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Copa do Mundo 2006 + Europa em 1 mês


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Vou fazer aqui o relato da realização de um sonho: a viagem à Copa do Mundo. Foi minha primeira viagem no estilo mochilão e eu sou bastante detalhista e precavido então comecei a pensar nela quase 1 ano e meio antes do evento, quando eu ainda viajaria sozinho. Claro que meu sonho era assistir jogos da Copa, e o desenho do meu roteiro ficou muito facilitado quando fui contemplado em fevereiro/2005 com o direito de

comprar os ingressos para os 7 jogos do Brasil (explicando - eu tinha garantido os 3 da primeira fase e caso o Brasil caísse na 2a. fase eu seguia o time que o eliminou até a Final, que foi o que acabou acontecendo).

 

Com a garantia dos ingressos eu já sabia em que cidades ia estar e quando ia estar. A partir daí comecei a traçar o roteiro para desviar a rota entre as cidades e aproveitar o tempo de intervalo entre dois jogos. A sequência dos jogos do Brasil ajudou muito pois a seleção ia jogar a 1a. fase em 3 cidades muito distantes e 1 em cada canto da Alemanha, o que

facilitaria incursões em outros países.

 

Com a idéia em mãos passei a ler diariamente o Mochileiros.com e só tenho a agradecer o pessoal que escreve no fórum da Europa e mais especificamente da Alemanha. Nunca vou esquecer o cara que disse que só levou camisas de dri-fit e andava com elas amarradas na cabeça pra secar. Eu fiz o mesmo, mas amarrava elas na cintura, e funcionou perfeitamente! No meio do caminho ainda consegui convencer mais 2 amigos a viajarem, nessa época me senti um verdadeiro Agente de Turismo pois refiz todas as reservas de albergue e programação para nós 3. Ah, bendito Google Earth também, não tenho palavras pra descrever o quanto isso pode ajudar um viajante!

 

O mais incrível é que tudo o que foi programado foi cumprido e tudo deu muito certo! As coisas que ameaçavam a dar errado acabaram dando mais certo ainda e tivemos pouquíssimos "micos" mesmo sendo bem inexperientes no caso (eu conhecia os EUA e os 2 nunca tinham saído do Brasil).

 

Pra começar, um resumão da nossa viagem:

 

- Data: 10/06/06 a 12/07/06

- Pessoas: 3 (na verdade 1 deles voltou dia 30/6)

- Países: 8

- Estimativa de gasto básico (sem compras, balada, cerveja...): 3500 euros (incluindo aí 740 de ingressos)

- Transporte: carro alugado (4 dias) + Passe de Trem Eurail Selectpass 4 países com 10 dias (Alemanha, Suíça, Áustria+Liechtenstein, Benelux) + Avião Low Fare

 

Obs: o unico grande vacilo foi incluir a Áustria no passe de trem, podíamos ter pego só 3 países pois planejávamos ir para Vienna e trocamos a programação. Acabamos indo pra Innsbruck fazer um bate-volta mais pra dizer q gastamos a parte austríaca do passe.

 

Roteiro:

 

10/6 - Berlin

11/6 - Leipzig (Jogo Sérvia x Holanda) / Berlin

12/6 - Berlin

13/6 - Berlin (Jogo Brasil x Croácia)

14/6 - Praga

15/6 - Praga

16/6 - Plzen/Praga

17/6 - Munique

18/6 - Munique (Jogo Brasil x Austrália)

19/6 - Zurich

20/6 - Zurich

21/6 - Frankfurt (Jogo Argentina x Holanda)

22/6 - Dortmund (Jogo Brasil x Japão)

23/6 - Düsseldorf/Copenhagen

24/6 - Copenhagen

25/6 - Malmö/Copenhagen/Berlin

26/6 - Colônia/Dortmund

27/6 - Dortmund (Jogo Brasil x Gana)

28/6 - Amsterdam

29/6 - Amsterdam

30/6 - Frankfurt

1/7 - Frankfurt (Jogo Brasil x França)

2/7 - Barcelona

3/7 - Barcelona

4/7 - Barcelona

5/7 - Munique (Jogo França x Portugal)

6/7 - Munique

7/7 - Innsbruck/Munique

8/7 - Berlin

9/7 - Berlin (Final - França x Itália)

10/7 - Berlin

11/7 - Hamburgo/Berlin

12/7 - Berlin

 

Nos próximos posts o relato dia a dia...

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10/6 - Berlin

 

Albergue: Heart of Gold - excelente

Pontos visitados: Portão de Brandenburgo, Coluna da Vitória, Reichstag (prédio do Parlamento), Fan Fest

 

Cheguei em Berlin logo pela manhã e meus 2 amigos foram me buscar no aeroporto, já que eles tinham chegado no dia anterior à noite.

 

Logo no 1o. dia já deu pra sentir que a Copa ia ser literalmente quente, um calor infernal que se seguiu por 90% dos 32 dias que fiquei lá.

 

Mal chegamos e já larguei as malas no albergue e fomos andar, afinal não estamos lá pra descansar né. Fomos direto pra Fan Fest de Berlin. As Fan Fest eram espaços que a FIFA montou pra galera se reunir pra assistir aos jogos, com telões gigantes, barracas de comida e bebida, shows, etc. A de Berlin era a maior de todas, pegava 2km de uma avenida entre o Portão de Brandenburgo e a Coluna da Vitória (trajeto que percorremos ida e volta a pé esse dia).

