Membros MárciaCM Postado Março 23, 2015 Membros Postado Março 23, 2015 Carnaval 2015 - CHAPADA DIAMANTINA Depois de passar o Carnaval 2014 em casa por falta de coragem para enfrentar a estrada para o litoral Catarinense, decidi em outubro escolher o destino para o próximo feriado de Carnaval. Tendo em vista que bagunça de Carnaval não e a minha praia, escolhi a Chapada Diamantina para conhecer...pronto, adquiri o aéreo até Salvador... com milhagens. De Salvador, há como chegar na Chapada Diamantina de carro, avião e ônibus. De carro a viagem dura cerca de cinco horas, de ônibus são seis e de avião cerca de uma hora. O aeroporto Horácio de Matos, no município de Lençóis, recebe vôos regulares a partir de Salvador e está a 20km do centro da cidade. Os vôos são ofertados pela Azul com saídas as quintas e domingos. Optei por alugar um carro em Salvador, retirando e devolvendo no aeroporto mesmo. A empresa escolhida foi excelente, que inclusive foi escolha da minha amiga, que decidiu me acompanhar nesta aventura, ela é fera em pesquisa de preços e conseguiu um ótimo com a Mitchell Rent a Car (71 9154-4781 Tim). A principal cidade é a de Lençóis, cerca de 430 km de Salvador, com uma população aproximada de 10 mil habitantes e que possui a maior infraestrutura hoteleira. A Chapada Diamantina possui altitude média entre 800 e 1.200m acima do nível do mar, o que torna o clima agradável. As serras que compõem a Chapada Diamantina abrangem uma área aproximada de 38.000 km². Observando no mapa este fato, decidimos que o ideal seria não ficar apenas em Lençóis, já que as atrações da Chapada estão espalhadas por todo o território. A região possui uma quantidade imensa de atrações, tivemos que selecionar, já que ficamos apenas 5 dias por la. Escolhidas as atrações ... hora de definir a melhor logística para nos hospedar. Ficamos então as duas primeiras noites em Ibicoara, cidade ao extremo Sul da Chapada. Ibicoara não possui as belezas das outras cidades que visitamos, sendo assim, foi escolhida apenas como porta de entrada para chegarmos ao nosso primeiro destino, o Buracão. Em Ibicoara ficamos na pousada Portal dos Avataras, em que tivemos uma recepção muitíssimo atenciosa pelo casal donos no lugar, e com um café da manhã pra lá de especial, adoramos! No primeiro dia fomos conhecer o Poço Encantado e o Poço Azul, que são grutas com poços de água cristalina em que os raios solares penetram nas cavernas e atravessam os poços, que possuem cor azul turquesa. Uma das coisas que mais impressiona nos poços é que, mesmo com a profundidade com áreas que variam de 20 a 61 metros, é possível ver nitidamente tudo o que está no fundo, como pedras e troncos de árvore a mais de 50 metros. O Poço Encantado, localizado no município de Itaeté, possui fácil acesso de carro. Nele não e permitido o banho e a entrada possui taxa de 20, 00. Existe uma época considerada a ideal para visitar o Poço Encantado, que vai de abril a setembro. Logo em seguida, rumo a Nova Redenção que fica a cerca de 50 km de Itaeté, a visitação foi ao Poço Azul, em que a atração e fazer a flutuação dentro do poço, acho que foi uma das melhores sensações da viagem! A taxa é de 15,00 o que inclui colete e máscara, mais a travessia do rio que foi 10,00 por pessoa ida e volta. Também, possui a época mais recomendada, que vai de fevereiro a outubro. Nossa viagem não foi na época considerada a melhor para visualizar os poços e já ficamos maravilhadas, imagina na época ideal! temos que retornar a esse lugar! E necessário também se atentar aos horários de visitação, já que é perto do meio dia que os raios penetram com maior incidência nos poços. O segundo dia, e na minha opinião