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Camp selvagem na praia com desespero, alívio e polícia no RJ.


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A história é longa e no final tem uma foto do amanhecer desse dia 😎

Essa é a historia de quando acampei pela primeira vez na praia... o dia do maior desespero e do maior alívio da minha vida.

Um belo dia eu resolvi botar pra frente um desejo que sempre tive de acampar na praia. Chamei um amigo, ele topou a ideia e resolvemos acampar na praia.

Como seria a primeira vez pra nós dois, nós não fazíamos ideia de onde ir. Então abri o Google Earth e comecei a procurar por imagens de satélite praias que aparentavam ser vazias. Achei um lugar que era um conjunto com algumas praias desertas e pensei: é lá mesmo... Nunca tinha ouvido falar nelas e não fazia ideia se tinha trilha ou algum caminho que chegasse até lá, porque acredite, era só mata atlântica e mar. E no mapa não tinha nenhuma indicação de nome da praia ou de turismo, era só o registro das praias por satélite mesmo. 

Mandei pra ele e nós dois concordamos que aquelas praias pareciam boa ideia e então nos programamos para o próximo final de semana; demos de maluco e fomos na cara e coragem... Chegando lá nós descobrimos que existia a trilha pras praias e pegamos ela direto, sem enrolar. 

Conseguimos chegar cedo na faixa de areia, depois de 2h30 de trilha beirando o mar com um visual maravilhoso. Devia ser umas 15h quando colocamos o pé na areia, e dali passamos o dia. A praia era incrível, totalmente deserta e parecia ser intocada. Durante a tarde estava "cheia", devia haver talvez umas 20 ou 30 pessoas no máximo; entre pescadores, surfistas e trilheiros. Ao chegar lá e trocar ideia com a galera que era da região, descobrimos que as praias eram relativamente conhecidas, pelo menos de nome. Se vc perguntar sobre o nome todo mundo vai saber onde é, mas não necessariamente terá ido algum dia... E lá tem uma pedra bem famosa também, que fica no alto da montanha e tem um visu incrível. As praias no caso ficam no pé das montanhas. O acesso a pedra é mais conhecido, então as pessoas conhecem mais a pedra do que as praias.

Conforme o dia foi terminando e nós montávamos as barracas, essa galera foi indo embora e a praia foi só esvaziando antes do por do sol. Nesse vai e vem de pessoas indo embora conhecemos um cara que estava com uma galera pequena e que disse morar lá, e então descobrimos vários acampamentos selvagens no meio do mato atrás da praia. Era gente que vai lá e fica papo de 3, 5 ou 6 meses no mato, até mais, vivendo de pesca e coisas que as vezes eles buscam na cidade, como arroz e etc que cozinham em seus acampamentos, que eles chamam de Guaxa. Importante destacar que eles não faziam o estilo 'roots', eram pessoas 'comuns'. Então entardeceu, curtimos a praia (mas sem entrar na água porque o mar tava MUITO violento) e a noite caiu maravilhosamente linda, com o céu limpinho. Quando já era de noite, tipo umas 20h, saímos das barracas pra andar pela areia de bobeira e pra fumar um baseado. O meu amigo não fumava, mas trazia com ele uma garrafa de vodka pura (que eu não bebia) kkkkk... Já estava escuro por conta do horário. Não tinha lua no céu e então a visão alcançava muito mal no máximo uns 2 metros a frente. O céu estava estrelado.

Enquanto andávamos percorrendo a faixa de areia nós encontramos no meio do caminho um cara que estava em pé na areia e que também estava fumando, e nós paramos pra trocar ideia com ele. Esse cara também era um desses que tinha um acampamento 'fixo' lá, e trocando ideia ele começou a contar a história da praia e de como ele cresceu por lá. Boldo vai, boldo vem, ele disse que ele ia naquela praia desde os anos 90 e praticamente morava lá, se dividindo entre passar alguns meses acampado e outros meses em casa.

Contou que já rolou muita operação da polícia na praia e que ele já tomou várias duras lá, principalmente quando a polícia batia em duas favelas bem grandes que tem próximo da região, porque a galera de lá sempre fugia para as praias por serem desertas e protegidas da cidade pela montanha e pela floresta. Disse também que rolava muita gente que tava jurada de morte e se refugiava lá. As vezes o cara era expulso da favela de uma facção e ia pras outras de outras facçoes, só que nessa outra também era expulso, e ai como todas as favelas da cidade tem facção e o cara tava expulso delas, o único refúgio que sobrava pro cara era ir morar lá entre essas praias. E então a polícia descia na praia atrás desses malucos foragidos e dessa doideira toda.

