Passeio Serra da Canastra - 2007

Fala galera, blz ?

Olha só, faz tempo que fiz essa viagem e estava hoje "re-viajando" nela..... então resolvi trazer para cá, de repente deixa o pessoal atiçado para ir praquelas bandas.....

Desculpem o texto é antigo, as fotos também, ainda estava beeeeem no começo, então tem muita coisa hoje que não faço mais, mas serve de aprendizado.....

Relato Passeio - Serra da Canastra - 2007

Bom, esse final de semana, foi "prolongado" pois foi "feriado" no estado de MG, dia do funcionário público, dessa forma, "arriscamos" uma ida ao Parque Nacional Serra da Canastra, que estavamos muito a fim de conhecer, desde que tinhamos visto um tópico no FOL(Falcon On Line).

"Arriscamos" pois choveu toda a semana e na Sexta feira amanheceu bem nublado, mas sem chuva e garoa, na verdade encontramos diversas situações no caminho, chuva, vento, calor, frio, etc.

Valeu à pena pois a medida que nos aproximavamos da cidade de São Roque de Minas, o clima parecia que ia mudar, o que de fato aconteceu.

Desculpem a quantidade imensa de fotos, usamos todo o cartão de memória da máquina, mesmo apagando diversas fotografias, depois disso foi muito difícil escolher as fotos para mostrar aqui no fórum.

A região é muito bonita e o parque é bem estruturado, vale à pena o passeio, recomendamos.

Chega de conversa e vamos as fotos:

Essa foto tiramos no caminho, numa das paradas que fizemos, a Fazer ainda estava limpinha....hehehehe:

Essas fotos são dos doces que a Dona Diva deixa à disposição dos hóspedes na Pousada que ficamos, podemos comer à vontade, independente do horário, estão lá na cozinha é só entrar e pegar, a referência da Pousada nós encontramos naquele tópico do FOL (Falcon On Line), graças ao amigo Rad (que nos avisou que tinha o telefone lá), valeu à pena a indicação, a diária para casal (fora de feriados) foi de 60 dinheiros, com direito a um belo café da manhã, fica bem localizada e o atendimento é bem mineiro, daquele que faz tudo para a pessoa se sentir bem:

Bom, no outro dia, após um belo de um café da manhã, saímos e fomos conhecer a Parte Alta do PN Serra da Canastra, esse é o caminho saindo da cidade de São Roque de Minas, a distância senão me engano é de 10/15 km:

No caminho encontramos esse Caracará (Polyborus plancus), foi surpreendente, erramos numa das bifurcações e demos de cara com ele, bem de perto, mas depois vcs. vão poder ver pelas fotos que é uma ave bem comum no parque:

Essa era a paisagem do caminho "errado":

No caminho "errado" também tinha essa igrejinha:

Depois de voltarmos para a estrada certa, fomos subindo e num momento vimos essa barreira, construída com pedras, achamos bem bonito, mas depois vimos que é bem comum, dentro do parque:

Olhem só esse visual, difícil de ficar indiferente, tiramos tantas fotos, só no caminho para o parque, que ficou difícil escolher "somente" algumas...hehehehe:

Finalmente após um tempinho chegamos a portaria 1 do Parque:

Aqui tem uma foto de um mapa do parque, para os que tiverem vontade de conhecer:

Aqui tem um mapa mais detalhado, pena que não ficou muito nítido:

Aqui temos uma placa sobre a criação do parque:

E por fim a Fazer na portaria 1, ainda limpinha....hehehehehe:

E essa era a vista do local:

Essa é a paisagem dentro do parque, bem característica do Bioma do Cerrado:

Depois de 1 km, chegamos ao Centro de Visitantes e vimos esse pássaro, achamos que é o Pássaro Preto, mas ainda vamos "curiar" para identificar a espécie:

O Centro de Visitantes, tem atendimento até às 16 hrs., vale à pena conhecer, para ver os detalhes da fauna, flora e geologia do local, a funcionária do Ibama, dá dicas boas sobre como chegar aos locais de visitação e sobretudo dados de uma espécie muito particular do parque o Pato Mergulhão (espécie rara e de difícil avistamento, já que segundo ela, eles são muito ariscos e qualquer "barulhinho" se escondem):

mais informações sobre o Pato Mergulhão: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pato-mergulh%C3%A3o

