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Chapada Diamantina - 8 dias, Boa Parte por Conta Própria


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  • Colaboradores

Considerações Gerais:

 

Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar importantes.

 

Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade.

 

Informações Gerais:

 

Em toda a viagem houve bastante sol. Chuva leve ou moderada só peguei na 3.a feira (02/05) quando estava indo para Caverna da Torrinha, depois de sair de lá e na viagem de volta para Salvador na 4.a feira (03/05). As temperaturas também estiveram bem razoáveis (para um paulistano), chegando em média a 28 C ao longo do dia (com picos de 30 C) nas áreas mais baixas e ficando por volta de 25 C nas áreas mais altas, mas caindo até 20 C à noite.

 

A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil ::cool:::'>. Havia na área também muitas pessoas de fora da região e estrangeiros.

 

As paisagens da Chapada agradaram-me muito, principalmente a vista a partir de pontos altos, as cachoeiras, as grutas e as cavernas ::otemo:: ::otemo:: ::otemo::.

 

As trilhas no geral foram tranquilas. Mesmo as que me disseram que seriam inviáveis sem guia, como a do Sossego, consegui fazer sozinho sem problemas e não achei complicada, mas pesquisei informações na Internet antes. A trilha para a Cacheira da Primavera e o Mirante foi a em que eu mais me atrapalhei, mas por ter pego a entrada errada para a trilha. Pegando a entrada certa foi tranquila.

 

Durante muito tempo estive só nas trilhas, que em boa parte estavam desertas. Às vezes cruzava com algum grupo com ou sem guia. Não tive nenhum problema de segurança (nenhuma abordagem indesejada).

 

Alguns estabelecimentos comerciais aceitaram cartão de crédito (principalmente empresas de ônibus). Paguei a guesthouse em que fiquei e os passeios turísticos com transferências bancárias. Quando fui tentar sacar dinheiro do caixa eletrônico do Bradesco, este estava sem dinheiro.

 

Gastei na viagem R$ 1.766,70, sendo R$ R$ 74,42 com alimentação, R$ 240,00 com hospedagem, R$ 115,72 com transporte durante a viagem, R$ 159,86 com as passagens de ônibus de ida e volta entre Salvador e Lençóis, R$ 516,00 com pacotes turísticos, R$ 257,00 com entrada para atrações, R$ 343,90 com passagens aéreas de ida e volta e R$ 59,80 com as taxas de embarque correspondentes. Sem contar o custo das passagens entre Salvador e Lençóis, das passagens aéreas e das taxas de embarque, o gasto foi de R$ 1.203,14 (média de R$ 120,31 por dia). Mas considere que eu sou bem econômico (desta vez até que nem tanto, devido aos 2 pacotes que comprei ::lol3::).

 

A Viagem:

 

Minha viagem foi de SP (aeroporto de Congonhas) a Salvador em 24/04/2017 pela Tam (http://www.tam.com.br). O voo saía às 08:10 e chegava às 10:33 horas. A volta foi de Salvador a SP (Congonhas) em 03/05/2017 pela Tam. O voo saía às 18:04 e chegava às 20:35. Paguei R$ 343,90 pelas passagens e R$ 59,80 pelas taxas de embarque de ida e volta parcelada em 4x usando cartão de crédito.

 

Para ir ao aeroporto, peguei um carro pop da 99 (http://www.99taxis.com) que estava com promoção de ser de graça até R$ 15,00. A corrida deu R$ 12,73, então nada paguei. Durante o voo de ida pude apreciar uma magnífica vista da Baía de Todos os Santos próximo ao pouso ::otemo::. Ao chegar fui até o ponto de ônibus atrás do estacionamento do aeroporto e peguei o ônibus urbano S037 para a rodoviária (http://www.meubuzu.com.br/linha.php?id=S037-00) por volta de 11:15. O ônibus custou R$ 5,30 em dinheiro e tinha wifi. Cheguei à rodoviária perto de 11:45 e comprei a passagem para Lençóis por R$ 79,93 parcelada em 6x com cartão de crédito, pagando uma taxa de embarque de R$ 1,70 em dinheiro. Fui pela Rápido Federal da empresa Real Expresso (https://www.realexpresso.com.br). Aproveitei então para ir comprar 8 esfihas de queijo no Habibs do Shopping Iguatemi por R$ 7,92 com cartão de crédito, na promoção de R$ 0,99 cada. O ônibus saía às 13 horas e estava previsto para chegar às 19:05, mas chegou perto de 19:30. Nele conheci 2 argentinos de Ushuaia, belgas, argentina que vivia no Brasil e moça grávida de 5 meses com barriga enorme, jogadora de futsal, muito simpática, que me deu muitas informações sobre a Chapada. Além das paradas nas localidades, paramos uma vez para lanche ou jantar. Após chegar fui caminhando em direção à Casa MangaMel, que havia pesquisado pela internet. No caminho fui procurando outras opções, mas ela realmente era a mais barata. Encontrei Gustavo enquanto caminhava e ele me disse que morava na Casa MangaMel ::lol3:: e me orientou sobre como chegar lá. Fiquei lá todas as noites, menos uma, pagando R$ 25,00 por diária fora do feriado e fim de semana e R$ 30,00 de 6.a feira a domingo do feriado de 01/05. Paguei através de transferência bancária. Betina e Douglas eram os donos e Gustavo trabalhava para eles. Lá estavam morando uma peruana e um rapaz que era guia e fazia ioga. Betina disse-me que eu poderia pegar maracujás do quintal, pois estavam perdendo, visto que a árvore dava muitos. Saí para fazer compras para o jantar, comprei pão na padaria por R$ 2,40, e legumes e frutas (4 bananas, 2 tomates, 1 berinjela, cenoura, cebola e pepino) na quitanda por R$ 6,60, ambos em dinheiro. Depois passei na agência Diamantina Trip (http://diamantinatrip.com.br), que Betina havia indicado como tendo bons preços e comprei um pacote para as Grutas por R$ 185,00 à vista (já contando as entradas para as atrações), a ser pago via transferência bancária posteriormente. Atendeu-me muito cordialmente Cláudia, argentina dona da agência e mais tarde Júlia. Falei com os argentinos que havia conhecido no ônibus para tentar formar grupo para passeio para o Buracão de 2 dias, mas eles só iriam ficar 1 dia.

