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Travessia Saco Mamanguá – RJ


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  • Colaboradores

Travessia Saco Mamanguá – RJ

 

Feriadão caindo em uma sexta-feira é sinônimo de viagem. A ideia era fazer a travessia da Ponta da Joatinga, porem conforme fomos conversando a ideia foi mudando e resolvemos fazer a travessia do Saco do Mamanguá. Essa travessia não é muito famosa e confesso que eu nunca havia ouvido falar nela. Não tive muito tempo para pesquisar sobre o roteiro e deixei praticamente tudo para os companheiros de trilha. O grupo dessa vez estava bem grande, com cerca de 30 pessoas confirmadas.

 

Eu, Yuri, Val e Marcelo SBC partimos de sampa na quinta-feira pouco antes da meia noite e no caminho acabamos pegamos um pouco de transito na Rodovia dos Tamoios. Chegamos na rodoviária de Parati por volta das 7 horas da manha. Uma parte do pessoal estava lá desde quinta a noite e enquanto esperávamos o resto do pessoal de Minas e RJ chegarem fomos tomar um café da manha e dar uma volta pela cidade. Às 10 horas todos já haviam chegado e ai partimos para Parati-Mirim.

 

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Pouca gente né? rsrs

 

A entrada da estrada para Parati-Mirim é bem discreta e fica na própria Rio-Santos sentido para São Paulo, a 15 km de Parati. São 8 km de estrada de terra bem batida e com alguns trechos de asfalto. Deixamos o carro em um estacionamento que tinha ducha e que ficava a poucos metros da praia, o preço foi de R$10 a diária.

 

Às 11:00 começamos a andar para o começo da trilha porem encontramos um empecilho no meio do caminho: Um bar. Rsrsr Alguns (incluindo eu) foram tomar uma breja, outros comer umas coxinhas e tomar a ultima agua gelada. Com esse pequeno atraso, começamos a andar realmente as 11:30.

 

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Subida que judia das pernas!

 

A trilha começa próxima a um pequeno muro á direita do bar. Aconselho fortemente a fazer um bom alongamento e aquecimento antes, pois o começo dela é uma subida das brabas. Ganhamos 200 metros de altitude em apenas 1 km, uma subida bem pesada onde a temperatura quente ajudou no desgaste físico. Chegamos ao final da imensa subida onde paramos para retomar o folego e esperar o pessoal que ficou para traz.

 

A partir do final dessa subida a trilha fica em um sobe e desce interminável, tudo isso em mata fechada. Poucas vezes é possível ver o mar e o outro lado do Saco do Mamanguá. Durante os sobe e desce nos passamos por algumas casas de bacanas e outras de pessoas mais humildes, inclusive uma das vezes tivemos que “invadir” a casa que estava alugada pois a trilha ficava do outro lado do terreno.

 

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Praticamente mortos.

 

Após horas caminhando finalmente chegamos na praia do Currupira, onde tem uma pequena vila com uma escola. Lá esperamos o barco que iria nos levar ate o outro lado do Saco já que não iriamos atravessar o mangue por questões de tempo e de dificuldade. O barco poderia nos levar ate uma vila de índios ou até a casa abandonada da Maria do Gás, a vila dos índios era mais perto e a casa da Maria do Gás era praticamente em frente da praia do Currupira. Devido a proximidade, optamos pela casa da Maria do Gás mais essa não foi uma escolha muito sábia. Já haviam nos alertados dos famosos Maruins mais não achávamos que seria uma coisa tão absurda.

 

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Ainda não tínhamos sentido o poder dos Maruins.

 

Quando chegamos ao acampamento a coisa estava tranquila, montamos as barracas e demos um belo mergulho e tomamos um belo banho para relaxar. Depois que começou o ataque sem piedade, foi uma dificuldade jantar e depois dormir. Para eles, repelente era tempero e a tela-mosquito da barraca era praticamente um portal, pois eles eram tão pequenos que passavam facilmente por ela. Sem contar que picavam por baixo da roupa e até o couro cabeludo. Sinceramente? Foi a pior noite da minha vida. Depois ainda descobrimos que pegamos a pior época, que é a lua cheia.

