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Espanha veta entrada de 30 brasileiros


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  • Membros de Honra

06/03/2008 - 07h59

Espanha veta entrada de 30 brasileiros

Em São Paulo

 

Agentes de imigração da Espanha barraram ontem a entrada de 30 brasileiros no país. Passageiros do vôo 6024 da Iberia, que partiu às 20 horas de terça-feira do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, foram isolados em uma sala do Aeroporto de Madri às 9 horas, após o desembarque. Segundo relato de dois pós-graduandos do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) a parentes no Brasil, eles não receberam informações sobre a recusa de entrada e estavam sem comer e beber água havia dez horas.

 

 

O embaixador espanhol em Brasília, Ricardo Peidró, será chamado hoje ao Itamaraty e ouvirá do secretário-geral das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, que essas atitudes prejudicam a imagem da Espanha no Brasil. O governo considera a possibilidade de começar a negar a entrada de espanhóis, depois desse endurecimento na liberação de brasileiros.

 

A informação da retenção chegou ao embaixador do Brasil em Madri, o ex-ministro da Defesa José Viegas Filho, por volta de 21 horas (17 horas em Brasília), quando os escritórios do governo espanhol já estavam fechados. Viegas deverá manifestar hoje ao chefe de gabinete do chanceler espanhol, Miguel Angel Moratinos, a insatisfação do Brasil.

 

O cônsul-geral em Madri, Gelson Fonseca, pediu à delegacia de imigração que liberasse os brasileiros, mas o pedido foi negado. Os policiais afirmaram, no entanto, que os brasileiros causavam desordem no aeroporto. Para os policiais, os estudantes não tinham provas da viagem para Lisboa, onde participariam de um congresso científico. Argumentaram também que eles estavam com 250 euros cada um, quando, pelas regras, os passageiros têm de ter, no mínimo, 70 euros para cada dia de estada.

 

 

Os estudantes, que continuavam isolados até as 23h30 de ontem, têm volta prevista para o dia 17. Em 2007, a Espanha impediu a entrada de 3 mil brasileiros. Até as 22 horas de ontem, a Embaixada da Espanha no Brasil não havia conseguido informações com autoridades de Madri. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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  • Membros de Honra

Tá certo que nada justifica tratar os turistas brasileiros como bandidos ou terroristas mas...

 

Infelizmente isso é um problema interno da Espanha e dos países da Europa... A população européia está cobrando de seus governos um endurecimento junto aos imigrantes ilegais em seus países. Eles julgam que o estado está sendo muito fraco com esse problema, que esses imigrantes são motivo para o aumento dos gastos sociais, os problemas de segurança, a falta de empregos etc...

 

Como é necessário um critério de escolha para negar a entrada de turistas, eles estão usando as estatísticas:

 

a maior parte dos imigrantes ilegais encontrados na Europa são brasileiros, gente que vai lá pra se prostituir, fazer tráfico de drogas, trabalhar em sub-empregos ou simplesmente viver das benesses do estado.

 

Diante da pressão popular e de estatísticas como essas, vc no lugar de uma agente de imigração não teria maior rigor com os brasileiros ?

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  • Membros de Honra

07/03/2008 - 11h03

Deportação de espanhóis foi respeito à lei e não retaliação, diz delegado

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da Folha Online

 

O delegado da Polícia Federal Francisco Miguel Gonçalves disse nesta sexta-feira que liderou a deportação de oito espanhóis, na noite de ontem (6), por respeito à lei, e não por retaliação às deportações efetuadas recentemente por parte da Espanha. Gonçalves é chefe do setor de imigração do aeroporto internacional de Salvador (BA) há dez anos.

 

"Não é represália. É um trabalho de rotina que visa prevenir a imigração ilegal e o tráfico de drogas sintéticas e que foi intensificado na semana passada, por ordem do superintendente da Bahia, César Nunes. Deportação de estrangeiros é uma coisa que acontece sempre aqui, mas em menor escala --um ou dois passageiros por vez."

 

Na quarta-feira (5), dois jovens mestrandos brasileiros que participariam de um congresso de ciências sociais em Lisboa (Portugal) ficaram retidos no aeroporto de Madri (Espanha), onde o vôo --da Iberia-- fazia uma escala. O caso teve repercussão devido ao tratamento que eles dizem ter recebido no aeroporto --teriam ficado horas impedidos de se alimentar ou telefonar. Diariamente, mais de dez brasileiros são impedidos de entrar na Espanha, de acordo com o cônsul-geral do Brasil em Madri, Gelson Fonseca. Só em fevereiro, foram 450.