 

Já a noite fomos no mini-estádio da Adidas assistir Argentina x Costa do Marfim. Antes de dormir fomos na rua de trás do albergue comer o tradicionalíssimo DÖNER KEBAP, um lanche turco semelhante ao churrasquinho grego de SP, devidamente acompanhado de uma Beck´s (cerveja). Dia seguinte iríamos a Leipzig, pois lá ia rolar Sérvia x Holanda.

 

Já fiquei impressionado com Berlin no 1o. dia. Não sei se é pq era o primeiro lugar visitado, se era o clima de Copa, se eu me "encaixei" no lugar, mas Berlin veio a ser minha cidade favorita entre todas que visitei.

 

11/6 - Leipzig/Berlin

 

Pontos visitados: Fan Fest Leipzig, Leipzig Hauptbahnhof (estação de trem), Autobahn, Torre de Televisão, Alexanderplatz.

 

Acordamos cedo, tomamos o ótimo café do albergue e pegamos a famosa Autobahn rumo a Leipzig. Estávamos com um carro alugado pois queríamos sentir a emoção de dirigir na famosa estrada alemã. A estrada não nos decepcionou mas o carro sim (chegava no máximo a 160km/h).

 

Leipzig fica a uns 200km de Berlin e em 3hs estávamos lá. Na cidade ia ter o jogo Sérvia x Holanda então fomos conferir ao vivo como é o verdadeiro clima de Copa. A cidade estava completamente tomada por holandeses, só se via um mar laranja. Fomos até a Hauptbahnhof, que é a maior da Europa (tem até um shopping dentro) e depois fomos para a Fan Fest. Não conseguimos entrar na Fan Fest devido à lotação máxima, e ntão demos uma volta pelo centro da cidade, que é muito legal - ruas estreitas, calçadões, casinhas estilo alemão e milhares de holandeses pra tudo quanto é canto.

 

Ficamos em Leipzig até o fim do jogo, quando voltamos pra Berlin. Já em Berlin fomos até a Alexanderplatz e subimos na Torre de Televisão, que dá uma ótima visão da cidade.

 

A noite - aliás cabe uma observação: noite que eu digo é escuridão e escuridão na Alemanha no verão é só a partir de 21:30 o que achei fantástico - fomos num bar mexicano na Oranienburger Strasse (rua de trás do albergue) e encontramos uma galera brasileira, com quem tomamos umas cervejas. Aí foi que sentimos a 1a. amostra do "espírito

de Copa". Chegaram uns croatas no bar (nossos adversários em 2 dias), tiraram fotos conosco, tomaram cerveja conosco e tudo mais... indescritível.

 

12/6 - Berlin

 

Pontos visitados: Muro de Berlin, Postdamer Platz, Checkpoint Charlie, Gedachtniskirche

 

Logo pela manhã fomos até a área da Potsdamer Platz onde vimos alguns trechos do Muro de Berlin - experiência emocionante - e visitamos a exposição Topografia do Terror. Também aproveitamos pra passar pelo Checkpoint Charlie (área que era um posto de controle dos americanos), lá você encontra vários artigos comunistas pra vender e pode até carimbar seu passaporte com o carimbo da Alemanha Oriental por uma módica quantia.

 

Depois disso pegamos o carro e fomos até a área do Jardim Zoológico. Lá vimos a Gedachtniskirche, uma igreja que foi bombardeada durante a II Guerra e se mantém em ruínas. Em volta dessa praça há várias lojas legais (Nike, Adidas, C&A...) com preços não tão legais.

 

A tarde tínhamos encontro na Fan Fest com a galera da comunidade do Orkut, mas infelizmente pouca gente apareceu. De qualquer forma, pudemos conhecer o pessoal e tomar umas cervejas com eles. A noite fomos novamente na Oranienburger comer uma pizza e voltamos pro albergue onde ficamos até altas horas conversando com uma galera brasileira que lá estava hospedada. Dia seguinte era dia de jogo do Brasil!

 

13/6 - Berlin

 

Pontos visitados: Monumento do Holocausto, Olympiastadion

 

Dia de jogo do Brasil!! Pela manhã fomos até o Monumento do Holocausto, que era perto da Fan Fest. Esse é aquele monumento novo que tem várias pedras lembrando caixões, de diferentes tamanhos, a fim de homenagear os judeus mortos na II Guerra.

 

Após a visita fomos à Fan Fest começar a concentração para ir ao jogo. Almoçamos numa barraca no canteiro central da Unter den Linden e encontramos a galera no Portão de Brandenburgo. Aí tivemos nosso dia de celebridade. Como estávamos prontos pro jogo (eu com bandeira, alguns fantasiados, de camisa da seleção) tudo que é turista queria tirar foto com a gente. Fomos até filmados pela BBC improvisando uma roda ridícula de capoeira com um cara que nunca tinha visto um berimbau na frente tentando tocar.

 

Depois da farra, por volta de 17hs (o jogo era às 21hs) pegamos carona na van de uma galera da Bahia pra ir ao estádio, que era no fim da Unter den Linden, uma avenida muito grande mesmo, que muda de nome algumas vezes.

