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Conhecendo Castro/PR


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Olá amigos do Mochileiros.com! Envio abaixo o relato de uma visita que fiz a Castro em 2013. Espero que gostem do texto e das fotos!

 

INICIANDO A TRIP

O programa começou na sexta-feira, dia 31 de maio quando no final da tarde embarquei no ônibus para Ponta Grossa. Saí de Irati às 18h20 e cheguei em Ponta Grossa às 20h05. Para minha sorte, consegui pegar o próximo ônibus para Castro, que saia às 20h15, pois do contrário, teria que esperar até mais ou menos 22h00. Passado pouco das 21h00 já estava em Castro e como era tarde para qualquer coisa, as atividades começaram na manhã seguinte. Fui para Castro, porque é uma cidade importante no âmbito turístico da região dos Campos Gerais com alguns pontos que eu tinha interesse em conhecer, além de rever um amigo que tenho na cidade, que por sinal me hospedou muito bem em sua casa.

 

URBANIZAÇÃO

No segundo dia dessa pequena viagem visitei os principais pontos de Castro e fiquei satisfeitíssimo com a riqueza cultural dos atrativos de lá. Mas antes de partir para os museus e construções históricas, visitei no início da manhã o Morro do Cristo, local onde é possível fazer uma observação parcial da cidade. A imagem do Cristo existente em Castro é semelhante à do Rio de Janeiro, porém em escala muito menor.

 

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Logo após desci para o Parque Lacustre – Parque Municipal Prefeito Dr. Ronie Cardoso –, que abrange uma grande área de lazer e entretenimento onde é possível a prática de esportes e caminhada, além da existência da pista de skate, playground, equipamentos de ginástica, ciclovia e quadras de esportes. Diante disso, pode-se dizer que o Parque Lacustre é um dos pontos mais completos existentes em Castro, principalmente para a população local. E detalhe: além do Parque ficar fechado à noite – o Morro do Cristo também fica – evitando a depredação do local, há um módulo policial dentro do Parque.

 

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Depois, passei rapidamente pela ponte do Rio Iapó, sendo que ao lado existe a ponte da linha férrea e pela Praça Indalécio de Macedo, ou Praça Bom Jesus. A ponte de trem foi construída no século XIX com aço importado da Alemanha. Possui 144 metros de comprimento e foi inaugurada em 1899 (dados da Prefeitura de Castro). Logo depois, pude conhecer o Parque Municipal Dr. Libâneo Estanislau (Prainha), que tem como principal atrativo o Rio Iapó e a paisagem por ele proporcionada.

 

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CENTRO HISTÓRICO

Após visitar a Prainha fui para o centro histórico de Castro, tendo a primeira parada no Museu do Tropeiro. Particularmente, museus me fascinam, mas há um porém: tem que ser de coisa velha (rsrs). Acho museus de história impressionantes, pois sou fã do turismo histórico cultural, e é totalmente o caso desse museu, que tem por objetivo resgatar e preservar a memória do tropeirismo que ocorreu nos séculos XVIII e XIX – lembrando que Castro era rota dos tropeiros. Segundo consta no site da Prefeitura de Castro, o Museu do Tropeiro é considerado o mais importante do gênero no país, contando com mais de mil peças, documentos e objetos que retratam a vida cotidiana do tropeiro. O bom é que com todo seu acervo valioso, a visitação é gratuita, tornando-se uma excelente pedida de visitação em Castro. Há uma caixinha para doações voluntárias, apenas. Ah, o prédio que abriga o Museu é considerado o mais antigo da cidade.

 

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A próxima parada foi na Igreja Matriz Nossa Senhora Sant’Ana, no meio do centro histórico. Para esclarecer, o termo centro histórico não é oficialmente reconhecido, estou usando para facilitar o entendimento geográfico da região. Então, outra atividade que gosto de fazer quando viajo é visitar alguma Igreja Católica, e não poderia ter sido melhor. A Matriz Sant’Ana possui um interior riquíssimo em detalhes e beleza por conta dos diversos vitrais que a compõe, juntamente com a arquitetura colonial. Sua construção foi iniciada no século XVIII (1704) por escravos e totalmente concluída em 1876, porém a segunda torre só foi edificada em 1961. A Matriz abriga esculturas em madeira feitas pelo Frei Mathias de Gênova (falecido na década de 1870), lustres de cristais doados pelo então imperador Dom Pedro II e um sino de bronze que foi rachado após ter sido tocado na comemoração do fim da Segunda Guerra Mundial.

 

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Em seguida, fui à Casa de Praça, um pequeno museu de arte em quadros, mas que está abrigado em uma casa histórica construída em barro pelos escravos da época colonial. Não gosto de museu de arte, ainda mais em quadros, porém a edificação chama muita atenção.

