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De carro pelo sul brasileiro (1.700 km em 5 dias)


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Olá pessoal. Esse é o primeiro relato que estou publicando aqui no fórum. Sempre gostei de ler sobre as viagens realizadas pelas outras pessoas e há uns dois anos atrás comecei a escrever minhas histórias também. A que publicarei a seguir é relacionada a uma viagem realizada em outubro de 2014 durante cinco dias, onde eu e mais dois amigos rodamos 1.700 km pelos três estados do sul. É um relato muito detalhado, com muitas linhas e palavras. E para não ficar um leitura maçante, colocarei várias imagens registradas no decorrer da trip. Para não ficar um tópico com uma única e imensa mensagem, dividi o relato em alguns capítulos. Espero que todos gostem!

::otemo::

 

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Brazilian Tail

Três amigos decidiram se aventurar pela primeira vez numa viagem de carro pelo sul do Brasil durante cinco dias em mais de 1.500 km de estrada. André, futuro turismólogo e quem relata essa expedição, Ishrael, também futuro turismólogo e Edison (Edinho), futuro engenheiro florestal, partiram no dia 14 de outubro de 2014 para a Brazilian Tail. Mas vamos voltar no tempo, e descrever como a ideia surgiu e como nos programamos.

 

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Era retorno às aulas após as férias de julho, quando o Ishrael disse para mim: Vamos fazer uma viagem na semana do saco cheio? Para quem desconhece a semana chamada por “do saco cheio”, consiste em cinco dias de recesso na universidade, tanto para alunos quanto para servidores, e que faz parte do calendário acadêmico anual. Pois bem, eu disse que sim. Tá, mas vamos para onde? Nosso primeiro destino em mente foi um lugar que havíamos comentado em diversas ocasiões durante o ano: a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Aí foi só abrir o Google Maps e montar o roteiro com passagem pela Serra e que englobasse os dias que estaríamos de folga. O primeiro plano resultou em aproximadamente 2.500 km em sete dias. Neste, estaríamos envolvendo os seguintes pontos: Serra do Rio do Rastro (SC), Morro dos Conventos em Araranguá (SC), Torres (RS), Canela e Gramado (RS), Ruínas de São Miguel em São Miguel das Missões (RS) e o Salto Yacumã no município de Derrubadas (RS). O fato é que depois de duas reuniões e a saída de um participante da viagem, a versão final do roteiro excluiu todo o oeste gaúcho, ficando então com um roteiro mais enxuto: 1.600 km em cinco dias.

 

Em primeiro momento, a saída ficou marcada para 11 de outubro, um sábado. Porém após acompanhar a previsão do tempo na semana antecedente à viagem e não ficar animado com os 20, 30 ou 40 milímetros de chuva, dependendo do dia, resolvemos na sexta-feira (10/10) adiar a saída em três dias, saindo assim, às 09h do dia 14 de outubro.

 

Mas antes de descrever a saída, quero explanar um pouco do preparativo final e como o improviso está presente até mesmo no planejamento de uma viagem. Na segunda-feira que antecedeu a viagem, o Ishrael pediu para levar o carro da viagem, de sua propriedade, em um lava car para dar uma geral interna e externamente, mas por ser fim de tarde acabaram não aceitando o trabalho. Então resolvi fazer o serviço por conta e em duas horas deixei o carro limpo. Já era tarde da noite, e por isso combinei com o Ishrael de ficar com o carro e o levaria na manhã seguinte até sua casa para partirmos na expedição.

 

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Acordei, tomei um belo café, dei um abraço em minha mãe e fui. Estava partindo para uma viagem com o estilo que sempre fui fã – e que reafirmei após retornarmos. Fui buscar o Ishrael, demos uma passada numa oficina verificar alguns itens como água e óleo, e embarcamos o Edinho. Com uma hora de atraso partimos rumo a Lages, nosso destino para o primeiro dia. Saímos pela BR-153 e aos poucos fomos deixando as cidades da região de Irati para trás. Até chegar à divisa do Paraná com Santa Catarina, nas cidades de União da Vitória (PR) e Porto União (SC), às 11h. Neste primeiro dia da Brazilian Tail, havia programado apenas a estrada, sem nenhuma parada. Mais uma vez a espontaneidade apareceu, e para mim, isso deixa a viagem muito mais prazerosa. Paramos para conhecer o Morro do Cristo, em União da Vitória, além de observar lá do alto as chamadas Gêmeas do Iguaçu. A vista é linda, vale a parada para apreciar as cidades e o Rio Iguaçu, como também para fazer uma oração.

