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Expedição Monte Roraima [Agosto 2013]


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  • Colaboradores

Destino: Monte Roraima, Venezuela.

Período de viagem: 02 Agosto / 15 Agosto 2013

Cidades visitadas: Manaus - AM, Boa Vista - RR, Lethen - GUY, Santan Helena de Uairén - VEN.

 

1ª dia. Manaus

Antes de chegar à Venezuela fizemos um pequeno e curto percurso tendo em vista que o valor da passagem aérea para Manaus estava absurdamente mais barata, bem mais em conta do que irmos via Boa Vista. Dessa forma, chegamos a Manaus, fomos a casa de um colega que nos serviu como ponto base para deixar as malas e tomar um banho. Enquanto que não chegava a hora do ônibus (Manaus - Boa Vista) visitamos o parque INPA, que possui um área grande com diversos ambientes para desfrutar da natureza, assim como conhecer um pouco mais da fauna e flora amazonense.

 

Pegamos o ônibus de 20h na rodoviária. Bem confortável as poltronas, mas notei que as do lado esquerdo possuem maior espaço entre fileiras. Um ônibus de primeiro andar com banheiro limpo e com um pequeno freezer com água disponível para os passageiros. A viagem foi bem tranquila, saímos de 20h e chegamos de 7h da manhã em Boa Vista. Única parada para comprar lanche.

Empresa: Eucatur

Valor da passagem: R$ 120

Tipo: Executivo

 

2ª dia. Boa Vista

Amigos nos buscaram na rodoviária e fomos de táxi para a casa de um deles. Após o café da manhã embarcamos juntos com eles para uma reunião de trabalho na cidade de Bonfim, que fica na divisa entre Brasil e Guiana Inglesa. Dessa forma, passamos praticamente todo o dia circulando na fronteira, almoçamos e conhecemos um pouco da cidade de Lethem, que na verdade é mais atrativa para quem está à procura de artigos Made in China, já que todas as lojas são dominadas pelos orientais. Ou mesmo, serve de porta para quem deseja fazer ecoturismo no país.

Transporte: Táxi fretado (me parece que existem cooperativas só para realizar esse trecho)

Valor fixo para o trecho Boa Vista - Bonfim: R$ 25

Capacidade para até 5 pessoas

Tempo de duração: 2 horas

 

3ª dia. Boa Vista - Santa Helena de Uairén

Depois de uma boa noite de sono seguimos logo pela manhã para Santa Helena. O trecho é realizado por táxi, geralmente pela cooperativa de Pacaraima que cobra valores fixos para transportar até 5 pessoas. Como estávamos cheios de equipamentos e malas lotadas, pagamos pelo espaço utilizado, ou seja, dividimos entre 4 o valor da 1 passageiro.O taxista atravessou a fronteira conosco e nos deixou na pousada Los Pinos, antes disso fizemos o câmbio na sede da Cooperativa Pacaraima em Santa Helena. Fiz o câmbio de R$ 150 e foi mais do que o suficiente para 03 dias na cidade de Santa Helena. Lembrando que esse valor foi divido para duas pessoas.

 

Telefone do Taxista: 9133 6519 / 8111 7866 (Luiz Pacaraima Táxi)

Valor fixo: R$35

 

Aproveitamos o dia para descansar e organizar tudo quanto necessário para o dia seguinte, onde começaríamos a caminhada ao Roraima.

Fechamos com a Backpackers e ficamos na pousada do dono da empresa, Erick. O valor total para 6 dias de trekking, mais um carregador e duas diárias na pousada Los Pinos, ficou por R$718. Vale salientar que esse valor está incluído a pousada.

Pagamos em reais, mas também é possível fazer transferência para a conta do banco do Brasil que ele tem.

 

Almoçamos numa espécie de mercado municipal que tem vários outros pontos de alimentação, comemos comidinhas tradicionais do local que geralmente são à base de milho. Depois de almoçar, voltamos para a pousada a fim de descansar um pouco a viagem e colocar o sono em dia.

