www.walkpatagonia.com/eng/destinos/el-chalten.php Sites para olhar Condições climáticas/duração do dia: http://www.timeanddate.com/worldclock/argentina/el-calafate https://www.windguru.cz/137603 (se procurar por “El Chaltén” nesse site, vai achar várias localidades pontuais). Os habitantes locais usam muito esse site para recomendar qual dia para fazer alguma trilha específica. Tem trilha que não sei se compensa fazer com nebulosidade e vento, tipo a do Loma del Pliegue ou da Laguna de Los Tres. É bom checar esse site diariamente quando estiver lá, principalmente a parte da nebulosidade e vento, e conversar com os locais, apesar do clima patagônico ser um tanto imprevisível. Informações sobre os Translados: http://taqsa.plataforma10.com http://www.transportelaslengas.com/es/ http://www.chaltentravel.com/main.php Relato Dia 0-1 (deslocamento): saí de Brasília às 21h, cheguei em São Paulo às 23h e dormi no aero. O voo para Buenos Aires saiu às 5h45 e chegou 8h10. Fiquei dormindo no aeroporto até dar a hora de ir para El Calafate (partida 13h15, chegada 16h30). Uma coisa chata foi que me informaram em Guarulhos que eu não precisaria pegar a mochila em Buenos Aires, somente no destino final. Eu vi mochila por acaso quando desembarquei, peguei e fui me informar. Imagina... Enfim. Chegando em El Calafate, fiz câmbio dos dólares que levei, comprei comida para levar para o Ice Trekking e jantei no Restaurante Isabel que todos recomendam. Gostei! Prato bem servido que me rendeu várias refeições nos outros dias (estava sozinha). Dia 2: Ice Trekking no Glaciar Perito Moreno (Big Ice). Chuto que foi uns 12 km +/- contando a trilha na margem + no glaciar. O passeio já estava pago com o transfer; é só a Hielo y Aventura que faz os ice trekkings, apesar de várias venderem. Eles buscaram no hostel por volta de 7h. A entrada no Parque Nacional Los Glaciares para habitantes do Mercosul foi 250 pesos. Fiquei nas passarelas de 9 às 10h. O grupo deve se juntar pontualmente no início das passarelas e seguir para a navegação; eu achava que a navegação chegaria perto do glaciar, mas nem chega. Deve ser porque pode cair blocos de gelo a qualquer hora, né?! Hehe. Umas 11h começou a trilha pela margem até entrar no glaciar umas 12h. A parte puxada é essa, na margem, com subidas e pedras, porque no gelo foi bem de boa, mesmo eu nunca tendo feito ice trekking, achei tranquilo de se andar com os crampones. Estava nublado e não fez muito frio, só quando ventava. Na hora da trilha pela margem, o calor foi tanto que fiquei só com a primeira camada. Deixei meu casacão na tenda, não levei ele pro glaciar e realmente nem precisei. Ficamos até umas 15h30-16h no glaciar e esperamos na Base por volta de 1h até o barco voltar; oferecem café e leite na Base. Na volta, serviram whisky no barco, achei que serviriam no glaciar... pelo que eu tinha lido. O ice trekking foi uma experiência única! Os laguinhos formados, as fendas de diversas formas, túneis! Surreais as paisagens e a experiência! Foi uma guia orientando o grupo e um outro guia, na frente, vendo os locais adequados para passar. Por mais que se passe de 3,5h a 4h no gelo, pareceu que foi muito rápido! Fiquei com vontade de fazer de novo em El Chaltén, no Glaciar Viedma (acabou que não fiz por causa do tempo). A noite fui ao Yeti Ice Bar (http://www.yetiicebar.com.ar), paguei 190 pesos por 30min dentro do Bar de Gelo com openbar. É muito frio, você mal consegue tirar a luva que eles dão para pegar direito as bebidas; é a maior correria para os bartenders te servirem; fica uma equipe do bar te convidando para tirar foto para vender depois. O espaço é pequeno e é pouco tempo, mas vale pela experiência diferenciada. Depois desse tempo, fica à disposição uma área externa de “bar normal”. Tem uma outra opção de ice bar mais afastada da cidade que é o museu/bar Glaciarium (http://glaciarium.com/). Eles sugerem passear pelas passarelas amarelas , já que é só por uma hora: