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Eurotrip Junho de 2016 - França (com Paris,e Banlieu de Essonne , Chartres e Amboise), Amsterdam e Praga


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Após ler vários relatos finalmente chegou a minha vez de contribuir um pouco com o site que me ajudou tanto.

Me chamo Vitor, sou de São Gonçalo / RJ e viajar é praticamente um estilo de vida. Com muito esforço e suando a camisa dá pra realizar esses sonhos pois é muito bom.

Esta não é a primeira vez que viajo pra França (depois posto sobre as viagens anteriores). E por este motivo o meu roteiro e as coisas que procurei fazer saíram um pouco dos principais lugares turísticos, já que procuramos explorar mais aquilo que tinha a ver com nossas preferências do que bater cartão em cada lugar imperdível.

 

Viajamos em 3 pessoas, usando a Air France na ida e a Klm na volta.

Fizemos Rio - Paris pela Air France / Paris - Amsterdam - Rio na volta com a KLM.

DICA: Planeje o stopover (parada grátis) no site da KLM , use o campo de múltiplos destinos, pois realmente vale a pena. Amsterdam é demais e vale a pena conhecê-la de graça.

 

Chegamos em um mês complicado: Eurocopa, greve dos lixeiros, dos trabalhadores ferroviários da SNCF, após os atentados. Mas nada disso tirou a graça da viagem; pelo contrário, os desafios ajudaram ainda mais a darmos valor a cada coisa legal que vivíamos.

O meu foco foi aproveitar Paris mais gourmand, ou seja, aproveitando o que mais gosto: doces e comendo bem e se possível barato. Nem sempre dá pra combinar os dois pois Paris tem seu lado caro e chique, mas tem tanta coisa boa, barata e até de graça que vale a pena compartilhar.

 

PERÍODO DA VIAGEM: 03/06 - 03/07/2016

CIAS AÉREAS : Air France e Klm (passagens compradas pelo site da Klm , com três meses de antecedência e stopover)

VALOR: R$ 2100 parcelados em 4 x (esse detalhe sim, faz toda a diferença pra facilitar a vida do mochileiro).

 

Embarque no Galeão foi bem tranquilo e moderno com as máquinas automáticas para check-in .Air France é uma boa cia aérea, com pontualidade, bom tratamento, espaço pequeno entre os assentos (sou baixo, pra mim não faz tanta diferença, mas para os mais altos é complicado). O vôo direto para Paris foi tranquilo e imigração também, apesar da espera pois o aeroporto Charles de Gaulle estava lotado.

Pegamos um ônibus de 11 euros até a Place de l'Opera e de lá o RER (trem que vai para várias regiões em torno de Paris) para a cidade de Montgeron, no banlieu (subúrbio), onde fomos hospedados por amigos franceses.

Foi complicado pois ficamos esperando cerca de 1h até o trem sair (o normal seriam menos de 15 minutos).

Chegamos bem cansados para valeu a pena .

 

No dia seguinte, bater perna em Paris combinando programas grátis ou baratos e patisseries, boulangeries que com certeza valem muito a pena.

 

Chegamos de metrô no Marais , passamos pela Igreja de Saint Paul logo na saída do metrô e passamos na loja HEMA (que é holandesa mas carimba presença na França também). Se precisar comprar qualquer coisa passe lá antes: É bom e barato. Me lembra um pouco nossas Lojas Americanas.

Como já tinha almoçado em casa, passei pra procurar bons doces. EM frente à HEMA do Marais tem um chocolatier chamado Georges Larnicol, que inclusive ganhou um MOF (meilleur ouvrier de france - melhor trabalhador da França na sua área) . Tem coisas bem gostosas de baratas. Exemplo: macarons por 0,80 de euro. Nos outros lugares do Marais estão a partir de 3 euros e nem sempre são tão bons assim.

Depois partimos para o Museu Carnavalet que conta a História de Paris, é de graça e você contribui se quiser.

Perto da Place des Vosges, fomos à sorveteria Amorino, de origem italiana , com uns sabores muito bons como caramelo salgado. O glace é muito bom , é servido em formato de flor e custa a partir de 3,50 euros. Vale a pena.

No dia seguinte fomos até a Feira de Belleville, um bairro bem popular, de imigrantes de vários lugares do mundo: deu pra trocar uma idéia com uma iraniana, um vendedor do Paquistão, uma senhora de Gâmbia e muitos outros. Entre barraquinhas de muambas, verduras, frutas, comidas, doces ,etc dá pra se divertir bastante. Simples e legal pacas.

Partimos para o cemitério Pere Lachaise pela primeira vez. Muito bonito; além das celebridades enterradas lá , algo que me chamou atenção é que tem até uma tumba de um fotógrafo em formato de câmera. ::hein:

Descemos pelo quartier Oberkampf, e tava rolando um Carnaval Tropical com um pessoal do Haiti e os Antilheses. Bem animado mas não lembra muito o Carnaval do Rio não.

