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Mochilão no Nordeste, 2011.


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Sempre fui apaixonada pelo Nordeste brasileiro. O clima, as pessoas, as praias, os points, as baladas, tudo convergia para que eu regressasse mais uma vez. Escolhi os destinos bem no início do ano, próximo ao mês de Maio. Como comprei as passagens e reservei antecipadamente os albergues (costumo frequentar os credenciados pela Hostelling Internacional - http://www.hostel.org.br/pg.php - recomendo todos não só pela limpeza como pela segurança), uma boa parte dos custos já estavam pagos. Minhas férias começariam dia 01, comprei a primeira perna de Confins para Aracaju (Sergipe). Após, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

 

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Dia 01: Sai de casa rumo ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado na cidade de Confins, exatamente às 09:30. Meu vôo tinha EOBT para 11:00, fiz o check-in às 09:45 e segui para a sala de embarque. Sentei numa mesa e fui ler "O Príncipe" de Maquiavel. Quando meu relógio reclamou, já passava de 10:50. Olhei o papel da GOL, o embarque estava marcado para às 10:22. Levantei e alcancei a pista, as condições meteorológicas estavam deteriorando, possivelmente ficaríamos sem visibilidade para decolar. Liguei para o trabalho e perguntei se tinha alguma aeronave com destino a Aracaju para cópia, infelizmente não havia nenhuma. Fui até o balcão da GOL e a moça avisou que nossa aeronave viria do Curitiba, pegaria a tripulação em São Paulo e depois seguiria para Confins. Soltei o ar de forma bem exasperada e dei um sorriso amarelo. Ajeitei minha mochila de 48L entre as pernas e voltei ao livro. Com o passar das horas, as pessoas começaram a fazer fila, a reclamar e a xingar. Nosso voo faria várias conexões. Quando deu 12:30, a GOL rearranjou um voo para Recife e Natal, deixando o pessoal de Salvador e Aracaju para trás. 13:00 eu já estava com fome, fui até um agente da INFRAERO e pedi para sair e seguir até as dependências externas do aeroporto. De posse do seu passe de embarque, todos tem esse direito. Fui até o Bob's e comi um lanche. Voltei 13:30 e a situação estava piorando, agora as pessoas gritavam e cobravam dinheiro para almoçar. Algumas que estavam viajando desde as 04:00 da manhã conseguiram. Deixei de lado e voltei para meu celular, fui avisar que meu voo atrasaria e muito. 14:00 perguntei se havia algum estimado de pouso, já que nosso voo, 1747, tinha sumido da tela. Não havia, estimei 15:00. Não deu outra, 15:10 o avião estava no chão, embarcamos com destino a Salvador. Para minha surpresa, se antes eu chegaria 14:00 em Aracaju, agora só sairia da Bahia às 00:45. Chegamos no Aeroporto Internacional de Salvador às 16:30. Ficamos esperando nossas malas mas ninguém sabia onde estavam. Fui até o responsável e pedi minha mochila, todos os viajantes concordaram também em pegar seus pertences. A GOL nos levou para um hotel a 40min do aeroporto. Os quartos eram individuais e a refeição seria paga (R$27). Assim que chegamos achei o restaurante, pedi um prato e fui até o quarto guardar as coisas. Quando entrei percebi que a luz não acendia. Quase cai no chão procurando a cama ou outra fonte de claridade, no Nordeste 17h é noite. Tranquei a porta e desci novamente. Uma das pessoas que estava na mesa me falou que é preciso colocar o cartão magnético na parede para a energia funcionar. Sorri um pouco sem graça pela falta de conhecimento e fui jantar. Quando voltei, desvendei o segredo e, como por um milagre, consegui até ligar o ar-condicionado. Tomei um banho gelado (água quente fail) e troquei de roupa. Desci e fui conhecer um pouco das ruas baianas. A iluminação é bem precária, principalmente na orla. Também achei as ruas sujas e esburacadas. Andei por alguns minutos e passei num posto para comprar algumas coisas para a viagem. Voltei para o hotel e fui ver o jogo do Vasco pela Copa do Brasil. Quando deu 22:00 estávamos todos prontos para seguir até o aeroporto, 40min de carro. Sem precisar refazer o check-in, fui até o Bob's comprar um milk shake e seguir para a sala de embarque novamente. Ficamos lá de 23:00 até 01:30, já que nosso voo estava novamente atrasado. Seguimos 02:00 e chegamos em Aracaju por volta de 02:50.