 

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Nossa parada para almoço seria logo, mas passamos pela cidade de Matos Costa (SC) e parecia um feriado, não encontramos movimento algum. Apenas um posto para abastecer o carro e encher as garrafas de água, pois fazia muito calor durante aquele dia. A fome ia batendo até que chegamos à Calmon (SC), cidade menor ainda que Matos Costa – que já é minúscula – e que parece ter aderido ao feriado da cidade anterior. Lá pelas 13h30 estávamos em Caçador, cidade maior sem feriado fantasma. Era um pouco tarde, mas tínhamos esperança de encontrar um lugar para saciarmos a fome. Rodamos um pouco e paramos quando vimos uma placa informando que ali serviam marmita e buffet livre. Passamos pela frente, notamos que estava aberto e demos a volta na quadra para estacionar melhor. Já era tarde para almoçar, mas felizmente o buffet ainda estava a disposição e por apenas dez reais individual almoçamos num buffet livre, preço honestíssimo, saímos de lá empanturrados. Durante a tarde, na base de bolacha, Baconzitos e tererê, chegamos a Lages às 17h, donde fomos a procura de um hotel. Rodamos nesse dia, além da BR-153, pelas rodovias SC-135, SC-350 e BR-116.

 

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Combinamos algumas coisas para que a expedição tivesse um custo baixo e uma delas foi o limite de cinquenta reais por pernoite individual. Seguimos isso à risca, então buscávamos hotéis, pousadas ou hostels que oferecem um serviço que nos agradasse com esse limite de pagamento.

 

Rodamos um pouco pelo bairro Universitário em Lages, pois eu já conhecia essa região de uma viagem que eu havia feito para lá em janeiro de 2014. Naquela ocasião, me hospedei no Hotel Cattoni ao justo preço de setenta reais; mas se naquela época o preço era esse, quase um ano depois é muito improvável que ele tenha baixado vinte reais. É certo que ele tenha aumentado mais ou menos essa quantia. Portanto rodamos um pouquinho mais e resolvemos chegar no Hotel Rodeio, bem ao lado do terminal rodoviário. Um senhor, aparentemente dono do hotel e com um pouco de indisposição e antipatia, apresentou o valor de sessenta reais por pessoa, ou seja: esquece. Perguntei a possibilidade de baixar para cinquenta reais e tive resposta negativa. Então o Ishrael decidiu que iríamos embora e o senhor se dispôs a baixar para cinquenta e cinco reais. Perguntei novamente a possibilidade de cinquenta reais. Ele pensou por uns segundos, mas acabou cedendo e nos acomodamos. A negociação, subentendida como o ato de pechinchar, apesar de não ser comum em grande parte das pessoas, pode fazer muito bem ao bolso. Só nesse momento, o caixa da viagem economizou trinta reais. Não vou me prolongar, mas gostaria de registrar: pedimos um apartamento triplo com camas individuais, sendo que recebemos um sinal de ok. Mas chegando ao apartamento a surpresa foi encontrar uma cama de casal e uma de solteiro. Até que nos viramos bem, mas não recomendamos.

 

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A janta do dia foi no Cheese Americano, uma lanchonete que segundo disse o Ishrael, tem nome no dialeto portuglês; encontra-se localizada há alguns metros do hotel. Mandamos ver grandes sanduíches, ao custo de vinte e cinco reais, que quase dá o desconto conquistado no hotel horas antes. E ainda sobraram cinco reais no caixa.

 

Nas reuniões, decidimos que faríamos um caixa da viagem, onde daríamos de forma unânime um valor para todas as despesas que tivéssemos em conjunto. Acreditamos ser a forma mais justa de dividir os custos de forma igual entre os membros da viagem. Assim, com o dinheiro do caixa pagávamos combustível, pedágios, refeições e hospedagens da maneira que todos contribuíam igualitariamente com os pagamentos. Ao fim da viagem sobraram mais ou menos trinta reais em caixa, dinheiro que deixamos com o Edinho para pagar o frete de uma garrafa que ele esqueceu em Gramado.

 

Dormi bem, porém me acordei na madrugada – acho que pelas 5h – com frio. Também pudera, pois até aquele momento eu tinha dormido descoberto. Resultado: tosse durante o dia todo, e logo agora que eu estava me recuperando de um baita resfriado. A solução foi consumir algumas pastilhas para garganta.

