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[Fotos] 40 greats walks in Australia: Woloomai


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Após 4 meses ilhada em Phillip Island, Austrália, os dias de tédio começaram a bater. A ilha pode ser linda, um dos principais destinos do estado, mas na vida de trabalhador de 50 horas semanais, onde eu mal tinha tempo de olhar as praias, qualquer lugar paradisíaco perde um pouco das suas cores.

 

Num dia de folga, olhando a biblioteca da família do meu marido, fisguei um livro chamado “40 great walks in Australia”, e na primeira página aleatória que abri lá estava um destino do lado da minha casa: Woolomai.

 

– 4 meses aqui e ainda não fiz uma das melhores caminhadas desse país – pensei.

 

No dia seguinte lá estávamos no estacionamento da praia de Woolomai, e eu mal podia esperar para ver as pedras granito rosadas que o livro descrevia. Rosa, azul e dourado parecia uma boa combinação de cores. Pelo número de vans e carros de aluguel no parados por lá, sabia que era um lugar que valia dirigir quilômetros para se ver.

 

Do estacionamento você desce uma rampa para a praia, e anda um pedaço na areia até subir de novo na falésia e começar a trilha em si. Já nas minhas primeiras pisadas na rampa, vi a pontinha de pedras rosadas separada do continente, a Pinnacles, um mar manchado de azul e turquesa rodeando e nenhum sinal de civilização por perto. Só a praia já valeria tudo.

 

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Começamos a caminhar e a trilha era cheia de vida: em uma hora vi um equidna (o único mamífero junto com o ornitorrinco que bota ovo, parece um porco espinho e é uma belezinha), muitos tipos de pássaros marinhos e florzinhas do mato coloridas. Nessa área em especial tem um pássaro que migra direto da Sibéria pra procriar ali, em Woloomai. E eu achando grandes coisa quem dirige de Melbourne até lá.

 

A trilha é bem fácil, maior parte plana, bem marcada, e sempre com mirantes pensados por quem andou por lá antes da gente e sabia bem quais eram os melhores ângulos. Aviso que tem um capeta em forma de mosca grande chamada aqui de march fly que morde doído e pode tirar a tua paz. Eu passava correndo pelas partes sem vento pra não levar as agulhadas, mas ainda bem que no dia que fui o vento tava que tava.

 

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Uma coisa que não fiz da qual me arrependo é de não ter levado um lanche pra fazer no caminho, como essa família holandesa fez, tão fácil! De frente pra essas caverna seria perfeito pra avaliar o quão dramática é a paisagem. Esses paredões rochosos com gaivotas e águias planando, as cavernas, os montes de capins dourados e as pedras rosas que as minhas lentes não capturaram mas eu conto pra você: é rosado.

 

Na ponta da península de Woloomai fica um beacon e um banquinho. Como disse, coisa de gente que manjava dos paranauês da região. é a parte mais alta da ilha, e dizem que nos dias limpos dá pra ver MUITO longe, quase a ponta final da Austrália. Além disso dá para ver a ponte que liga a ilha com o continente e os bancos de areia que formam com a desagua da baia ali ao lado, que traz arraias gigante por ali. com um pouco de paciência nesse mirante da foto abaixo, você consegue ver alguma passando por ali. Olha, vou te falar que foi mais difícil ter paciência nessa vida…

 

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volta você tem duas opções: pela praia da baia (a que passa as arraias) ou outra pelo meio de uma florestinha, a qual foi a que escolhi. Em um minuto eu estava na beira de paredões rochosos no oceano, no outro estava no meio da floresta.

Se quase todas as plantas ao redor não fossem espinhentas ou suculentas, seria difícil fazer conexão com a cara desértica da primeira parte.

 

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Eu comecei ouvindo uma sonzeira no meu fone de ouvido, mas uma hora ele caiu do meu ouvido e eu me senti meio menina de cidade. O som desse lugar é tão dramático quanto as pedras rosadas, vento zunindo, pássaros que nunca ouvi na vida e grilos, o que compunham bem melhor a paisagem que minhas bandas de rock falando de amor e solidão.

 

4 horas se passaram, 4! A trilha não é o que podemos chamar de deserta, mas também tá longe de ser cheia demais, dando pra curtir momentos longos de você, vento, pios e grilos. Se preferir também não ver nenhum telhado, é tarefa fácil. Na volta pra pegar o carro foi inevitável dar uns mergulhos na piscinas naturais que começaram a se formar com a maré baixa, e desejei forte ter uma máscara comigo ali, dizem que é cheio de lagosta por aquela área.

 

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Sei que a Great Ocean Road é a queridinha da maioria dos turistas da nossa terra, e o contrário acontece aqui por Phillip Island: dificilmente escuto um brazuca falando perto de mim. Se é por falta de conhecimento, ou motivos, cá estou te falando: uma das 40 melhores caminhadas de um dos top países do mundo é aqui, e adivinha?

 

Tem pedra rosada.

 

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::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::::hahaha::

 

E escrevo mais sobre a Austrália, minhas viagens de volta mundo e brasil (é, viajo tanto que quase nos 30 nao tenho casa, carro ou cachorro) no http://www.aloalomarciano.com e na minha página no face http://www.facebook.com/aloalomarciano , só que é sempre um prazer escrever relatos para o fórum que em uma tarde mudou minha vida completamente, a 5 anos atrás.

 

Um beijo, até a próximaa!

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