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As contradições de 7 Lagoas


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:arrow: FONTE: AltaMontanha.com

http://www.altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=1755

 

[align=Justify]Ao mesmo tempo em que o montanhista é posto como o vilão da preservação da natureza, interpretação esta totalmente distorcida daquilo que a própria história da atividade e as premissas de nossa cultura diz, ocorre em nosso país fatos negativos em nossa história ambiental e os verdadeiros culpados nunca chegam a serem punidos. Em Lagoa Santa o escalador já está sendo punido por um impacto que ainda precisa ser confirmado se existe. Veja as contradições ambientais que existem na região.

 

 

Mais conhecido agora como Área de Monumento Natural Estadual, a Gruta Rei do Mato localizada na cidade de Sete Lagoas - MG, abriga uma das áreas de escalada mais incríveis do Brasil. Esse afloramento de calcário já foi matéria de revistas estrangeiras de escalada em rocha e atrai escaladores de toda parte do Brasil, e exterior como franceses, alemães,americanos espanhóis, etc. No entanto, esta área está para ser fechada para a prática de escalada.

 

Uma ação do IEF em parceria com a Prefeitura de Sete Lagoas está em andamento para dispersar as cobranças da população por uma estação de tratamento de água e esgoto. Sete Lagoas é um dos municípios que mais polui o Rio das velhas com dejetos industriais segundo dados do Projeto Manuelzão.

 

Proibir as escaladas demonstra que o turismo de aventura, que contribui pela preservação dessas áreas, fica em segundo plano (algumas áreas encontram-se extremamente degradadas pelas minerações e siderúrgicas). As empresas poluidoras ganham tempo para exaurirem os recursos naturais com a conivência da administração pública que usa isso como argumento para falar que está fazendo algo pelo meio ambiente. É uma ação muito mais barata do que construir uma estação de tratamento de esgoto, o que não existe em Sete Lagoas, cidade de grande arrecadação tributária, mas que despeja todos os seus detritos no Rio.

 

Montanhistas que frequentam a área além de cuidarem com a coleta de lixo deixado por turistas convencionais, caçadores e lenhadores, denunciaram a captura de filhotes de papagaio e depredação por parte de pessoas leigas, que ao contrário da comunidade escaladora, desconhecem as regras de mínimo impacto em ambientes naturais.

 

Segundo oficio encaminhado a Fememg e assinado pela Diretoria de áreas protegidas: Nádia Aparecida da Silva Araújo (Diretora de áreas protegidas IEF/MG):

 

“Ate que seja elaborado um plano de manejo todas atividades e obras desenvolvidas nas unidades de conservação de proteção integral devem se limitar aquelas destinadas a garantir a integridade que os recursos que a unidade objetiva proteger assegurando-se às populações tradicionais porventura residentes na área as condições e os meios necessários para a satisfação de suas necessidades materiais, sociais e culturais."

 

Mas de acordo com o presidente da Fememg, Leandro Antonio dos Reis tudo esta sujeito a interpretação. A função dos escaladores é manter um dialogo educado, uma vez que estes consideram-se também população tradicional no local.

 

Anne Louise Fernandes é jornalista e escaladora.[/align]

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