Hostel não é só economia, é estilo de viagem

Muitos turistas vêem num hostel uma opção para economizar. Já a “turma da mochila” une o útil ao agradável: consegue economizar, estar em um lugar descontraído e com gente descolada de todos os cantos do mundo.

Devido a sazonalidade do turismo nacional as diárias em pousadas simples costumam ficar bem próximas dos valores cobrados pelos hostels (também conhecidos como albergues ou backpackers) e o que vai definir a escolha de muitos é a “aura” que paira sobre este verdadeiro “point” de mochileiros.

E, se engana quem pensa que as diárias acessíveis são sinônimo de infraestrutura e serviços de segunda categoria. Se engana também, pessoas que pensam que só existem hostels com diárias acessíveis.
Hostels charmosos, aconchegantes, originais e instalados em verdadeiros refúgios: pé na areia como o Hostel Marimar Encantadas na paranaense Ilha do Mel ou o descolado Che Lagarto na Ilha Grande, Rio de Janeiro.;  na considerada (por muitos) cara, Búzios ou pertinho do Pico da Bandeira, em Alto Caparaó como o simples, Hostel Querência; ambos ligados à Hostelling International (HI), rede internacional que conta com mais de 4.000 hostels espalhados pelo mundo, do Rio de Janeiro ao Paquistão!

hostelsanimados
Ambiente proporciona maior interação entre os hóspedes. Na foto, à esquerda os animados El Misti e Che Lagarto na capital fluminense e à direita os paulistanos, Limetime e Vila Madalena Hostel – Fotos: Divulgação

Há ainda hostels independentes e filiados a outras redes menos conhecidas que igualmente oferecem boa estrutura e atendimento. Gigantes da hotelaria mundial como a Accor por exemplo, têm investimento neste nicho, com o Base Backpackers, com unidades na Austrália e Nova Zelândia. Os hostels têm até espaço especial só para as mulheres, numa espécie de “spa”. No Brasil, por exemplo, o primeiro hostel “cheap and chic” (barato e elegante, charmoso, bonito) da  HI foi o Porto Alegre Hostel Boutique.

Assim como há vários perfis de viajantes/mochileiros, há vários perfis de hostels, para todos os gostos e bolsos. Para quem ainda não “experimentou” um albergue seguimos comentando alguns pontos que podem gerar curiosidade:

Como é e o que oferece um hostel

A estrutura pode ser tanto de uma pousada quanto de um hotel, ou até mesmo de uma casa.

Quartos: na maioria são coletivos, ou seja, neles ficam hospedadas juntas, pessoas que “ainda” não se conhecem. Em alguns hostels, meninos e meninas (de todas as idades) dormem em quartos separados. A maioria dos hostels, sobretudo no Brasil, oferece quartos privativos para casal, família ou pequenos grupos.

Banheiros: são coletivos, alguns ficam fora, outros dentro dos quartos. A maioria dos quartos privativos tem um banheiro privado. Dica: se você optar por um quarto coletivo, melhor escolher um com banheiro fora (imagina a galera chegando da balada e indo “expelir” o fígado no banheiro dentro do quarto que você está tentando dormir).

Toalhas e roupas de cama: alguns hostels oferecem fazendo parte da diária, outros alugam.

Armários: para guardar a mochila e/ou pequenos pertences, geralmente você encontrará um armário individual. Ele deve ser fechado com cadeado; se não tiver um, não há problema, a maioria desses estabelecimentos aluga ou fornece.

Café da manhã: a maioria dos albergues oferece o café incluso na diária. Os que não o fazem, vendem, ou seja, você pode tomar no hostel com a galera ou na rua; ou ainda prepará-lo na cozinha coletiva do estabelecimento (alguns oferecem esse espaço todo equipado).

Cozinha e lavanderia: alguns oferecem cozinha coletiva equipada e lavanderia (geralmente tanques ou permitem uso de máquinas de lavar cobrando uma taxa).