A pousada é muito linda, limpa, confortável e fica no bairro Los Pinos, de mesmo nome da pousada. Eles servem café da manhã e um jantar super especial com entrada, prato principal e sobremesa. Possuem bar e serviço de lavanderia, que foi essencial para nós na volta do Roraima.

Nesse dia choveu muito, trovões e relâmpagos que iluminavam tudo.

 

4ª dia. Monte Roraima [primeiro dia de caminhada]

 

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Monte Roraima, Gran Sabana, Venezuela. por mitsyqueiroz, no Flickr

 

Por volta das 09h40 da manhã saímos rumo ao Roraima. A viagem é linda, são aproximadamente duas horas até chegar em Paraitepuy. Chegamos, descarregamos as mochilas, a que seria para o carregador já tinha deixado organizada e pronta. Almoçamos pão com queijo e presunto + suco em pó.

Assinamos o livro do INPARQUES que regulamenta a entrada, deixamos os dados de passaporte (mesmo sem ter carimbado na entrada da Venezuela), profissão, nacionalidade, nome, quantos dias passaríamos na expedição e assinatura. Feito tudo isso, começamos a caminhar finalmente!

 

O primeiro dia nos rendeu a travessia de pequenos riachos, um sol escaldante na cabeça e quase 05 horas de caminhada. É o trecho mais plano de todo o roteiro, todavia é o mais descoberto de árvores, já que a vegetação é típica de savana, rasteira.

 

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Roraima 129 por mitsyqueiroz, no Flickr

 

Chegamos ao acampamento que fica às margens do rio Tek no final da tarde, nossas barracas já estavam montadas e fomos nos organizar para um possível banho. A ideia foi logo abortada, um frio terrível e os puri-puris (mosquitos) estavam atacando pra valer nas margens do rio. Molhei o rosto, braços e voltei para a barraca. Tomamos um banho de gato mesmo, usamos em toda a viagem toalhas umedecidas de dois tipos, as íntimas e a maior para todo o corpo.

A noite não foi muito relaxante. Ficamos num lugar de desnível e me senti num escorrego a noite toda. O isolante térmico + o saco de dormir de tecido sintético não ajudaram muito! Finalmente tivemos a ideia de colocar as mochilas nos pés e ficamos empurrando-as para conseguir não escorregar e dormir melhor.

A sensação de quando entrei na barraca foi "nunca vi barraca tão suja quanto essa! e que cheiro é esse?" Mas com o passar dos dias você entra num estado de desapego que é transformador! (risos)

 

Dormimos quase todos os dias por volta das 20h.

 

5ª dia. Monte Roraima [segundo dia de caminhada]

Atravessamos dois rios nesse dia. Aconselha-se usar meias. Quando tinha lido sobre as meias serem anti-derrapantes não tinha entendido bem a relação. Mas não é que funciona perfeitamente?

O rio Tek é tranquilo de atravessar, tem um fluxo bem menor que o Kukenán. Ambos atravessamos com o nosso guia ajudando. Utilizei os bastões de caminhada e foi suficiente para ir com tranquilidade. Tornei a calça um short, tirei a bota e prendi na mochila, tirei a meia coolmax e coloquei uma fubeca.

Do outro lado do rio aquele ritual de sempre: secar os pés, talco anti-séptico e meias secas!

 

Depois do almoço choveu muito, tanto que toda a trilha virou um enorme riacho. Tivemos que esperar a chuva passar porque os ventos estavam fortes e a precipitação foi intensa. Por fim, depois de muita subida, respiração profunda e diversos saltos de pedras em pedras, chegamos ao acampamento base!

 

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Roraima 172 por mitsyqueiroz, no Flickr

 

Neblina até dizer: basta! Depois de algumas horas, no pôr-do-sol avistamos o imenso paredão que estava totalmente encoberto. Uma surpresa tremenda perceber o quão próximo estávamos dele! Depois de muitas fotos e vídeos fomos jantar e nos recolher ao sono. Mais uma vez a barraca em desnível e noite complicada para dormir.