Ele contou muita coisa e tudo que ele contou realmente fez sentido. Ele disse que a região era perigosa antigamente, só os locais costumavam frequentar e que ela só ficou conhecida de verdade a partir de uma certa época que rolaram alguns programas de segurança no Estado inteiro, não por causa desse programa em sí, mas pq na época rolou muita operação na cidade toda e isso deu uma amenizada na segurança de maneira geral, o que facilitou o acesso as praias e trilhas por pessoas que eram de fora daquela região.

Enfim, não sei se as histórias dele eram reais mesmo ou se o maluco tava de pilha pra cima da gente, sei que ele me contou isso enquanto tava todo mundo muito louco já, muito mesmo. E fora o fato de que fez muito sentido porque batia com a realidade do estado. Aí, por mera coincidência do destino e totalmente por acaso no meio desse papo de polícia, operação, e bandido, começaram a surgir muitas lanternas no alto da trilha enquanto ele contava essas histórias. Cada vez surgia mais uma, e eram fortes... Quando parou de surgir, contamos umas 20 e poucas!

A orla da praia tinha uns 300 metros, e com visão pra mais uns talvez 200m de trilha, dá uns 500m de distância da gente. Acredite, a lanterna deles refletia na água perto da gente, a 500m de distância... Não era iluminar tipo ILUMINAR, mas sim um reflexo BEM aparente (((que qualquer lanterna normal não faria)))). As lanternas eram bem fortes e a luz delas era idêntica. Todas tinham a mesma coloração, ou seja, eram +20 lanternas exatamente iguais em questão de potência e cor.

O cara ficou doido, ele já tinha dado um teco (cocaína), além do baseado, e tava na onda máxima... Cismou que era polícia. E eu que tava muito doido também entrei na pilha do cara e começou a bater um alerta leve. Lembro dele falando "essas luzinhas estão muito iguais, tá esquisito isso... muita luzinha". Nisso tudo aquela ansiedade chegou batendo, e parece que pra mudar de assunto e não ficar focado naquilo, o cara quis apresentar o acampamento dele pra mim e pro meu amigo. Nos convidou pra 'entrar', liguei a lanterna mais fraca que tinha p não incomodar a vista de ninguém lá dentro e fomos em direção ao mato atrás da faixa de areia. O cara foi gente boa quando nos conhecemos e não tinha motivo p negar (apesar de que desde o início eu achei que ele tinha uma carinha de bandido, mas que não demonstrava perigo e sim amistosidade).

Entramos no acampamento e logo de cara tinha uma rede do exército entre duas árvores com um cara vestindo uma gandola e chapéu australiano do exército brasileiro deitado nela (aquele chapéuzinho tipo de pescador). Essa hora já arregalei o olho e pensei comigo: ihhh, pronto... kkkkkk Claro que era bandido.

O clima geral da praia (e principalmente dentro do acampamento) era de tensão, todo mundo comprou a ideia de ser polícia, mesmo sem ninguém ter falado com ninguém (essa história que ele contou da praia, o papo da polícia e etc tinha sido só entre eu, meu amigo e ele. Mais ninguém). As outras pessoas tiraram suas próprias conclusões só por verem a iluminação das lanternas na trilha também. Afinal durante a conversa nós estávamos na faixa de areia, e as outras pessoas dentro dos acampamentos delas. 

Não era tensão de correria, mas uma ansiedade em querer saber o desfecho do que seriam todas as lanternas, porque a trilha era longa e levava tempo até que eles chegassem na praia, principalmente por estar a noite e eles terem que descer as pedras mais devagar do que se fosse durante o dia.

Enfim, voltando ao desenrolado: entramos no acampamento, dei de cara com o maluco vestido de exército e o pior é que a iluminação da minha lanterna era baixa, e também obviamente não rolava ficar apontando a lanterna pra cara dos outros pra ficar olhando o cara ou o acampamento no geral, o que fazia com que a minha imaginação só fluísse em meio a escuridão e a tensão do lugar e da mente. E eu te convido a imaginar comigo: Praia deserta, rio de janeiro, quase 22h da noite chapado até o osso, uma escuridão total e você dentro do mato com pessoas que você não faz ideia de quem seja, mas que imagina serem bandidos, e uma ansiedade generalizada por achar que a polícia estava encostando com um bondão de mais de 20 policiais. Isso tudo sem ter pra onde correr, era floresta fechada e montanhosa. Então pra sair 'fácil' só por caminhos ou trilhas já traçados (que não conhecíamos nenhum pois estávamos literalmente conhecendo a praia naquele dia). Enfim, fomos andando e o cara mostrando tudo, realmente era um acampamento preparado p/ passar maior tempão lá de boa, sem faltar nada. Quando chegamos na 'cozinha' do acampamento o cara mostrou uma sopa que tinha acabado de fazer e perguntou se queríamos. Recusamos, afinal estávamos doidos p/ sair dali logo porque o clima não era dos melhores com aquelas lanternas descendo a trilha. Só que o cara insistiu muito, chegou a colocar a sopa num pote de margarina e dar na minha mão. Essa hora, com o pote de sopa na mão, pensei: Putz, e agora? Como recusar? Não queríamos fazer desfeita, afinal, não era muito minha ideia 'chatear' o cara (talvez ele pudesse pensar que estávamos com nojo da comida ou sei lá). Mas não era isso, só queríamos vazar logo e voltar para as nossas barracas, porque essa hora a mente já tava estourando de apreensão, apesar do cara ser muito gente fina.