 

Toda a situação provocou um mal-estar entre Brasil e Espanha, e o Ministério das Relações Exteriores, agora, ameaça endurecer as regras para entrada de espanhóis no país.

 

Por isso, a deportação dos oito espanhóis, em Salvador, foi vista como o início de retaliação. "Eu não acho que é preciso fazer retaliação. Basta que se aplique a lei brasileira. Eu, aqui, só apliquei a lei 6.815 (a chamada Lei do Estrangeiro), que prevê toda fiscalização necessária", disse o delegado à Folha Online.

 

Espanhóis deportados

 

De acordo com o delegado, os oito espanhóis deportados --cinco homens e três mulheres com idade média de 26 anos-- ou não conseguiram comprovar ter meios para subsistir no Brasil ou não tinham onde se hospedar.

 

Fonseca afirma que um dos espanhóis tinha cem dólares no bolso e ficaria 20 dias no Brasil. Outro, que tinha apenas R$ 160, afirmou que tinha como se manter e apresentou um cartão de crédito vencido em 2006. Um terceiro era um agente de viagens que vinha ao país fazer reportagem para vender pacotes a turistas, porém tinha extrapolado o prazo máximo de estada --180 dias em um ano.

 

O delegado afirma que os espanhóis chegaram a Salvador em um vôo da Air Europa, às 21h30 de ontem, e embarcaram de volta ao país apenas duas horas depois, às 23h30.

 

Os mestrandos brasileiros barrados em Madri anteontem permanecem no país --a previsão é a de que eles retornem nesta sexta, em um vôo da Iberia, ao meio-dia.

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  • Membros de Honra
Tá certo que nada justifica tratar os turistas brasileiros como bandidos ou terroristas mas...

 

Infelizmente isso é um problema interno da Espanha e dos países da Europa... A população européia está cobrando de seus governos um endurecimento junto aos imigrantes ilegais em seus países. Eles julgam que o estado está sendo muito fraco com esse problema, que esses imigrantes são motivo para o aumento dos gastos sociais, os problemas de segurança, a falta de empregos etc...

Como é necessário um critério de escolha para negar a entrada de turistas, eles estão usando as estatísticas:

a maior parte dos imigrantes ilegais encontrados na Europa são brasileiros, gente que vai lá pra se prostituir, fazer tráfico de drogas, trabalhar em sub-empregos ou simplesmente viver das benesses do estado.

Diante da pressão popular e de estatísticas como essas, vc no lugar de uma agente de imigração não teria maior rigor com os brasileiros ?

É por aí mesmo Michel.

Mas o Brasil só não é mais respeitado lá fora também, pois como uma prostituta abre as pernas pra todo mundo. Visto que nosso Congresso mais parece mesmo uma zona.

A situação não vai mudar enquanto o Brasil não adotar a reciprocidade integral, adotando os mesmos critérios de imigração que um país membro da União Européia adotou para outros povos.

Quando isso acontecer deixaremos de ser tratados como cachorros sarnentos em salas fechadas dos aeroportos europeus. Afinal... Só no que tange toda a cadeia do turismo quem tem mais a perder? A Espanha ou o Brasil?

Editado por Visitante
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  • Membros de Honra

seria interessante usar exatamente os mesmos critérios. se eles exigem X euros por dia de estadia, que o turista leve, que exijamos exatamente a mesma quantia. os mesmos tipos de documentos e etc. simples. quem sai perdendo?

 

uma outra coisa. que se intensifique a fiscalização sobre o turismo sexual no nordeste. o que tem de europeu que vem aqui atrás de quenga não tá no gibi.....

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  • Membros de Honra

Acredito que com esse endurecimento o que vai acontecer é que aumentará o fluxo de europeus para o Brasil visto que com todas essas restrições não vai haver uma renovação das prostitutas brasileiras em solo europeu então eles terão que vir pra cá direto ao produtor.

 

Se nosso governo fiscalizasse esse tipo de atividade que (ainda) é ilegal, talvez a visão que eles tem de nosso país viesse a mudar a longuíssimo prazo, junto a essa fiscalização deveríamos dar condições para que essas meninas tivessem oportunidades de estudar e ter alguma profissão mais digna.

 

Além disso é bom que o governo brasileiro em parceria com os europeus criassem campanhas desmotivando os imigrantes ilegais, mostrando que tipo de vida eles estão se sujeitando, quais as penalidades que podem sofrer etc...

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Visitante
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