 

No dia seguinte, 3.a feira, 25/04, chegou perto de 6 horas da manhã ao quarto em que eu estava sozinho a Kelly, que era do Amapá, mas morava em São Paulo. Ela foi procurar por pacotes para fazer logo de manhã e eu depois de acordar fui tomar café. Lá conheci Valéria, que era de Imperatriz e já havia feito alguns passeios. Conversamos um pouco sobre a violência naquela área no passado, política do Maranhão e os passeios da Chapada. Ela saiu para o seu passeio e logo depois eu fui para o Hi Hostel, de onde saía o passeio das Grutas, que envolvia o Poço do Diabo, a Gruta da Fumaça, a Caverna e Gruta da Pratinha, a Gruta Azul e o Morro do Pai Inácio. Participaram do passeio a inglesa Sarah, 2 paulistas, 1 suíço, 1 alemã e o guia, de que muito gostei e cujo nome esqueci de anotar e não me lembro (acho que era Nenê, nativo, negro e alto). Achei a vista nos locais altos perto do Poço do Diabo interessante e boas a cachoeira de baixo e a cachoeira principal ::cool:::'>, sendo que a de baixo me pareceu melhor para ficar em baixo simulando hidromassagem, pois tinha uma boa base para entrar e firmar os pés. Gostei da Gruta da Fumaça e de suas diferentes formações ::cool:::'>. Foi necessário usar toca e capacete para entrar. Era obrigatório uso de calçado fechado (não se podia usar chinelo). O grupo almoçou no restaurante ao lado da gruta, enquanto eu fui explorar uma estrada da região para tentar conhecer um pouco mais da realidade social local. Interessante ver as plantações de palma (que o guia disse que eles usavam para matar a sede do gado na época de seca, além de servir de alimento para eles). Cheguei até a entrada da Gruta da Lapa Doce e voltei. Quando cheguei estavam no fim do almoço, conversamos um pouco e retornamos para o carro para prosseguir o passeio. Dali fomos para o Rio e Gruta da Pratinha e Gruta Azul. Eu aproveitei para almoçar os sanduíches que havia levado. Achei a Gruta da Pratinha interessante ::cool:::'>, com suas pedras bonitas e grandes e a água transparente que a permeava. Gostei do Rio Pratinha, com sua água clara e fresca ::cool:::'>. A vista dele a partir do alto também me pareceu bela. Andei por um caminho lateral à sua margem que achei interessante. Voltei quando cheguei a uma curva maior. Ao entrar na água alguns peixinhos pequenos mordiam os dedos dos pés, nada sério, mas dava para sentir. Por volta de 15 hs fomos para a Gruta Azul, momento em que a luz do sol iluminava a água e aparecia uma faixa azul turquesa brilhante. Agradou-me a gruta e principalmente este espetáculo ::otemo::. Para encerrar o dia fomos para o Morro do Pai Inácio. Subimos uma pequena trilha e pudemos apreciar a vista lá de cima em várias direções, cobrindo o Vale do Capão, vegetação, montanhas, estrada e todo o ambiente natural ::otemo::. Apreciamos o pôr do sol de lá. Depois daí voltamos e chegamos perto de 18:30 a Lençóis. Comprei 4 bananas, 2 cenouras e tomates na quitanda por R$ 3,45, beterraba, pepino e chuchu no Restaurante que vendia legumes crus por R$ 3,70 e 15 pães integrais na padaria por R$ 4,50, todos em dinheiro. Ainda consegui viabilizar o desejado pacote de 2 dias para o Buracão na agência Ecotur (http://www.ecoturchapada.com.br), que incluía os poços, por R$ 458,00 pago à vista via transferência bancária (já contando as entradas para as atrações), sem seguro, nem lanche nem hospedagem. Voltei ao albergue, jantei, conversei um pouco com Kelly sobre os passeios passados e futuros, conheci um casal de austríacos que estava hospedado na guesthouse e fui dormir.

 

No dia seguinte, 4.a feira, 26/04, após o café e conversar com Valéria, que disse que faria o mesmo passeio na 5.a feira, só que em ordem inversa, esperei pelo guia Osvaldo que me pegou para ir para o Buracão. No grupo comigo foram o casal Eduardo e Virgínia de Campinas. Fomos até Ibicoara. Durante o caminho avistamos atrações da Chapada ao longo da estrada, como vegetação, rios, montanhas, vales, o Cemitério Bizantino e outros ::cool:::'>. Ao chegarmos paramos numa agência de turismo local para pegar o guia Joel e rumamos para o Buracão. Gostei de ambos os guias. Aproveitei para comer sanduíches que havia levado no caminho. Chegamos no início da trilha perto de 12:30 e fizemos uma trilha curta de cerca de 20 minutos. Na trilha passamos pela Cachoeira Recanto Verde, que achei bonita ::cool:::'>. Ao fim da trilha foi necessário vestir um colete e nadar por um cânion até um grande lago onde se avistava a Cachoeira do Buracão num paredão. Como não estou acostumado a usar colete salva vidas, não sei se o coloquei corretamente, mas me pareceu bem apertado, incomodando devido ao lanche que tinha comido. Achei a cachoeira e todo o local espetaculares ::otemo::. A água que caía nas costas era forte, mas suportável, permitindo uma forte hidromassagem ::lol3::. Para se chegar até ela era necessário nadar e atravessar o lago profundo, talvez por isso fosse obrigatório o colete. Depois do banho voltei para a outra margem, subi nas pedras e fiquei secando e tomando um pouco de sol. Devido ao cânion, não batia sol em muitos locais, o que fazia a temperatura ser um pouco mais baixa do que fora dali. Depois de 2 banhos e secar, voltei com o guia, agora pela lateral do cânion, sem nadar. No final era necessário cruzar o cânion através de um tronco de árvore estendido, mas que tinha uma corda paralela em cima para servir de equilíbrio. Na volta fomos apreciar a cachoeira a partir do alto, o que achei também muito belo ::cool:::'>. Ainda passamos por uma queda de água em que entrei (os outros não quiseram), que me pareceu muito boa para hidromassagem nas costas ::cool:::'>. Depois voltamos para dormir em Mucugê. O casal e o guia ficaram numa pousada que fazia parte de seu pacote e eu fui procurar um local barato para dormir. O guia me levou de carro da pousada até o centro (bem perto) e eu fiquei no Hotel Flor da Chapada, mais conhecido como Dormitório do Gordinho, por R$ 25,00 em dinheiro, num quarto compartilhado com TV, mas que só tinha eu, e banheiro fora. Comprei R$ 2,40 em pães na padaria em dinheiro e juntei aos legumes que tinha para jantar. Ainda fui dar uma volta pela cidade e encontrar o grupo que estava num restaurante jantando, mas apenas para conversar.