No dia seguinte visitamos o Louvre, mas antes paramos na Galeria Lafayette perto da Place de l'Opera para comer uns macarons na Ladurée (dois por 5 euros; sim é meio caro mas vale a pena) e depois um lanche mais barato na Brioche Dorée , e depois um chocolate na Godiva e outro macaron na Pierre Herme (tem até com trufa branca além de outros sabores muito diferentões). Destes todos o mais carinho é a Godiva, mas o restante dá pra fazer um agrado pra sua alma gastando até uns 5 euros. Na boa, voce merece!

No caminho tem a Boulangerie Paul, bem acessível e uma delícia.

No dia seguinte, fomos ao Jardim das Tulherias e lá estava montado um Parque de Diversoes muito legal. Brinquedos infantis e outros bem radicais por uns 12 euros.

Dá pra combinar sempre um programa turistao com algo mais radical e incomum.

Voltamos todos direto pra infancia e a diversao foi boa. Perdemos a noção da hora pois demora a anoitecer no verão deles.

No dia seguinte peguei o RER A e fui até a La Defense, a área financeira de Paris com uns arranha céus e estruturas bem modernas. Se tiver um tempo vá para ver a cidade de uma maneira diferente. Tem até um pequeno vinhedo urbano lá.

A partir daí, parei de preguiça: nós pegamos uma Velib (sistema de aluguel de bicicletas da cidade) mas após passar por Neuilly sur Seine, uma cidade bem pequena ao lado de Paris. Paramos numa loja chamada Cojean para matar a saudade de açaí e mostrar para os amigos franceses. Meio caro, mas valeu a pena para apresentar uma delícia do nosso país.

Editado por Visitante
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Pedalamos até o Pantheon , Montparnasse e fomos dando voltas pela cidade. Na boa, se voce tem um pouco mais de tempo reserve um tempo pra se perder, pois com certeza voce vai se achar.

Depois de muito pedalar chegamos até Faubourg Saint-Denis. Largamos um pouco a bike e paramos em um restaurante curdo chamado Urfa Durüm. Comemos um kebab de cordeiro com a massa fininha e a carne muito bem temperada; pra beber um iogurte salgado diferente (se voce ja foi pro Oriente Médio já deve ter provado). O lugar é bem estreito e pequeno, mas muito legal, até os banquinhos são da hora. Tudo isso por uns 8 euros por pessoas mais a gorjeta por fora. Tem outras opções até mais em conta, mas essa é boa demais. Na boa, acho q eu era o único turista lá, e se eu não estivesse entre amigos franceses dificilmente iria lá.

Pra continuar o passeio fomos para a Ile St Louis onde sempre tem atracoes musicais de primeira. Tava rolando uma orquestra de violoes numa praça proxima, um grupo de jazz americano e um pianista frances. Cada um no seu espaco e tempo, aceitando as contribuições da galera, mas tudo de otima qualidade.

Partimos para a famosa sorveteria Berthillon, que tem uns sabores bem tradicionais e outros diferentoes. Novamente menos de 5 euros mas nao lembro o valor exato. Veio a calhar pois estava calor.

Continuamos a pedalada até Bastille e depois Quai d'Austerlitz. Lá , fomos até a Cité de la Mode et du Design. No segundo andar rola o um clube chamado Wanderlust , e no terraço o La Nouba. Tem espaço de restaurante, bar com música ambiente, eletrônica ou aquelas bandas hipsters. Mas o melhor de tudo: a entrada é de graça, apenas alguns eventos são pagos (confira sempre no site antes de ir).

Como nada é perfeito a bebida é cara: 11 euros a cerveja com menos de 500 ml (a mais em conta). Mas vale muito a pena pela música, pela bela vista , o lugar bem frequentado

e até para terminar uma bom dia com um happy hour num lugar bacana em Paris. Não esqueça que em outros lugares além de beber caro , se paga para entrar e o ambiente / musicas nem sao isso tudo. Então recomendo o La Nouba e Wanderlust.

No outro dia, de volta ao Jardin de Tulleries, fomos visitar a Roda gigante que estava toda ornamentada com as bandeiras dos paises da Eurocopa 2016. Foi rapido, mas bem legal tambem. Confira no site deles pois nao é permanente.

No outro dia, fomos de RER até a estação Chatellet Les Halles , e no proprio centro comercial do em visitamos a biscuiterie Le Petit Duc. A combinação de sabores que eles fazem é demais. O que mais gostamos foi com amendoas. O atendimento é legal, dá pra pedir umas provinhas dos produtos e os precos sao a partir de 5 euros.