 

Chegamos nos arredores e quem ia pro jogo (eu e + 3) desembarcou antes, o resto seguiu pro show da Ivete Sangalo que era num pavilhão ao lado. Chegando no estádio, mais uma amostra de clima de Copa. O sonho estava próximo de ser realizado: eu ia sim assistir a um jogo de Copa do Mundo. O Estádio Olímpico (Olympiastadion) é maravilhoso e tem também seu lugar na história: foi sede das Olimpíadas de 1936 quando Hitler já comandava a Alemanha. O comentário que faço aqui se repete para todos os outros 6 jogos que fui assistir: que diferença pros estádios brasileiros!!! Banheiros limpos, povo educado, lugares marcados, segurança, amizade entre as torcidas... O jogo foi meia boca, assim como os outros jogos do Brasil mas isso foi o de menos.

 

Depois do jogo eu e os outros 2 companheiros de estádio (que não eram meus 2 amigos de viagem, pois não tinham ingressos) criamos uma tradição que se repetiria em todos os jogos: a cerveja da vitória. Aquela gelada logo após a partida, pra comemorar a vitória brasileira. Aí seguimos pra Fan Fest mas já era muito tarde e estava vazia. Então fomos pro albergue tomar mais umas cervejas e reencontrar os companheiros pois no dia seguinte iríamos a Praga!

 

14/6 - Praga

 

Albergue: Advantage Hostel - bom

Pontos visitados: Sazka Arena - show Red Hot Chili Peppers

 

Deixamos a maravilhosa Berlin temporariamente (afinal a Final da Copa seria lá) e rumamos a Praga. Pegamos carona com 2 brasileiros que alugaram um carro e iriam pra lá, então devolvemos nosso carro e fomos com eles. A viagem de 350km durou quase 5hs pois perto da fronteira com a Rep. Tcheca a estrada passa por várias cidadezinhas e é mão dupla, impedindo o desenvolvimento de grandes velocidades.

 

Chegamos na fronteira e adentramos a Rep. Tcheca pela cidade de Cinovec. Aos poucos começaram a aparecer aquelas placas no incompreensível idioma tcheco. Notamos uma coisa curiosa logo após a fronteira: a abundância de Bordéis na beira da estrada. É impressionante a quantidade, pena que tinha uma mulher no carro hehehe Passamos por Teplice e mais algumas cidades menores antes de chegar em Praga: talvez a cidade que eu mais criei expectativas de conhecer antes da viagem.

 

Já era final de tarde e fomos procurar primeiro o hotel dos nossos companheiros e logo percebemos que dirigir em Praga é uma arte para poucos. As ruas são estreitas, há trilhos de bonde, as placas são incompreensíveis, os policiais são sacanas e o povo é mau humorado. Não deu outra: caímos numa armadilha para turistas e fomos multados em 500 coroas tchecas (+- R$60,00) por fazer uma coisa que nem sabemos o que foi. O mais engraçado é que você paga a multa na hora e o guarda ainda te dá recibo, é picaretagem profissional organizada!

 

Finalmente chegamos no nosso albergue e precisávamos pegar nossos ingressos para o show do Red Hot Chili Peppers, que começaria em 2 horas. Depois de uma pequena confusão (a moça não achava os ingressos) conseguimos e fomos encontrar o povo da Van da Bahia pois eles também iriam para o show e os ingressos estavam comigo. Antes de sair porém, fomos a um boteco tomar nossa primeira cerveja tcheca, e como desceu bem aquela Staropramen de 0,5L por apenas 27 coroas!!! Aí começamos a perceber que com nossos euros, mesmo que poucos, éramos reis em Praga!

 

Chegamos na Sazka Arena (local do show), entramos e o show já estava pra começar. Sorte que peguei lugares sentados pois estávamos cansadíssimos e curtimos o show bem de boa, lá de cima... O show foi ótimo, lotado, e começamos a reparar na beleza das jovens tchecas. Na saída o primeiro desafio: como voltar? Metrô ou Taxi?

 

Tentamos o metrô, mas não tínhamos moedas suficientes pra comprar o bilhete (se é que estávamos tentando o bilhete certo). Então resolvemos pegar um táxi, mas demorou uns 5 táxis até achar algum que falava alemão (inglês esquece). Chegamos no albergue já de madrugada, comemos no Mac da estação de metrô próxima e fomos dormir.

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15/6 - Praga

 

Pontos visitados: Cidade Velha, Castelo de Praga, Karluv Most, Double Trouble...

 

Esse foi o dia do city tour em Praga. Saímos do albergue por volta das 11 da manhã, voltamos as 11 da noite, tomamos banho e saímos pra noite. Foi o dia mais cansativo da viagem inteira, mas valeu cada momento.

 

Começamos o tour pelo Museu Nacional, descemos a Praça Venceslau, entramos nos becos da Cidade Velha, passamos pela Karluv Most (Charles Bridge) e chegamos na área do Castelo, onde você sobe uma ladeira bem íngreme pra chegar lá. Dentro do Castelo tem a Catedral de São Vitus e um Museu de Armas bem legal.

 

Na descida da ladeira, já era final de tarde e paramos num pub típico local pra matar a sede e a fome: chamava U Kocoura e fica lá embaixo na ladeira. Tomamos a tradicional Pilsner Urquell de 0,5L por apenas 23 coroas!!!!! E comemos um prato típico tcheco assistindo a Inglaterra x Trinidad.

 

Seguimos nosso rumo ao albergue e depois voltamos pra Cidade Velha pra ir no bar Double Trouble. A entrada era free e a cerveja era barata, mas o bar estava meio vazio. À noite Praga se transforma completamente. Uma andada no centro te rende uma coleção completa de flyers de bordéis que é o que mais tem por lá, além daqueles caras oferecendo drogas, mas tudo sob controle.