 

Na manhã seguinte os danados ainda estavam com fome e continuaram a beber o nosso sangue, mais isso até que foi bom, pois nunca vi um acampamento ser desmontado tão rápido. Rsrs. Antes das 08:00 já estávamos andando.

 

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Trilha? Nem tanto.

 

O segundo dia foi uma recompensa do inferno que foi a subida no começo da trilha e a primeira noite. A caminhada era praticamente plana e em certos pontos era asfaltada (que merda). Nesse lado do Saco a vista é melhor, pois como existem muitas vilas e casas a vegetação já não é tão fechada.

 

Seguimos até a praia do Cruzeiro onde tem uma vila de pescadores, um bar e onde também fica a entrada da trilha para o pico do Pão de Açúcar. Como estava cansado por causa da noite em claro, resolvi não subir. Enquanto algumas pessoas atacavam o pico, a maioria caiu no mar e ficou bebendo no bar, aproveitando para relaxar depois de ter saído do inferno.

 

Novamente tínhamos duas opções, continuar a trilha por chão ou “cortar” caminho de barco. Escolhemos ir de barco pois não faria sentido pegar uma subida de 4 horas e sem vista nenhuma. Pegamos o barco na praia do Cruzeiro mesmo e partimos para Praia Grande do Cajaiba.

 

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Paraíso onde passamos segunda noite.

 

Desembarcamos na Praia Grande do Cajaiba e onde havia bastante movimento, dois bares e vários barcos. Ficamos mais um tempo tomando algumas brejas e comendo algumas porções até que partimos para a Praia do Itaoca. Essa praia fica a apenas 25 minutos de caminhada e é maravilhosa, pois tem apenas uma casinha com uma família de 4 mulheres e apenas um homem (não sei como ele aguentava rsrs), pessoal muito simpático por sinal. Levantamos acampamento, nadamos, tomamos banho, comemos, conversamos e tivemos uma das melhores noites de sono de nossas vidas! Rsrs.

 

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Finalmente em Pouso do Cajaíba.

 

No ultimo dias acordamos sem pressa, levantamos acampamentos e partimos para Praia do Pouso do Cajaiba. A caminhada já não foi tão fácil quanto a do segundo dia, mais a vista compensava. Como a trilha é mais aberta, tivemos belas visões da região porem também sofremos por causa sol. Passamos por mais vilarejos e pelas praias Calheus e Ipanema até chegarmos em Pouso do Cajaiba. Demoramos cerca de duas horas para percorrer esse trajeto.

Já em Pouso, largamos as mochilas no bar e partimos para a farra, mais brejas, porcoes e sol! A coisa tava muito legal até que chegou hora de ir embora! Pegamos um barco que demorou 2:30h para nos levar de volta até Parati-Mirim. De lá foi cada um para seu carro e ai foi bater em retirada para sampa!

 

Considerações finais:

 

A trilha só compensa do segundo dia em diante. O que eu recomendaria seria fazer a travessia da Ponta da Joatinga, que termina em Pouso do Cajaiba e continuar até a praia do Cruzeiro. O primeiro dia realmente não compensou, mais valeu a experiência: “Sempre acreditar nas lendas urbanas”. Rsrs

Os resgates podem ser agendados em Parati-Mirim mesmo.

 

Dados:

 

Data: 06,07 e 08 de Abril

Total km a pé: 16km

 

 

Gastos:

 

Combustível: R$145*

Pedágio: R$16,20*

Estacionamento: R$20,00*

1º Camping: Free

2º Camping: R$15

1º Barco: R$18

2º Barco: R$20

3º Barco: R$20

 

*Gastos dividido por 4 pessoas.

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