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Uma esticadinha em Paraty, Trindade e Ilha Grande - Carnaval/2016


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Fala, gente bonita! Muitas viagens? ::otemo::

Eu tenho mais uma pra contar. Juntou trilha, praia e cidadezinha histórica e pronto: tá formado um roteiro pra se apaixonar e querer repetir sempre! Fui pra Paraty, Trindade e Ilha Grande no carnaval/2016, de 06/02 a 13/02, então segue aí um relato fresquinho pra vocês. Sou de Vitória/ES, e fui de avião até o Rio de Janeiro, e de lá segui de ônibus até Paraty, meu primeiro destino. De lá dei uma escapadinha pra Trindade, e depois segui pra Ilha Grande. Todos os gastos estarão discriminados para uma pessoa.

 

DIA 01 - 06/02 - Vitória x Rio de Janeiro x Paraty

Saída do aeroporto de Vitória às 06h da matina, 07:30h estava desembarcando no Santos Dumont. Fui de cargueira levinha e relativamente vazia, e deu pra levar ela na cabine tranquilamente, pra agilizar a chegada e não ter que esperar por ela na esteira. Saindo do aeroporto, é aquela história: se estiver sozinho, tem ônibus rapidinho pra rodoviária por (acho) R$ 14,00, não tem necessidade de táxi. Mas se estiver em dois, aí já vale pegar um táxi (R$28,00). Sábado de carnaval, muitas avenidas do Centro já estavam fechadas pros desfiles, então foi uma zona geral! Rodoviária cheia, ônibus atrasados.. mas paciência: é carnaval e estamos viajando! :D

 

O ônibus até Paraty foi pela viação Costa Verde, comprado antecipadamente pelo site (R$77,50). Aliás, fica a dica: comprando pelo site da Rodoviária Novo Rio, tem taxa administrativa, que não tem comprando diretamente no site da Costa Verde. O horário do ônibus era às 9:00, mas foi sair só 9:40h. Pelo menos era super confortável, com ar condicionado e janelas panorâmicas. A previsão de chegada em Paraty era 13:30, mas chegamos só 16h, uma viagem longa, mas que dormi todo o trajeto.

 

Chegando em Paraty, na rodoviária pequenininha, você tem duas opções: os táxis super careiros, ou suas próprias canelas! Claro que se você estiver no Centro Histórico ou nas redondezas dele, suas próprias canelas darão conta do recado com louvor, mas pode ser que, como eu, você encontre uma hospedagem barata mais afastada e talvez isso aperte um pouco no final. Deixa eu explicar: Paraty é bem pequena, tudo dá pra se fazer a pé. Mas eu encontrei uma boa oferta de última hora em Jabaquara, que é um bairro mais novo, um pouco mais afastado do Centro, coisa de 20 minutos caminhando. A princípio parece pouco, mas tem uma ladeira no meio do caminho até lá, mas no final da viagem isso já tava enchendo o saco, e um táxi do Centro até lá sai por R$25 (que óbvio, não estava disposta a pagar!). Então fica a dica: só fique em Jabaquara se estiver de carro. A pé, ainda que mais caro, as proximidades do Centro dão a melhor opção.

 

Eu fiquei na Tulipa Hospedagens, um local que é a casa da proprietária, Lucy, que fez um puxadinho e criou uns quartos pra servir de pousada. O local é simples, mas o preço foi barato, então nem recomendo nem "desrecomendo". O quarto é privado, tem café da manhã simples, e ar condicionado. Atende à necessidade, mas não espere nada luxuoso.