 

Pra quem é solteiro, vale a visita numa dessas "casas noturnas". As mulheres são maravilhosas e a entrada é negociável (entramos por 100 coroas). O que é fora do padrão tcheco é o preço dos produtos mais avançados da casa, se é que me entendem hehe então o negócio mesmo é entrar, olhar, babar, e tomar uma cerveja pra descontrair.

 

Voltamos pro albergue já de madrugada e dia seguinte acordaríamos cedo pra viajar rumo a Plzen.

 

16/6 - Plzen/Praga

 

Pontos visitados: Cervejaria Pilsner Urquell

 

Pela manhã nos encontramos com os 2 amigos que nos deram carona de Berlin a Praga e fomos à estação central de trens. Não sei se demos azar (sim, demos), mas tivemos grandes dificuldades de nos comunicar em inglês em Praga. Mais uma vez, tive que arranhar meu alemão básico pra pedir uma passagem de trem pra Plzen.

 

Pegamos o trem pra Plzen e umas 2hs depois estávamos lá. Plzen, ou PILSEN, é a cidade da cerveja! Fomos direto para a fábrica da Pilsner Urquell, a cerveja mais apreciada do país, e pegamos o tour das 14hs. Por apenas 120 coroas (uns R$15,00) fizemos o tour pela fábrica em inglês: começa com um vídeo institucional, depois passamos pelos enormes recipientes, aí chegamos nos frios corredores de armazenamento até cairmos na degustação do chopp "não pasteurizado" ou seja, direto do barril! Foi o melhor copo de cerveja que tomei em toda a viagem. Depois almoçamos no ótimo e barato restaurante da cervejaria, com o 0,5L a 25 coroas, assistindo a Argentina massacrar a Sérvia por 6-0 num telão enorme dentro do local.

 

Voltamos pra estação e mais uma vez enormes dificuldades. Enquanto em Praga poucos falavam inglês e alguns falavam alemão, em Plzen ninguém falava inglês e poucos falavam alemão. Isso aliado ao extremo mau humor do povo tcheco nos rendeu um leve pânico (foi a primeira sensação de "e agora??? fudeu!") mas entre todos os guichês de venda conseguimos achar a única tia que falava alemão e conseguimos comprar o bilhete de volta.

 

Chegamos em Praga à noite e ainda tivemos tempo de ir ao Cabaret Praga (a maior boate da cidade) assistir alguns shows "interessantes". Chegamos no albergue 3 da manhã e acordamos às 5 rumo ao aeroporto pois voltaríamos a Munique e à Copa do Mundo!

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17/6 - Munique

 

Pontos visitados: Parque Olímpico, Fan Fest, Olympiastadion, Marienplatz

 

Pegamos o vôo da Condor Airlines rumo a Munique e chegamos por volta de 10 da manhã. No aeroporto o sr. Stefan nos aguardava com uma plaquinha com meu nome e uma camiseta da Caninha 51!! O Sr. Stefan é um cara que conhecemos via o site Host a Fan e que nos alugou 2 quartos em sua casa na cidade de Dorfen, próximo a Munique (na verdade, não era tão próximo como dizia no site).

 

Stefan nos levou à sua casa mas antes parou em Erding, que era no caminho, e fizemos umas compras na loja da Erdinger, a famosa cerveja. Não fomos pro tour porque estávamos mortos de sono e só queríamos uma cama pra dormir um pouco. Chegamos em sua casa e ele nos preparou um almoço típico da Baviera: weisswurst (salsichão branco)

cozida, com molho e pretzel salgado assado na hora. Pra acompanhar, Erdinger! Comemos e fomos dormir um pouco.

 

À tarde pegamos um trem pra Munique e fomos direto pra Fan Fest! Aliás, a melhor de todas, dentro do Parque Olímpico, com muita gente, muita comida, bebida e animação. E a animação era por conta dos brasileiros, que já dominavam o local e faziam muito barulho com um Mini-Trio Elétrico tocando axezão, funk e tudo mais. Lá na Fan Fest conhecemos ao vivo mais 2 amigos que iriam ficar na casa do Stefan. No fim da tarde fui conhecer o Olympiastadion, sede da Final da Copa de 74 e que não foi usado nessa Copa.

 

Depois que acabaram os jogos do dia a Fan Fest esfriou e lá pras 11 da noite fomos à Marienplatz, a praça onde fica a prefeitura de Munique. A praça estava completamente tomada, o espírito de Copa mais forte do que nunca e brasileiros, australianos (que jogariam no dia seguinte), alemães e todo o resto acabaram com o estoque de cerveja do local.

 

Acabou a cerveja, acabou a festa. Então fomos pra casa do Stefan, agora de carro alugado por um dos nossos "novos" amigos. O único problema é que os 6 (sim, 6) integrantes do carro estavam ou com sono, ou levemente bêbados, ou as 2 coisas então foi um martírio chegar em Dorfen e tenho muito orgulho que conseguimos andar numa estrada desconhecida, apenas baseados em mapas de porta luva, e chegamos sãos e salvos.