 

Na 5.a feira 27/04 logo de manhã fui dar uma volta em Mucugê. Visitei o Cemitério Bizantino ::cool:::'>, as praças ::cool:::'>, o casario colonial ::cool:::'>, o centro de eventos, a igreja por fora e andei um pouco pela estrada para observar a paisagem. Um cachorro quis brincar comigo na entrada da igreja e eu fiquei com medo dele me seguir e ser atropelado, mas ele logo desistiu de vir atrás de mim. Parecia carente de atenção. Aproveitei e passei na feira onde enchi minha sacola por R$ 20,00 em dinheiro. Comprei também 6 pães no supermercado por R$ 1,80 com cartão de crédito. Depois de tomar café desci para pegar o carro que já estava me esperando para prosseguir o passeio. Fomos para o Poço Encantado. Lá esperamos para começar a visita depois que começasse a entrada do raio de sol, que iluminava parte do poço. Descemos depois das 10 horas. Achei o poço espetacular ::otemo::, com todas as formações dentro da gruta, sua água transparente, sua profundidade e, para coroar, o raio de sol que iluminava parte dele. Esperamos um pouco sentados, pois o dia estava nublado, mas repentinamente as nuvens se abriam e o sol entrou, fazendo um efeito azul turquesa na água de que muito gostei. A grandiosidade do ambiente unida à sua serenidade e beleza chamou-me atenção ::otemo::. Dali seguimos por estrada de terra para o Poço Azul (http://www.pocoazul.com), num caminho que cortava bastante o percurso e era por locais mais próximos à Natureza. Provavelmente cruzamos com o grupo de Valéria na estrada (a van parecia ser da agência que ela usava). Atravessamos o Rio Paraguaçu por uma ponte em que havia muitas borboletas pequenas claras unicolores na margem. Para esperar o raio de sol entrar no poço e deixar a vista ainda mais bela, decidi retardar minha entrada. Enquanto o casal foi para o poço eu fui nadar no Rio Paraguaçu. O rio era bonito ::cool:::'>, mas muito raso para nadar, com muitos bancos de areia. Raspava-se a barriga no fundo em vários pontos ::lol3::. Depois de nadar e o ficar contemplando por algum tempo, fui para o poço. Não precisei tomar a ducha porque o atendente viu que estava molhado do rio. Lá recebi colete, máscara e snorkel para flutuação. O casal ainda estava lá e entramos num segundo grupo. O raio de sol já o iluminava, clareando parte da água e do fundo e deixando parcialmente azul clara e azul turquesa. Eu aproveitei para explorar os vários cantos dele e admirar seu fundo, teto e entorno, além da água. Depois fiquei apreciando o ponto em que o sol entrava e iluminava ::otemo::. Após sairmos do poço (saímos juntos, o casal pode ficar pelo equivalente a 2 grupos), fomos para o restaurante almoçar. Lá comi meus sanduíches enquanto o casal e o guia almoçavam conforme seu pacote. Saímos de lá e voltamos para Lençóis, chegando por volta de 16:30. No caminho o guia Osvaldo indicou a barraca de acarajé de Zenaide como uma boa opção para quem desejava comê-lo. Após descermos do carro, quando nos despedíamos, Eduardo deu-me um pote de mel de presente. Voltei para a MangaMel, guardei minhas coisas, passei na padaria, comprei 8 pães por R$ 2,40 em dinheiro, voltei e usei um pouco o computador, conversei com a minha mãe por skype e depois conheci Tom, um israelense que havia chegado a Guesthouse. Ele me falou da situação atual para visitar israel e disse que achava perfeitamente viável ir a Israel como mochileiro, sem grandes problemas de segurança, mas que se eu tivesse perguntado há 1 ano sua resposta seria outra.

 