o mais fascinante, foi para conhecer o Buracão. A visitação deve ser realizada na presença de um guia local. O casal Maha e Sergio do Portal dos Avataras nos indicaram o Willians, que foi um ótimo guia. O custo seria de 100,00 para nós duas, mas conseguimos outras duas pessoas para nos acompanhar, o que diminuiu o valor para 35,00 por pessoa. Verificamos que os valores são tabelados. Este é um passeio para o dia inteiro, são cerca de 45 minutos para chegar ao destino final, sem considerar as paradas. A caminhada beira o Rio Espalhado, passando pelo Buracãozinho e pelas cachoeiras das Orquídeas e do Recanto Verde. Quando pensávamos que tínhamos visto muita beleza e o passeio estava no fim, deparamos com um cânion de três metros de largura e 90 metros de altura por onde corre um rio. Nesse ponto colocamos um colete salva-vidas e caímos na água rumo a cachoeira do Buracão. O Buracão é realmente fascinante, nenhuma foto poderá transmitir a energia e beleza daquele lugar. No caminho ainda paramos para apreciar o Mirante do Campo Redondo. No terceiro dia partimos para Mucugê, uma pequena cidade com ruas de pedra tomadas por antigos sobrados coloridos do século 19. A cidade permite viajar no tempo em que a economia girava em torno da mineração do ouro e principalmente da extração do diamante. Na chegada da cidade, nos deparamos com o único cemitério de estilo bizantino do Brasil, composto por jazidas em forma de igreja, todas pintadas de branco. Em Mucugê ficamos hospedadas na casa de uma pessoa que conhecemos em certo momento da viagem, mas pode-se encontrar pousadas com facilidade na região. A altitude e o clima das montanhas da Chapada Diamantina são considerados ideais para a produção do café, tornando a região conhecida pela sua produção de cafés gourmet. Uma dica de gastronomia em Mucugê é ir ao cafe.com, onde pudemos apreciar o famoso café da região, sem contar o cardápio que nos surpreendeu. No período da manhã fomos conhecemos o Parque Municipal de Mucugê, onde está localizado o Projeto Sempre-Viva, criado para preservação de uma espécie de flor endêmica de Mucugê, de uso ornamental, que pode durar décadas depois de seca e que encontra-se em ameaça de extinção. Visitamos também o Museu do Garimpo, a cachoeira das Andorinhas e Cachoeira dos Funis. A taxa de manutenção foi de 10,00 por pessoa. A tarde fomos para a Vila de Igatu, tombada como patrimônio nacional pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Interessante, uma vila praticamente construída de pedras contendo diversas ruínas. Também conhecemos a Galeria Arte e Memória, um museu a céu aberto que guarda utensílios do garimpo e dos escravos. Ao fim do dia, partimos para Lençóis. Lençóis costuma ficar lotada no período do Carnaval, foi graças a minha amiga que ficamos em um quarto alugado no andar superior de um restaurante. Conseguimos um ótimo preço sem nos importar com o fato de não haver frigobar e nem ar condicionado. Um quarto espaçoso, aconchegante e arejado, caiu como uma luva! (71 99637917). Como já estávamos em pleno Carnaval, a partir deste dia a estratégia que adotamos foi acordar cedinho para chegar antes dos tantos turistas aos locais. Nesta época as atrações lotam. Nossa tática foi super funcional! Quinto dia ... partimos para a o Vale do Capão (a 74 km de Lençóis) rumo a Cachoeira da Fumaça, a segunda maior do Brasil, com seus 340 metros de altura. Foram 6 km de trilha, sendo 2 km de íngreme subida. Fomos uma das primeiras visitantes. O valor para o acesso é uma contribuição voluntária em uma caixinha, que consideramos justo darmos uma contribuição! A tarde fomos conhecer a Caverna da Torrinha, uma das cavernas com maior