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Israel ataca frota de barcos que levava ajuda a Gaza; ao menos 16 morreram


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  • Colaboradores

O Exército de Israel atacou na madrugada desta segunda-feira (31) um comboio de barcos organizado pela ONG Free Gaza, um grupo de seis navios, liderados por uma embarcação turca, que transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a faixa de Gaza, deixando ao menos 16 mortos e cerca de 30 feridos.

 

Fonte: Folha.com

 

A agência France Presse cita informações do Canal 10, de Israel, que no momento já noticia a morte de 19 passageiros, 36 feridos e ao menos cinco soldados israelenses atingidos, um em estado grave.

 

O grupo tentava furar o bloqueio de Israel à entrega de mercadorias aos palestinos. De acordo com a imprensa turca o ataque ocorreu em águas internacionais, mas as forças de defesa de Israel mantêm que as embarcações tinham invadido seu território.

 

A imprensa turca mostrou imagens captadas dentro do navio turco Mavi Marmara, nas quais se viam os soldados israelenses abrindo fogo. Em Istambul cerca de 10 mil pessoas protestaram contra os ataques.

 

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nos territórios palestinos devido ao ataque israelense à "Frota da Liberdade".

 

Em comunicado emitido na cidade cisjordaniana de Ramala através da agência oficial palestina "Wafa", Abbas não anunciou, no entanto, uma interrupção do diálogo indireto de paz que mantém com Israel.

 

Reação internacional

 

O ataque motivou forte reação na comunidade internacional. A Turquia já à ONU (Organização das Nações Unidas), uma reunião urgente sobre o tema.

 

A alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, se manifestou, e em seu discurso na abertura da 14ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU disse estar "comovida" com as informações do ataque, que provocou "mortos e feridos".

 

Pillay, além disso, destacou seu "profunda preocupação" com as ordens militares recentemente impostas em Israel em relação a Gaza.

 

"Na Faixa de Gaza, o bloqueio continua menosprezando diariamente os direitos humanos de seus cidadãos. Houve muitos poucos avanços na quantidade de produtos que se permite entrar na região. A situação atual está longe de permitir que os cidadãos de Gaza levem uma vida normal e digna", acrescentou a alta comissária, que também reiterou sua condenação ao lançamento de mísseis de Gaza a Israel.

 

A Espanha, país que atualmente lidera a Presidência rotativa da União Europeia, classificou como "inaceitáveis" e "gravíssimos" os fatos ocorridos durante o ataque à "Frota da Liberdade".

 

"Convocamos o embaixador de Israel para que nos dê essas explicações e, certamente, vamos investigar e nos posicionar imediatamente sobre o assunto", disse à imprensa o secretário de Estado espanhol para a União Europeia (UE), Diego López Garrido, que qualificou de "gravíssimo" o acontecido.

 

López Garrido condenou os fatos e acrescentou que por parte da Presidência Espanhola se consideram "inaceitáveis" as mortes que aconteceram no ataque israelense à "Frota da Liberdade".

 

A União Europeia já indicou que uma "intensa investigação" deve ser exigida para apurar os detalhes do ataque.

 

Ataque

 

Segundo a imprensa turca, o ataque aconteceu em águas internacionais por volta das 4h (horário local, 22h de Brasília do domingo). As autoridades turcas tentaram entrar em contato com o navio Mavi Marmara, mas não conseguiram.

 

Os canais de televisão turcos mostraram imagens ao vivo do ataque até as 5h local (23h de domingo em Brasília), quando a conexão foi cortada.

 

O ministério de Assuntos Exteriores turco tentou ligar para Israel várias vezes desde a partida da frota da Turquia para pedir que não interferisse em seu objetivo.

 

Agora se espera que a diplomacia turca dê uma resposta e se abra um novo capítulo nas críticas relações entre Turquia e Israel, que ficaram abaladas desde o ataque israelense à faixa de Gaza entre 2008 e 2009.

 

Em Istambul, centenas de pessoas se concentraram na frente do consulado de Israel e tentaram invadir o local, mas foram impedidos pela polícia.

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