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Notícias ecológicas


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FERNANDO DE NORONHA

Cai número de animais na Baía dos Golfinhos

Publicado em 10.04.2010

Jornal do Commercio

 

 

Animais estão fugindo do local por causa do barulho dos barcos

 

 

A Baía dos Golfinhos, em Fernando de Noronha, já não tem tantos golfinhos assim. Pesquisadores identificaram uma redução de 20% em relação há 20 anos, quando foram iniciados os estudos no lugar.

 

Os cetáceos, informam os estudiosos, estão trocando o lugar por uma outra área de Noronha, não mais na ilha principal, mas entre duas secundárias do arquipélago, a 540 quilômetros do Recife. O motivo da mudança no comportamento dos animais: fugir do barulho dos barcos de turismo.

 

A equipe do Projeto Golfinho-Rotador, ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), analisa o tempo de permanência, a frequência (quantos dias por ano) e o número diário de animais. “No início observávamos cerca de 350 golfinhos em 95 dias do ano”, conta o coordenador do projeto de pesquisa e conservação da espécie, José Martins.

 

O oceanógrafo sugere que, assim como a Baía dos Golfinhos, a nova área de ocorrência também seja fechada. “Ou seja, defendemos o isolamento da área com bóias”, diz José Martins.

 

O mergulho com os golfinhos é proibido na ilha desde 10 de março de 1987. Em 1992, uma resolução da chefia do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha vetou o nado com os animais. Sete anos depois, uma instrução normativa da administração do Distrito Estadual proibiu a prática em toda a ilha. “Teve também uma portaria de 1995 regularizando normas e procedimentos das atividades turísticas na área”, lembra Martins.

 

Os golfinhos chegam de madrugada à baía. Permanecem até 8h. Das 8h às 12h, ficam na nova área. Segundo Martins, os animais reproduzem o mesmo comportamento na nova área, como cuidar dos filhotes e descansar. A nova localidade a ser isolada é um pouco menor que a da baía, que forma uma semicircunferência.

 

Entre 1991 e 2005, a baía contou com a presença de golfinhos durante um terço do ano, com 100 golfinhos por dia e permanência de uma hora e meia. Em 2006 e 2007, 150 animais ocuparam o lugar metade do ano, permanecendo duas horas e meia por dia. Em 2008 e 2009, a frequência foi de 90%, totalizando 200 golfinhos por quatro horas diárias.

 

NOVA SEDE

 

Além de novidades na área de pesquisa, o projeto comemora 20 anos com uma nova sede. O prédio, inaugurado no fim de março, aproveita iluminação e ventilação naturais. O conceito de consumo consciente de energia se alia ao reuso de águas pluviais, coletadas pelas calhas do telhado e armazenadas na cisterna.

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As futuras gerações de tartarugas

Soltura especial neste fim de semana marcará os 10 milhões de animais nascidos

11/04/10

Diário de Pernambuco

 

 

Depois de 30 anos de proteção às tartarugas marinhas, chegou a vez dos netos. A primeira geração já conseguiu nascer, crescer e reproduzir. Agora chegou a hora da segunda leva enfrentar os desafios da vida marinha.

Cuidados ao longo de 30 anospossibilitaram a sobrevivência dessa espécie de animal marinho. Foto: Inês Campelo/DP DA Press

Neste fim de semana, as 23 bases de conservação e pesquisa do Projeto Tamar realizarão uma soltura especial que marcará o número simbólico de 10 milhões de animais nascidos sob a gerência do projeto. É um marco da sobrevivência da espécie que, ainda assim, continua ameaçada de extinção. Os cuidados, a partir de hoje, serão redobrados para garantir que esses filhotes cheguem à maturidade e possam retornar às praias onde nasceram para depositar a primeira desova e repovoar a espécie.

 

Em Fernando de Noronha, na praia do Boldró, a abertura do ninho estava marcada para as 17h30 deste sábado. "Chamamos esse evento do dia da volta. Os animais que atingiram a maturidade retornaram para onde nasceram e depositaram a desova", disse o oceanógrafo Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Projeto Tamar/ICMBio. Os filhotes que, nesta temporada, seguirão para o mar representam a segunda geração de tartarugas protegidas pelo Tamar. As primeiras nasceram, há 30 anos, quando o Projeto foi criado. Só no fim do ano passado, elas atingiram a maturidade sexual e puderam dar sequência à geração.