 

Depois de deixar as coisas na pousada, Centro Histórico! Paraty é linda e não decepciona ninguém. Durante todo o carnaval teve bloquinhos pelas ruas, gente andando, aquele clima super gostoso de cidade pequena. Em algumas ruas, barulho e movimento das marchinhas; duas ruas acima, silêncio total e nem parecia que era a mesma cidade. Ou seja: tem Paraty pra todos os gostos ::love::

 

Dica: como já é de se esperar, os restaurantes do Centro Histórico são caros! Se quiser fugir deles, pegue a avenida principal em direção à rodoviária, e nessa região vai encontrar muitos barzinhos e restaurantes por um preço mais justo. Ainda assim, achei alimentação em Paraty muito cara!

 

Gastos do dia:

28,00 - táxi Santos Dumont x Rodoviária

77,50 - ônibus Rio de Janeiro x Paraty

88,00 - Tulipa Hospedagens

45,00 - Restaurante Varanda Espetinhos

5,00 - cerveja na barraquinha

3,00 - água na barraquinha

4,00 - churros na barraquinha

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DIA 02 - 07/02 - Paraty

Planejamento do dia: passeio de escuna pelas praias e ilhas de Paraty. São muitos barcos que oferecem esse passeio e o roteiro é bem parecido: Praia da Lula, Lagoa Azul, Praia Vermelha, Ilha Comprida. A dica é ir pro cais e tentar escolher pelo barco que mais agradar mesmo. Dica para a vida: não faça como eu, e vá com tempo de sobra pra ir de um barco à outro avaliando e pechinchando! Vá para o cais e avalie os barcos, e dê preferência para barcos pequenos, pois é mais barato, tem menos muvuca e eles podem parar mais próximos da praia (isso faz MUITA diferença!). Normalmente há saídas à partir de 10h, até 11h.

 

Eu cheguei meio em cima da hora e perdi essa vantagem, então acabei contratando com a Escuna Zephyr, por R$60,00. O passeio foi legal, as praias são bacanas, e a estrutura da escuna não tenho o que reclamar. PORÉM, ela estava muito cheia, foi ruim pra achar um lugar bacana pra ficar, e todas as paradas tinha uma fila gigantesca para descer pra praia de bote, pois parava bem longe da areia, o que fez com que eu acabasse desistindo de descer e ficasse no mar próximo à escuna mesmo. Eles têm bebidas e almoço pra vender, e na volta (final do dia) oferecem frutas, biscoitos e café de cortesia. Os pratos são aquela coisa: meio caros, mas uma porção de batatas serviu bem duas pessoas e enganou o almoço. Na hora de pagar a conta, incluíram R$7,00 de couvert artístico, que ninguém tinha avisado antes (porque tem um cara cantando e tocando violão), mas pedi pra tirar e aceitaram numa boa.

Chegamos no cais de Paraty já mais de 17h, e o tempo estava bem fechado e com uns chuviscos. Nesse dia desanimei de sair à noite, estava super cansada, então só passei no mercado pra comprar coisas para o lanche do dia seguinte (já que iria pra Trindade), e acabei jantando na pousada mesmo, sanduíches que preparei com as coisas que comprei.

 

Gastos do dia:

60,00 - Escuna Zephyr

88,00 - Tulipa Hospedagens

22,00 - almoço barco - batata frita e cervejas

21,00 - supermercado

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DIA 03 - 08/02 - Trindade

Esse foi o dia que mais curti na viagem inteira! Fui pra Trindade, que é uma pequena vilazinha, a 45 minutos de Paraty. Vila com chão de terra batida, praias lindas e trilhas: todo o amor que houver nessa vida tá lá!