 

18/6 - Munique - Brasil 2 x 0 Austrália

 

Pontos visitados: Allianz Arena, Fan Fest, Marienplatz, Schneider & Sohn

 

Hoje era dia de jogo!! Pegamos o carro e fomos direto pro estádio, já que acordamos meio tarde. Chegamos bem cedo e logo nos deparamos com aquele monstro que é o Allianz Arena. Estádio que mais parece uma nave espacial, é impressionante!

 

O jogo foi tranquilo, 2 x 0 apesar de não jogar bem. Valeu a festa na frente de um dos bares do estádio antes do início da partida e valeu também conhecer o estádio, claro. Na saída mais uma vez encontrei os companheiros pra tomar a cerveja da vitória, que dessa vez foi já de volta à Fan Fest. Novamente fomos à Marienplatz e tentamos ir na famosa cervejaria Hofbrauhaus mas estava muito lotada então fomos em outra que chamava Schneider & Sohn.

 

A cervejaria estava tomada por brasileiros, australianos e claro ingleses (eles estavam por toda parte). Os brasileiros e australianos eram só festa, cantoria, bandeiras... e os ingleses pra variar arrumando confusão. Lá descobrimos que não existem petiscos na Alemanha (tipo "porção de calabreza", "picanha no rechaud"...). Eles só vendem pratos individuais, uma decepção para frequentadores de botecos como nós. Bom, usamos o jeitinho brasileiro e pedimos um par de salsichas pra cada um, juntamos todas no mesmo prato e cortamos em cubinhos, pra comer de palitinho, igual aqui!!

 

Depois fomos pra Marienplatz e foi um repeteco da noite passada, até a cerveja acabou de novo. Mais uma vez foi um sacrifício voltar na estrada e dessa vez vacilamos: passamos em 50km a entrada da estrada pra Dorfen e como resultado chegamos em casa 4 da manhã.

 

19/6 - Zurich

 

Pontos visitados: Centro velho

 

Albergue: City Backpacker - bom

 

Pegamos o trem de Munique a Zurich perto da hora do almoço e chegamos na cidade Suíça quase no final da tarde, logo após a Suíça bater Togo na Copa. Havia comemoração nas ruas mas nada comparado ao Brasil e à Alemanha obviamente.

 

Fomos a pé até o albergue (uns 10min), que ficava no coração do Centro Velho, na Niederdorfstrasse. O albergue era legal, entrada num beco, quarto bom com pia e espelho, armários seguros e um banheiro legal pra

tomar banho, era tipo uma cabine que tinha um local pra vc tirar a roupa e guardar no cabide antes de entrar no box então privacidade e sossego total.

 

A Suíça foi uma parada providencial. Saímos um pouco da loucura e da correria e pudemos dar uma desintoxicada, mesmo porque lá tudo é muito caro então fizemos apenas o básico. Lá também não tem muito o que visitar então até nossas caminhadas foram tranquilas. Após dar uma cochilada, acordamos já à noite e fomos comer um Döner Kebap nas cercanias do albergue antes de dormir.

 

20/6 - Zurich

 

Pontos visitados: Centro velho, Rio Limmat, Lago Zurich, Grössmunster

 

Pela manhã saímos pro nosso city tour a pé. Andamos na Niederdorfstrasse, uma rua típica daquelas antigas da Europa: calçadão, estreita, atravessada por becos, prédios antigos, lojas e tudo mais. Fomos até a Grössmunster, uma igreja onde você pode subir na torre e tem uma visão legal da cidade, dizem que pode ver até os Alpes mas o dia não estava tão claro e tampouco os alpes estavam cobertos de neve.

 

Continuamos caminhando meio sem rumo, só pra respirar um ar puro mesmo. Acabamos saindo nas margens do Rio Limmat (que desemboca no Lago Zurich) e lá que caiu a ficha "sim, estamos na Suíça"! Mulheres elegantes, lindas, gente com ar de tranquilo no rosto, sem preocupações, todos lanchando a beira do rio, cena meio inimaginável (alguém já viu o pessoal se reunindo pra lanchar na margem do Tietê?). Como era hora do almoço resolvemos entrar no espírito. Fomos a um mercado, compramos aqueles lanches embalados e fomos pro rio almoçar também.

 

Continuamos nossa caminhada e voltamos pro albergue. À noite tentamos sair mas como era terça-feira o recepcionista logo nos desanimou avisando que as baladas eram longe e nesse dia provavelmente estariam meio vazias. Então dormimos e dia seguinte de volta à loucura, ao futebol, à Alemanha!

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valeu!!! continuando.... o 2o. dia desse post ta grande pq foi engraçado d+!

 

21/6 - Frankfurt

 

Albergue: Jugendherberge - ótimo

Pontos visitados: Main Tower, Fan Fest

 

Fomos para Frankfurt porque a cidade era no meio do caminho entre Zurich e Dortmund e no dia 21 teria lá Argentina x Holanda, o jogo mais aguardado da 1a. fase. Não iríamos no jogo mas queríamos estar no meio da festa.

 

Chegamos em Frankfurt e fomos direto pro albergue. Não poderia haver escolha melhor: o albergue era EM FRENTE à Fan Fest! A festa estava armada nas margens do Rio Main, com um telão gigante no meio do rio, dupla face (pras 2 margens poderem assistir). Quando fui no banheiro do albergue não podia acreditar que da janela podia ter uma visão perfeita do telão!!

 

Mais uma vez, pegamos uma invasão holandesa. Como Frankfurt é ainda mais perto da Holanda que Leipzig, dessa vez a coisa foi maciça! A praça do centro da cidade estava infestada e os holandeses fantasiaram as estátuas de laranja e colocaram até corante laranja na água da fonte! Vale ressaltar que tudo na paz e na zoeira, sem violência.