 

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O próximo ponto visitado foi a Casa de Sinhara, um museu localizado em uma casa construída na metade do século XIX que abriga em seu interior objetos, móveis e utensílios que retratam o cotidiano da mulher castrense no período do tropeirismo, transmitindo ao visitante uma ideia fiel de como era viver naquela época. Recomendo visitar esse museu, o acervo é muito dez! um detalhe interessante é que tanto na Casa de Sinhara quanto no Museu do Tropeiro, na entrada você recebe uma espécie de pantufa para colocar sobre o calçado que você esteja usando e tem como finalidade não danificar o assoalho, visto que são construções muito antigas. Antes de partir para o próximo atrativo, conheci melhor a praça central, em frente à Matriz.

 

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Era quase meio dia e rumei para o último ponto a ser visitado antes do almoço: o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), juntamente com a Praça Natalina – a Praça Natalina está localizada ao lado do CAT e traz uma decoração natalina que perdura durante todo o ano. Considerada como Casa do Papai Noel, faz parte do projeto “Em Castro sempre é Natal” criado pelo Sindicastro (Comércio Varejista em Castro) em parceria com a Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo.

 

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A tarde ficou reservada apenas para dois atrativos: a Fazenda Capão Alto e o Memorial da Imigração Holandesa, ambos localizados na famosa Castrolanda.

 

SESMARIA

Eram aproximadamente 14h00 quando fui para a Fazenda Capão Alto, que fica um pouco retirada do centro urbano. Lugar simplesmente fantástico, a sensação de você estar numa sede de sesmaria da época colonial ou então em meio às ruínas de uma senzala é indescritível, e a Fazenda proporciona isso tudo por um preço bem em conta. O casarão foi erguido na metade do século XIX e hoje se encontra vazio, sendo utilizado apenas para o turismo. Ainda é possível encontrar no local os palanques usados para açoitar os escravos “maus” da sesmaria – essa que foi cedida pela Coroa Portuguesa à família Taques de Almeida – contando ainda com as correntes utilizadas para amarrá-los.

 

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A título de curiosidade, oito imóveis existentes em Castro são tombados como Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, sendo eles: Museu do Tropeiro, Casa de Sinhara, Casa da Praça, Fazenda Capão Alto (estes eu pude conhecer), Casa da Cultura Emília Erichsen (primeira creche particular do Brasil), Estação Ferroviária e duas casas comerciais.

 

CASTROLANDA

Posteriormente, fui até o Museu da Imigração Holandesa e pude conhecer o famoso Moinho da Castrolanda, que por sinal é maravilhoso. Vamos a um pouco de dados técnicos: foi construído em 2001 por um engenheiro holandês para comemorar os 50 anos da imigração holandesa em Castro e é considerado o maior moinho da América Latina, com 37 metros de altura. Seu nome é “De Immigrant” (O Imigrante). Mais um lugar bem legal de Castro, o Moinho traz imagens e objetos da época que o município foi colonizado; parada obrigatória em Castro.

 

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Fazendo um resumão: o Morro do Cristo, o Parque Lacustre e a Prainha são muito bem cuidados. Todos são atrativos de lazer e conseguem cumprir bem esse papel. A ponte do Rio Iapó foi o lugar que menos gostei, vamos assim dizer, devido a má conservação (mato e lixo ao redor); com a sua importância e história, deveria estar mais bem estruturada. O Museu do Tropeiro, a Igreja Matriz, a Casa de Sinhara, a Fazenda Capão Alto e a Casa da Praça são atrativos histórico culturais interessantíssimos de serem visitados, ainda mais que na maioria não é cobrado entrada – exceto na Fazenda Capão Alto – e possuem histórias fantásticas. O CAT não me agradou muito devido ao funcionário que estava lá. Não sei se há apenas um, bem como não estou generalizando, mas o que me atendeu não se preocupou muito em me fazer ter um interesse maior pela cidade, apenas me deu um material referente ao município. Porém, o local é muito bem estruturado, juntamente com a Praça Natalina, o transforma em um atrativo a ser visitado (mas não espere muita coisa). É quase que uma obrigatoriedade visitar o Memorial da Imigração Holandesa quando se vai a Castro e de fato o local é muito bonito, vale à pena pagar para conhecê-lo.

 

Uma viagem muito agradável. Pretendo retornar em breve e aproveito também para recomendar a cidade a quem tiver a oportunidade de visitá-la, e que sejam conhecidos principalmente seus atrativos históricos culturais.

 

Viagem realizada entre os dias 31 de maio e 02 de junho de 2013.

Relato escrito em julho de 2013 e reescrito em março de 2015.

 

Qualquer dúvida fico a disposição, pessoal.

 

Um abraço!

 

::otemo::

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