Continuamos conversando sobre assuntos generalizados e educadamente recusei depois de agradecer muito. Tínhamos passado uns bons minutos lá dentro, talvez uns 20, que pareceu uma eternidade, e então finalmente fomos andando p/ a saída.

Chegando na saída tinham dois caras parados conversando, olhando em direção a trilha, e ao passar por eles ouvimos eles falarem algo relacionado atirar nos caras da lanterna, e de novo o coração bateu mais forte... Lembro perfeitamente de ouvir ele falando "se eles largarem de lá, a gente larga daqui", enquanto apontavam pra trilha. 'Largar' é uma expressão equivalente a 'atacar', pra quem não é do rj. 

Tava só eu e esse amigo, e fora a gente tinham mais 2 outros grupinhos muito pequenos acampando, de umas 3 pessoas um e 4 pessoas o outro... O resto da praia eram pessoas tipo esse cara que meio que morava lá pra dentro do mato. Do 'grupo' deles acho que dava umas 15 a 20 pessoas espalhadas em diferentes acampamentos. A praia inteira estava tensa. Enfim saímos do acampamento deles e fomos andando até as nossas barracas e sentamos pra conversar; essa hora lembro de ter deitado na porta da minha barraca com o coração tão disparado que lembro de ter falado pro amigo que eu tava prestes a morrer do coração. kkkkk (Meu coração tava tão disparado que parecia que ia sair do peito). Nessa hora a única coisa que eu pensava era: Por quê não estou no conforto de casa? Podia estar deitado fazendo vários nadas agora, com zero preocupação. Mas aí já era, não tinha escolha senão passar a noite lá. E o pior: nossa barraca tava exatamente no meio entre a trilha e o acampamento desses caras. Pensamos: Se realmente rolar algo, estamos exatamente no meio do caô. Vai dar merda! Pra não ficar naquela maré de bosta resolvemos sair da barraca e ir conversar com os outros grupos 'normais' que tinham lá. Perguntamos o que eles achavam que eram as lanternas e eles tb diziam estar apreensivos sem saber o que era, mas imaginando não ser algo bom. Depois conversamos com um trio e perguntamos se podíamos aproximar nossas barracas da barraca deles. Eles aceitaram, e lá fomos nós.

Quando nos demos conta já era tarde da noite e a gente arrastando as duas barracas montadinhas pela areia. Pensa no perrengue: no meio da noite (sem lua) soltar as estacas e arrastar praia a fora as barracas que já estavam no jeito, organizadinhas p deitar e dormir, tanto por fora quanto por dentro. Queríamos aproximar deles pq eles estavam em outro astral apesar de também preocupados (afinal eles não tinham tido a conversa que tivemos antes e não tinham visto o que vimos). Enfim terminamos de arrastar e sentamos de novo na frente das barracas. As lanternas cada vez mais próximas e nós dois batendo cabeça desesperados achando que era polícia mesmo e que íamos de ralo mesmo sem flagrante (digo sem flagrante pq eu só tinha pouca maconha e era fácil de dispensar). E esse desespero era porque é complicado praia deserta + polícia do rj não deve dar muito certo mesmo que você não deva nada. Quem é do RJ sabe a polícia que temos. Pra fazer maldade é um pulo. Nessa hora, sentados novamente, começamos a prestar atenção na trilha. E pra piorar, conforme eles desciam a trilha tinha alguém que parecia ser o líder do grupo. Se as pessoas da frente se afastavam muito ou então quem estava p trás perdia o ritmo, esse líder gritava "segura" pra frear o grupo todo e reunir geral de novo, p/ então descerem todos juntos. Assim como conforme eles mexiam as lanternas, as vezes iluminavam o chão e as pernas de quem estava próximo, e nisso dava pra enxergar uma marca no joelho. Essa hora eles ja deviam estar a uns 200m de onde estava nossa barraca. Era próximo o suficiente pra enxergar sutilmente uma marca mas longe o suficiente pra não conseguir distinguir o que era a tal marca.  E então na mesma hora imaginei serem joelheiras de uniforme militar. Aí já viu, neurose tava a milhão. A cada segundo a mente automaticamente procurava maneiras de fomentar a ideia de realmente serem policiais. A trilha é razoavelmente difícil de descer, é escorregadia e é na beira do mar. Então se você escorregar da pedra já era. Foram sei la quantas horas de pura aflição até a galera terminar de descer; e o desespero fazia parecer uma eternidade. Por fim foi papo de colocarmos celular e carteira no bolso e ficar cada um com uma lanterna na mão esperando pelo fim da história que tava perto. Combinamos que se desse algum rolo a gente corria pro mato e seja o que Deus quiser. (rolou muita coisa até chegarmos a esse ponto, são detalhes mas que explicar por texto fica difícil).

