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- Lençóis Maranhenses ( The Flash) em 2 dias - Atins, Caburé e Mandacaru - quase só.


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Em novembro de 2010 fui fazer um curso em São Luiz, e aproveitei o final de semana pra ir até os Lençóis. Depois de pesquisar aqui no fórum, achei que o melhor esquema pra mim seria ir pra Atins, por ser menos turístico que Barreirinhas e também pela época do ano e pouco tempo disponível.

Saí de São Luiz de van na 6a feira às 7 h, que foi me pegar no hotel . Chegada em Barreirinhas por volta de 12 h. Já não havia Toyota e nem barco de passeio subindo o Rio Preguiças, a solução foi bancar um barco pra dois (eu e um italiano que conheci em S. Luiz), que nos deixou no Atins. Preço 180 pilas.

Chegamos em Atins por volta de 14 h. O povoado ardia no meio do sol, ruas de areia fofa, uma rua principal e algumas outras secundárias e só. Fui direto pra pousada da Tia Rita (indicação aqui do fórum) que tinha lugar e nos acolheu por 25 reais a diária pra cada um. Fomos dar uma volta de reconhecimento na praia e lá pelas 17, nos foi sugerido ir até a primeira duna dos Lencóis ver o sol se pôr, trajeto este que foi guiado por duas adoráveis meninas de 7 e 10 anos. Chegamos na duna depois do sol posto e voltamos no escuro praticamente, sorte que o pai de uma delas foi nos resgatar no meio do caminho. Jantamos uma cavala grelhada com alcaparras, incrivelmente boa, numa senhora que já não lembro o nome. O jantar foi à luz de velas, pois volta e meia acaba a energia lá no Atins. Sorte que o meu telefone é oi e com uma antena lá da pousada consegui me comunicar com uma agência de Barreirinhas e negociar um passeio com uma jardineira que sairia de lá, no dia seguinte, rumo ao Canto do Atins e à Lagoa Verde, uma das únicas que ainda tinha água nessa época do ano. Cobraram 40 reais por cabeça pelo passeio.

Sábado, 7 h. Acordamos e tomamos o café caseiro preparado pela Tia Rita, com tapioca, frutas, pão, tudo simples e muito gostoso. A jardineira passou às 8 com um grupo de turistas e fomos pro Canto do Atins. Lá, uma hora de caminhada entre as dunas até a Lagoa Verde, que é realmente incrível. Tem gente que acha que não vale a pena ir pros Lençois na época da seca, mas eu afirmo que se não existe outra opção, vale a pena sim ! A sensação de caminhar naquelas dunas sem fim, entre uma e outra o fundo das lagoas secas, é uma paisagem impressionante. Ficamos cerca de 1h30 na Lagoa, tirei muitas fotos, fiquei boiando e quase fui comida viva pelos peixinhos (caso não me mexesse acho que fatalmente isso ia acontecer rs), e voltamos caminhando pra almoçar no Canto do Atins. O povo todo foi lá pra D. Luzia, mas eu fui no restaurante ao lado do Seu Antônio, que é irmão dela, por recomendação de um camarada lá do Atins. O tal do camarão na grelha com urucum simplesmente é o melhor camarão que já comi na vida. É de comer chorando, rezando, se extasiando. Coisa de louco. Acompanha um arroz, feijão fradinho, farofa e saladinha de tomate, os 20 pilas mais bem gastos com comida da história. Depois ainda por luxo, seu Antônio fez o camarão gigante da Malásia pra gente, que é uma delícia, mas sinceramente, sou mais o camarão tradicional, pois o gigante parece mais uma lagosta que um camarão (se é que se possa considerar isso um defeito rs).

Enfim, voltamos com a Toyota umas 15 :30, o italiano pegou uma carona e foi embora pra Barreirinhas, pois o vôo dele era no domingo de manhã e não havia perspectiva de volta até lá. Eu fiquei lá de boa na Tia Rita, estudando música, e rolou uma pizzada lá muito legal,meio que um evento que reúne boa parte dos habitantes de Atins. A incógnita era como eu ira sair de lá no domingo, pois não tinha toyota de linha, e nem passeios de Barreirinhas que eu tivesse conhecimento. Mas aí eis que surge um morador que tem um barco com um motorzinho de popa e que se dispôs a me levar até Mandacaru e Caburé, o que é um trampo pois é uma travessia difícil, pelo fato de a foz do Rio Preguiças ter muita correnteza. Mesmo assim, no domingo de manhã me despedi de Atins e embarquei nessa aventura.