diversidade de espeleotemas do Brasil, que são formações rochosas típicas de interior de caverna. O seu diferencial está na agulha de gipsita, com 65 cm, uma das maiores do mundo, e na flor de aragonita, única do mundo, uma bola de cristal rodeada de agulhas. São percorridos 2 km dentro da caverna, com duração aproximada de 2 horas de 30 min., sendo que em alguns trechos e preciso andar agachado e até engatinhar. O valor por pessoa varia de 30 a 45 reais, dependendo o tamanho do grupo. Retornamos a Lençóis para no dia seguinte aproveitarmos nosso ultimo dia inteiro na Chapada, sexto dia. Da mesma forma, saímos cedinho e fomos conhecer a Pratinha, no município de Iraquara, a 67 km de Lençóis...exuberante gruta escavada pelo rio Pratinha, quando este deixa de ser subterrâneo e aflora à superfície. A grande concentração de calcário no fundo do rio torna a água com uma mistura de cores entre verde, azul e prata...de encher os olhos. A gruta termina em um lago de águas azuis, que mais parece uma praia. Por ali, existe a opção de fazer uma tirolesa de 85 metros, a 12 metros de altura; nadar e andar de caiaque. Ao longo do leito do rio, micro búzios lembram areia fina, parece realmente que estamos numa praia. Taxa: 20,00 por pessoa. Através de uma curtíssima trilha pode-se conhecer a Gruta Azul, sendo que nesta não se permite o banho. O curioso desta é que os raios solares incidentes em torno das 15 horas torna a gruta na cor azul. As pessoas vão chegando e sentando ao longo da gruta para prestigiar o inicio da incidência dos raios, tornando o fundo da gruta o palco de uma exibição! Para fechar o dia, no caminho para Lençóis, não poderíamos sair da Chapada sem conhecer o Morro do Pai Inácio, cartão postal da Chapada Diamantina, e não é por menos, um visual que não sairá das nossas lembranças! Sem falar que no morro pudemos prestigiar o famoso por do sol da Chapada! Para chegar até o Morro do Pai Inácio, o acesso é relativamente fácil e a trilha está localizada a margem da BR cerca de 26 quilômetros da cidade de Lençóis, sendo a trilha relativamente tranquila. Existe uma taxa no valor de 5,00 por pessoa para o acesso. Ainda tínhamos o período da manha do sétimo dia para aproveitarmos, já que nosso vôo em Salvador estava marcado para as 02h00 da manha. Aproveitamos ate o ultimo instante! De fácil acesso, fomos conhecer o Rio Mucugezinho e o Poço do Diabo, a 20 km de Lençóis, taxa de 5,00 por pessoa. O Rio Mucugezinho forma diversos poços, sendo um dos deles a cachoeira do Poço do Diabo, de 20 metros. Aproveitamos para aproveitar o Rapel e a tirolesa. Pensamos que pela facilidade em chegar ao local, não veríamos muita beleza...nos enganamos! Relado Chapada Diamantina.pdf Citar
Membros Wellington.Silva Postado Março 23, 2015 Membros Postado Março 23, 2015 Olá MárciaCM, tudo bom? Parabéns pelo relato e pela viagem, muito bom! Márcia, vi que vocês alugaram um carro, você recomenda? Estou pensando em alugar um em Salvador e de lá partir até a Chapada. Quantas horas de viagem, em média, no trecho LençóisxSalvador? É fácil a locomoção de carro entre os atrativos? Como estão as estradas? Poderia passar o contato do Willians? Abraços Citar
Membros MárciaCM Postado Abril 12, 2015 Autor Membros Postado Abril 12, 2015 Ola Wellington, A estrada de Salvador ate Lençóis esta em bom estado, foi super tranquila a viagem, levamos 5 horas contando uma parada para lanche (recomendamos) A locomoção entre os atrativos também e tranquila, todos os lugares que estivemos foi de fácil acesso com nosso possante 1.0 rsrs Nosso guia no Buracão foi o Uilians Marques, contato no facebook. Abraco. Citar
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