 

Saí cedinho e fui pra rodoviária pegar um ônibus pra lá. Tem horários de hora em hora, e é ônibus circular, de catraca mesmo e com cobrador, sem frescura, só esperar, embarcar e pagar sua passagem (R$3,50). Recomendo ir bem cedo (eu peguei o de 8h), porque depois de um tempo, os principais atrativos de Trindade lotam (falo disso mais à frente). Quarenta e cinco minutos de estrada, parte dela numa estradinha estreita e cheias de curvas que você acha que o ônibus não vai conseguir fazer, descida abaixo o marzão vai surgindo e formando uma paisagem que não te deixa ter dúvidas: o verdadeira paraíso é ali! :o

 

Saltando no ponto final, dali se pega uma "viela" até a Praia do Meio (3 minutos). Dali começa a trilha para a praia do Caxadaço (10 minutos). Caxadaço, praia linda, mas tome fôlego que o melhor está à frente! Andando até o final da praia, tem uma trilha (20/30 minutos) até a Piscina Natural do Caxadaço, que é uma piscina que se formou porque lá é cercado de pedras que bloqueiam as ondas, fazendo com que as águas sejam calminhas. Lá tem partes rasinhas e outras mais fundas. Não tenho uma foto panorâmica, pesquisa no google e comprove ou então acredite em mim: o lugar é maravilhoso, dá pra passar um dia inteiro ali! O problema, como todo lugar maravilhoso em alta temporada é que lota. Fiquei ali um tempo relaxando (em termos, porque com a quantidade de gente, ficava sempre de olho na mochila que deixei em cima da pedra), até que a quantidade de gente começou a realmente incomodar, e resolvi procurar um lugar mais calmo, e fiz a trilha de volta pra Praia do Caxadaço. Lá arrumei uma sombrinha, joguei minha canga, almocei os sanduíches que tinha levado, depois passei a tarde só lagarteando na minha sombra, jogada na minha canga. Que tarde delícia! ::love::

 

Quando foi chegando o fim do dia, desmontei o "acampamento" e fiz a trilha de volta pra Praia do Meio. De lá, se tiver disposição, dá pra pegar a trilha pra Pedra que Engole (dizem que cerca de 30 minutos). Eu queria muito ir, mas acabei gastando meu tempo na Praia do Caxadaço e não me arrependo. Ali na Praia do Meio tem toda uma estrutura de barraquinhas, comidas e bebidas, coisa que no Caxadaço não tem, então vá preparado se for pegar as trilhas. Fiquei um tempo na Praia do Meio (super gostosa também!) e lá pro fim da tarde decidi ir embora e voltei pro ponto final. Lá já estava uma fila gigantesca pro ônibus, e só consegui embarcar de volta no terceiro ônibus que apareceu (tem de meia em meia hora). Lembrando que não vai nenhum passageiro de pé: deu a lotação, encerra o embarque e parte, então se não tiver lugar pra você nesse, só no próximo.

 

De volta pra Paraty, última noite na cidade, claro, saí pra aproveitar. Nesse dia jantei um hambúrguer num lugar muito gostoso: Dona Maricota, bem no coração do Centro Histórico. Hambúrguer gourmet, portanto, um pouco mais caro, mas achei que super valeu. E depois ainda aproveitei uma das muitas barraquinhas de doces pela cidade. Ou seja, eu bem alimentada = noite feliz!

 

Gastos do dia:

7,00 - ida e volta para Trindade

5,00 - sorvete Trindade

10,00 - imãs Paraty

40,00 - jantar Dona Maricota

10,00 - cervejas e doces na barraquinha

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DIA 04 - 09/02 - Ilha Grande

Os meus planos eram partir pra Angra bem cedinho, pra de lá pegar a barca pra Ilha Grande (não compensa ir pra Ilha Grande direto de Paraty. Há apenas uma empresa que faz essa trajeto, por um preço surreal (R$195,00), então vale muito mais a pena se deslocar até Angra, onde o preço é muito mais convidativo e tem mais variedade de horários), mas eu gostei tanto de Paraty, que tinha decidido passar a manhã batendo perna na cidade e pegar ônibus pra Angra só por volta do meio-dia.