Na 6.a feira 28/04 fui conhecer o Serrano e arredores. Saí após o café e ao perguntar a moradores locais onde era a entrada da trilha, perguntaram-me se eu iria sozinho e após a minha resposta de que sim disseram-me que não era prudente, pois poderia acontecer um acidente, por exemplo. Palavras proféticas ::lol3::. Indicaram-me 2 caminhos possíveis e eu resolvi ir pela avenida lateral à rodoviária, para dar a volta completa. Comecei simplesmente seguindo a avenida ao lado da rodoviária e quando ela acabou prossegui no leito do rio. Daí para frente prossegui perguntando às pessoas que encontrei no caminho e tentando encontrar as trilhas. Passei pelos Salões de Areia, que achei bastante interessantes e belos ::cool:::'>, e depois cheguei ao Poço Haley. No caminho encontrei um casal com seu guia. No poço havia uma vendedora e duas biólogas de Feira de Santana que estavam de férias. Após uma rápida contemplação e um banho resolvi prosseguir. Perguntei à vendedora como achar os outros atrativos e ela me deu orientações. Fui rumo à Cachoeira e Poço do Paraíso. Durante todo o percurso encontrei várias pequenas quedas de água, que me pareceram muito boas para ficar embaixo ::cool:::'>. A vista da cidade que ficava para trás e do leito do rio também muito me agradou ::cool:::'>. Vi um pássaro com costas pretas, barriga branca e penacho no rabo ::cool:::'>, diferente dos com que estava acostumado. Havia uma bifurcação no rio e eu decidi ir para a direita, para explorar a região, posto que o retorno e os outros atrativos estavam à esquerda. Seguindo pelo leito do rio, passando por pequenas quedas de água, cheguei a um poço e uma cachoeira maiores, onde havia um casal namorando. Eles me disseram que eram a Cachoeira e Poço Paraíso. Achei-os muito bons, tanto a cachoeira para ficar em baixo, como o poço para nadar, visto que era fundo ::otemo::. Disseram-me ainda que para cima não havia mais nenhuma atração famosa, mas que poderia subir para continuar conhecendo o leito do rio. Após aproveitar a cachoeira e o banho decidi voltar para ir à Cachoeira Primavera. O casal disse-me para pegar o outro ramo na bifurcação e seguir em frente. Desci o rio e fiz isto. Na bifurcação encontrei com uma família que estava chegando para aproveitar o local. Numa pedra, logo após a bifurcação eu me distraí, escorreguei e caí ::essa::. Consegui proteger a cabeça com os braços, mas ralei um pouco o joelho e bati numa pedra a lateral das costas, provavelmente as costelas, que ficaram doendo por cerca de 2 semanas, e na hora e em alguns dias seguintes, doeram com razoável intensidade quando fazia determinados tipos de movimento, fazendo-me até a desconfiar que poderia ter ocorrido algo mais sério. Mas creio que não foi nada porque agora já passou por completo. Prossegui mesmo assim, mas sem saber peguei uma trilha alternativa, que me pareceu bem difícil, com pontos íngremes e até perigosos, e pouco usada. Num dos pontos dela meu chinelo caiu numa fenda entre pedras ::dãã2::ãã2::'>, desci para procurá-lo e tentar pegá-lo. Gastei uns 15 minutos até encontrá-lo e pegá-lo. Depois de tentar várias alternativas de trilhas e ficar sem saída, desisti e resolvi voltar. Quando cheguei à bifurcação de volta, vi a mesma família da vinda e fui perguntar-lhes se havia a trilha e como pegá-la. O pai disse-me que existia, mas não era muito fácil de achar. A mãe disse-me que eu não iria encontrar, pois tinha passado por eles há 2 horas e não tinha encontrado ainda. Então o pai me disse que se eu descesse o rio e passasse uma grande pedra eu iria encontrar a entrada para uma pequena trilha que me levaria à trilha principal e aí era só seguir em frente que eu encontraria a cachoeira. Fiz exatamente isso, achei a entrada para a trilha secundária que me levou à trilha principal e, em pouco tempo, cheguei à cachoeira. Nada como pegar a trilha certa ::lol3::. Gostei da Cachoeira da Primavera ::cool:::'>. Achei-a boa para ficar debaixo, aproveitando a hidromassagem, e também bonita a vista dela do alto do morro. Depois de apreciá-la e aproveitá-la fui tentar achar o mirante, que o homem disse que era bem próximo e a mulher disse que era mais complicado de achar. Subi a trilha e fui procurando trilhas para cima. Encontrei um morro com boa vista, porém havia árvores que atrapalhavam um pouco a vista da cidade. Fiquei na dúvida se era mesmo o mirante. Dias depois descobri que não era, mas a vista diferente de lá valeu, principalmente do lado da mata ::cool:::'>. Desci pelo mesmo caminho da vinda, só que não peguei a trilha secundária para voltar ao leito do rio. Em vez disso segui em frente o que parecia ser a trilha oficial, que me levou até a Cachoeirinha. Gostei dela também ::cool:::'>, embora tenha achado a Primavera melhor. De qualquer modo foi possível aproveitar um banho, ficar embaixo dela e apreciar a sua vista. Depois segui a trilha para ir embora. No caminho encontrei a vendedora Vanessa, muito simpática, com a família, voltando do trabalho, que me deu orientações corretas na trilha. Ainda parei perto do final para admirar o começo do leito em que eu havia entrado, agora visto de outro ponto, quase na hora do pôr do sol ::cool:::'>. Voltei à guesthouse, ainda encontrei com Kelly que estava indo embora, saí para comprar 10 pães integrais na padaria por R$ 3,00 em dinheiro e conhecer a feira de artesanato, que achei interessante, especialmente os objetos de capim dourado do Jalapão e quadros de um artesão ::cool:::'>. De volta à guesthouse, conheci 2 novas hóspedes argentinas, Florência e Clarice que estavam fazendo jantar e tiveram um pequeno problema com a panela de pressão, precisando liberar a válvula de segurança, que soltou vapor em forma de chuva e nos molhou. Comi um maracujá do quintal junto com meu jantar. Ainda pesquisei bastante o caminho para a Cachoeira do Sossego, pois a agência havia dito que não era possível fazer a trilha sozinho e outras pessoas disseram-me que eu teria grande dificuldade. Este relato http://www.oscacadoresdecachoeiras.com.br/2013/08/cachoeira-do-sossego-e-ribeirao-do-meio.html ajudou-me muito ::otemo::.

 