Áreas sociais e áreas de lazer: a maioria possui locais onde os viajantes se encontram para conversar, ler, assistir TV, ouvir música, etc. Alguns hostels têm piscina, salão de jogos, campo de futebol, quadra poliesportiva etc.

Bar e Restaurante : alguns oferecem estas áreas; a primeira, por exemplo, é sinônimo de festa e referência de alguns hostels no Brasil e no mundo.

Serviços: a maioria oferece internet (free ou paga), organiza passeios, vende passagens, traslado, aluga bicicletas, pranchas, oferece aulas de idiomas etc. Obviamente, esses serviços são pagos, além da diária.

Perguntas frequentes

Quem pode se hospedar em um albergue?
Qualquer um que queira ficar num local como o descrito acima!

Há limite de idade para ficar em um albergue?
Não em 99% dos casos. Não há idade mínima nem máxima. Por geralmente terem um ambiente pra lá de descontraído é interessante consultar se determinado hostel aceita crianças. Só fique atento aos da Hostelling International na Europa e EUA, pois pode haver restrições de idade e tempo de estadia em algumas unidades.

É preciso ser estudante para ficar em um hostel?
Não em 99% dos casos. Apenas como no item acima, pergunte antes de reservar se for ficar em um albergue da Hostelling International na Europa ou EUA.

É preciso ter uma carteirinha, cartão, carteira de alberguista ou algum tipo de afiliação para se hospedar em um hostel?
Depende. Exemplo: na maior rede de hostels do mundo, a Hostelling International (HI) é preciso ter a “carteirinha de alberguista”. Na prática, os HI brasileiros aceitam hóspedes sem a carteira, os quais pagam um pouco mais que os associados por isso. Muitos dos hostels HI do exterior não aceitam hóspedes sem a carteirinha.

Como posso adquirir minha carteira de alberguista da HI?
Você pode procurar a Associação da HI em seu Estado. Caso não tenha sede nele, contate o mais próximo. A carteira é enviada pelos Correios.
Você também pode obter mais informações sobre no https://hihostelbrasil.com.br/pt

O que são hostels independentes?
São aqueles que não possuem afiliação a nenhuma rede. Da mesma forma como pousadas e hotéis que não pertencem a nenhuma rede como Accor, SOL Meliá etc.

⚠ Você pode encontrar ótimas opções de hostels mundo afora no Booking.com, plataforma confiável utilizada por viajantes do mundo inteiro.

Tem alguma outra consideração a fazer sobre um hostel? Deixe pra gente nos comentários!

Foto do autor

Claudia Severo de Almeida

Jornalista, há 20 anos escreve sobre Turismo Backpacker/Mochileiro e viagens independentes. Participou do corpo de júri especializado do Prêmio 'O Melhor de Viagem e Turismo' (categoria Hospedagem - Hostel). Cocriadora do site Mochileiros.com.

10 comentários em “Hostel não é só economia, é estilo de viagem”

  1. Em Bombinhas- SC é uma cidade muito linda, belissimas praias aquela agua transparente que se vê os pés de tão limpas. Estivemos em familia em um hostel que se chama hostel vento leste eles são novos no ramo, mas é muiitissimo agradavel, um jardim lindissimo e proximo da praia. Foi nossa primeira experiencia em hostel e adoramos e concerte-a procuraremos outros hostel para se hospedar.

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  2. Existe um grande hostel em Paris que fecha a porta do dormitorio as 23h e abre as 4h da madrugada. Leia bem a descriçao e avaliaçoes.

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  3. 91-980708298 somos o único Hostel da Ilha de Mosqueiro em Belém do Pará . Esta reportagem auxilia muito as pessoas a conhecerem as belezas naturais do Norte do Brasil. Hostel sempre será estilo de vida com econômica.

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  4. AMEIIIIIIIIII..Em junho pretendo estrear 😉.. com o mundo que vivemos hj tenho muito receio… mas, esclareceu demais… obrigada..

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