Até que enfim, depois de muito tempo, os primeiros começaram a colocar o pé na areia. A hora de tomar alguma decisão tinha chegado e começamos a pensar: Ou a gente vaza daqui e corre o risco de dar merda por acharem que estamos fugindo, ou vamos na direção deles mostrar que somos apenas duas pessoas acampadas e que não sabemos de nada do que tá acontecendo. Foi quando eu e o amigo resolvemos por ir andando na direção deles. Tivemos três principais motivos para fazer isso: Primeiro porque nos afastaríamos do acampamento desse cara, afinal não sabíamos qual era a dele e era a primeira vez que estávamos pisando naquela praia; Segundo que apesar de arrastarmos a barraca, não tinha muito como sair do meio do fogo cruzado, se acontecesse; e terceiro que se fosse polícia já nos identificariam logo...

Essa hora foi tipo aquele encontro em câmera lenta dos filmes, de duas pessoas que não se veem há muito tempo! Hahaha O coração já batia mais calmo e uma tranquilidade começava a segurar aquela aflição... A galera ia colocando o pé na areia e eu e o amigo íamos em direção a eles. Foi uma caminhada que nunca vou esquecer... Quando finalmente chegamos perto... depois daquele suspense todo... tivemos a maior e mais inesperada surpresa do mundo: Não era polícia, eles eram um grupo de escoteiros de uma igreja. Sim! Um grupo de escoteiros! Tinha criança de DOZE ANOS no grupo!

E aí fica explicado o porquê do cara comandando o grupo: Realmente tinha uns líderes juntos pra controlar aquela galera toda, afinal tinha gente de todas as idades. A marca no joelho? Era o uniforme deles! Não sei o nome do grupo, mas é um uniforme verde com um quadrado destacado no joelho (a noite e de longe meu amigo, você jamais vai identificar... Só dá pra identificar o formato, e com a cabeça à milhão a única associação possível é de ser um uniforme tático desses).

Os caras eram escoteiros profissionais, usavam até lacinho no pescoço! Hahaha Maluco, o bagulho foi doido. Que alívio. Acho que nunca vou experimentar uma sensação dessa de novo. Foi o dia do maior desespero e do maior alívio da minha vida. Viajei entre os dois extremos numa fração muito curta de tempo.

Quanto à galera dos acampamentos: Realmente tinha algo lá... Depois de passado o susto fui fumar mais um baseado pra apaziguar a mente e trazer paz pro coração (kkkk), e nessa fui trocar ideia com outra pessoa que também morava lá. Afinal, a esse ponto, todo mundo já tinha se desentocado do mato e estava feliz da vida na areia de novo...

Perguntei pra pessoa: "E essas lanternas, hein?! Eu achei que fo..." E a pessoa completou antes de eu terminar de dizer: 'Pois é, tu achou que fosse operação né? A praia inteira ficou na neurose, fulano até cavou buraco na areia (pra esconder coisa...)"

E aí quando essa pessoa disse isso eu confirmei, realmente tinha mais coisa do que eu deveria saber lá dentro... Mas apesar de tudo, fui muito bem recepcionado na praia. Saí jurando que nunca mais voltaria lá, mas no ano seguinte eu tava lá de novo hahaha mas dessa vez em outra praia do conjunto.

Depois descobri que realmente rolam algumas operações brabas da polícia na praia e que andam bandidos armados na trilha. E essa é minha história! O dia que passei o maior aperto da vida por conta de uns escoteiros evangélicos... Eu queria muito ter filmado, mas sem chance. Na hora jamais pensei em filmar. Fora que o celular estava desligado p economizar bateria, já que saímos 6h da manhã pra ir pra lá. 

E abaixo fica uma foto do amanhecer daquela noite! 

IMG_3222.thumb.JPG.b96ec875cb121421c6c0dbb32246f8ef.JPG

Editado por papatango
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