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Chapada dos Guimarães e Bom Jardim - MT - 7 dias


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Vi poucos relatos dessa região aqui e em outros sites. Pra quem quer conhecer, aqui vai detalhes de viagem à região da Chapada dos Guimarães e Bom Jardim – MT

 

Informações:

1. O fuso horário de Cuiabá é 1h a menos de Brasília.

2. “Chapada dos Guimarães” é o nome da cidade base pros passeios e também é o nome do Parque Nacinal. O nome da cidade tem origem da cidade de Guimarães, em Portugal.

3. Junho e julho na chapada é mais frio, tem mais dias com neblina, pode atrapalhar em alguns passeios ou dar uma vista interessante de cima do morro de São Jerônimo.

4. Bom Jardim (BJ) é um distrito da cidade de Nobres, mas não precisa ir a esta pra ir até aquela.

5. Em BJ, a melhor época pra conhecer é de maio a setembro – fora das chuvas.

6. Um passeio muito procurado em BJ é o Aquário Encantado e é mais cheio nos finais de semana. Na semana é mais tranqüilo fazê-lo.

7. Farofa de banana, ventrecha de pacu (frito, é um pedaço com 2 a 3 espinhas grandes do peixe) e bolo de arroz são pratos típicos da região.

8. A maioria dos passeios é necessário guia; nas propriedades privadas paga-se também uma taxa de entrada.

 

A viagem pra Chapada começa saindo de SP dia 04/08/14 às 16:55 pela gol, chegada em Cuiabá pelas 18:05. Reservei um carro na Avis (no site, eles dizem que você pega o carro no aeroporto, mas eles não tem stand no aeroporto; tive que ligar pra eles me pegarem lá). O escritório deles fica PERTO do aeroporto, que fica em Várzea Grande, do lado de Cuiabá. Em volta do aero, muita obra inacabada – efeito copa... Pedi na reserva um novo Uno, é mais alto pra andar fora de estrada, mas chegando lá... não tinha uno. Fui de gol 1.0 – também é alto, quase deu conta do passeio, leiam o pq mais na frente. O GPS foi certinho pro hotel – Intercity Premium Cuiabá. Muitos hotéis ainda caros.

 

Dia 01

Circuito das cachoeiras (6,8km; nível moderado; média de 5h; sem taxa de entrada) + Mirante Alto do Céu (1,3km; nível fácil; 1h; entrada de R$10)

 

De Cuiabá pra Chapada dos Guimarães são 68km, pela MT-251. Há um balão (que vai pra usina do Manso) após os primeiros 14km que virando à esquerda vai pra Bom Jardim e direto vai pra Chapada. Meu guia lá foi o Amorésio (tel. 65 9604-1981/9259-8680; e-mail amoresio@yahoo.com.br), pessoa simples, extrovertida, também é artesão, conhece fauna, flora e formação geológica local. Combinei de me encontrar com ele às 8:30 na praça principal da cidade, mas me enrolei na saída de Cuiabá e fui chegar lá pelas 9. Ele já estava me esperando com o Carlos, também turista, paulista, que iria fazer os mesmos passeios que eu nos 3 primeiros dias. Juntaram-se a nós a Jô, de floripa, e a Nicole (inglesa, mas de português fluente). Passamos primeiro na cachoeira Véu de Noiva, cartão postal da chapada, entrada gratuita. Apenas contemplação, é vista de cima. A visitação e banho embaixo dela foram proibidos há vários anos após a morte de um turista lá. Ficamos um tempo pra fotos e fomos pra entrada das cachoeiras. Pelo circuito são um total de 7 (que pra mim, ficam em 6, pois a última nós só vemos a parte mais alta; não vemos ela de frente): 7 de setembro, Sonrisal, Pulo, Degrau, Prainha, Andorinhas e Independência. Num sol quente, o banho refresca bem a caminhada. A mais bonita pra fotos achei a das Andorinhas. Levem um lanche pra substituir almoço se forem fazer outro passeio depois desse. O pôr-do-sol fomos para o Alto do Céu (Jô e Nicole não foram), onde vemos os paredões, o morro de São Jerônimo, uma elevação rochosa chamada Ninho das Águias (não tem águia aqui na América do Sul; a maior ave de rapina local é o gavião real, que é quem faz o ninho por lá) e bem ao longe, avista-se os prédios de Cuiabá. Só fui me instalar na pousada no fim do dia. Fiquei na Pousada Villa Guimarães – muito confortável, no centro, café da manhã excelente (o chef, Salomão, é espanhol, e sempre tem um prato diferente que ele faz na hora), mas tem um custo mais alto. Tem outras opções mais em conta e também tem áreas de camping na cidade. Jantei um espetinho completo muito bom e farto por preço acessível – se não me engano entre 15 e 20 reais. Esqueci o nome do local, mas lá na praça é cheio de pontos que vendem espetinhos.