No sábado 29/04 decidi tentar ir à Cachoeira do Sossego por conta própria. Achei que mesmo com alguma dor nas costas quando fazia determinados movimentos, seria possível ir com cautela. Com todas as informações que havia pesquisado na internet nos dias anteriores, após o café da manhã fui para a trilha. Na entrada encontrei um representante da Brigada Voluntária de Lençóis (http://brigadavoluntariadelencois.blogspot.com.br), que combate incêndios e realiza outras ações referentes ao meio ambiente e salvamento. Eu assinei uma lista de pessoas que estavam indo para a cachoeira, para terem o registro caso eu não retornasse, o brigadista foi muito gentil, deu-me informações sobre a trilha, explicou-me o trabalho deles e me convidou para conhecer posteriormente sua sede, no prédio onde ficava a rodoviária velha. Comecei a trilha então, tendo em mente os relatos e informações encontrados na internet. Ainda tinha um pouco de dor na lateral devido à batida do dia anterior, mas era só em alguns poucos movimentos e ia diminuindo com o aquecimento do corpo. Acho que fiquei tão preocupado pelas pessoas dizerem que não era viável fazer aquela trilha só, que acabei achando a trilha tranquila ::lol3::. No ponto em que havia a bifurcação para o Ribeirão do Meio, fiquei um tempo investigando as diferentes possibilidades, para evitar pegar o caminho errado. Acabei pegando o caminho certo e logo depois, numa curva da trilha, vi uma pedra grande, que me pareceu ter boa vista de cima. Subi e tive uma visão do trajeto quase completo a percorrer, o que me deixou mais ciente do tamanho da trilha e de sua direção. Além disso, a vista pareceu-me muito bela ::cool:::'>. Encontrei pouca gente na trilha, alguns grupos e 2 casais por conta própria, sendo que um guia (eu acho) que retornava com dois homens recomendou-me muito cuidado na trilha. Ao longo do caminho a vista a partir de pontos altos pareceu-me muito boa. Em determinado ponto a trilha foi para o leito do rio, conforme haviam alertado nos relatos na internet. Foi exatamente num ponto em que havia uma pequena cachoeira dentro de um estrutura de pedras. Eu ouvi o barulho da água e fui investigar. Resolvi tentar chegar lá, passei por cima de uma pedra grande (uma pequena escalada com as mãos) e consegui chegar a ela. Achei-a muito boa para ficar embaixo ::cool:::'> e percebi que ela tinha uma pequena abertura para o sol pelo mesmo ponto em que a água descia. Houve várias outras pequenas quedas de água na trilha e poços para se nadar, de que muito gostei ::cool:::'>. Daí para frente prossegui pelo leito do rio e logo um casal de Feira de Santana alcançou-me. A seguir houve uma pedra bem escorregadia em que tentei subir para seguir em frente, mas os pés escorregaram vagarosamente levando-me de volta. Achei uma outra passagem pela lateral. Então apareceu um poço muito bom para nadar ::cool:::'> e uma enorme pedra em que era possível passar por baixo. Fiquei nadando enquanto o casal prosseguiu. Depois de passar pela fenda na pedra havia outro poço que também achei muito bom para nadar ::cool:::'>. Daí lembrei de um relato na internet dizendo que havia uma trilha do outro lado do rio. Vi uma entrada e resolvi segui-la. Andei uns 30 minutos, entre progresso e busca de continuação da trilha, mas sem sucesso. A trilha subiu bastante e a vista lá de cima pareceu-me muito boa, permitindo-me inclusive ver o casal lá embaixo no leito do rio. Valeu pela vista, foi quase um mirante ::lol3::. Como a trilha fechou achei melhor voltar por onde tinha vindo, até a pedra grande com o poço, e seguir pelo leito do rio. Segui pelo leito até a última curva, onde havia grupos retornando. Ali vi que eles vinham por uma rampa lateral e resolvi sair do leito e ir por ela. Havia uma trilha depois dela que me levou quase até o fim do percurso. Achei muito bela e boa para usufruir a Cachoeira do Sossego ::otemo::. Porém parecia com menos água do que nas fotos. Tinha um bom poço fundo para nado em frente ::cool:::'> e era possível ficar embaixo dela para hidromassagem ::cool:::'>. Na lateral havia pedras de onde se podia apreciá-la enquanto se ficava tomando sol e descansando. Lá conheci Jadílson, que me falou de sua vida, simples e em contato com a Natureza e da possibilidade de ir à Caverna da Torrinha de ônibus. Ele foi embora e eu fui mais uma vez entrar embaixo da cachoeira. Depois de ficar bastante tempo contemplando a cachoeira e usufruindo do poço e da queda de água, quando quase todos já haviam ido embora, exceto uma família de vendedores, eu resolvi ir embora. Logo depois os vendedores vieram e num ponto em que eu peguei um ramo alternativo da trilha eles me passaram. Mais à frente eu os encontrei tomando banho num poço que eu não tinha percebido na vinda, fui até lá e também tomei banho. Os 2 meninos pequenos nadavam muito bem, como nativos. Como tinha ficado muito tempo, acabei deixando para ir ao Ribeirão do Meio no dia seguinte. Retornei pela trilha e reencontrei o brigadista, que se lembrou de mim e perguntou se eu havia gostado. Voltei à guesthouse e ainda falei com minha mãe por skype. Resolvi ir experimentar o acarajé, porém não fui à Zenaide porque ela não tinha uma opção vegetariana. Gastei R$ 6,00 em dinheiro no Acarajé Point em um bolinho de acarajé vegetariano. Ainda procurei dar sugestões de locais a conhecer para o Tom (sugeri o Pelourinho) que iria embora no dia seguinte para Salvador.

 