Primeira parada, Mandacaru. Logo na descida do barco, tem uma barraca gigante que vende cachaças frutadas de todas as frutas do cerrado, na qual eu tomei um suco de caju, feito como se fosse uma caipirinha sem ácool: o caju foi socado com pilão, e juntou-se água, açúcar e gelo. Depois de acabado o suco, aí sim aquele resto de caju ganhou uma cachaça de côco, mais gelo e virou uma caipinrinha de caju e coco. Isso tudo foi pra fazer hora e esperar o farol abrir. Subi aqueles 6 andares de escada até o topo e de lá fiz uma foto panorâmica da vista da foz do rio, do mar, dos Grandes Lençóis e do Pequenos Lençóis, muito bonito. Depois, rumo a Caburé. A minha esperança era conseguir uma carona num dos barcos de passeio que vinham de Barreirinhas pra Caburé, pra voltar pelo Rio. Em Caburé almocei camarõ à beira mar, numa biroska lá, e curti aquele marzão de águas fortes. Na volta, consegui uma carona num barco particular, pois o piloto do meu barquinho conhecia o piloto deste barco que duns médicos maranhenses que estavam a passeio. Voltei de grátis e num super barco pra Barreirinhas. ::otemo::

Chegando lá, por volta de umas 15 h, descobri que tinha um esquema de táxi-lotação que ia pra São Luiz, mais barato que o ônibus. Fiquei aguardando até 17 h que era a saída do taxi, e depois eu fui. No táxi, o motorista , mais 3 homens e eu. Me deu um certo medo, mas pensei que um serviço assim regular de transporte deve ter lá sua confiabilidade. Chegada em S. Luiz por volta de 21 h. Passamos pelo caminho que parecia ser o do aeroporto : eu , o motorista e mais um passageiro, que foi levado antes que eu, do outro lado da cidade. Depois eu questionei o motorista o porquê dele não ter me deixado antes, sendo que o Aeroporto era no começo da cidade, e ele me disse que estava meio desconfiado do sujeito, que tinha se mantido calado o caminho todo, etc. Imagina ?!?!?! o motorista me usando de escudo, justo eu, a única mulher e forasteira do carro. Tenha santa paciência. Fiquei indignada, mas aliviada quando fui deixada sã e salva no aeroporto, cansadíssima, ainda de maiô por baixo da roupa. Dormi até a hora do meu vôo que era 2h da manhã. Depois posto fotos.

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Seu relato foi o q mais gostei, principalmente pela objetividade, e ainda me ajudou a montar o meu roteiro pq estava com muitas dúvidas. Tenho 10 dias para fazer a viagem q ficou dividida desta forma: Dia 04 e 05 S. Luis. 6,7,8 Sto Amaro 9 e 10 Barreirinhas. De la vou p Mandacaru e depois Caburé. Se possível me diz se tem pousada em Mandacaru e Caburé?

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olá, obrigada pelo retorno. Em Mandacaru não sei se tem pois é mais um lugar de passagem, pra subir no farol, bem pequeno, nem vale a pena. Em Caburé tem duas pousadas boas, de nível mais alto. No Atins além da Tia Rita tem a pousada do Buna que é bem boa e tem a Dois Irmãos, que não conheço mas ouvi falar bem, também é da categoria "simples" como a Tia Rita. No Caburé você tem basicamente a praia e a revoada dos guarás de programa, já no Atins tem a Lagoa Verde, umas outras lagoas e o Poço das Pedras. Quando eu fui ele estava seco, mas agora pode ser que já tenha chovido um pouco, acho que deveria conferir (e depois contar aqui hehehe) .Vc viu o blog Turomaquia ? Lá tem várias dicas bem boas sobre os Lencóis. http://turomaquia.com/category/brasil/lencois-maranhenses/

 

Abraço

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