 

6ª dia. Monte Roraima [terceiro dia de caminhada]

Subida até o topo. Foi tudo bem tranquilo. Percebi que algumas coisas extremamente importantes para a subida:

 

- Tenha atenção ao caminho, onde pisa e onde se apoia.

Praticamente toda a subida é sobre pedras soltas e com limo, por isso muita atenção! As árvores ajudam com seus troncos e raízes. É praticamente como um corrimão ao longo da subida, em momentos de desespero pode procurar que a natureza mais te oferecer uma "mãozinha"!

 

- Não utilize bastão de caminhada.

Exatamente, não use! Ter as mãos livre vai te ajudar mais do que tê-las ocupada. Dê preferência a se apoiar nas árvores e nas pedras. Eu usei o bastão em toda a caminhada, menos na subida!

 

- Beba bastante água e pare quantas vezes for necessário.

Seu corpo vai te cobrar algumas paradas para água e descanso, respeite-o! Subir o Roraima não é uma maratona esportiva, mas um momento de desfrute da natureza com prazer, encare dessa forma e respeite seus limites.

 

- Respeite a sabedoria do seu guia!

Deve prevalecer o conhecimento do seu guia sobre o local e melhores rotas de caminhada. Sempre pergunte por onde pisar, apoiar. Nunca desmereça o seu guia!

 

- Poncho é fundamental.

No passo das lágrimas é extremamente necessário um poncho, a água cai pra valer!

 

Logo depois do passo das lágrimas, com um pouco mais de caminhada, chegamos ao topo do Roraima! Gritar? Jamais! É necessário respeitar acima de tudo a cultura de quem nos acolhe em casa. Dessa forma, respeite a cultura indígena que abomina tal atitude por acreditar que irrita Canaima, guardião do Roraima.

 

Ficamos no acampamento Índio, um charme só. Um buraco no meio das pedras que nos abrigou do vento e chuva. A vista do acampamento índio era para o lindo Kukenán.

 

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Tepuy Kukenan por mitsyqueiroz, no Flickr

 

Esperava passar por mais frio, mas acredito que todos as peças de roupa (sistema das 3 camadas: segunda pele, fleece polartec e anoraque) que levei foram essenciais.

 

Nesse dia o jantar foi uma canja de galinha deliciosa, perfeita para o clima e para repor as energias gastas no dia!

 

7ª dia. Monte Roraima [quarto dia de caminhada]

 

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Neblina por mitsyqueiroz, no Flickr

 

O lugar é fantástico, com paisagens que te surpreendem naquela imensidão rochosa negra. A tempo é bem instável, chove muito com neblina e poucos são os momentos de sol, menores ainda os de céu aberto. Conseguir boas fotos nas ventanas (janelas) é questão de sorte somente. Ainda esperamos por quase meia hora o céu abrir, mas Canaima não quis conversa conosco! Fomos então para as jacuzzis, lá almoçamos e o tempo ruim nos perseguia. Ainda conhecemos o vale dos cristais, quedas d'água e outras paisagens. Caminhada tranquila, sem nenhuma cobrança do corpo.

 

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Jacuzzis, Monte Roraima. por mitsyqueiroz, no Flickr

 

Dei preferência a ir de anoraque e me arrependi de não ter vestido a segunda pele, já que senti muito frio nas ventanas.

O anoraque impermeável segurou bem a chuvinha que caía constantemente, quando engrossava, punha o poncho, mas detestava caminhar de poncho pois me roubava muito a visibilidade das pedras e pisadas.

 

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Roraima 298 por mitsyqueiroz, no Flickr

 

8ª dia. Monte Roraima [quinto dia de caminhada]

 

Acordamos e saímos mais cedo do que todos os dias até então, isso porque nos esperava uma caminhada de 10 horas, dois dias em um apenas.

A descida é a pior parte de todas e isso é unânime entre os guias e aventureiros. Eu tive problemas no joelho que doeu intensamente, arrependi-me de não levar um tensor para o joelho.