No domingo 30/04 fui conhecer os pontos nos arredores de Lençóis que tinham ficado faltando e repetir alguns de que havia gostado. Primeiramente fui dar um passeio pela cidade e conhecer os atrativos urbanos, incluindo praças, coreto, igrejas, Prefeitura, Câmara de Vereadores, casario colonial e outros, que achei belos ::cool:::'>. Encontrei um ciclista ligado a uma agência e com suas informações desisti de alugar bicicleta por R$ 100,00 a diária para ir à Caverna da Torrinha, devido à dificuldade e ao preço. Achei e comi 3 mangas na rua ::cool:::'>. Depois fui em direção ao Parque Municipal da Muritiba, onde fica o Serrano. Fui procurar o mirante que havia ficado em dúvida se tinha encontrado ou não anteriormente. Antes de entrar, ao perguntar, policial respondeu-me para não jogar caroços da manga no parque porque não era espécie nativa. Lucas, um artesão que morava numa casa ao lado da estrada, indicou-me detalhadamente caminho para mirante. Segui a trilha, passei pela Cachoeirinha, subi e encontrei o mirante. Realmente não era o que eu tinha encontrado antes. Não havia árvores na frente e a vista da cidade era ampla. Era possível ver também boa parte da área natural, mas a parte de trás tinha uma vista melhor daquele outro local em que eu havia estado antes. Como eu adoro vistas, fiquei bastante tempo lá apreciando ::otemo::. Depois fui até a Cachoeira da Primavera onde havia um grupo grande de visitantes. Esperei-os entrar um a um embaixo dela e depois fiquei com a água caindo nas costas. Entrei e saí algumas vezes, entre os momentos que eles também entravam e saíam. Realmente muito boa a cachoeira para ficar embaixo, com deliciosa hidromassagem ::otemo::. Voltei, perdi-me um pouco na trilha após a subida, mas logo me achei. Passei mais uma vez pelo mirante para apreciar a vista, até meditei um pouco, e depois desci para ir em direção ao Ribeirão do Meio. Quando passei na frente da casa do Lucas de volta, agradeci-o pelas informações. Seu filho de mesmo nome queria que eu ficasse lá, provavelmente brincando e fazendo companhia. Pegou-me pela mão e me levou para conhecer a casa e seus brinquedos. Depois acho que se cansou e se despediu ::lol3::. Logo depois de sair do parque, bebi água de uma espécie de bica enorme perto do início da trilha para o Serrano. Fui para o Ribeirão do Meio e achei a trilha bem fácil. A vista do Ribeirão a partir dos pontos altos da trilha agradou-me ::cool:::'>. Após explorar um pouco o poço e arredores de onde ficava uma espécie de tobogã natural de pedras, resolvi descer. Desci 2 vezes, mas como principiante, não tive bom desempenho em nenhuma delas ::lol3::. Na primeira fui muito devagar no começo e acabei caindo na água desajeitado. na segunda fui em velocidade adequada, mas acabei virando de lado e caindo mais desajeitado ainda. Meu bumbum ficou doendo ::lol3::. Várias pessoas estavam descendo. Conversei com algumas delas, incluindo uma paulista que estava revisitando o local e levando dois amigos estrangeiros. Após apreciar o local mais um tempo, voltei e fui conhecer a sede da Brigada Voluntária de Lençóis. Emanuel (Manu) apresentou-me a sede, falou da história, de como foi fundada, dos incêndios passados, da dificuldade de obter apoio e recursos, mostrou-me alguns equipamentos usados e me contou que recentemente foram recebidos com tiros para o alto do proprietário quando foram apagar o fogo em uma área privada a pedido de algum órgão público, pois provavelmente fora o próprio proprietário que tinha colocado fogo para "limpar" a área para seus objetivos :shock:. Dali fui em frente até a rodoviária, por R$ 9,96 comprei passagem para Palmeiras para o dia seguinte e por R$ 79,93 comprei passagem para Salvador para a 4.a feira dia 03, ambas com cartão de crédito e parceladas em 6x. Quando voltei à guesthouse vi que haviam chegado australianos.

 

Na 2.a feira 01/05, feriado, acordei perto de 4:15, tomei café e fui em direção à rodoviária onde peguei ônibus para Palmeiras às 5 horas. A viagem durou cerca de 40 minutos. De Palmeiras peguei van para o Vale do Capão por R$ 15,00 em dinheiro. Havia uma moça que trabalhava lá e um guia na van que me deram algumas informações sobre a trilha para Cachoeira da Fumaça e a região. A viagem durou uns 45 minutos porque ficamos parados um pouco num momento em que a van parecia estar com problemas. Assim que cheguei, antes de começar a subida, comi o pequeno lanche que tinha levado. Fui até a lanchonete onde se comprava a passagem de volta da van até Palmeiras e paguei R$ 15,00 por ela, além de R$ 0,50 de taxa de embarque, ambas em dinheiro. Havia um bolo de cenoura exposto e eu perguntei à atendente quanto era. Ela me disse que era R$ 4,00 o pedaço, mas que aquele estava velho e ela iria jogar no lixo. Então eu ofereci R$ 2,00 por pedaço. Ela não aceitou, porque disse que já não estava bom para vender, embrulhou e me deu de graça, mesmo comigo insistindo se não aceitava o que eu tinha oferecido. Eu acho que foi 1/4 do bolo. A atendente aceitou que eu deixasse meus poucos pertences (água e lanche) na lanchonete e pegasse quando voltasse ::cool:::'>. Resolvi então ir até a padaria, comprei 6 pães integrais ::otemo:: por R$ 2,00 em dinheiro para estar bem alimentado na subida ::lol3::. A padaria era muito frequentada neste horário, até os motoristas das vans estavam lá. Daí segui pela estrada para a trilha. Logo no início do caminho na estrada duas moças de carro pararam e me ofereceram carona. Aceitei e me levaram até a porta do parque. Eram cerca de 8 ou 8:30. Lá enquanto lia os cartazes e observava os arredores, chegaram Clarice e Florência, o casal de austríacos (Cristine e o namorado) e mais alguns argentinos que estavam com eles. Fui ao banheiro para não ter surpresas na trilha ::lol3:: e começamos a subida juntos. Na subida inicial paramos em alguns pontos para observação da vista e descanso de algumas pessoas. Achei as vistas espetaculares ::otemo::. Fiquei para trás com os austríacos para tentar ajudá-los em caso de se perderem ou terem algum imprevisto. Havia um outro casal com guia subindo também. Vimos um beija-flor verde brilhante com pontos pretos muito belo ::cool:::'>. Como muitas pessoas haviam falado que havia uma bifurcação em certo ponto, quando a trilha ficou menos clara no chão resolvi voltar para certificar-me de que trilha estava correta. Encontramos o casal e o guia disse que estávamos no caminho correto e que a bifurcação era mais para frente. Não identifiquei onde era. Fomos direto, sem grandes dificuldades e chegamos à cachoeira. Perto da chegada o grupo de argentinas deixou algumas setas riscadas no chão para nós. Achei espetacular a vista a partir do ponto de observação da cachoeira ::otemo:: ::otemo::. Ela própria estava com muito pouca água, só um fiozinho. Mas todo o ambiente natural, as montanhas, a vegetação e o cânion agradaram-me muito ::otemo::. Uma por uma as pessoas iam em direção a uma pedra na ponta do paredão com queda quase vertical e altura de cerca de 400 m. Muitas tinham medo e ficavam nervosas ao se aproximar, nem querendo olhar. Eu gostei e fiquei um pouco apreciando. Depois, com a chegada de novos grupos, passou a haver uma enorme fila para se debruçar e olhar. Lá embaixo havia o poço da cachoeira e todo o cânion. Fiquei ali algumas horas e depois fui para o outro lado, de onde se podia apreciar outro ângulo. De lá era possível ver melhor quando o vento batia forte e a água da cachoeira ia para cima, fazendo uma espécie de chuva invertida ::otemo::. Depois ainda voltei para o ponto inicial de chegada e achei outro ponto de que podia visualizar o poço e o cânion. Fiquei lá por bastante tempo apreciando a paisagem. O guia de um grupo de paulistas contou-me histórias de suicídios (a mais famosa foi a de um francês, que várias outras pessoas comentaram) e de acidentes fatais, principalmente com chuva e aumento rápido do nível de água. Conheci vários grupos lá, de potiguares, paulistas, mineiros e outros. As argentinas e algumas outras pessoas pediram-me para segurar suas pernas e pés quando se debruçavam, pois isso lhes dava mais segurança. Na prática acho que esta segurança era mais psicológica do que real ::lol3::. Conversei também com o vendedor que lá ficava sobre como era ali. Após várias horas, tomei um banho no rio e comecei a voltar. Fui um dos últimos a sair. Vim devagar, agora sozinho, apreciando a paisagem. Quando comecei a descer parei no primeiro ponto que achei ser um mirante razoável e fiquei contemplando a paisagem do alto. Passaram por mim os poucos grupos que haviam ficado para trás. As paulistas pararam um pouco, conversamos e depois seguiram. Quando não havia mais nenhum, fiz uma meditação rápida. Continuei descendo e parei em outros pontos, alguns dos quais em que tínhamos parado na subida, mas não tinha tido tempo ou espaço para apreciar com vagar. Achei todas estas vistas novamente espetaculares ::otemo::, agora podendo aproveitar vários outros ângulos e locais. Cheguei na portaria perto de 17 h. Na volta passei por uma quitanda e por R$ 2,80 com cartão de crédito comprei tomates, cebolas, cenoura e pepino, e por R$ 1,45 em dinheiro uma goiabada no supermercado. Pensei em ir conhecer o circo, mas como eram cerca de 20 minutos de caminhada e já estava escurecendo, preferi ir jantar e conhecer a vila. Visitei a igreja, simples e bonita ::cool:::'>, e fui ver o casario colonial na praça e nas ruas centrais, que faziam um belo conjunto ::cool:::'>. Depois fui para a padaria, paguei R$4,00 em dinheiro por 9 pães integrais e 4 bananas na padaria, e fiz um jantar com o que comprei mais o bolo de cenoura ::otemo:: que a moça tinha me dado de manhã. Depois de jantar ainda fui conhecer um atelier de fotos que achei interessante ::cool:::'> e depois afastei-me um pouco das luzes para apreciar o bonito céu noturno estrelado ::cool:::'>. Perto de 8 horas saíram as vans para Palmeiras, lotadas devido ao fim do feriado. Chegando lá, como tinha visto uma placa convidando a conhecer o centro, fui dar uma volta e apreciar a praça, o casario colonial e a igreja, que me pareceram interessantes ::cool:::'>. O ônibus para Lençóis era às 22:30, mas atrasou para chegar cerca de 15 minutos. Custou R$ 9,96 no cartão de crédito. Cheguei em Lençóis perto de 11:30. Lá cheguei, tomei banho e fui dormir.