Dentro do Centro de Visitantes encontramos esse pôster que informa dados de distância das principais atrações, fica aqui como referência:

Saímos do Centro de Visitantes e seguimos a estrada com direção à portaria de Sacramento, nossa intenção era atravessar o parque todo:

O tipo de piso que encontramos dentro do parque era de trechos de terra com pedras e de coloração mais branca, ou de terra vermelha e ainda de intermediários entre ambos, em alguns trechos conseguimos a velocidade de 50 km/h, em outros não passamos dos 30 km/h:

A estrada era basicamente cheia de retas, percolando entre subidas e descidas, muito bonito de se ver, difícil era se concentrar, já que ao redor tinhamos paisagens lindas:

O céu contribuia muito, notem a quase ausência de nuvens e esse tipo de piso, quase não levantava poeira, quando alguém nos passava no sentido oposto:

No caminho era comum encontrarmos essa Flor Sempre-viva:

Olhando para trás vimos que não tinha ângulo que fizesse a paisagem mudar:

A nossa frente a paisagem continuava linda e o chão ficando cada vez mais branco:

O impressionante é que mesmo no meio das pedras que afloravam no solo do parque, subiam essas plantas da família das Velloziaceae de nome popular canelas de Ema, segundo estudos, a cura para a AIDS está num composto de uma das espécies dessa família:

Mesmo nesse ambiente era possível encontrar flores coloridas:

Finalmente depois de algum tempo (parando e tirando fotos...heheheh) chegamos a nascente do Rio São Francisco:

Um pouquinho antes do local da nascente, já vemos como o São Francisco já saí dessa região um pouco mais forte....hehehehehehehe:

Vejam como nesse local a vegetação muda, com a presença da água:

A foto mais tradicional, claro que tinha que ter a Fazer:

E aqui de fato a nascente do Rio São Francisco:

No local há uma estátua de São Francisco:

Essa é a placa que vai embaixo da estátua:

Então continuamos o nosso caminho no sentido de Sacramento, paramos para fotografar uma coruja que estava num arbusto, mas ela foi muito esperta e ficou de costas para gente e na contra luz, resultado as fotos ficaram horríveis....hehehehehe

Ainda bem que essa não se fez de tímida e nos presenteou com um "olhar curioso"....hehehe

Achamos que é a Coruja Buraqueira (Speotyto cunicularia):

Mais pra frente encontramos essa placa, nesse ponto achávamos que tinhamos chegado "na parte plana da parte alta", devido a essa paisagem, no final sabemos que atingimos 1.492 m (segundo o GPS), mas foi mais pra frente:

E olha o que encontramos mais pra frente, pior é que achamos que esse Caracará estava com algum problema na asa, pois como vcs. podem ver, ele não estava voando, ficava correndo na estrada e a gente parava a moto, ele parava, depois a gente andava e ele andava, deve ter sido durante uns 500 metros.

Achamos que ele estava com uma asa quebrada, por causa dessa foto:

Esse piso também era horrível de andar, parecia uma reta cheia de quebras molas, praticamente tinhamos que andar a 20 km/h, pois "batia" muito a frente da moto, não sei se ajudaria ter uma trail nesse momento(realmente não sei, se alguém puder comentar vou agradecer), pois passamos por um rapaz em uma XTz que estava no outro sentido e ele até tava acelerando mas vi a frente da moto batendo provavelmente do mesmo jeito e a traseira pulando, apesar dele estar sozinho e nós em dois.

Sei que nesses trechos tentavamos andar com a moto, onde tinha mais areia, pois aí não batia tanto, mas na volta meio cansados abusei um pouco(cheguei a 50/60 km/h) e teve um momento que a moto ganhou vida própria....hehehehe

Puxou de um lado e eu enfiei o pé na terra, ela puxou para o outro e aí eu segurei (já prevendo o latifúndio), mais aí foi para o outro lado e depois voltou para o outro(num zigue zague mesmo) até que ela acalmou e continuamos a nossa viagem, sem adquirir um lote na Canastra (ufa!)....heheheheheheheheheeh[/b]

Enfim depois de 4 km chegamos no Curral de Pedra, fica aqui um aviso, no caminho, nós encontramos uma ruína que aparentava ser o Curral(à esquerda da estrada), mas na verdade, não era, pois não havia acesso e ficava um pouco antes dessa placa, já fica o aviso que um pouco mais à frente, só que do lado direito da estrada, também tem outra espécie de ruína, praticamente 300 m do Curral de Pedra.

