Perrengues de viagem? Quem nunca!?

Olá amigos desbravadores, tudo bem com vocês?

O assunto de hoje requer jogo de cintura, muita resiliência, uma pitada de criatividade e um bocado de bom humor. Perrengue de viagem: se você não viveu ainda vai viver!!!

De cara, deixo vocês com o relato do meu maior perrengue de viagem que aconteceu no Uruguai,  falei sobre nessa postagem. Para dar continuidade aos perrengues da vida, convidei alguns amigos para falarem sobre suas experiências, pois como diria algum sábio do mundo que eu não conheci: aprenda com seus erros e com os erros dos outros 😉

Vamos aprender e rir um pouco?

Claudio Pretto – A imigração e suas perguntas.

379183_416143751739346_1017458246_nFoto: Claudio Pretto

Alê, Pretto e Fá na Torre Eifel

“O perrengue aconteceu quando viajamos em 2012 para Londres, para uma visita surpresa a nossa amiga Fabiana. Ao chegarmos em Londres, resolvemos conhecer Paris e Madri. As dificuldades já iniciaram no primeiro destino, porque os franceses não gostam de falar em inglês, tornando a compra dos tickets do metrô e o caminho a seguir para visitar a Torre Eifel bem difíceis. 

Passado esse transtorno chegamos na Torre. tiramos fotos, caminhamos e seguimos para Madri: aquele “Portunhol” que todo mundo entende, gente bonita, gente bem vestida, simpática, uma nova atmosfera. 

Quando retornamos ao aeroporto, percebemos que existiam duas filas, uma para cidadãos ingleses e outra para imigrantes. A Fabi que tem nacionalidade Europeia, no intuito de nos fazer companhia, resolveu ficar na mesma fila que a nossa. Ao irmos aos guichês, ficamos um do lado do outro, sendo que a entrevista da nossa amiga acabou primeiro e ela ficou aguardando próximo ao guichê onde estávamos. Foi quando o atendente me perguntou: Are you together??? (Vocês estão juntos???) e eu respondi que Yes! 

Daí começaram os questionamentos: Perguntou se ela morava em Londres, pois ele percebeu o sotaque dela e a fluência do inglês, continuei respondendo as perguntas, mas chegou um determinado momento em que ele falava muito rápido e eu não conseguia entender. Pedi para que ele conversasse com a Fabiana, pois eu já não estava entendendo mais nada, mas ele se negava a falar com ela. Questionou o porquê de nós estarmos num hotel pagando diária e não na casa dela e tivemos que explicar que foi uma viagem surpresa. Mais questionamentos como porque não fomos para a casa dela depois da surpresa e estaríamos “pagando” diária de hotel? Expliquei que compramos numa promoção, portanto, as diárias já estavam pagas e que não adiantaria de nada ficar na casa dela. Além do mais, o hotel ficava no centro de Londres. Depois de muita conversa e com um pouco da ajuda da Fabi, ele carimbou o passaporte.

O que nós não sabíamos é que ao passar pela imigração Brasil / Londres nós tínhamos até 6 meses pra sair do país. Portanto, era só ter falado na imigração Espanha / Londres que eu não falava inglês.”

Tatine Santos – O GPS que se perdeu indo para Monte Verde/MG

WhatsApp Image 2017-03-16 at 09.10.43Foto: Tatine Santos

E com todo cansaço, todos sorridentes!

“O meu perrengue de viagem foi indo pra Monte Verde, MG, uma viagem que levaria em média 4 horas do meu local de partida, levou exatamente 10 horas. Fomos pra Monte Verde em um grupo de 6 pessoas com dois carros confiando extremamente no GPS, sem ao menos olhar o trajeto como seria, andamos por horas e horas de carro e o GPS levou a gente pelo trajeto mais longo de viagem caímos em uma estrada de terra por mais de uma hora e nessa estrada de terra o GPS até parou de funcionar e um dos pneus do carro ,pra ajudar,  furou nessa estrada de terra, foi aterrorizante, depois da estrada de terra, achamos que já estávamos próximos pelo menos no estado de Minas Gerais e paramos em uma cidade pra arrumar o pneu e percebemos que ainda estávamos em São Paulo, na cidade de Monteiro Lobato, mas depois de 10 horas chegamos sãos e salvos e podemos curtir muito a cidade de Monte Verde que é muito show.
Ah! A lição que aprendi dessa situação é que GPS é bom, ajuda muito, mas antes de sair pra viajar dar uma olhada no percurso que o GPS está fazendo pra não ter nenhuma surpresa no caminho.”

Heloisa Lofrano- o atolamento em São Roque de Minas/MG

CIMG0287Foto: Heloisa Lofrano

Um brinde a lama!

Olá viajantes, sou a Helô do Blog Onde Cê Vai Loko. Confesso que foi difícil escolher, mas entre todos os perrengues o sorteado foi “São Roque de Minas-MG 01/01/2010”.