 

Fomos até a Main Tower, o prédio mais alto de Frankfurt, e tivemos belas vistas da cidade e arredores. Depois voltamos e assistimos o jogo no bar do albergue mesmo, já que a Fan Fest estava completamente lotada e até no banheiro tinha gente! Depois do jogo, só festa, mesmo com o placar em 0 x 0, pois os 2 times estavam classificados. 70% holandeses, 20% alemães, 5% argentinos e 5% outros invadiram a avenida que margeia o rio para cantar e celebrar.

 

22/6 - Dortmund - Brasil 4 x 1 Japão

 

Albergue: Jugendherberge (Hagen) - bom

Pontos visitados: Westfalenstadion

 

Pegamos o trem em Frankfurt rumo a Hagen, onde era nosso albergue. Hagen é de 20 a 40min antes de Dortmund, dependendo do tipo de trem que você pega. Aqui vale uma dica: quando anunciar no trem que sua estação está chegando, já vai pegando a mochila, colocando nas costas, encostando na porta... aqui aconteceu a segunda situação "agora fudeu" da viagem: eu desci do trem, mas meus 2 amigos não conseguiram porque uma velhinha emperrou no corredor e eles chegaram na porta quando ela estava fechando. Resultado: uma situação patética de eu apertando botão de um lado e eles do outro, sem sucesso, tentando abrir a porta. Pra piorar a situação, nenhum dos 3 sabia o endereço do albergue, foi o único que esquecemos de imprimir a papelada!!

 

Como eu tinha ingresso para o jogo e eles não, resolvi ir pro albergue e ir pro jogo e esperar que com sorte nos encontraríamos na Fan Fest antes ou depois da partida (pra piorar mais ainda, eu tinha celular habilitado e eles 2 não!). Falando meu alemão de 4 meses de vida, consegui descobrir com um simpático senhor do posto de turismo como chegar no albergue - tinha que pegar um ônibus e demorava 15min até lá. Aqui um adendo: impressionante a atenção que o Estado da Renânia do Norte-Vestfália deu à Copa. Esse era o Estado com mais cidades-sede (Dortmund, Gelsenkirchen e Köln). Até na estação de Hagen, uma cidade pequena,

tinha um quiosque da Copa com guias falando varios idiomas e te ajudando a comprar passe de trem, metrô, distribuindo informativos muito úteis com a malha de transporte do Estado inteiro... só não me ajudaram a achar o albergue, me mandaram no posto de turismo onde os senhores não falavam inglês.

 

Cheguei no albergue, larguei minhas coisas e voltei pra estação já vestido de torcedor brasileiro. Pra minha surpresa (1), comprei um Bratwurst na barraquinha em frente e o vendedor era brasileiro!! Mas mal falava português porque tinha saído daqui muito cedo. Aí, pra minha surpresa (2), encontro meus amigos na entrada da estação! Eles foram até Dortmund, e pegaram um trem de volta! Como a sorte estava do nosso lado e eu ia perder muito tempo voltando ao albergue, decidimos que eu seguiria pra Dortmund e encontraria-os depois na Fan Fest. Porém, não contava que em Dortmund havia 2 Fan Fests! Perdemos uma batalha, mas não a guerra como verão em breve.

 

Dortmund não tem nada de especial, foi a cidade que menos gostei. Não que seja ruim, só não é turística. Se bem que também não gostei da cerveja que era vendida na Fan Fest (foi a única que não curti na viagem toda) e achei o povo meio diferente do povo do Sul e de Berlin. Cheguei na Fan Fest do centro e terminei de assistir Itália 2 x 0 Rep. Tcheca com meus companheiros de sempre de estádio. Impressionante que por causa da comunidade do Orkut, todo lugar que a gente ia acabava encontrando alguém.

 

Fomos pro estádio e vimos o Brasil dar um chocolate de 4-1 e o Ronaldo dar um show, igualando o recorde de gols em Copas. Aí nasceu o grito mais ouvido durante 1 semana e meia na Alemanha: IH FUDEU, O RONALDO EMAGRECEU! O estádio é um caldeirão, e o barulho da gritaria é potencializado, é com certeza o estádio mais barulhento que eu visitei lá.

 

Durante o jogo, mais um golpe de sorte: me chega um SMS "estamos na fan fest do ginásio", sem assinatura. Aí respondi perguntando quem era, e eram meus amigos! Os caras conseguiram um celular emprestado pra me mandar mensagem, e consegui encontrá-los após o jogo!

 

Ficamos pouco tempo na Fan Fest e pegamos o trem pra Hagen. O trem da madrugada é surreal, só bêbados, loucos e bêbados loucos. Aí pegamos um táxi rumo ao albergue e dia seguinte era dia de Copenhagen!!

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23/6 - Düsseldorf / Copenhagen (Dinamarca)

 

Albergue: DanHostel Amager (Copenhagen) - bom

Pontos visitados: Rio Reno, Torre, Centro Velho (Düsseldorf)

 

Deixamos o albergue depois de comer um café da manhã fantástico onde ainda encontramos uns brasileiros que iriam até Paris(!!) de carro! Pegamos o trem pra Düsseldorf, largamos nossas malas nos lockers e fomos andar um pouco pra passar o tempo até a hora de ir ao aeroporto.