 

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Nosso plano era estar saindo de Lages entre 8h e 8h30, mas às 8h30 nós estávamos saindo do quarto para tomar café. Pelo menos estávamos saindo, disse o Ishrael. Após conseguir tirar o carro da garagem, pois havia dois outros trancando a saída (pelo menos tinha garagem coberta e fechada, sem custo adicional), saímos do hotel às 9h30 e nos encaminhamos ao motivo da viagem: Serra do Rio do Rastro, a Meca do turismo estradeiro. É interessante notar a estrada até chegar na Serra, a SC-114 e a SC-390 que ligam a serra ao litoral catarinense, ou a região de Lages à de Criciúma, passando por São Joaquim e Lauro Müller, referenciando de forma mais clara. Ela é muito bonita, com paisagens serranas típicas de Santa Catarina, além de ser a região onde vi a maior concentração de Araucárias até então, tanto é que na altura de São Joaquim há um mirante para observação de uma imensa floresta de Araucárias, maravilhosa.

 

Em São Joaquim fizemos uma parada não prevista: fomos ao banco resolver um problema com o cartão do Ishrael que estava bloqueado. Até aquele momento ele não havia conseguido sacar nenhum valor.

 

Com a experiência de já ter estado na Serra do Rio do Rastro juntamente com pesquisas na internet concluí que o melhor horário para visitar a Serra é entre 10h e 14h, quando a cerração da manhã já foi e a da tarde ainda não chegou. Programamo-nos para chegar ao mirante principal, no topo da Serra, às 10h, mas com os atrasos sofridos – saída do hotel e banco em São Joaquim – estávamos no mirante às 12h30 e infelizmente com um pouquinho de cerração, mas que não prejudicou totalmente a vista. O interessante foi que em todo o trajeto até a Serra o céu apresentava-se limpo, sem nuvens e com o sol brilhando. Porém quando fomos chegando às maiores altitudes, alguns quilômetros antes de iniciar a descida para a Serra, adentramos uma densa cerração e nos chateamos pensando que a vista da Serra estaria assim também.

 

Estávamos eufóricos para descer, então após meia hora iniciamos a descida. Mas logo nas primeiras curvas vimos um mirante e uma paisagem espetacular da Serra, totalmente limpa da cerração. Paramos, é claro e dizemos que ali foi muito mais proveitoso que o mirante principal, pois ali estamos na Serra de verdade, com um pequeno pedaço dela atrás, além de ficarmos abaixo da cerração.

 

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Novamente estávamos atrasados em relação ao almoço, e depois de ver uma placa a cada quilômetro informando sobre um restaurante no pé da Serra, paramos no dito, um pacato empreendimento localizado no distrito de Guatá, em Lauro Müller, chamado Restaurante e Lanchonete Redivo. Comida farta, variada, caseiríssima e tirada do fogão a lenha. Embora eu ache que o fato de tirar a comida do fogão a lenha tenha se dado ao fato de ser muito tarde, pois era 14h, a sensação de fazer isto é ótima. Comemos um buffet monstro e por meros quinze reais saímos de lá empanturrados. Vale frisar que o senhor que nos atendeu, provavelmente proprietário do restaurante, é muito simpático.

::otemo::

 

Nessa altura da viagem cheguei a comentar com os companheiros da trip que naquele momento, segundo minhas previsões do roteiro, éramos para estar chegando a Araranguá para visitar o Morro dos Conventos que seria nosso próximo ponto. Mas ainda não havíamos saído direito do Rio do Rastro e ainda faltava passar por Lauro Müller, Orleans, Criciúma e algumas cidadezinhas para então sairmos na BR-101 e chegar em Araranguá.

 

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Já na BR-101 avistamos uma placa indicando a entrada de Araranguá, entramos e erramos. Não era o trevo que buscávamos, era uma espécie de trevo norte, ainda antes de chegar propriamente à cidade. Voltamos à BR-101 e decidimos não entrar em Araranguá. Já era tarde do dia e queríamos aproveitar bem Torres, nosso destino final daquele dia, e que apresentava uma série de atrativos para serem vistos em tão pouco tempo.

 

Próximo das 17h chegamos em Torres e fomos direto ao hotel fazer o check-in, com receio de não conseguir uma vaga. Check-in efetuado, algumas bagagens deixadas no apartamento, seguimos para a praia e caímos na Prainha. Uma belíssima praia, com alguns afloramentos rochosos na areia ótimos para sentar e observar o mar, embora haja bancos numa faixa de grama existente entre a areia e a calçada. Muitas ondas causadas pelo vento absurdo que faz lá torna Torres excelente para surf, kitesurf e windsurf.

 

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Depois de um banho de mar, fomos para o Morro do Farol, ali perto. Aliás, em Torres tudo parece perto, ou de fato é, já que a cidade não é grande. O Morro do Farol é um lugar ótimo para descansar e observar, pois se tem uma vista panorâmica da cidade, das praias e uma linda paisagem oceânica, vale a subida até lá. Venta muito lá também.