Como um dos meus bastões quebrou, fiquei com um emprestado de um colega e outro meu. Eles foram essenciais para suavizar o impacto da descida no joelho. Em compensação forcei bastante os braços que no dia seguinte estavam doloridos.

Chegamos ao acampamento base na hora do almoço e logo depois continuamos a caminhar até o acampamento Tek. Para atravessar o rio Kukenán o guia me carregou nas costas como um gesto de preocupação e prestativo de sua parte. Tive bastante medo porque escorreguei duas vezes e meu joelho doía demais.

O rio estava caudaloso porque tinha chovido muito na noite anterior. Geralmente quando o rio fica cheio demais esperam-se duas horas, caso o nível não diminua, acampa-se às suas margens.

 

Muito cansada, depois do jantar, tomei um anti-inflamatório e me cobri de Massageol (um spray anti-inflamatório que me ajudou muito).

Aliás, é muito importante ter um kit de remédios consigo com aqueles que você toma de costume. Principalmente um anti-alérgico porque o mosquito Puri-puri provoca na maioria das pessoas uma reação alérgica de coceira e inchaço.

Uma das dicas que li aqui e são muito valiosas: Passe repelente na bunda e pernas! Quando você for no matinho fazer pipi eles te atacam que é uma coisa!

 

O jantar dessa noite foi uma massa deliciosa com molho branco, fizemos um brinde com sangria para comemorar a união de toda a equipe do guia Celso.

 

9ª dia. Monte Roraima [sexto dia de caminhada]

 

Meia hora de caminhada e as nuvens começaram a anunciar que logo viria grande chuva. Chuva, MUITA chuva e em três minutos minha bota impermeável estava encharcada. Fazia um vento forte e trovejava muito. A chuva durou por volta de duas horas ininterruptas. Não tínhamos pego chuva tão forte assim até então. O caminho se tornou uma pista de patinar já que o barro encharcado nos fazia escorregar bastante. Em alguns trechos o guia nos levou para caminhar sobre a vegetação, excluindo grande parte do risco de uma queda feia.

Chegamos ao fim e logo seguimos viagem de volta a Santa Helena, com uma pausa apenas para o almoço na estrada.

 

Exausta, só me restava passar o tempo quanto fosse necessário debaixo do chuveiro quente, colocar as roupas para lavar (estavam muito fedidas! inclusive a mochila que o carregador levou, as alças estavam com um cheio horrível impregnado.) e tirar todo o barro que a minha bota arrastou.

 

Jantamos na pousada Los Pinos e dormimos deliciosamente. PS.: Ainda tive alguns espasmos do cansaço, mas isso foi comum durante as noites que acampamos no Roraima.

 

10ª dia. Santa Helena de Uairén

 

Após o café da manhã partimos de mudança para outra hospedaria, já que aquela estaria full. Escolhemos então ir para o Hotel Michelle que nos agraciou com meros 180 BLV. O quarto é muito válido para o tanto que custa a diária. Só o chuveiro me causou ódio por diversas vezes. A internet funciona legal e a recepção também fica aberta aos domingos, o que é um ponto muito positivo!

 

Almoçamos e fizemos uma pequena caminhada de reconhecimento na cidade, uma vez que a nossa pousada antiga ficava longe do centro. Todavia, preferimos descansar mais ainda o corpo, dormimos muito cedo mais uma vez como de costume no Roraima.

 

11ª dia. Santa Helena de Uairén

 

Café da manhã na primeira padaria que encontramos e foi delicioso. Caminhamos pelo centro e não havia nada de atrativo nas lojas, muito parecidas com as de Lethem. Procuramos por quase meia hora o local para enviar nossos postais, que é praticamente um ritual que fazemos em todas as nossas viagens. Como não tinha o selo de 1BLV, compramos o de 20BLV e enviamos.

 

Nossas refeições saíram por uma média de R$10 a R$15 convertendo a moeda. Tudo muito delicioso, vale a pena visitar os restaurantes da cidade, principalmente as pizzarias que são deliciosas! Vale a pena tomar um sorvete Tio Rico, que é como se chama a Kibom na Venezuela.