 

Na 3.a feira 02/05 decidi ir conhecer a Caverna da Torrinha, devido ao que havia pesquisado dela, por ter formações únicas. Não havia passeios em grupo para ela e uma ida privada por agência seria muito cara. Então decidi ir por conta própria e esperar por um grupo lá, para poder ratear o valor do guia local. Não quis pegar o ônibus das 5 horas de novo ::lol3::. Dormi mais e saí cerca de 8:30. Inicialmente passei no Bradesco para sacar dinheiro, porém não consegui porque o Caixa Eletrônico estava sem. Então fui com destino ao posto de gasolina no início da estrada para tentar obter uma carona. Depois de algum tempo, um casal deu-me carona até o Tanquinho, que era no sentido oposto da BR. O homem disse-me que existia um ônibus que passava perto do trevo que ia para a Torrinha, mas que achava que já tinha passado. Para mim foi uma surpresa existir este ônibus, pois ninguém havia falado dele para mim. Quando chegamos ao posto de gasolina no Tanquinho o ônibus estava parado lá ::lol3::. Iria para Lençóis e depois para o trevo da Torrinha. Ou seja, eu tinha acordado mais cedo e pego a carona à toa ::lol3::. Peguei o ônibus da Emtram (http://emtram.com.br) até o Posto Restaurante e Centro de Serviços Carne Assada, que ficava no trevo para a Torrinha, por R$ 11,50 em dinheiro. Ali logo em seguida passou uma van para entrada da estrada de terra da Torrinha pela qual paguei R$ 3,00 em dinheiro. Depois de descer da van peguei uma pequena garoa na estrada de terra até a entrada da propriedade em que ficava a caverna. Lá havia vários guias esperando por visitantes. Fiquei conversando com o guia Paulo enquanto esperava por grupos para tornar o preço menor. Esperei por 4 horas. Comi bastante embu cajá ::cool:::'> de uma árvore apontada por Paulo enquanto esperava, o que acabou soltando meu intestino e me deu muita vontade de ir ao banheiro ::lol3::. Sentei no vaso sanitário e quando saí uma espécie de mariposa escura saiu de dentro dele. Ainda bem que não era outro tipo de animal, como uma cobra, por exemplo ::lol3::. Fiz passeio só na Torrinha com o guia Paulo. Por estar sozinho pude aproveitar muito melhor, ir no meu ritmo, ver tudo o que eu queria sem incomodar ninguém, porém custou muito mais. Paguei R$ 130,00 no cartão de débito, Eduardo (o concessionário da caverna) deu desconto, seria R$ 120,00 em dinheiro. O preço tabelado era algo como R$ 150,00 ou R$ 160,00 para 1 pessoa só para o passeio completo, incluindo todos os trechos. Demorei 2 horas para percorrer tudo com calma. Gostei muito das formações rochosas, algumas únicas no mundo ::otemo:: ::otemo::. Em especial as formações delicadas em cristal branco, as agulhas e a flor de aragonita agradaram-me muito ::otemo:: ::otemo::. Gostei do guia Paulo. Após a visita voltei andando até a estrada asfaltada (ofereceram-me carona de moto, mas preferi caminhar para apreciar a Natureza) e uns 20 minutos depois passou um ônibus da Emtram (http://emtram.com.br) até o trevo do Posto Restaurante Carne Assada pelo qual paguei R$ 3,80 em dinheiro. Lá conversei com os frentistas sobre poder pedir carona e disseram que não havia problemas e que me avisariam se alguém fosse para Lençóis. Começou a chover e a chuva gradativamente engrossou. Depois de razoável tempo, acho que mais de meia hora, e muitas tentativas minhas sem sucesso ::dãã2::ãã2::'>, o frentista disse-me que havia um carro que iria para Lençóis. Um dos rapazes do carro perguntou se eu estava de boa algumas vezes, ofereci mostrar minha identidade, ele disse que não precisava e que me dariam carona. Ofereci pagar minha parte como se fosse uma passagem de ônibus, mas ele disse que ele estava pagando. O carro estava com 3 rapazes da Igreja Mundial. No caminho falaram-me de acidentes recentes envolvendo ônibus e caminhões na estrada que não era duplicada. Houve bastante chuva na viagem, mas tudo correu bem. Chegando lá agradeci, ofereci pagar novamente, mas não aceitaram. Assim que desci do carro, um motociclista, provavelmente entregador, caiu numa curva na minha frente com um saco de pastéis, provavelmente devido ao piso de paralelepípedo molhado. Não se machucou. Peguei o saco do chão para tentar ajudá-lo. Voltei para a guesthouse e lá encontrei um belga que havia chegado e ia ficar alguns dias. Conversamos e depois fui dormir.