 

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Já com o sol posto, por fim visitamos o ápice de nossa passagem por Torres, o Parque da Guarita, com suas rochas e falésias magníficas. Cobram-se cinco reais pela entrada no Parque, mas como não tinha ninguém fazendo essa cobrança e tinha apenas uns cones lá, acabamos entrando sem pagar. O Parque é lindo, certamente o cartão postal de Torres, com dunas, rochas e imensas falésias que terminam no mar. Há trilhas para subir até o alto das falésias e como no Morro do Farol, também é possível ter uma visão panorâmica da cidade e do Atlântico. Vale citar que ao lado do Parque, mais para o sul de Torres, tem uma praia com uma enorme faixa de areia onde é permitido entrar com veículos, ótimo para dar umas voltas de buggy ou quadriciclo.

 

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Depois de conhecer e adorar Torres, voltamos ao Tulipa Hotel – que aliás recomendamos pelo excelente custo x benefício obtido – e tomamos uma bela ducha. Ficamos em um quarto triplo (na verdade é quádruplo, pois há um beliche e um box casal) muito completo, com TV LCD, ar-condicionado, ventilador de teto, frigobar, impecável na limpeza e na decoração, com direito a um mega quadro na parede e mobília nova, além de um atendimento cordial e café da manhã agradável. Pela bagatela de cento e trinta reais ficamos os três muito bem acomodados.

 

Combinamos de ir ver o nascer do sol no horizonte do mar a partir das falésias no Parque da Guarita, mas quem disse que levantamos de madrugada. Ficou para outra vez.

8)

 

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Amanhecemos no terceiro dia da Brazilian Tail e neste rumamos para a Serra Gaúcha pela Rota do Sol, uma rodovia cercada por morros com uma paisagem show. Saindo de Torres pegamos mais um trecho da BR-101 no sentido sul e na altura de Terra d’Areia pegamos uma entrada à esquerda para a RS-486, rodovia que está em área de preservação ambiental.

 

Em certo ponto da rodovia, no município de Itati (RS), há um paradouro com venda de lanches e bebidas, além de um mirante com uma vista magnífica da Serra do Pinto. Esse lugar foi um achado, desconhecíamos até então e ficamos faceiros de parar nele. Segundo registros históricos e arqueológicos, a descida da Serra do Pinto até a planície costeira, hoje RS-486, foi um caminho natural trilhado por nativos há seis mil anos atrás. A Rota do Sol recebe outras denominações, como “Estrada da Praia” e “Transpolenta”, em alusão aos descendentes de italianos que moram na região.

 

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Não sei se em todos os cursos de Turismo do Brasil há, mas no meu tem uma disciplina focada no estudo dos transportes turísticos e em uma parte tratamos das estradas turísticas e sua importância para a atividade do turismo. A Rota do Sol, assim como a Serra do Rio do Rastro e a Rota Romântica na região de Gramado são três importantes estradas turísticas do sul brasileiro, sendo que a Serra do Rio do Rastro consegue atrair uma considerável quantia de turistas que vão até ela apenas com o intuito de conhecê-la. Para mim, passar em três estradas turísticas relevantes me alegrou muito.

 

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Chegamos em Canela após pegar uma chuva na estrada. Eram aproximadamente 12h e queríamos ir até o hostel que planejamos, mas como o mesmo ficava em Gramado e teríamos que rodar até lá pela Avenida das Hortênsias, resolvemos parar para conhecer a Catedral de Pedra, cartão postal de Canela. Suntuosidade é a definição que dei para a primeira vez que a vi. Seu interior também é maravilhoso, com coloridos vitrais que embelezam o ambiente.

 

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Bem, era hora do almoço e novamente atrasados. Fomos ao hostel nos acomodar e ver como faríamos para almoçar naquele dia. Chegamos ao Hostel Britânico com uma chuva colossal que quase não nos deixou sair de dentro do carro. Check-in efetuado, bagagem acomodada e por indicação do pessoal do hostel, que inclusive é extremamente educado e prestativo, pedimos duas marmitas acreditando na palavra do recepcionista que daria para nós três tranquilamente. E de fato, nunca vi marmita maior. Bem variada, com bastante carne e uma porção de salada para acompanhar. Deu para comer muito bem.

