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Apresentadores garantem: rodar o mundo também é sofrer muito


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Eles têm que comer pratos escatológicos e se arriscar em regiões áridas e consideradas perigosa

 

05/05/09

 

FONTE: Agência Estado

 

Passar por hotéis luxuosos, tomar os melhores vinhos, experimentar iguarias divinas, visitar lugares exóticos... Parece o melhor emprego do mundo: viajar pelo planeta e mostrar o "filé mignon" de cada país. Mas apresentadores de programas turísticos de TV garantem que nem sempre a vida é um sonho. Sim, eles conhecem os países e enchem a sacola de quinquilharias, mas também precisam encarar perrengues, como comer pratos escatológicos e se arriscar em regiões áridas e consideradas perigosas.

 

Álvaro Garnero, por exemplo, que atualmente apresenta a segunda temporada do seu "50 por 1" (de sábado para domingo, à 0h30), na Record, já precisou até beber sangue de cobra em uma de suas andanças pela Ásia e experimentar um coquetel de lesma no México. E, nessa fase da atração, o apresentador tem perdido o fôlego. "Todos os destinos são rotas. É caminhada e aventura para tudo que é lado. Estou suando a camisa. Por isso, enfatizo, não é fácil viajar."

 

Percalços gastronômicos também foram a pedra no sapato de Zeca Camargo que, pelo dominical "Fantástico", fez duas voltas pelo mundo. "Eu tenho um estômago de ferro. Mesmo assim, viajo sempre com uma pequena farmácia. Acabo experimentando de tudo e, infelizmente, com algumas consequências digestivas... Uma vez, tive de encarar um ovo de pato fecundado, uma especiaria nas Filipinas", conta o apresentador, dono de 82 carimbos no passaporte.

 

Além de experiências escabrosas com a culinária, Garnero ainda enfrentou problemas com a polícia. "Uns policiais entraram no Taj Mahal (o famoso templo indiano, patrimônio da humanidade) para prender meu cinegrafista e meu câmera. O argumento deles era de que a equipe não tinha liberação para filmar no hotel, o que era mentira. Infelizmente, para Mumbai, eu não volto. Isso, sim, foi muita má digestão", desabafa o apresentador, que já conheceu 60 países.

 

Outro colecionador de histórias indigestas é Luís Nachbin, âncora da série "América Latina", do Canal Futura. "Parece que a gente ganha a vida fácil. Não vou negar que é um privilégio viajar, mas nem sempre somos bem-vindos nos lugares. Uma vez, visitei uma comunidade rastafári na África onde algumas pessoas me olhavam com bastante hostilidade. Pareciam que pensavam ‘o que esse cara faz aqui com o raio dessa câmera?’." Nachbin, assim como Zeca e Garnero, também foi obrigado a provar especiarias regionais de embrulhar o estômago. "Na Islândia, comi cabeça de ovelha e tubarão enterrado. Fácil, né?"

 

Por causa de situações como estas, Bruno de Lucca, do "Vai Pra Onde?" (Multishow), prefere viajar - e comer - pelo país mesmo. "No exterior, a gente conhece muita coisa bacana mas, no Brasil, estamos em casa. A comida é mais confiável. E a mulherada, mais bonita", diz, rindo.

 

Ana Paula Padrão, que já foi correspondente internacional e hoje é responsável pela produção e apresentação do "SBT Realidade", pensa até em escrever um livro com todas as suas histórias no exterior. Recentemente, a jornalista viajou para a Capadócia, na Turquia, onde gravou um especial de aventura - até balonismo a jornalista fez. Mas foi no Afeganistão, em 2000, que a espinha de Ana de fato se arrepiou. "Sob o regime Talibã, filmávamos clandestinamente. O perigo era constante."

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