 

Caminhamos no fim da tarde até a igreja da cidade que fica um pouco depois da praça Bolivar. Muito charmosa a igreja e de quebra tinha uma procissão linda pois era dia da padroeira da cidade.

 

12ª dia. Santa Helena de Uairén - Boa Vista

 

Tomamos café da manhã na padaria Gran Sabana, bem ajeitadinha e com uma boa variedade de produtos, coisa que é um pouco difícil na Venezuela.

Logo depois fomos até a cooperativa de táxi Pacaraima e em poucos minutos estávamos a caminho de Boa Vista.

A ida nos pareceu mais curta que a volta e menos exaustiva também.

Fomos parados na receita federal e um agente pediu para conferir a bagagem de todos no carro, isso nos roubou no mínimo 20 minutos.

 

O táxi nos levou até o hotel Euzebio's que foi a nossa escolha para o regresso.

O hotel parece ser antigo, mas a acomodação matrimônio luxo é bem equipada. O banheiro é limpo e clean, o chuveiro não aquece muito, mas é suficiente. O ar condicionado funciona bem, somente o frigobar do quarto 254 dava um escândalo toda vez que disparava sua eletricidade. A única coisa que realmente nos incomodou é um sofá velho que existe dentro do quarto, sem utilidade alguma e ainda todo empoeirado.

Tarifa para quarto casal: R$127 (à vista)

 

É necessário entender que quanto menos pessoal o hotel for, mais agradável será para todas as demandas que acolher.

A localização é perfeita, próximo dos pontos turísticos de BV sem dúvida. Tem uma piscina legal e uma área grande ao redor dela com serviço de bar.

E o café da manhã é bem diversificado.

 

Tivemos que almoçar um cupnoodles na loja de conveniência de um posto de gasolina perto de lá porque quase todos os estabelecimentos de comida estavam fechados. Abrem somente depois das 17h da tarde.

Depois de dormir quase a tarde toda, saímos para jantar nas praças de alimentação que existem próximo do hotel no portal do milênio. Os preços são ótimos e tem uma grande variedade, dentre eles sopa, caldos, açaí, pastel, hambúrguer, petiscos e bebidas.

 

Finalmente uma noite de sono completa e satisfatória!

 

13ª dia. Boa Vista

 

Decidimos caminhar pela cidade, como geralmente fazemos em nossas viagens, procurando não utilizar táxi ou ônibus, somente quando é estritamente necessário. Caminhamos bastante e não encontramos nenhum lugar para almoçar, tudo fechado! As ruas são longas e largas, poucas pessoas caminhando, talvez fosse o sol.

 

Com a ajuda de uma moradora que nos indicou o mercado municipal, almoçamos um prato feito a R$10. O lugar é simples, um pouco sujo até, mas com a fome que tínhamos foi um banquete. Aproveitei para experimentar o guaraná Baré.

 

De lá continuamos a caminhada em busca de um shopping. Encontramos na verdade uma galeria com várias lojas vazias. Tomamos um sorvete e deixamos o tempo passar e levar a chuva torrencial que caiu repentinamente. Voltamos andando, descansamos um pouco mais e saímos de táxi à noite para a orla, onde jantamos.

 

Percebi que as dificilmente utilizam o sistema de ônibus coletivo e que existem as "lotações" que são táxis que operam como ônibus, cobrando R$2,50 por bairro percorrido. As distâncias me pareceram grandes entre pontos da cidade e isso é algo negativo quando a cidade não te oferece condições de circular tranquilamente entre bairros.

 

Solicitamos a recepção o serviço de táxi para nos levar ao aeroporto de meia noite. Rapidamente o táxi chegou e em menos de quatro minutos estávamos no aeroporto. Nesse momento percebi que o taxímetro estava desligado. O taxista nos cobrou R$30. Um absurdo cobrar tanto por uma viagem que sairia no máximo R$10. Soube então que o preço é tabelado para o aeroporto seja qual for o táxi.

 

Voltamos de pinga pinga até chegar em nossa querida Recife.