 

Mas como viagem sempre tem um dia "super furada" no meio (pelo menos as minhas sempre têm!), esse foi o dessa viagem. Pra começar, perdi a hora e acordei tarde. Com isso, já não dava mais pra sair cedo sem a mochila cargueira e voltar no final da manhã pra buscar ela na pousada. Se fosse pra sair, já teria que ser com ela (lembram da ladeira, né? Não rolava ir e voltar com o tempo apertado). E também não daria pra bater perna pelo centro histórico com a cargueira. A solução teria sido deixar a mochila no guarda-volumes da rodoviária, que liguei pra lá e me informaram que tinha sim! Só que chegando na rodoviária (lotaaaaada, todo mundo partindo de Paraty) o tal guarda-volumes estava fechado, e ninguém sabia informar pra onde o rapaz que trabalha nela tinha ido. Esperei um tempo, dei umas voltas, mas nada de ele aparecer, até que decidi esperar o que vinha primeiro: o tal do rapaz ou um ônibus pra Angra. Bem, o ônibus pra Angra chegou primeiro, e olha que estava atrasado! Como já estava com pouca sorte, decidi não arriscar e embarquei!

 

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Tem ônibus pra Angra quase de meia em meia hora, só que apesar de ser uma viagem intermunicipal (2 horas e 15 minutos), é ônibus de catraca, com cobrador, sem ar condicionado e sem conforto nenhum. Como sofrimento pouco é bobagem, não bastasse tudo isso e a sensação térmica de estarmos beirando a fronteira do inferno, o ônibus de repente pára no meio do nada: quebrou! Bora descer todo mundo pra rodovia e esperar o próximo passar. Uma meia hora depois aparece o próximo ônibus, lotado, e o resto da viagem até Angra foi realmente desanimador.

 

Mas não era o fim do dia.. Chegando em Angra (há um posto de informação turística no cais, aproveite pra se informar por lá), descobri que por ser feriado, a barca da CCR não saía 15:30 como estava no site, mas sim 13:30h. Isso porque existem dois tipos de embarcação que levam à Ilha Grande: a barca da CCR, que é uma espécie de transporte público pra ilha (R$14,00), funciona apenas uma vez ao dia, e demora cerca de uma hora de viagem; e as barcas particulares, chamadas fast boats (R$40,00), que saem em vários horários por dia. Como a CCR daquele dia já tinha saído, o jeito foi desembolsar mais e ir na barca particular. Tem várias agências em frente ao cais, mas o preço, pelo que vi, é o mesmo, então a escolha acaba sendo pelo horário que melhor te atenda mesmo. Quase uma hora depois (isso que era barca rápida!), chegamos em Ilha Grande.

 

Ilha Grande, especificamente Vila do Abraão, onde fiquei, é uma vilazinha puro charme. Ruazinhas de terra batida e te paralelepípedos. É pequenininho, mas tem de tudo, então não acho que tem necessidade de fazer compras no continente pra levar pra lá, pois lá tem mercados, farmácias e muitos restaurantes. Inclusive, uma coisa que me surpreendeu muito positivamente, é que depois de ler alguns relatos, fui pra Ilha preparada pra deixar os rins e as córneas pra pagar minhas contas.. mas não! Especialmente se tratando de uma ilha, em que tudo vêm do continente, achei os preços bem honestos! Alimentação em geral bem mais barato que em Paraty, mercado e farmácia também. O único detalhe é que na ilha não tem banco (na verdade, até vi que tem um caixa eletrônico da Caixa, mas os moradores disseram que não dá pra confiar, pois muitas vezes falta dinheiro nele, especialmente em grandes feriados), mas a grande maioria dos lugares aceita cartão, restaurantes, pousadas e agências de passeio (até as barraquinhas de artesanato!), são pouquíssimos lugares que não aceitam.

