Uma rota e muitos destinos entre o Amazonas e Roraima

A Rota 174, entre Manaus (AM) e Pacaraima (RR), tem mais de mil quilômetros e leva o visitante a alguns dos principais atrativos turísticos do Norte do Brasil

A BR-174 liga o hemisfério sul ao hemisfério norte e proporciona ao viajante um roteiro que pode durar 10 dias – o mais longo – saindo de Manaus até chegar a Pacaraima, na divisa com a Venezuela e distante 1.100 km do local de partida, onde fica o ponto de largada das expedições ao Monte Roraima. A viagem pela exuberante floresta tropical passa por diversos atrativos naturais, além de proporcionar experiências culturais e gastronômicas de influência indígena e cabocla. A rodovia, única ligação por terra entre Roraima e o restante do Brasil, ainda cruza a Reserva Indígena Waimiri-Atroari.

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Da esq. para dir. em sentido horário: Manaus. Boa Vista, Presidente Figueiredo e Monte Roraima | Fotos: Ministério do Turismo.

Começando por Manaus (aproveite e confira aqui o post, ’10 coisas para fazer em Manaus e região’), maior cidade da região, o visitante pode mesclar história e natureza no roteiro com visita ao Centro Histórico onde fica o icônico Teatro Amazonas e o Mercado Municipal com os aromas e sabores da floresta. O tour fluvial pelo rio Negro leva ao encontro das águas com o Solimões, onde forma-se o Amazonas. O passeio inclui o Museu do Seringal, uma comunidade indígena com rituais típicos do Alto Rio Negro e mergulho com os botos cor-de-rosa. Ainda no Amazonas, a rota 174 leva à Presidente Figueiredo, um paraíso natural cheio de trilhas, rios, cachoeiras, cascatas, grutas e pinturas rupestres entre outras atrações da floresta. Os locais mais visitados sãos as cachoeiras Santuário, Iracema Falls, Salto do Ipy e Pedra Furada.

Já em Rorainópolis (RR), na altura do distrito de Nova Colina onde fica o Marco da Linha do Equador, a Rota 174 cruza a Linha do Equador, que divide os hemisférios Sul e Norte. Uma das opções de pernoite nesse trecho de floresta é no Parque Nacional do Viruá, em barraca de camping, já no município de Caracaraí. O Viruá preserva ecossistemas de grande relevância ecológica e beleza cênica. O ecoturismo é praticado em meio a diversificada vida silvestre do sul de Roraima.

Se o seu destino for a capital, Boa Vista, não deixe de conhecer o Centro Cívico com seus palácios e monumentos e a Orla Taumanan, no Rio Branco, e suas praias. De barco chega-se na outra margem e à Serra Grande, destino de natureza e aventura pertinho da capital.

A BR-174 também leva aos principais roteiros turísticos de Roraima para quem chega por Boa Vista. Um dos destinos é Pacaraima, na divisa com Santa Elena de Uairén, já na Venezuela. Na comunidade de Paraitepuy, avista-se o Monte Roraima. É dessa aldeia venezuelana que partem as expedições de uma semana que sobem o monte para conhecer os atrativos entre o Brasil, Venezuela e Guiana. Outra opção é sobrevoar a região de avião ou helicóptero. Ainda em Pacaraima, é possível visitar a Comunidade Indígena do Bananal para conhecer a cultura e os costumes indígenas. O turismo sustentável é uma das atividades que ajudam o desenvolvimento local.

A Serra do Tepequém, ou “Chapéu Grande” para os índios, em Amajari, a 240 km de Boa Vista, é um dos destinos mais visitados de Roraima. O antigo garimpo de diamantes hoje é refúgio de ecoturismo e aventura na Rota 174. O destino de clima ameno conta com restaurantes, pousadas e áreas de camping. Entre outras atividades, os visitantes praticam trekking, ciclismo, rapel e banhos de cachoeiras. Destacam-se o Mirante e a Cachoeira do Paiva, uma das mais bonitas da região. Também faz parte do roteiro, explorar grutas e observar a vida silvestre na imensa área verde, além da paisagem deslumbrante na fronteira do Brasil com a Venezuela.

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Texto: Geraldo Gurgel/Ascom Ministério do Turismo.

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