Perito Moreno: BigIce: Diferença do trajeto do Big Ice e do Mini Trekking Yeti IceBar: Dia 3 (El Calafate + deslocamento): Anteriormente, tive dúvida se iria cedo para El Chatén ou se passava o dia em El Calafate. Decidi ficar e caminhei pela orla da Laguna Nimez e pela cidade, até o portal de entrada; deve ter dado uns 8 km de caminhada (aquecendo para as trilhas em El Chaltén, hehe). Fiz câmbio do que levei em reais por precaução, troquei na expectativa de fazer o ice trekking no Glaciar Viedma (que eu não tinha estimado previamente nos gastos). Comprei comida para os dias em El Chaltén; disseram que lá as coisas são mais caras, no geral. Dia 4: Laguna Torre (22km ao todo, 3h ida + 1h ao Mirador Maestri = 4h o trecho). Saída as 9h, retorno às 18h. Sai para a trilha com tempo bom, sol e céu azul, pouco vento. Cheguei lá após 3h e 9km, ao meio dia, com vento e um pouco de neve, parei por 1h na laguna para comer e ficar lá. O cerro Torre estava encoberto tanto no mirador Torre (após 1 h de trilha) como na Laguna, mas a laguna estava linda cheia de icebergs. Chegando lá foi essencial o corta-vento e proteção para os ouvidos. Após comer uns sandubas, segui para o Mirador Maestri às 13h e, após 2km, cheguei no fim da trilha às 14h (no que eu acho que era o fim da trilha). Voltei a El Chaltén, chegando às 18h. A primeira hora da trilha Laguna Torre é mais puxada por ser uma subidinha, depois é bem tranquilo e plano. Tem indicação a cada km, banheiros pelo caminho (latrina) e água potável para encher a garrafa pelo caminho. Se tiver no pique, vale a caminhada até o mirador, mas se quiser ficar só na laguna é de boa, porque você só vai ter uma vista mais de perto do glaciar (a não ser que a trilha continuasse até em baixo e eu não vi) e olhar a laguna de um outro ângulo (de lá a laguna nem parece que tem o tamanho de quando se vê de frente). Eu segui a trilha do mirador Maestri até não a ver mais. Não tem placa nessa parte. O dono do hostel que fiquei falou que antigamente tinha trilha até sobre o glaciar, mas ele tá retrocedendo e a conexão dele com a margem é instável, então não se faz mais trilha sobre ele por ser perigoso e imprevisível. Roupa: fui com duas leggings e o corta vento; usei duas camadas e vesti o corta-vento na lagoa; o casaco mais grosso que levei, usei brevemente na lagoa, quando ventava e nevava. Dia 5: Passeio pela vila + Mirador de Los Condores (1 km o trecho, 30 a 40 min) + Mirador de Las Águilas (2 km o trecho, 1h). A previsão não estava boa e acabei optando por não fazer uma das trilhas maiores, mas acabou que o tempo abriu ao longo do dia e até ficou sem nebulosidade por algumas horas e com pouco vento. Patagônia, né?! Devo ter caminhado uns 9km ao todo nesse dia. Enquanto andava pela vila, por acaso presenciei um evento na praça com a banda do exército, hino, discurso, dança. Quando perguntei a ocasião, era celebração do aniversário da cidade, legal! Essas trilhas curtas são tranquilas, apesar de ter uma subidinha no início. Tinha várias pessoas da 3ª idade ao longo delas. Do Mirador de Los Condores se vê um panorama de El Chaltén, rios, cordilheira e do Mirados de Las Águilas, se ve o Lago Viedma. Se tiver com tempo livre, vale a pena fazer essas trilhas. Mas se o tempo estiver curto, é dispensável, já que há várias outras trilhas com panoramas mais “de perto”. Passei na La Cerveceria na volta para beber um chopp e depois na padaria. Dia 6: Laguna Capri (8km ao todo, ida 2h, volta 1h). Saída às 10h, retorno às 13h40. Fiz essa trilha para não perder o dia, devido a nebulosidade/chuva/vento/neve. Eu passaria pela laguna Capri na volta do Fitz Roy, mas com o tempo ruim não tinham muitas opções e não queria ficar o dia todo no hostel. São 4km o trecho, levei 2h para chegar, com muitas paradas: tira e põe camadas, fotos, observação de pica paus, etc. e levei 1h para voltar. O mapa estima como 1h45 o trecho. Com uns 500 metros de trilha já tem o mirador Rio de Las Vueltas. Só