 

Na Vila do Abraão eu já havia feito uma reserva pelo Booking, para quatro diárias no Nativo Hostel Ilha Grande, em quarto compartilhado, sem opção de cancelamento, o que mais tarde se tornou uma pedra no sapato (que felizmente acabou se resolvendo). Já adianto que não recomendo esse lugar! Não é que a estrutura do local seja ruim; cada quarto tem seu banheiro privado e o wifi funciona bem. O grande problema é que o local é totalmente abandonado. Quando cheguei, nesse dia, dei a sorte de encontrar uma moça na recepção, e já comecei a estranhar quando ninguém me fez a cobrança no checkin e nem pegou meus documentos. Essa foi a única vez que a vi: mais tarde, quando saí e cheguei da rua, depois do noite seguinte, durante todo o dia, não havia absolutamente ninguém na recepção. A impressão que eu tinha é que, além de quem quisesse poderia entrar nos quartos (as chaves ficam na recepção) e levar o que quisesse, se eu de repente quisesse juntar minhas coisas e ir embora, inclusive sem pagar, ninguém ia sequer se lembrar de mim. Além disso, o café da manhã foi o pior de toda a viagem , muito fraco, e não funciona pra você mesmo se servir: quando você chega, já tem os pratos com pão, presunto e queijo montados pra você - sou fresca e achei meio porquinho. Outra coisa que pesou super, é que não tem ar condicionado, só ventilador. Achei que daria pra relevar, mas fez muito calor na ilha, e isso foi um ponto decisivo pra procurar outro lugar pra ficar. Além de tudo, meus colegas de quarto (uma família) eram bastante sem noção: deixavam roupas penduradas no banheiro, inclusive na pia, dormiam de cueca no quarto, e até mesmo me deixaram trancada do lado de fora do quarto um dia (trancaram e levaram a chave).

 

Depois de fazer checkin no hostel, fui bater perna pela ilha. Como disse, achei alimentação relativamente barato: jantei um combo de hamburguer, batata frita e refri por R$17,00. Não me recordo o nome do lugar, mas tem várias lanchonetes com essa promoção. Depois fui procurar agências pra fechar os passeios que queria fazer; tem várias pela rua da orla.

 

Sobre agências e passeios: Ilha Grande é realmente uma ilha grande! Tem coisa pra fazer por mais de uma semana inteira sem repetir nenhum passeio, então opções não vão faltar. Tem trilha, praia, cachoeira e passeios de barco, então dá pra escolher o que mais tem a ver com seu estilo. De toda forma, recomendo fazer pelo menos um passeio de barco, pra ter uma visão geral da ilha, de preferência o Volta à Ilha ou o Meia Volta à Ilha. Apesar do nome, o Volta à Ilha não repete nenhum ponto do passeio do Meia Volta. São passeios diferentes e com focos diferentes: o Volta tem foco mais em praias, uma mais linda que a hora; o Meia Volta tem foco em pontos de mergulho (pode ter faixa de areia ou não, portanto). Particularmente, eu gostei muito mais do Volta à Ilha, mas vai de cada um.

 

Agora sobre o preço em si: a maioria das agências cobra o mesmo preço, com poucas variações, não mais que dez reais, e normalmente oferecem roteiros muito semelhantes e com comodidades semelhantes (passeio de lancha, com água de cortesia, caixa de gelo pra cada um levar suas bebidas, etc). Então acaba que a escolha fica entre a agência que te atende melhor ou te oferece algum benefício (fechando muitos passeios de uma vez, por exemplo, podem te dar algum desconto ou cortesia). Só que mesmo assim, você não tem a certeza de que vai fazer o passeio com a agência que contratou, pois eles trabalham com parceria, e vão se ajudando pra fechar os passeios uns dos outros (mesma coisa pra quem já fez o passeio do Salar de Uyuni: você contrata com uma agência mas pode acabar indo em outra). Se for pagar no dinheiro, normalmente tem um descontinho pequeno (de $120,00 para R$110,00 o Meia Volta, por exemplo). Se já souber todos os passeios que quer fazer, vale negociar pra conseguir um preço melhor, e foi o que eu fiz. Fechei o Volta à Ilha (R$ 170,00), Meia Volta (R$ 110,00), Lopes Mendes (R$ 15,00) e transfer para o Rio (R$110,00 - falo disso detalhadamente mais à frente) com a Avanti. Esses já são valores com desconto, por ter fechado tudo junto. O preço normal pra Volta é R$180,00, Meia Volta R$120,00 e Lopes Mendes R$30,00. Passeios fechados, de volta ao hostel para dormir (foi nesse dia que fiquei trancada fora do quarto!).