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DIA 02

Circuito das cavernas (12km; nível moderado; 8h; R$30/pessoa a taxa de visitação, fora o guia) + mirante do centro geodésico

 

Primeira parada do dia – mirante do centro geodésico. Conseguimos avistar Cuiabá de lá. A entrada não tem nenhum indicativo nem marco falando do local, que por sinal está bem depredado – triste. Em Cuiabá é onde existe o marco geodésico, que é o ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico. No mesmo rumo, seguimos ao Caminho das cavernas, a 45 km de Chapada – 30km em asfalto e 15 em estrada de chão (aqui avistamos o primeiro animal do dia – uma seriema). O acesso é a partir da Fazenda Água Fria, propriedade privada. Lá também tem seriemas bem mansas, dá pra fotografar bem de perto. Pode-se agendar almoço pro fim do passeio a R$25/pessoa – à vontade. A caminhada começou pelas 10h, total de 12km ida e volta. Observa-se alternância de vegetação, ora cerrado, ora mata fechada. A primeira parada é na saída da caverna Aroe Jari (significa “morada das almas”) – dita como a maior caverna de arenito do Brasil, cerca de 1,5km de extensão. A caverna tem um curso d’água, onde a saída da água é o primeiro ponto de acesso. É permitido apenas uma parte do percurso subterrâneo, uns 200 metros, com auxílio de lanternas. Lá dentro, apagamos todas as luzes pra sentir a atmosfera da caverna... Escuridão total. Retornamos e seguimos por fora, margeando sempre à esquerda uma elevação rochosa no cerrado (a parte externa da caverna) até a entrada dela. Vários blocos da rocha no chão e maritacas. Fotografias e seguimos adiante, rumo à lagoa azul, essa cor fica mais intensa quando o sol do início da tarde incide. Como chegamos cedo e o sol tava longe, mais adiante fomos à caverna Kiogo Brado – significa “índio valente”. É uma fenda na rocha cujo teto parece uma cúpula de igreja, atravessamos até o outro lado, uns 300 metros, bem ampla, muita placa de rocha desprendida do teto. Retornamos até a gruta azul e esperamos até que o sol iluminasse mais, muito show a visão de lá. Retorno para a fazenda e almoçamos pelas 15:30h. Após, fomos até a cachoeira do Almescar – fora da fazenda e sem taxa. Água fria pra relaxar após longa caminhada!! Na volta, um veado cruzou na frente do carro muito rápido! Não deu pra tirar a foto... O dia terminou novamente no mirante do centro geodésico, com um por do sol, diferente do alto do céu (este, com certeza, bem melhor...).

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  • 4 semanas depois...
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Sou de Cuiabá e depois que interditou as cachoeiras nunca fui!!!

Minha pergunta é... Voltou a liberar a trilha das 7 cachoeiras? ou você teve que pagar um guia para entrar?

 

Esses lugares são todos lindos!!! Muito boa sua viagem.

 

Quando tiver outra oportunidade sugiro que acampe no Jerônimo, a noite lá é bom de mais!!! rs

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Dia 03

Vale do rio Claro (6,5km de caminhada; moderado; 5h) + Cidade de Pedras (1,5km; fácil; 3h)

 

Dia longo, teve de tudo: passeios, perrengues e boa ação no fim da tarde. Saímos de Chapada voltando sentido Cuiabá, rumo ao Vale do rio Claro (passeio guiado). Antes, pequena pausa para conhecer a cachoeira do Cristal. Fica em propriedade privada, R$10/pessoa a visitação. Deixamos o carro fora da propriedade num ponto mais alto e fomos a pé (até a porteira mesmo, só carro 4x4). Diferente, pois próximo a cachoeira há um espaço com churrasqueira e um pequeno deck. Há um poço pra banho abaixo da cachoeira e um acesso à parte superior dela, que você pode pular... Eu não pulei, hehe, fui até a parte superior para a foto e desci. Rápido, mas muito bacana o banho. Retornamos à rodovia estadual para o Vale. Este, na verdade, já é o início da planície pantaneira, seria como seu limite superior (acima, a Chapada; abaixo o começo do pantanal). Estávamos num gol 1.0 e pegamos muita areia até estacionar o carro... A ida foi tranquila, só descida... (Na volta é que foi o perrengue...) Uma caminhada de 1800m sob o sol, cruzando pegadas de onça, anta e aves, até chegar na base da Crista do Galo. Sobe-se pouco mais de 100 metros até o topo, vendo a Crista por cima. É uma placa de rocha vertical, muito louco aquilo. Vemos também toda a encosta da chapada e a planície lá de cima. Fotos, descemos para caminhar até o Poço da Anta (não vimos nenhuma...) para um banho em água cristalina com os lambaris, que te beliscam o pé de leve, vc nem sente. O calor deu uma trégua, voltamos pro carro e na subida por 2 vezes atolamos... Quase atrasamos tudo, mas ainda tinha folga de tempo pro almoço. Esse foi no restaurante popular, em Chapada, a R$16/pessoa à vontade, coca de 1 litro R$4. No meio da tarde seguimos para a Cidade de Pedra (visitação também guiada) em estrada de chão com muita areia, mas dessa vez sem atoleiro. Do estacionamento, caminhada de 800m. Lá de cima, outra visão do vale do rio Claro, a Crista do Galo, os paredões, com o som das araras, e bem ao fundo avista-se os prédios de Cuiabá. Há um local chamado paredão do eco, com um eco bem legal. Um detalhe: na ida, tinha um cidadão sozinho no meio do areião; acho que ele ia pra cidade de Pedra também. Como tinhamos que retornar à entrada do Parque até as 17h, nem paramos... Mas na volta, o cara ainda tava voltando no meio do nada. Resolvemos parar num lugar mais firme (parar em qq lugar era atoleiro na certa) e demos carona pra ele. O cara era um russo, Alexander, já tava no Brasil há vários dias, chegou na Chapada de manhã e iria pro pantanal no dia seguinte – tudo isso descobrimos arranhando um inglês. Nos despedimos e deixamos ele numa parada em frente ao Véu de Noiva. No dia seguinte, o mais puxado: Morro de São Jerônimo. Sem taxa de visitação. Seria apenas eu e Amoresio. Carlos retornaria pra SP no dia seguinte de manhã.

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