esse início que é um pouco puxado por ser subida, o resto é principalmente plano e tranquilo. A laguna estava com muita neve, vento e visibilidade ruim, não deu para ver nada de lá, só o lago mesmo, mas a trilha em si, com neve, foi legal para não perder o dia. Fiquei uns 40 min por lá, comendo, e voltei. Meu dedinho do pé estava duro com o frio... Dia 7: Laguna de Los Tres (22 km ao todo, ida 4h, volta 4h30). Saída às 9h, Retorno às 19h40. Para essa trilha tem a opção de ir e voltar pela Laguna Capri ou fazer a ida pela Hosteria el Pilar para pegar caminhos diferentes na ida e na volta. Combinei com uma van no dia anterior (150 pesos) e buscaram no hostel às 8h10. A estrada para Hosteria El Pilar é de cascalho fino e vai beeeem devagar; o caminho tem uns 14 km e é muito bonito! Iniciei a caminhada às 9h da Hosteria, com céu azul, sol, sem vento. Passei pelo Mirador Glaciar Piedras Brancas com 1h de caminhada. Se quiser fazer um trecho adicional até ele, tem uma trilha numa bifurcação depois q atravessa o rio, tem placa indicando. Mas demandaria mais umas 2h para ir e voltar, se eu não me engano, e eu não teria esse tempo disponível... A trilha para o Fitz Roy é tranquila, no geral, com exceção dos últimos 500 metros. Cheguei no início da subida às 12h, após 3h de caminhada, e levei 1 hora para subir. Estava difícil por causa da neve do dia anterior. Pedras pequenas e médias, muito íngreme, a neve deixava tudo escorregadio, então demandava muita atenção (tem gente que, em dia “ruim”, pega vento na subida e desiste de continuar pelo perigo do vento derrubar ladeira abaixo...por isso é importante pegar um dia bom para essa trilha!). Os bastões ajudaram muito, muito mesmo. Ao longo da subida tem cotoquinhos indicando onde é para seguir. No total da ida, então, levei 4h a partir da Hosteria, é estimado em 5h. Fiquei lá em cima durante 2h, de 13h às 15h: lá de cima tem uma vista das Lagunas Madre e Hija e até do Lago Viedma; do lado esquerdo tem a Laguna Sucia. Desci até a Laguna de Los Tres e depois segui pela margem esquerda para ir ver a Sucia, depois subi para ver a Sucia de cima. Nesse caminho tem uma pedra convidativa para uma visão panorâmica das duas lagunas juntas. Ouvi que tem uma trilha não oficial para a Laguna Sucia, mas não teria tempo para fazê-la; e sozinha eu não animaria, já que li relatos (e o dono do hostel também falou) que é mal sinalizada e demanda um certo esforço para atravessar um paredão e tals. Com a neve então, nem se fala! Mas deve ser surreal essa visão de frente da Laguna Sucia. Para descer da Laguna de Los Tres, na volta, levei 70min, saí la de cima 15h10 e cheguei na base 16h20. É difícil se convencer a ir embora porque você não para de contemplar os picos! É muito, muito, muito lindo! Apesar do céu azul e sol, tinha hora que o topo do Fitz Roy ficava encoberto de nuvens e tinha hora que ficava tudo limpo. Na volta, passei na Laguna Capri, levei 80min da Base (antes da subida) até a Laguna Capri, ou se contar desde a Laguna de Los Tres, deu 2h30. Da Laguna Capri, dá para voltar pelo lado direito, passando por ela (caminho que fiz no dia anterior) ou pela esquerda para passar pelo Mirador Fitz Roy. No fim, os 2 caminhos se juntam a El Chaltén. Cheguei na Laguna Capri umas 17h40 e saí umas 18h10, parei no mirador, tirei várias fotos e cheguei em El Chaltén 1h30 depois, às 19h40 (estava anoitecendo por volta de 20h). Então, a duração da volta foi de 4h30 parando para comer na Laguna Capri e para fotografar no Mirador Fitz Roy. PS: imagino que dê para fazer a volta em umas 3h30 pois no dia anterior, gastei 1 h para voltar da Laguna Capri + o trecho de 2h30 lá de cima até a Laguna Capri, daria essas 3h30, se não ficar parando muito. Roupa: nesse dia não estava frio e praticamente não tinha vento; fui com uma legging e a calça corta-vento, blusa de 1ª camada e, depois do corpo esfriar do calor da subida, coloquei a jaqueta corta-vento só lá no topo; quando