 

Gastos do dia:

12,50 - ônibus Paraty x Angra dos Reis

40,00 - Fast boat Ilha Grande

90,00 - Nativo Hostel Ilha Grande

17,00 - Hambúrguer

5,00 - Imãs Ilha Grande

15,00 - Crepe

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DIA 05 - 10/02 - Ilha Grande

Dia de passeio de Volta à Ilha! Esse é o passeio mais demorado, e é um passeio de mar aberto, então disseram que não dá pra contratar com muita antecedência, pois eles dependem da estabilidade da maré, por isso recomendaram ser o primeiro passeio a ser feito, já que tinham ele confirmado já pra esse dia. Saímos às 9:30h do cais, um grupo bem animado e foi um passeio bem legal. Como disse anteriormente, na lancha tem água mineral de cortesia, e gelo pra você levar suas próprias bebidas. Uma das paradas do passeio é para almoço, mas eu levei umas cervejas e um lanchinho e me virei bem. As paradas são em Cachadaço, vista panorâmica na praia de Dois Rios, Parnaióca, Aventureiro, Praia dos Meros, e almoço em Maguariquessaba. Curti muito esse passeio, recomendo muito!

 

O passeio dura um dia inteiro, chegamos em Abraão cerca de 18h. Novamente, banho no hostel (recepção vazia, como sempre) e bater perna na vila. Nesse dia jantei uma pizza num restaurante ao lado da igreja, muito boa e preço honesto. E em Vila do Abraão também tem vários carrinhos de doces espalhados pelas ruas, uma tentação.

 

Gastos do dia:

170,00 - Ilha Completa

32,00 - Supermercado

90,00 - Nativo Hostel Ilha Grande

30,00 - Pizza

7,00 - Doce no carrinho

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DIA 06 - 11/02 - Ilha Grande

Esse dia estava marcado para ser feito o passeio de Meia Volta à Ilha. Mas deu um super temporal de madrugada, e amanheceu ainda com muita chuva e o tempo fechado, ou seja, nada atrativo pra um passeio de barco. Além disso, nesse dia quando eu acordei não tinha café da manhã pronto no hostel (lembram que eu falei que os pratos já ficam prontos? então, aparentemente tinha acabado e ninguém tinha reposto), e eu tinha passado uma noite tão ruim e com tanto calor, que decidi sair pra decidir duas coisas: arranjar outro lugar pra ficar e tentar resolver alguma coisa sobre o passeio do dia.

 

Sobre o passeio, achei que eu ia encontrar alguma resistência (afinal, apesar da chuva os barcos estavam saindo normalmente), mas foi super tranquilo: troquei o passeio do Meia Volta pro dia seguinte e nesse dia fiquei de fazer Lopes Mendes. O passeio de Lopes Mendes é o seguinte: o que se contrata é um barco de ida e volta até Pouso, que é uma praia próxima de Lopes, e de lá dá se pega uma trilha rápida (20/30 minutos) até Lopes. Você pode escolher entre três horários pra ir (9:30/10:30/11:30 - excepcionalmente pode ter 12:30 também) e três horários pra voltar (não lembro bem os horários, mas acho que eram 15:30/16:30/17:30).