 

Na 4.a feira 03/05 acordei cedo, tomei café e fui para a rodoviária para pegar o ônibus da Rápido Federal da empresa Real Expresso (https://www.realexpresso.com.br) que sairia para Salvador às 7:30. Estava uma chuva de leve a moderada. Peguei ônibus para Salvador perto de 8 horas, pois atrasou devido à chuva. Em determinado trecho o trânsito ficou lento e depois parou completamente, devido a acidente na estrada envolvendo caminhões e ônibus, o que atrasou mais ainda a viagem. Passamos pelo acidente e vimos um caminhão com carga (acho que de cereais) jogada na pista, um ônibus envolvido, outro caminhão e outros veículos. Pensei novamente na duplicação da estrada. Creio que o acidente e a chuva geraram um atraso de cerca de 2 horas pelo menos. Paramos para almoçar e eu perguntei ao motorista a que horas ele imaginava que chegaríamos e se havia outro ponto em que poderia descer antes para ir ao aeroporto. Ele disse que imaginava que chegaríamos perto de 15 horas ou 15:30. Eu havia estimado que 16 horas era meu limite para não perder o voo. Ele também disse que eu poderia descer em Simões Filho e pegar um táxi, pois o trânsito de lá até o aeroporto era bom e eu não pegaria todo o trânsito para chegar à rodoviária e depois para ir até o aeroporto. Eu não almocei, apenas comi o lanche que tinha durante a viagem. Com o transcorrer da viagem, a previsão de chegada à rodoviária de Salvador foi ficando mais clara e passou a ser por volta de 16 a 16:30, o que me fez optar por descer em Simões Filho, conforme orientação do motorista, para pegar táxi para o aeroporto. Perguntei aos taxistas e eles me disseram que o preço era de R$ 80,00, mas poderiam fazer por R$ 70,00 e chegaram a ofertar R$ 60,00 quando viram que eu estava procurando por outras opções. Como estávamos ao lado de uma comunidade de baixa renda, que muitas vezes é usada como escudo por criminosos, perguntei aos taxistas se poderia haver algum problema de segurança por ali se fosse procurar informações e eles me disseram que certa vez um homem havia ido até a venda próxima pedir informações e acabou sendo assaltado e eles também foram. Achei que era um risco e talvez alguma tentativa de intimidação e fui procurar alternativas exatamente na venda próxima ::lol3::, esperando que minha aparência de mochileiro não atraísse interesses por roubo. Conversei com as atendentes que me trataram muito bem, mas não acharam outra alternativa, tentei pessoas que dirigiam Uber numa oficina mecânica ao lado, mas nenhuma estava disponível. Acabei indo de mototáxi, mesmo com um pouco de chuva, com a mochila na mão, por R$ 40,00 (paguei R$ 20,00 com cartão de crédito para abastecer a moto num posto e mais R$ 20,00 em dinheiro). O mototaxista dirigiu cuidadosamente. Num determinado trecho ele parou e eu pensei que poderia ter entrado num golpe ou que a moto havia quebrado, mas era apenas para eu descer para que ele pudesse subir numa elevação de um canteiro e escapar do pedágio ::lol3::. Esta estratégia era bem popular, pois como eu demorei muito, porque fiquei desconfiado, quando olhei para trás havia uma fila de motos para fazer o mesmo. Falei-lhe que não precisava ter feito aquilo e eu teria pago o pedágio. Cheguei ao aeroporto com bastante tempo e ainda pude fazer tarefas no notebook. O avião saiu na hora, o voo na maior parte do tempo foi tranquilo e o pouso digno de piloto alemão ::lol3::. Cheguei em Congonhas perto de 20:30 e voltei para casa a pé.

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  • 1 ano depois...
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Em 18/06/2017 em 03:01, fernandobalm disse:

Achei e comi 3 mangas na rua ::cool::

Relato maravilhoso.  Parabéns, Fernando!!! Vc pontuou com clareza cada detalhe da sua viagem e eu me senti na Chapada. 

Adorei a parte das mangas e dos pães...rs.🤣🤣🤣🤣🤣🤣 Uma coisa é certa: de fome ninguém morre por esses lados...rs

Obrigada por compartilhar sua experiência. 

Grande abraço!

 

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1 hora atrás, Lizanna disse:

Relato maravilhoso.  Parabéns, Fernando!!! Vc pontuou com clareza cada detalhe da sua viagem e eu me senti na Chapada. 

Adorei a parte das mangas e dos pães...rs.🤣🤣🤣🤣🤣🤣 Uma coisa é certa: de fome ninguém morre por esses lados...rs

Obrigada por compartilhar sua experiência. 

Grande abraço!

 

   Lizanna,

   Muito obrigado pelos comentários. Realmente há muitas opções de alimentação por lá. Se for para lá acho que vai se divertir. 😊

   Abraços e Boas Viagens!

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