 

Dicas gerais:

 

1. Leve bastante esparadrapo para envolver as áreas de atrito nos pés, te ajuda a não criar bolhas ou calos.

2. Pare quantas vezes for necessário para relaxar os pés. Tire a meia e deixe seus pés respirarem. Coloque mais talco e continue a caminhar.

3. Lanterna de cabeça é um item muito importante, principalmente ter pilhas reservas!

4. Leve quantas meias for necessário, você pode se encontrar numa situação difícil e a melhor coisa é ter meia seca!

5. Anoraque é essencial para o clima do Roraima.

6. Use protetor solar nas mãos, pois elas ficam muito expostas.

7. Repelente é importante e pode te ajudar bastante com os puri-puris.

8. Passe repelente na bundinha e entre coxas quando for utilizar o banheiro.

9. Dê preferência a blusas de manga comprida para trekking assim como calças ao invés de shorts, os puri-puris não perdoam.

Editado por Visitante
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  • Colaboradores

As refeições são preparadas pela equipe do guia e geralmente são à base de milho e presunto, vou tentar listar algumas refeições dais quais me lembro.

Sempre muito farta, a comida é servida para todos com certa variedade.

 

Café da manhã:

 

Queijo branco ralado, presunto, arepa (espécie de pão de milho) ou panqueca ou um pão frito no óleo.

Aveia com água + Cereal de milho + geléia

Café, chá ou leite quente (com ou sem achocolatado).

 

Almoço:

 

Pão integral + salada (milho, ervilha, atum, maionese, repolho, pepino, cebola) + suco em pó

Macarrão parafuso com carne desfiada + suco em pó

Sanduíche com queijo, presunto, tomate e cebola. (esse "almoço" foi servido no dia da subida ao monte)

 

Jantar:

 

Canja de galinha com legumes

Espaguete com molho branco, milho, presunto em cubos.

Espaguete com carne moída

 

Água:

 

Você se abastece em todos os riachos encontrados ao longo dos dias.

Nós decidimos levar pastilhas de clorin para purificar a água.

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  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores

Legal teu relato, Mitsy!

 

Em outubro vou pela segunda vez ao Monte Roraima, na primeira um amigo desenrolou guias e tudo mais, dessa vez eu que to pesquisando tudo e juntando uma turma. Vou daqui a pouco em Santa Elena ver umas coisas, e aproveitar pra passar na Backpackers, fiz um orçamento com eles por e-mail e tal. Bom ter uma referência, capaz de fechar com eles mesmo.

 

Pro pessoal que perguntou do câmbio, essa semana tava 15,5, melhorou um pouquinho...

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  • Membros

Muito bom seu relato.Vou fazer a trilha do Monte Roraima em novembro, estou pesquisando ainda e ajudou bastante as dicas e valores que deu.

Você sabe me dizer se lá em Santa Helena é fácil procurar agencias ou guias? Gosto de pesquisar preços, tau... Essa Backpakers você achou na hora ou reservou antes?

Grande valeu.

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  • Colaboradores
Muito bom seu relato.Vou fazer a trilha do Monte Roraima em novembro, estou pesquisando ainda e ajudou bastante as dicas e valores que deu.

Você sabe me dizer se lá em Santa Helena é fácil procurar agencias ou guias? Gosto de pesquisar preços, tau... Essa Backpakers você achou na hora ou reservou antes?

Grande valeu.

 

Willy, valeu pelo comentário no post, a ideia é exatamente essa, ajudar outras pessoas que tem dúvidas e reforçar a vontade de muitos outros de se aventurar nesse lugar mágico. Então, lá é super fácil de encontrar agências, na rua do Backpackers na mesma calçada ainda tem o hotel Michele que faz parceria com uma agência de guias para o Roraima... Não vejo problema algum em fechar negócio por lá mesmo. Eu fechei negócio um dia antes com o Backpackers, mas meu colega já tinha feito contato antes para saber os preços e se haveria disponibilidade, mas não fizemos reserva.

 

Boa viagem!

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  • 5 meses depois...

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