 

Matada aquela que nos matava, fomos visitar o único ponto de interesse que não dependia de tempo bom, pois a chuva não havia parado. Mundo a Vapor, um parque para conhecer, admirar e se impressionar. Nosso passeio por lá durou mais de duas horas, tamanho era nosso encantamento pelas máquinas e demais exposições. Ainda tivemos a honra de conhecer um dos fundadores do Mundo a Vapor (eram dois irmãos de sobrenome Urbani, sendo um já falecido) e ouvir dele mesmo muitas histórias, sendo a principal referente a um enorme diorama retratando a linha férrea gaúcha. Demais!

 

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Saindo de lá a chuva deu uma trégua e fomos para o Lago Negro. Não sei se é por causa do tempo pós-chuva ou sei lá o quê, mas não fiquei impressionado com o Lago como fiquei com o Mundo a Vapor. As hortênsias que margeiam o lago já não estavam mais florescidas, o que pode ter ajudado a causar o desgosto. Talvez num dia de sol, com as árvores verdes e as flores abertas a visita seja bem agradável, mas num dia como o que eu fui, não recomendo.

 

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De volta ao hostel, jogamos sinuca e conversamos até tarde da noite. E eu ainda fui dormir antes que os colegas, que ficaram se divertindo com um violão e uma conversa com os outros hóspedes na área social até um pouco mais.

 

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Nossa esperança era que na manhã seguinte tivéssemos um dia de sol, ou pelo menos não de chuva, para ir até o Parque do Caracol e da Ferradura. Mas que nada, amanheceu é chuva, chuva e mais chuva. Mesmo assim, arriscamos ir no Mini Mundo. Eu e o Edinho tínhamos guarda-chuva, o que nos protegeu um pouco, dando para aproveitar o passeio. Já o Ishrael quis ser vida loca mesmo e foi apenas com uma jaqueta de couro. É claro que ele se molhou um monte. Voltamos ao hostel, ele tomou um banho, secou sua calça e após o check-out fomos almoçar no Aquece, um pequeno, agradável e barato restaurante na Avenida das Hortências.

 

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Como chegamos em Gramado um pouco tarde, e queríamos aproveitar o outro dia, se não chovesse, mudamos nosso retorno à Irati, que ao invés de ser por Erechim, seria por Lages novamente.

 

Então ainda tínhamos um tempinho para aproveitar Gramado antes de pegar a estrada para Lages, então fomos ao Museu de Cera Dreamland. Chegando lá, fomos atendidos por uma mulher que fez de tudo para vender um pacote para visitar o Dreamland e o Harley Motor Show, que segundo ela não poderiam ser vendidos separadamente, por um preço além do que nós queríamos pagar (se não estiver enganado era setenta reais o pacote). Sei que depois de muita insistência por parte dela, o pacote chegou a ter umas sete atrações pelo preço de cento e dez reais, considerando dois pagantes e um terceiro grátis, além de ganhar um livro de brinde. Não aceitamos por dois motivos: primeiro porque estava muito acima dos gastos previstos para a viagem e segundo, porque não daria tempo para ver tudo isso, nós já estávamos partindo de Gramado. Bom, saímos de lá um pouco frustrados, mas felizes por não ter feito um negócio que talvez não seria tão proveitoso e gastaria uma fortuna, comparando com os gastos que tivemos na viagem.

 

Ainda antes de ir embora, aproveitando que já estávamos na Avenida das Hortênsias, fomos comprar alguns chocolates na fábrica da Caracol Chocolates. Aliás, muito bom o chocolate deles, eu gostei.

 

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Por fim, visitamos os dois portais de Gramado, ambos cartões postais da cidade rio-grandense. São muito bonitos mesmo!

 

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Voltando à Lages, seguimos pela RS-235 até Nova Petrópolis (RS), rodovia que seguimos deste a Rota do Sol a partir de São Francisco de Paula (RS). E essa foi a terceira estrada turística que a Brazilian Tail englobou, a Rota Romântica – na verdade é uma parte apenas, que envolve as cidades de São Francisco de Paula, Canela, Gramado e Nova Petrópolis na RS-235.

 

Na verdade, nosso plano não era voltar à Lages, e sim seguir até Erechim e depois pegar a BR-153 até Irati, mas com as mudanças de horários, mudamos o trajeto também, infelizmente, pois é sempre bom conhecer novas cidades, novas estradas, novos ares.

 

Em Nova Petrópolis pegamos a BR-116 e seguimos passando por Caxias do Sul, São Marcos, Vacaria até chegar em Lages. Como ficamos desapontados com o Hotel Rodeio, resolvemos pegar outro dessa vez, e escolhemos o Hotel Centauro, que fica na mesma região. Achei muito melhor que o Rodeio, pena que não servem café da manhã. A diária saiu quarenta e cinco reais por pessoa.

 

Continua...

Editado por Visitante
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