 

"Os primeiros foram como filhos para todas as equipes envolvidas nos esforços de conservação. Estes, que nascem agora, são os nossos netos", comparou Marcovaldi. O período de desova costuma ir de dezembro a maio e os ovos da tartaruga-verde, por exemplo, levam cerca de 50 dias para eclodir. Normalmente, esses momentos são o ponto alto do projeto Tamar e costumam ser acompanhados por banhistas e visitantes das praias. A cada ano cerca de 20 mil ninhos são protegidos, gerando aproximadamente um milhão de filhotes/ano. As desovas que marcaram a simbólica milionésima soltura aconteceu de maneira simultânea nas bases de pesquisa do país, distribuídas em nove estados (Pernambuco, Bahia, Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo,Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina).

 

O coordenador do projeto destacou que, apesar da evolução, as tartarugas ainda estão ameaçadas sobretudo por artes de pesca como redes de emalhe, espinhel e arrasto, além do desenvolvimento costeiro desordenado, o lixo e a poluição do mar. O projeto, patrocinado pela Petrobras, cobre cerca de 1.100km de praias.

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Zoo ajuda a preservar macaco-prego-galego

Publicado em 11.04.2010

Jornal do Commercio

 

 

O zoológico do Recife, que há 12 dias abriga um casal, receberá mais quatro animais. Decisão foi tomada pelo Centro Nacional de Primatas, que quer estabelecer uma colônia reprodutiva no local

 

Verônica Falcão

vfalcao@jc.com.br

 

O recinto do zoológico do Recife que há 12 dias abriga um casal de macaco-prego-galego, primata mais ameaçado de extinção no Nordeste, receberá outros quatro animais. A decisão é do Centro de Proteção de Primatas Brasileiros (CPB), que tentará estabelecer no local uma colônia reprodutiva da espécie, restrita à mata atlântica da Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

 

Os macacos serão transferidos do Centro de Triagens de Animais Silvestres do Ibama da Paraíba, em Cabedelo, onde vivem nove exemplares de Cebus flavius, como é chamado o prego-galego no meio científico. São bichos apreendidos pelo instituto ou entregues espontaneamente por criadores.

 

O grupo do zoo será acrescido de três machos e uma fêmea, todos adultos. A transferência, segundo o coordenador do Cetas da Paraíba, o médico veterinário Paulo Carniel Wagner, ocorrerá ainda este semestre. Nas próximas semanas será transportado um casal e em junho, mais dois machos.

 

O casal do Recife é, na verdade, formado por dois filhotes, ainda longe de atingir a idade reprodutiva. Ambos têm cerca de um ano. O macho, com 1,7 quilo, foi encontrado no dia 19 de novembro às margens de uma estrada em Igarassu, no Grande Recife. Resgatado por guardas ambientais da Polícia Militar e levado para o Cetas do Ibama de Pernambuco, em Casa Forte, Zona Norte do Recife, encontra-se no zoo desde o início do ano.

 

A fêmea, um pouco menor, nasceu no Cetas do Ibama da Paraíba, no dia 14 de maio do ano passado. Chegou ao zoo do Recife no dia 26 de março. Os dois estavam na quarentena, numa área reservada do público, e só na terça-feira, dia 30 de março, passaram para a ala dos primatas. São sete recintos com espécies brasileiras.

 

Em cinco deles vivem grupos de três tipos de macaco-aranha, restrito à Amazônia. O penúltimo é reservado aos macacos-pregos. Nordestinos da caatinga e do Cerrado, são como primos dos galegos: pertencem ao mesmo gênero – Cebus –, mas se constituem numa espécie distinta. O casal de Cebus flavius está no último recinto.

 

“Fêmeas da espécie atingem a maturidade sexual com quatro a cinco anos e machos com sete, aproximadamente”, explica o biólogo do zoo Leonardo César de Oliveira Melo. Afora tamanho e peso, machos e fêmeas da espécie não apresentam diferenças morfológicas. O zoo do Recife é o quinto local que o Ibama e o CPB, com sede em João Pessoa e vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), elegem como integrante do projeto de reprodução da espécie.

 

O primeiro foi o zoo de São Paulo, que em 2006 recebeu dois casais de Cebus flavius. Em janeiro de 2008 nasceu Maria, a primeira cria de cativeiro. O zoo de Salvador também tem um casal. O de Teresina e o de João Pessoa desde o ano passado contam, cada um, com quatro animais.