 

A estação de Düsseldorf, apesar de não ser cidade-sede, também estava toda tematizada com a Copa do Mundo. Pegamos o metrô até uma das 2 pontes gigantes que cortam o Rio Reno e fomos andando pelo pier até a Torre da cidade. O pier é bem legal, o pessoal dá uma relaxada, almoça, toma uma cerveja e ouve um som à margem de um dos rios mais importantes da Alemanha. Subimos na torre e apreciamos a vista da cidade. Na volta, sentamos e apreciamos a Altbier, cerveja tipica de Düsseldorf, ela é escura e um pouco forte, mas muito boa! Na Alemanha os caras levam o negócio de cerveja a sério e a Altbier de Düsseldorf e rival da Kolsch de Colônia. Pra expressar o orgulho que os cidadãos têm da sua cerveja, vale o diálogo que tive com a garçonete:

 

Eu: "Hi, do you have altbier?"

Ela: "Of course, you´re in Düsseldorf!"

 

Ainda demos uma passeada no centro velho, comemos o tradicional Bratwurst e seguimos pro aeroporto, pra pegar nosso vôo da Easyjet rumo a Copenhagen.

 

Chegamos em Copenhagen 11 da noite e o céu ainda estava azul claro! É uma coisa que não se vê no Brasil, nem dá pra comparar tipo "ah é como se fossem 6 da tarde no Brasil", não dá porque é uma tonalidade diferente, sei lá devido à posição geográfica certamente, mas nunca tinha visto algo assim.

 

Trocamos nossos euros por Coroas Dinamarquesas e como já era tarde pegamos um táxi pro albergue. O táxi era insano: uma Mercedes com teto solar, DVD, banco de couro, GPS, etc etc etc... Chegamos e logo fomos dormir, dia seguinte era nosso programa favorito: city tour!

 

24/6 - Copenhagen

 

Pontos visitados: Centro, Prefeitura, Pequena Sereia, Christiansborg, Kastellet

 

Mais uma vez demos sorte com café da manhã, era muito bom! A única coisa que tirou a classificação de ótimo desse albergue é a localização, que eu julgo como fundamental. Ele era muito longe do centro e também do metrô (uns 10min a pé - tranquilo nesse dia mas já começamos a imaginar como seria o passeio carregando as mochilas no dia de ir embora).

 

Pegamos o metrô pra estação central, pois nossa idéia era já pegar o trem pra Malmö na Suécia. O metrô de Copenhagen é praticamente o aero-trem do Levy Fidélix! O mais legal é que tem estações no ar, no chão e abaixo do chão, e o trem é completamente automático sem condutor, e na frente tem um vidrão então você vê tudo e se sente numa montanha russa porque ele sobe, desce, faz curva, entra em túnel, etc. É diversão garantida!

 

Chegando na estação, estávamos sem passaporte então o vendedor recomendou que não fôssemos a Malmö assim pois havia uma pequena chance de pedirem o documento. Compramos então o bilhete pro dia seguinte e fomos caminhar. Andando a pé, de trem e metrô conhecemos alguns dos pontos da cidade. O centro e a prefeitura são muito bonitos, bastante gente caminhando e um ar bem tranquilo. Fomos também até o Castelo de Christiansborg e depois seguimos rumo ao mar para ver a Pequena Sereia. Sim, já sabíamos que era uma estátua pequena e tal, mas mesmo assim tiremos nossa fotinho com a musa escandinava. O Kastellet, uma fortaleza medieval, era logo ao lado e já aproveitamos a viagem.

 

Voltamos à estação e aí um grande vacilo nosso (mas que não tinha muito como ser evitado). Precisávamos comprar a passagem de volta à Alemanha pois o Brasil jogaria contra Gana em Dortmund dia 27 e tínhamos que estar lá dia 26 pois eu precisava retirar meus ingressos pra sequência da Copa. Se o Brasil tivesse se classificado em 2o., jogaria dia 26, então deixamos pra comprar a passagem de volta da Dinamarca após a classificação. O problema é que os preços já estavam lá no alto e os lugares também esgotados. Tivemos que comprar uma passagem para Berlin e passaríamos uma noite em Berlin e dia 26 seguiríamos pra Hagen/Dortmund usando nosso Eurail, foi a alternativa menos cara.

 

Depois dessa, fomos relaxar num bar assistindo Alemanha 2 x 0 Suécia junto com uns brasileiros que achamos do nada olhando o cardápio do bar. Lá tomamos a cerveja mais cara da viagem: uma Carlsberg de 6,5 euros! A Dinamarca é um lugar muito caro, assim como a Suíça, por isso não saímos muito do roteiro "passeios a pé de graça".

 

À noite já no albergue vimos a Argentina passar pelo México na prorrogação e aí fomos dormir para no dia seguinte ter um dia histórico: 3 países em um dia!!!

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  • 2 semanas depois...
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25/6 - Copenhagen (Dinamarca) / Malmö (Suécia) / Berlin

 

Albergue: Heart of Gold (Berlin)

Pontos visitados: Castelo, Praia (Malmö)

 

Dia histórico pra nós: passamos por 3 países no mesmo dia. E mais: fizemos uma refeição em cada país: café na Dinamarca, almoço na Suécia e janta na Alemanha! No mínimo inusitado! A desvantagem disso é a enchição de saco da troca de moeda, não tem jeito de não perder dinheiro nas taxas de comissão, mas faz parte.