Segundo alguns sites o Curral de Pedra é o que restou de uma antiga fazenda, no site da Serra da Canastra comenta que era uma espécie de ponto de parada para à época de verão de quem utilizava essas terras.

Um ponto interessante é que quem viajava em ônibus de turistas não parava nesse ponto, ia do Centro de Visitantes, para a Nascente do Rio São Francisco e depois direto para a Parte Alta da Casca D'Anta, uma pena, nesse ponto pode estar super quente, principalmente com as roupas de proteção, mas nada substitui um passeio "livre" nesse aspecto:

Depois do Curral de Pedra, tinhamos pela frente um bom caminho até a Cachoeira Casca D'Anta:

E encontramos mais um Caracará, aliás depois desse, se bem me recordo, nem paramos mais para fotografá-los, já que avistamos muitos no caminho, já estávamos chamando-os de "pombos" de tão comum que era vê-los, também não sei se foi sorte:

Nesse ponto uma bifurcação e como queríamos conhecer a Casca D'Anta, seguimos à esquerda:

O caminho volta a ficar branco, mas começamos à descer, vemos uma Serra do mais ao fundo do outro lado (acreditamos que seja a da Babilônia):

E a estrada nesse ponto se perdia na paisagem:

Esse ponto ficou tão bonito que resolvemos tirar uma foto com a Fazer:

Nesse lugar, encontramos sinais de queimada, que se vão até próximo da Casca D'Anta, mas são somente de um lado da estrada (ufa!), também vimos que não foi o único ponto no Parque:

Lá embaixo é a Casca D'Anta:

Chegamos na Cachoeira Casca D'Anta na parte alta, lá tem uma estrutura razoável, existem placas sinalizando as trilhas e banheiros femininos e masculinos com água bem estruturado.

Essa é a Fazer estacionada ao lado da entrada das piscinas que se formam, nessa parte é possível nadar, existe uma segunda queda que não é aconselhável a entrada na água, devido a trilha ser escorregadia e o poço fundo.

No local ainda temos duas trilhas, uma que dá uma volta até um ponto de mirante e uma trilha que dá na parte baixa da Casca D'Anta (essa leva 1h30 para descer e 2 h para subir):

Rio São Francisco antes das "piscinas":

Trilha para chegar na parte baixa da Casca D'Anta:

Aqui foi o ponto máximo que subi, estava muito quente, era por volta de 12 hrs. e preferi voltar para poder ir até o outro mirante, pena fiquei curioso de ver a vista do outro lado do morro...hehehehe:

Aqui dá para ter uma idéia do que tinha caminhado:

Essa é uma foto mais próxima dos morrinhos....hehehe:

Olhem como é o solo nessa trilha:

Com o tempo a chuva vai formando esses desenhos coloridos:

Mas o verde "teima" em aparecer nesses lugares:

Mesmo que as vezes tenha que "criar" um jeito de "driblar" as intempéries:

E olha a segunda "piscina" que se forma, no centro de visitantes avisam que é muito arriscado entrar nela, por causa do fundo do poço e da trilha que dá acesso, comentam que já morreu um visitante no local, enfim, no dia tinham 2 casais lá, mas confesso que não quis me arriscar a descer....hehehehe:

E olha a queda que a água dá para chegar nessa segunda "piscina":

Olhando mais de perto e em sequência, imagino que escorregar nela não seja "tão divertido" quanto escorregar nas de Peruíbe/Barra do Una/Juréia:

Depois de tomar coragem subi até o mirante, o caminho é cheio de pedras, mas olha a vista de lá:

Olhando para baixo vemos o caminho que o São Francisco faz depois da queda da Casca D'Anta, pena que não dá para vê-la daqui, somente quando estamos na Parte Baixa:

Ainda dava para subir mais um pouquinho, mas não quis arriscar, principalmente porque estava com a calça da Ixon e com aquelas proteções fica um pouco complicado a mobilidade:

Essa é uma foto para dar uma noção do tanto que estava alto e longe do estacionamento, e de como é bonito esse lugar:

Depois de descer tirei umas fotos da trilha e das placas de aviso (também avisaram que uma pessoa caiu daquele mirante):