 

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Dia 02: Desembarquei já com a mochila nas costas e segui para o ponto de táxi. Infelizmente nossos aeroportos estão tabelando o preço das corridas, não andei 2 Km do aeroporto até a pousada (R$22). Como eu não havia reservado um quarto específico, paguei a diária mais cara (R$45). Para minha felicidade havia água quente, ar-condicionado e frigobar. Procurei tomadas (o que parece faltar no Nordeste) e só achei uma. Coloquei meu celular pra recarregar, tomei um banho quente e fui descansar. Acordei perto das 06:00 sem sono. Outro banho, roupa de praia e fui tomar café. Ao ver a mesa, me assustei, parecia mais um almoço. Tinha tapioca, carne de sol, algumas coisas que não consegui reconhecer e, bem ao final, pão francês, queijo e presunto. Como a pousada está passando por uma reforma, o pessoal empreiteiro toma café junto com os hóspedes. Sai de lá e fui andar pela orla. Achei uma agência de turismo bem próxima, comprei o passeio até Canindé do São Francisco (R$110). Como havia perdido um dia de viagem, marquei para o próximo amanhecer. Os arcos do atalaia, as pracinhas, as quadras de futebol, tudo vazio e limpo. A cidade é realmente encantadora se você vai curtir uma lua de mel, para fugir do estresse das metrópoles ou para levar seus avós. Badalação? Quase zero. E se tem alguma coisa, só a partir de sexta-feira. A Passarela do Caranguejo é na verdade um rua de mão dupla com bares e restaurantes bem simples. Neste dia fiquei um pouco na praia (3H). As barracas ficam isoladas quase 50m da água, então é preciso ter cuidado com os pertences que ficam a léguas de sua vista. Quanto aos petiscos, o preço não varia muito, nem as bebidas (R$10). Saindo da orla, peguei um ônibus para o centro. Não vi muito coisa, parece que as belezas de Sergipe estão bem além da capital. Na volta passei no shopping para comprar créditos e sacar dinheiro (20min). À noite procurei um bar ou alguma balada, mas nada. Jantei num restaurante na beira da praia e tomei um copo de whiskey para embalar o sono (R$29).

 

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Dia 03: Ficou acertado na agência que às 06:45 a van passaria na pousada para me pegar. Quando deu 06:15 acordei para arrumar minha mochila e tomar um banho. 06:35 passei na cozinha para ver se já havia café mas parece que sexta-feira você tem que solicitar... Resultado, sai sem café! Exatamente no horário combinado o motorista passou. Chovia e uma fina neblina cortava a cidade. Não tinha pensado no ar-condicionado, passei frio com apenas uma blusa e um short jeans. Aos poucos as pessoas foram entrando, vários casais e um grupo de amigas. Aproveitei para ouvir um pouco de música, arrisquei levar meu iPod nesta viagem e não tive problemas. São 3 horas de viagem até a divisa entre Sergipe e Alagoas, paramos três vezes. A primeira para tomar café, o restaurante estava infestado de moscas e não consigo comer nada. No estômago foi apenas o Toddynho. Mais uma parada (10:30), agora na cidade em que morreu Lampião. Mais dez minutos, outra parada, agora na represa de Xingó. Lá os turistas tem a oportunidade de conhecer um Museu Arqueológico, onde foram encontrados algumas ossadas de dinossauros (R$3). Como nunca demonstrei interesse algum por esses répteis, preferi ficar conversando com o guia. Nossa última parada foi no restaurante onde somos obrigados a almoçar (e não nada a menos de 10 Km naquela região) (R$28). A embarcação já estava nos esperando. Entrou um grupo de juízes e depois, a galera. Fiquei na parte superior, estava fugindo do sol (mais uma vez esqueci o protetor solar) e procurando uma cerveja. A viagem dura 1 hora até a parte dos Canyons em que podemos nadar. Parece uma piscina e não vi nada que se assemelhava nas fotos e encartes. Decepcionante para uma entusiasta de água como eu. A embarcação ancorou por mais 1 hora. Fiquei naquela água verde e gelada, presa numa piscina natural. Havia um passeio de barco por dentro dos Canyons que durava 10 minutos (R$15). Na volta aproveitei para pegar um sol (14:00) e observar a paisagem. Não é preciso comentar que o tempo todo só tocou forró e no final queriam vender o CD. Desci da embarcação e almocei. As bebidas eram a parte, aproveitei para tomar um suco de laranja natural, afinal tinha chegado de Minas gripada (R$3,50). Perto das 15:00 estávamos todos novamente na van. Eu esperava bem mais do passeio, ainda mais pelo preço. Na volta paramos numa loja de doces. Experimentei uma mistura de leite ninho, coco e queijo. Depois precisei de 500ml de água! Chegamos em Aracaju perto das 19:00, já estava escuro. Tomei outro banho e fui jantar (R$32).