 

Mesmo tendo conseguido um filhote, o Cetas do Ibama da Paraíba não é considerado uma colônia reprodutiva da espécie. “É um local de reabilitação, onde os animais ficam transitoriamente”, justifica o responsável pelo setor técnico-científico do CPB, Marcos Fialho.

 

Além de frutas e ovos cozidos, os novos moradores do zoo receberão presas vivas como insetos, vermes e roedores obtidos no biotério do lugar. O recinto é ambientado com cordas grossas para que se pendurem, como na natureza.

 

 

Uso de cativeiro é estratégia de conservação

Publicado em 11.04.2010

 

 

Manter grupos de macaco-prego-galego em cativeiro é uma estratégia de conservação da espécie adotada pelo Centro de Proteção de Primatas Brasileiros (CPB). “A população existente na natureza é reduzida e fragmentada. Se por acaso se extinguir, teremos como salvá-la, se mantivermos grupos reproduzindo em zoológicos”, avalia o chefe do centro, Leandro Jerusalinsky.

 

O CPB tem relatos da presença da espécie em 26 localidades de Alagoas ao Rio Grande do Norte, mas só registrou o animal em Pernambuco (6 locais), Paraíba (5) e Rio Grande do Norte (1). O mapeamento realizado pelo centro mostra que grupos de 2 a 50 indivíduos da espécie vivem em ilhas de mata atlântica cercadas de canavial. “Isso traz problemas de consanguinidade, o que os torna mais vulneráveis a doenças.”

 

Se, por um lado, o canavial significou a redução do habitat do macaco de pelos claros e compridos, denominado de caitaia pelos artistas que o retrataram durante a ocupação holandesa, no século 17, por outro provocou alterações na sua dieta. “O Cebus flavius, que é onívoro, se alimenta também de cana”, diz o biólogo do Parque Dois Irmãos, onde está o zoo do Recife, Leonardo de Oliveira Melo. Por isso, a planta é uma das que ambientam o recinto, de 40 metros quadrados, destinado aos macacos.

 

Equipe das Universidades Federal e Federal Rural de Pernambuco está sendo formada para pesquisar o comportamento do grupo. “Ela é quase um bebê. Vocaliza como se chamasse a mãe”, observa a coordenadora, a primatóloga da UFRPE Maria Adélia Oliveira.

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Pássaros levados para São Paulo

Publicado em 13.04.2010

Jornal do Commercio

 

 

Animais apreendidos em feiras e criadouros clandestinos de Pernambuco vão viajar de avião e serão soltos em área de mata atlântica no Sudeste

 

Mais de 20 pássaros apreendidos nos últimos quatro meses pelo Ibama em feiras livres e criadouros clandestinos de Pernambuco serão soltos em área de mata atlântica de São Paulo, de onde são nativos. A viagem estava prevista para ocorrer na madrugada de hoje, num voo da TAM, que colaborou com a ação de repatriamento do instituto.

São 12 coleirinhas (Sporophila caerulescens), nove pixoxós (Sporophila frontalis) e uma cigarra-verdadeira (Sporophila falcirostris). As duas últimas são espécies ameaçadas de extinção. O coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama em Pernambuco, Cláudio Cazal, explica que as aves foram vítimas de tráfico. “A rota inclui, provavelmente, a feira de Caruaru (Agreste)”, acredita.

 

Em São Paulo, antes da reintrodução, os pássaros serão reabilitados. “O transporte por via aérea produz menos estresse nos animais, por ser mais rápido e ter menores oscilações de temperatura e ruídos”, explica Cazal. “Por via rodoviária teríamos certamente muitos óbitos, o que é preocupante, pois vários deles são ameaçados de extinção”.

 

Os pássaros seriam levados às 3h para o Aeroporto Internacional do Recife. A operação prevê que técnicos do Departamento de Parques e Áreas Verdes da prefeitura de São Paulo apanhem os animais e os encaminhem para um centro de triagem. Segundo Cazal, essa é a primeira vez que aves são repatriadas em grande quantidade.

 

SERRA TALHADA

 

Ontem pela manhã, policias militares recolheram mais de 60 aves na feira do troca de Serra Talhada, no Sertão. A operação, que teve início às 8h30, contou com 26 PMs. Os pássaros foram levados para o Ibama de Salgueiro, mesma região. A PM também realizou prisões. Os acusados de vender os animais foram levados à delegacia e liberados em seguida.

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