 

Sobre hospedagem, segundo o Booking, estava quase tudo lotado, e as poucas vagas que apareciam tinham preços surreais, mais de 500 reais por noite. Mesmo assim, fui batendo de porta em porta nas pousadas, e pra minha surpresa, encontrei até muitas opções! Então fica a dica pra vida: não se restrinjam ao Booking! Muitas (muitas!) pousadas não estavam lá, ou constavam lá como esgotadas, mas tinham vaga. Liguem para as pousadas e reservem diretamente, até porque o preço pode ser mais vantajoso diretamente. Tanto foi assim que encontrei uma super barbada: uma vaga numa pousada de frente pra praia, quarto privado com ar condicionado, por apenas R$200! 

 

O único problema que poderia acontecer é que, como disse, havia reservado o hostel pelo Booking, e a reserva não podia ser cancelada (caso fosse, seria sobrada 50% de toda a reserva). Mesmo assim resolvi arriscar, confiando na desorganização deles, e fui tentar fazer o checkout, que consegui sem nenhum problema. Ninguém questionou a quantidade de diárias que eu tinha reservado (acho que nem têm controle sobre quem vem pelo Booking ou não) e sequer sabiam quanto deveriam me cobrar pela diária! Fui honesta e falei o preço proporcional por noite da reserva que tinha feito, mas como disse, são tão desorganizados que eu poderia até ter agido de má fé. Depois acabei descobrindo que estava pagando um pouco mais caro que a maioria dos outros hóspedes.. mas o importante é que eu estava me livrando daquele encosto, então corri pegar minha mochila e me mandar de lá! Chegando na nova pousada, a Lounier, uma grande surpresa: quartos maravilhosos, cama delícia, ar condicionado que funciona, chuveiro bom e como eu descobriria no dia seguinte, um café da manhã espetacular. Recomendo muito!

 

Como não parava de chover, como a pousada estava tão gostosa, como eu estava bastante cansada, e como o passeio de Lopes Mendes do dia era relativamente barato, acabei optando por passar a tarde inteira descansado e nem fiquei com peso na consciência de perder o passeio do dia. Uma pena, mas nem todas as condições das viagens estão sempre sob nosso controle. Mesmo assim não me arrependo. Com chuva, a trilha estaria escorregadia e possivelmente eu não teria aproveitado bem a praia, então achei que fiz um bom negócio.

 

Como eu havia conseguido vaga na Lounier por um cancelamento de última hora, só havia vaga aquela noite, então durante a tarde aproveitei pra procurar vaga e deixar reserva pro dia seguinte. Novamente, não se restrinjam ao Booking, encontrei muitas opções dos mais diversos preços. Nesse dia almocei num restaurante pé na areia na beira da praia, foi o mais caro da viagem e me arrependo um pouco, pois foi uma picanha na pedra que não valeu o preço e não estava bem servida. Nesse dia só enrolei, bati perna na vila e descansei, nada de mais.

 

Gastos do dia:

200,00 - Pousada Lounier

15,00 - Passeio Lopes Mendes

60,00 - Almoço

4,00 - Água

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DIA 07 - 12/02 - Ilha Grande

Dia de passeio de Meia Volta à Ilha, e contrariando todas as previsões do tempo, amanheceu ensolarado! O Meia Volta sai mais tarde, e passa pela Lagoa Verde, Lagoa Azul, Praia do Amor/Saco do Céu (onde é o almoço) e Praia da Feiticeira. Normalmente começa às 10h30 e termina 16h. Nesse dia eu não curti tanto, mas não pela qualidade do passeio em si. Eu já estava meio saturada de fazer passeios de barco, ter hora pra tudo e não poder fazer as coisas no meu tempo. É uma desvantagem desse tipo de passeio.. hoje talvez eu não teria feito esse, teria feito alguma trilha, mas como disse, minha visão pessoal, não é por ter tido algum problema no passeio em si.

 

A parada pro almoço, assim como no passeio de Volta à Ilha, o piloto da lancha passa o cardápio antes pra galera escolher e faz o pedido por telefone pra agilizar, pra quando chegar na parada pro almoço não ter que esperar tanto. Os pratos são um pouco caros, então novamente uma porção de batata serviu bem duas pessoas e quebrou bem o galho, ainda mais com as cervejas que comprei no outro dia, que terminei de levar nesse dia.

