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Moto a 2 para o Peru


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9o dia – 10.01.2009 (sábado)

Camaná (PE)  Nasca (PE)

MOTOTERAPIA! É o que estamos fazendo desde que saímos de Curitiba. A viagem aventura está nos levando a enfrentar a natureza com suas surpresas e ao mesmo tempo nos fortalecendo. A cada dia estamos mais confiantes, pois pensamos: “hoje Eólo nos mostrou toda a sua força e velocidade, atraindo a chuva e a neve” e parece que não há mais desafios, pois ele nos aceitou passeando sobre Pachamama e no dia seguinte descobrimos que há. Hoje, após descermos La Quebrada Del Toro, descobrimos e enfrentamos novos e mais longos túneis, curvas mais sinuosas à beira de abismos mais verticais com estradas pendentes para o precipício, além de um componente, até então não enfrentado. Eólo muito forte, em companhia da neblina e muita areia invadindo a estrada!

Cada viagem é uma viagem diferente e o principal componente aleatório que observamos é a natureza que simplesmente existe e se revela, nua e crua, sem medos, sem raiva, sem amor, sem paixão, sem comiseração pelos seres vivos e sem predisposição ou planejamento. Simplesmente acontece. Tudo não passa do fato de estarmos ou não em determinado local e instante. “Hay que pensar, no pasamos de gusanos”.

Que loucura e que alívio chegar a Nasca. A viagem de quase 400 km foi difícil, cansativa e parece que levamos uma surra de tanto que a Bela da Estrada (nossa moto) foi jogada de um lado para o outro. Em alguns trechos o Jota precisou ir para o acostamento ou então, para o centro da estrada, como direção defensiva contra a possibilidade de levarmos um tombo, junto com as dançadas pela estrada. A pista da esquerda, nossa contra mão, estava em alguns trechos totalmente tomada pela areia restando somente meia pista da direita e o acostamento para ir e vir. E isso com Eólo fortíssimo, movido a “Red Bull” solar.

A estrada é como cenário de filme de ficção, daqueles bem desafiadores: caminhões assassinos, espaçonaves, ETs abduzindo e tudo o que quisermos pirar e nos sentirmos parte de “Pacha Mama” no Peru.

Paramos em Las Caveritas, 93 km depois de Camaná, para descansar e tentar tomar café, mas quem disse que tivemos coragem. Um boteco escuro, sujo e uma senhorinha simpática, desdentada e tão suja quanto seu boteco. Tomamos apenas um energético (direto da garrafa) com gosto de gengibre. Fiquei com remorso de não comer, ou melhor, de não contribuir mais com a velhinha, pois nos abençoou tanto inclusive indo até porta se despedir e ainda jogando beijinhos quando partíamos.

E por que estávamos em jejum? Porque nosso relógio biológico não se adaptou ao horário peruano, já em seu primeiro dia de estada. Aqui são três horas atrás do Brasil. Agora são 16h40min aqui e lá no Brasil 19h40min. Logo, acordamos, como sempre, 6h30min no Brasil, porém, 4h30min no Peru. Como não conseguimos mais dormir, levantamos nos arrumamos e acordamos “la Bela da Estrada” para partirmos sem tomar o café do hotel.

Conseguimos tomar café em Chala, 224 km depois de Camaná, um “pan com queso y huevo bem cosido” acompanhado de nescafé (Jota) e “té” de coca (Tana).

Hoje, ao contrário de ontem quando encontramos postos de gasolina (grifos) em profusão, a oferta estava fraca. Rodamos 305 km desde Camaná para abastecer (combustível único de 90 octanas) logo após Las Lomas, num grifo onde estava a Policia de Carreteras. Até o momento não fomos importunados, o que é muito raro. A Tana está sempre com a fotográfica/filmadora em mãos. Isso inibe os “otoridades corruptos”.

Amanhã e depois ficaremos aqui em Nasca para visitá-la, começando pelo passeio de avião (US$ 50 por pessoa + SO$20,00 de taxa de embarque por pessoa) para conhecer as linhas e desenhos inexplicáveis (geóglifos).

No momento o Jotaestá descansando, após tomar um relaxante muscular e eu vou fazer a mesma coisa.

Seguem os dados técnicos:

Horário de saída: 6h30min

Horário de chegada: 13h30min

Km rodados: 391,8

Tempo de movimento: 4h16min10seg

Tempo parado: 44min23seg

Média total: 78,2 km/h

Média em movimento: 91,8 km/h

Quilometragem acumulada: 4.568,6

Consumo com 4.484.2,00 km rodados /331,36 l = 13,53 km/l

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