desci, tirei; no final do dia coloquei a blusa de 2ª camada. Laguna Capri na volta do Fitz Roy: Dia 8: Trilha Loma del Pliegue Tumbado (24 km ao todo = 20km da trilha + 4km ida e volta da vila). Ida 3h + volta 3h + 1h30 lá. Saída do Início da placa da trilha às 11h, com céu azul, sol, sem vento. Tem uma placa na metade do caminho avisando que faltam 2h (a trilha tem tempo estimado de 4h). Essa foi a primeira trilha que não vi marcações da quilometragem nem banheiro (latrina) e a que quase não encontrei gente; 90% do tempo era eu e o mundo! Nas outras trilhas, passava gente a todo momento. Essa trilha é só subida na maior parte do tempo, mas como é bem gradual, é uma trilha tranquila, apesar de longa. Só em poucos pontos que há subida íngreme (no início). A trilha é bem marcada apesar de não ter as indicações. Mescla região aberta com gramíneas, região de bosque e, no fim, é aberto com pedras pequenas. No bosque costuma ter troncos de árvore delimitando o caminho da trilha. Com acúmulo de neve que deve ser difícil de visualizar: tinha muita neve do dia/noite anterior mas o caminho já estava trilhado com pegadas e bem marcado, então não teve segredo. A quantidade de neve nessa última parte do bosque e das pedras dificultava a caminhada por exigir mais atenção para não escorregar. E no bosque ainda ficava enlameado. Na hora final, em direção à vista para a Laguna Torre, há cotoquinhos indicando onde é a trilha. Às 13h10 cheguei ao Mirador e às 14h10 cheguei no final, com vista para a Laguna Torre. Essa vista panorâmica é ótima, pois visualiza todos os principais picos e, de quebra, a laguna também. E, do outro lado, o Lago viedma. Tinha uma outra trilha mais para o alto, a esquerda, mas não vi os cotoquinhos indicando e disseram que é um esforço adicional “à toa”, pois é praticamente a mesma visão. Fiquei lá até 15h30, voltei e cheguei no início da trilha às 18h40 (parando para limpar a bota --entrou pedrinhas-- e para recarregar água). Dia 9 e 10: Deslocamento. OBS: Minha mochila de ataque tinha sempre câmeras + mapas + bastões de trekking + comida (1 L de água, 2 ou 3 sanduíches, chocolate, mix de castanhas e frutas secas) + “kit patagônico” com corta vento impermeável (calça e jaqueta ou capa), casaco 3ª camada, tapa ouvido, cachecol, gorro, luvas, óculos de sol (com proteção UV), protetor solar e labial + “kit precaução” com relaxante muscular, analgésico, band aid, algodão, micropore, antisséptico, lenço umedecido, meia extra. Não precisei de nada que levei por precaução. Ah, como uso lente, sempre ando com o potinho já com a solução oftalmológica e óculos de correção, caso haja a necessidade de tira-las, e colírio. PS: Bota de trekking é essencial, que cubra pelo menos o tornozelo. Não esquecer protetor solar e boné. Nos dias de sol fiquei um pimentão no rosto e nas mãos, mesmo passando protetor fps 50 . Nada mt ardido, mas um pouco. Leve sempre várias camadas, para tirar e por roupa quando precisar, pois durante a trilha passa por calor e frio em poucas horas! Não esqueça de, ao chegar em El Chaltén, passar no centro de Turismo para pegar mapa e se informar das previsões climáticas e se há alguma trilha fechada ou com recomendação. Passeios que exigem reserva com antecedência: Ice trekking no Perito Moreno: http://www.hieloyaventura.com/HIELO2015/index-port.html Ice Trekking no Glaciar Viedma http://www.walkpatagonia.com/eng/destinos/el-chalten-glaciar-viedma-ice-trekking.php ou http://www.patagonia-aventura.com/viedma-ice-trek/ acho que é só uma empresa que faz, mas várias vendem. Ice Trekking Com escalada http://www.walkpatagonia.com/eng/destinos/el-chalten-glaciar-viedma-pro.php Alguns relatos que li sobre Ice Trekking no Perito Moreno ou no Glaciar Viedma http://dicasroteirosviagens.com/2012/08/el-chalten-trekking-glaciar-viedma.html http://www.ottsworld.com/blogs/perito-moreno-viedma-glacier/ http://www.mochileiros.com/glaciar-perito-moreno-big-ice-ou-mini-trekking-t28109-240.html