 

Tomamos o ótimo café e deixamos o albergue de Copenhagen de manhã. Nosso trem para Malmö partia por volta das 11hs e o avião para Berlin por volta de 18hs. Deixamos nossas malas em lockers na estação de Copenhagen e partimos pra Malmö.

 

A viagem demora apenas meia hora e passa pela maior ponte sobre o mar do mundo: a Oresund Bridge, com uns 14km de extensão. Infelizmente não pudemos contemplar muito o mar pois o trem passa pelo "meio" da ponte, abaixo de onde passam os carros, então nas laterais têm muitas estruturas de metal impedindo assim umas fotos legais.

 

Malmö estava deserta - era um domingo - e não achamos muito o que fazer. A moça do centro de turismo nos indicou um castelo e a praia. Seguimos a pé e a caminhada durou mais ou menos meia hora, desde a estação até a praia, passando pelo castelo que era meio sem graça. Fomos surpreendidos pelo calor (aprox. 26 graus) e estávamos de calça, já que no dia anterior estava meio frio na Dinamarca. Assim, tivemos que arregaçar a calça até o joelho pra podermos entrar no mar. Agora já podemos colocar no currículo que entramos na água numa praia sueca! Mais um fato inusitado no dia. Pra nossa tristeza porém, não havia suecas fazendo topless. Almoçamos em Malmö numa barraca em frente à prefeitura e voltamos à Copenhagen. De Copenhagen fomos ao aeroporto e pegamos o vôo rumo a nossa velha conhecida Berlin.

 

Chegando em Berlin já nos sentíamos em casa. Nos instalamos no albergue e assistimos no telão o jogo mais brigado da Copa: Portugal x Holanda - obviamente acompanhado de um chopp Gösser tirado no bar do albergue. Mais tarde fomos matar saudade do Döner Kebap do albanês na Oranienburger Strasse, demos uma volta e fomos dormir.

 

26/6 - Hagen / Dortmund / Köln

 

Albergue: Jugendherberge (Hagen)

Pontos visitados: Catedral de Colônia (Köln)

 

Deus abençoe o Eurail!!! Esse dia judiamos do sistema ferroviário alemão. Fizemos várias viagens com o mesmo passe, economizando muitos euros.

 

Saímos cedo de Berlin e fomos até Hagen, onde deixamos as coisas no albergue, o mesmo da vez anterior. De Hagen fomos a Dortmund pois eu precisava retirar no estádio o ingresso para o jogo Brasil x Gana. Pra minha alegria, eles já me deram os 4 ingressos restantes, até a Final. Isso me aliviou muito pois pela regra da FIFA eu precisava sempre retirar os ingressos 1 dia antes do jogo, o que estava meio que travando o roteiro.

 

De Dortmund fomos até Köln, para conhecer a cidade e também porque lá iria rolar o jogo entre Suíça x Ucrânia então com certeza a cidade ia estar bem agitada. Chegamos em Köln e saindo da estação você já se depara com a imponente Catedral. Pelo curto tempo que tínhamos não subimos na torre.

 

Na Fan Fest, que era do lado da Catedral, encontramos nosso companheiro Maurício e como ele já havia estado na cidade nos levou a um bar para tomarmos a cerveja tradicional de lá, a Kolsch. A Kolsch vem num copinho alto e fino, deve dar uns 200ml. Como estávamos em 4, cada um pagou uma rodada e tomamos no balcão ouvindo os lamentos de um australiano que estava puto por seu time ter sido eliminado pela Itália devido a um pênalti inexistente.

 

Saímos do bar e Maurício nos levou a um restaurante brasileiro! Era exatamente a metade da minha viagem e eu senti que era um momento bom pra dar aquela "recarregada", que iria me deixar satisfeito até o fim da viagem. Comemos um belo PF - arroz, feijão, bife e salada - tomando Guaraná. Assistimos lá o 1o. tempo do jogo mas desistimos porque estava muito ruim, e voltamos pra estação, pegamos o trem, chegamos já de madrugada em Hagen e fomos dormir.

 

27/6 - Dortmund - Brasil 3 x 0 Gana

 

Pontos visitad: Westfalenstadion

 

Dessa vez nossa ida ao jogo foi bem mais tranquila, sem desencontros e trens perdidos. O jogo era à tarde então fomos de manhã a Dortmund pra dar aquele passeio. Entramos numas lojas de esportes e fizemos umas compras. O centro da cidade estava lotado e os brasileiros tomavam tudo quanto era lugar. Havia poucos ganeses, a maioria eram estrangeiros torcendo pra Gana.

 

Perto do estádio encontramos o Zé, outro companheiro "temporário" de viagem que estava em Roma e voltou para a Alemanha. O jogo foi tranquilo, o time de Gana pouco ameaçou. Valeu pelo primeiro gol do Brasil, o golaço de Ronaldo que lhe deu o recorde de gols marcados em Copas, superando Gerd Müller.

 

Depois do jogo fomos à Fan Fest mas ficamos pouco pois tínhamos que dormir para pegar o trem das 8 da manhã para Amsterdam. No caminho de Dortmund a Hagen, mais um trem de madrugada com bêbados e situações cômicas. Um alemão dormiu no bagageiro e outro entrou cantando Ganaaa Ganaaa e quando foi sentar errou o banco e caiu no chão, batendo a cabeça no encosto do banco do lado.

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