Estávamos em 6 pessoas, passamos o réveillon na pousada e no dia seguinte resolvemos subir a Serra da Canastra bem cedinho para nos aventurar *_*. Entretanto, havia chovido muito na noite anterior e estava uma garoa bem fina pela manhã. Estávamos subindo a serra, quando de repente a caminhonete começou a derrapar para o lado da ribanceira (pensa num medo). O namorado da minha amiga que estava dirigindo, tentou virar a caminhonete pra voltarmos, pois seria perigoso continuar subindo. Ele até tentou, mas começou a escorregar, ela tombou e ficou presa entre a estrada e um barranco. Várias pessoas pararam para ajudar, mas atolaram também. E o que era “apenas” uma caminhonete atolada, tornou-se sete veículos atolados. Não tinha o que fazer né gente, todos atolados, a chuva caindo, precisávamos de um trator pra tirar os carros de lá. Um dos carros que estava por lá, tinha uma caixa de isopor com cerveja e o pessoal dividiu com a gente e começamos a confraternizar na chuva mesmo e com barro até a cabeça.

Ficamos um tempo batendo papo e depois saímos andando pelas fazendas pra ver se encontrávamos alguém pra tirar a gente de lá. Graças a Deus encontramos um senhor que tinha um trator e nos ajudou. Esse perrengue durou desde cedinho até quase 2 h da tarde. No final deu tudo certo. Ninguém se machucou, desistimos de subir a serra aquele dia e fomos fazer outros passeios. Aprendemos com essa experiência que independente da situação, somos nós que podemos complicar ou simplificar.

Poderíamos ter ficado de mau humor, irritados, e acabado com o clima de descontração da viagem. Mas optamos por ver o lado bom. Conhecemos muita gente legal, trocamos experiências e tivemos certeza que ainda tem muita gente boa por aí nesse Brasilzão a fora. Não há viagem sem perrengue e os perrengues dão um gostinho a mais na aventura. E se ainda não conhecem, não deixem de visitar a Serra da Canastra, lugar com paisagens belíssimas. 

Vânia Costa- O não embarque para o Peru.

14729363_536499599880162_1415676948274518405_nFoto: Vânia Costa

No ano seguinte, ela fez sua primeira viagem internacional para a Argentina e Uruguai em grande estilo!

“Oi galera viajante, vou relatar pra vocês meu maior perrengue de viagem. Um pequeno detalhe fez toda a diferença e acabei ficando pra trás.Enquanto meus grandes amigos embarcavam para um dos lugares dos meus sonhos (Machu Picchu), eu por uma simples questão de falta de informação, tive que incomodar meu primo logo cedo pra me pegar no aeroporto e me levar de volta pra casa, dele no caso, pois moro em Caraguatatuba.
Fomos para o aeroporto, todos muito felizes, empolgados. Eu mais ainda, seria minha primeira viagem internacional, mas não aconteceu. E o  motivo foi uma  grande ignorância da minha parte. 

Quando comprei o aéreo meu documento estava vencido e eu usava meu nome de batismo. Decidi tirar o passaporte, não que fosse necessário, mas eu tinha que voltar da viagem com o carimbão estive em MACHU PICCHU, e neste caso tive que emitir um novo RG e naquela época eu era legalmente casada. 

Conclusão desastrosa, todos os documentos ficaram com o sobrenome de casada.
Achei inocentemente que a CNH serviria de documento pra provar que eu era eu de verdade. QUEBREI A CARA E NÃO PUDE EMBARCAR.

Fiquei com o preju e a frustração, mas aprendi a lição: agora sempre uso o nome que consta no RG. Aproveitem as dicas desta blogueira maravilhosa, uma grande amiga e companheira de viagem. E uma dica, se tiverem algum perrengue tirem o melhor do pior. Dói menos com certeza!”

Karen Peressuti – Problemas com a autorização.

DSC00478.JPGFoto: Karen Peressuti

Painel na parede na cidade de Middletown-OH

“Meu nome é Karen do blog Férias pra Ontem. O intuito do meu blog é mostrar relatos reais de experiências incríveis. Bem, meu perrengue aconteceu no aeroporto de Guarulhos indo para Ohio nos Estados Unidos, indo para Middletown com um grupo Folclórico que eu dançava, era um grupo de mais de 30 pessoas, nesse grupo tinham 4 pessoas menores de idade (-18) e eu era uma delas, com 15 anos. Era minha primeira viagem internacional.

Quando estávamos indo para a área internacional do aeroporto, aquela área que passamos o passaporte e tal, como eu era menor de idade e estava desacompanhada dos meus pais precisava de uma autorização, até aí beleza porque eu tinha. Eu e mais os outros 3 de menores ficamos esperando o atendente analisar nossas autorizações, quando voltou ele falou que faltava a autorização da mãe no documento, estava apenas a assinatura e dados do pai.

Pense no cagaço! Quase todo o grupo já tinha passado e a gente ali congelado olhando pro cara. Não tenho ideia de quanto tempo se passou, quem conversou com quem, quem resolveu essa situação, só sei que eles deixaram a gente passar, acho que foi por causa do grupo e tal…

A agência de viagem passou um exemplo dessa autorização para nossos pais e eles a seguiram e aí aconteceu tudo isso! Ainda bem que deu tudo certo! Ufa! Acredito que ensinou muito ao responsável pela agência e também para os nossos pais, para mim que era ainda muito inocente não aprendi nada rs.”

Gostaram da postagem? Leiam também sobre Como montar sua necessaire

Au Revoir, Ciao, Hasta Luego, See you later, Até logo!

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Michelle Graça tem 35 anos, Paulista, pós-graduada em marketing estratégico, mochileira, redatora de conteúdo do blog Michellândia, colaboradora do site Mochila Brasil e com uma paixão incontrolável por conhecer o mundo.

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