Seguimos andando até o Hotel de Ville, onde estava acontecendo uma exposição com stands dos varios paises participantes da Euro. Cada um trouxe atracoes para formentar o turismo e convidar os visitantes. Tinha Casa da Islandia, queijo da Croácia, um jogo de pedalar da Bélgica (com direito a brinde pros vencedores), chocolate da Suíça e sorvete da Turquia dentre outros. Mas pra quem não sabe, quando você vai pegar a casquinha de sorvete do senhor turco, ele faz varios malabarismos e brincadeiras te enganando. No fim depois de muita luta voce consegue pegar o sorvete. É engraçado pra caraca.

Depois de visitarmos algumas lojas, fomos para Beaubourg beber uma cerveja no bistrô que tem o mesmo nome do bairro que é turístico, mas muito vibrante. Parada legal pra esticar as pernas e relaxar.

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Toda terça e quinta pela manhã, acontece a tal feira de Belleville, e quando estamos por lá sempre visitamos uma ou duas vezes. Mas nesse dia , visitamos a feira e também os arredores, em um Quartier Asiatique da região. Chamam de Quartier Chinois pela enorme quantidade de chineses. Passamos pela Place Frehel que foi revitalizada e tem uns grafites muito legais, e no caminho paramos num boulanger chamado Thierry Meunier (tambem com um MOF), pães e doces muito bons , e de comer com os olhos . Dá pra ir comendo bem, sem pagar muito (novamente menos de 5 euros) e ir andando pela cidade que mesmo longe do movimento turistão é muito legal!

Um lugar bem legal que esqueci de citar em Oberkampf foi o bar temporário Le Repaire Jägermeister. Entre os dias 9 e 12 de junho rolaram várias atividades bem legais, bebida da hora, e ambiente bem legal e boa musica. Deu pra assistir até Alemanha e Ucrânia pela Eurocopa lá. Vi na internet que é itinerante. No site da Vice tem um link até como se inscrever e tal. Vale a pena.

http://www.vice.com/fr/read/vice-bar-le-repaire-paris

De volta ao centrão mais turístico, partimos para o Musée des des Arts et Métiers (no próprio)Conservatoire National des Arts et Métiers ( 292 Rue Saint-Martin). Estava rolando uma exposição sobre os refugiados, não apenas sírios, mas de outras partes do mundo cujos problemas são tão antigos e com pouca visibilidade. Esta parte foi grátis, em inglês e francês, mas verifique os horarios. Cada história de vida, mas focando muito mais na força dessas pessoas do que apenas no sofrimento. Uma frase me chamou muita atenção: Sur les chemins de l'exil...l'extraordinaire courage des femmes.

Terminado este dia, deu pra descançar bastante e acordar tarde no dia seguinte. Depois do almoço fomos até Chateau Rouge, o bairro com varios imigrantes africanos. Quem gosta de provar doces, quitutes e temperos bem étnicos, este é o lugar. A estação de metrô estava em reforma, mas deu pra soltar uma antes e caminhar pelo bairro. Tá longe de ser turístico, deve -se tomar um pouco mais de atenção aos pertences, mas a riqueza de mistura cultural é enorme. Lojas somalis, gaboneses, da Costa do Marfim, etc. Se você se interessa pelas culturas e sonha em conhecer esses lugares um dia, é uma pedida interessante.

Após a chuva que caiu, fomos andando um longo caminho até a Torre Eiffel, pois iria nele a noite pela primeira vez (das outras foi durante o dia).

Simplesmente linda. Você pode visitar Paris mil vezes mas ainda assim vai se surpreender . A subida é uns 15 euros agendada pela internet com antecedência, mas vale muito a pena. Subindo ou não, vá até Trocadero (que fica em frente) pois a festa é garantida: muitos brasileiros, turistas de vários lugares do planeta e a visão privilegiada.

Outro lugares gratis que fomos foi ao Museu Cognac Jay no Marais (8 Rue Elzevir,) . Exposições de pinturas e esculturas principalmente do século XVIII. O por sorte, quando visitamos estava acontecendo uma apresentação de piano logo que chegamos. Melhor impossível.

 

Enfim, neste resumão deu pra ver que dá pra combinar atrações pagas com gratuitas em Paris pra que nao pese tanto no bolso e você aproveite bastante a cidade, de preferencia se tiver um tempo a mais disponivel.

Tenho consciencia que os lugares que escolhemos ir sao bem diferentes dos roteiros turisticos que maioria faz por lá. Mas misturar o turístico , o local, o alternativo, o étnico , na nossa opinião foi a melhor coisa da viagem.

Vá ao Louvre bem cedo pois vale muito a pena, visite a Torre Eiffel, Arco do Triunfo , etc , mas faça um pouco do lado B de Paris se voce puder e quiser. Provavelmente voce vai gostar tambem.

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