 

Chegamos em Abraão por volta de 16:30, passei na Lounier pra pegar a cargueira (ah, além de tudo têm sala de bagagens, pode deixar tranquilo), e fui pra outra pousada, a Canto Verde, que tinha reservado no dia interior. Também R$200,00, quarto privado com ar (que gela mesmo!), e muito aconchegante, recomendo. Definitivamente valeu muito a pena ter trocado de hostel pra pousada, e olha que eu tinha a falsa impressão de que a pousada sairia muito mais caro. Bom, é preciso pesquisar.

 

À noite, a última volta pela vila, jantar e ver o movimento. Tinha uma musiquinha ao vivo gostosa próximo à igreja, que clima gostoso! Infelizmente, já era a despedida..

 

Gastos do dia:

110,00 - Meia Volta à Ilha

23,00 - Batata frita na parada pro almoço

200,00 - Pousada Canto Verde

17,00 - Hamburguer

7,00 - Doce na barraquinha

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DIA 08 - 13/02 - Ilha Grande x Rio de Janeiro x Vitória

Dia de voltar pra casa!

 

Como disse anteriormente, contratei o transfer até o Rio de Janeiro com a Avanti, na hora de fechar todos os passeios. O transfer funciona assim: custa R$110,00 e tem a travessia de fast boat até Conceição de Jacareí, e depois o restante do trajeto é feito em vans, que vão até o Galeão, o Santos Dumont e a rodoviária do Rio. No meu caso, considerando que eu teria que contratar o fast boat até o continente, mais ônibus até a rodoviária do Rio, mais táxi até o aeroporto, vi que não daria muita diferença, então achei que compensava contratar.

 

A saída é às 9h da manhã, direto no cais de Abraão, e chegando em Conceição de Jacareí as vans já estavam nos esperando. Foi super rápido, antes de 13h eu já estava no aeroporto. Achei que valeu a pena especialmente porque nesse dia, como era sábado pós-carnaval, iria acontecer o desfile das campeãs, e muitas ruas de acesso novamente estavam fechadas, então foi ótimo não ter que se preocupar com isso, então vale a pena cada um calcular pra ver o que sai mais vantajoso.

 

Gastos do dia

110,00 - Transfer Rio de Janeiro

26,00 - Almoço Subway

 

Dicas gerais:

- Paraty é puro amor, mas as ruas em pedras pé-de-moleque vão torturar seus pés, então seja legal com eles e esqueça qualquer salto alto.

- Não vale a pena pegar táxi em Paraty.

- Trindade merece sua visita! E óbvio que não precisa contratar o passeio de van que vi muitas agências oferecendo por R$70,00. É super simples e baratinho de ir!

- Leve repelente! Tanto em Paraty quanto Ilha Grande, havia muitos mosquitos.

- Apesar de não ter caixa eletrônico em Ilha Grande, não vi necessidade de levar muito dinheiro em espécie, pois a maioria dos lugares aceita cartão. Normalmente só não se aceita em alguns restaurantes e nos barcos, caso precise voltar de alguma praia.

- Aliás, em muitas praias que paramos vi os "barco-táxi", então rola tranquilamente ir por trilha e voltar de barco, por exemplo.

 

É isso, espero que seja útil aos viajantes!

Boas viagens a todos! ::otemo::

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Muito Bom! :D

Quando vou pra ilha Grande prefiro ficar acampado, e como ou no Don Peroni, que é um rodízio ótimo por 25 reais e além do que a rapaziada que trabalha lá nos ajudaram muito a conhecer a ilha, ou de frente pra esquina, um restaurante que vende pratos para duas pessoas que é ótimo por apenas 60 reais as refeições!

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