Curiosidade sobre os gastos (valores em pesos argentinos, outubro de 2016) o Translado do Aeroporto para o Hostel em El Calafate: 150 o Van Las Lengas de El Calafate para El Chaltén: 650 o Van Las Lengas de El Chaltén para o aeroporto de El Calafate: 450 o Van do hostel em El Chaltén para a Hosteria El Pilar: 150 o Duas diárias em El Calafate (Bla Hostel): 400 o Seis diárias em El Chaltén (Hem Herhu): 1200 o Sanduíche na barraquinha em frente do AEP: 90 (dentro do aero era uns 200) o Mercado La Anonima em El Calafate: 242 (suco, frutas, alfajor, ingredientes para sanduíche) o Restaurante Isabel em El Calafate: 400 (290 o cordeiro clássico, que dá para 2 ou 3 pessoas + 60 a taça de vinho + 20 cubiertos + tips). Me rendeu 4 refeições, hehe, sendo q nas 2 últimas fiz arroz para acompanhar. o Yeti Icebar em El Calafate: 190 (dá direito a open bar por 30 min dentro do bar de gelo) o Mercado La Anonima em El Calafate: 371 (comida para levar para El Chaltén: ingredientes para sanduíche, ovos, café, chocolate, frango, legumes, frutas, macarrão, requeijão, bolacha) o Chopp 385ml em El Chaltén (La cerveceria): 75/unid o Paes (Panaderia La Nieve): 50 (pacote de pão de forma 30 + quatro pães tipo hambúrguer 20 pesos) o Litrão Quilmes no DistriSur (mercadinho de El Chaltén): 51/unid o Gorro com extensão para os ouvidos (La Leona, comércio entre El Calafate e El Chaltén): 110 o Faixa para cabeça multiuso (La Leona): 90 o Geleia de calafate no aeroporto FTE (Mamuschka): 78 Hostels Bla Hostel em El Calafate (http://www.blahostel.com ): conhecia gente que já tinha ficado lá e recomendado. Reservei pelo próprio site deles, pois saia mais barato que pelo booking. Gostei muito de lá. Internet boa, equipe atenciosa e solícita. Localização boa. O quarto que fiquei tinha muitos beliches, mas era espaçoso e o armário cabia até a mochila (50 L). Na opção que peguei, o banheiro não era no quarto; tinha um banheiro com pias e duas duchas (água quente e ducha boa) e outro banheiro com pia, vaso sanitário e um chuveiro dentro de uma banheira (que não vi ninguém usando). Usei a cozinha para guardar alimentos na geladeira e para cozinhar. O café da manhã servido era simples, mas foi suficiente. Após o checkout deixei a mochila no hostel até a hora de partir. PS: a Marisol do Bla Hostel, que eu havia entrado em contato por email, reservou o BIG ICE para mim e eu paguei em cash para ela pessoalmente, pois a Hielo y Aventura pede o cartão de crédito para reservar e eu não queria pagar IOF hehehe, achei bacana da parte deles. Hem Herhu em El Chaltén: fiquei na dúvida onde ficar em El Chaltén e acabei optando por esse hostel por ficar perto da entrada das trilhas principais (300 m); tinha lido também muitos elogios ao dono do hostel (Hugo) e à internet de lá (dizem que é pessima a internet em El Chalten, lá no hostel estava boa). Fica a uns 500m do mercadinho DistriSur. O local parece uma mini-fazenda. Fiquei num quarto compartilhado com banheiro dentro, tinha 3 beliches; armários individuais são grandes (coube a mochila de 50L). A reserva não tinha café da manhã e isso não foi problema, pois eu já havia comprado mantimentos; sem falar que às vezes a pessoa quer sair mais cedo para uma trilha longa e não precisa ficar “preso” a horário de café da manhã. Nos primeiros dias fiquei em dúvida se o aquecedor funcionava, pois senti frio a noite. Vi q ele funcionava sim, só não era muito quente (pelo menos para o meu lado do quarto, hehe); nos outros dias peguei meu saco de dormir por debaixo do cobertor e senti foi calor! Talvez ele estivesse desregulado... A cama e travesseiro não são bons, tinha tipo um afundado no meio do colchão, o que para dormir de bruços era ruim, mas dormi bem todos os dias. Sobre a limpeza, só me incomodei quando olhei pelo chão do quarto procurando um brinco e vi bastante poeira de baixo dos beliches. Mas não tive nenhuma crise alérgica, hehe.
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