 

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Dia 04: Dei-me ao luxo de acordar mais tarde no sábado e levantei 09:30. Como tinha perdido o café da manhã, fui direto para a praia. Fiquei andando pela areia e nadando nos pontos em que o mar menos puxava. Adorei o fato de não ser tão frequentada, dá uma sensação maior de liberdade e descanso. Dessa vez não levei nada, então consegui curtir sem ter que ficar pensando na bolsa. Quando já se aproximava do meio-dia voltei para a pousada. Tomei um banho, troquei de roupa e fui almoçar. Perto do posto da Petrobrás tem um restaurante bem simples onde a refeição custa R$9 e o kilo R$19,90. Quando deu 14:00 tomei outro banho e coloquei a roupa para viajar. As coisas estavam dentro do armário, tive que arrumar novamente a mochila. Aproveitei que ainda tinha umas horas e tirei mais um cochilo de uma hora. Quando acordei, faltavam duas horas para sair o voo. Resolvi desta vez que não pagaria aquele absurdo para um taxista, abri o GPS e vi a distância da pousada até o aeroporto, exatamente 3,2 Km. A estação rodoviária não estava tão distante. Colhi algumas informações com o recepcionista, na rua, e consegui chegar em menos de 15 minutos. A passagem custa R$2,30 para qualquer lugar. Fiquei quase 1 hora esperando o ônibus, já estava morrendo de calor e sede. Desta vez fui prevenida e levei 1,5L de água. O caminho foi rápido, o transporte não para tanto. Fiz o check-in na GOL e fui procurar a sala de embarque. O aeroporto é muito pequeno, quase não há voos e muito menos passageiros. Fiquei perdida por alguns minutos até ver a porta escondida atrás da escada. Mais uma hora esperando o avião. Assim que entrei, no voo que tinha destino final Guarulhos, pedi a aeromoça para voar de cabine. O comandante autorizou apenas por que sou controladora de voo. Já tinha voado no Airbus 320 da TAM até Brasília. De Aracaju até Maceió fui conhecendo o Boeing 737-300 da GOL, com direito a ouvir a fonia e tudo! O voo dura exatamente 35 minutos. Quando o avião estabilizou, o co-piloto já solicitava ao ACC Recife descida. Pousamos na cabeceira oposta, realizando o RNAV e não o costumeiro ILS. Desembarquei, agradeci a tripulação e fui buscar a mochila que havia sido despachada. Vários taxistas queriam insistir para que me levassem até o albergue (R$60). Disse 'não' à todos e perguntei onde era o ponto de ônibus. Uma hora esperando, aproveitei para pegar informações com os nativos. Eles me disseram que eu deveria pegar o ônibus "Ponta Verde" e pedir para descer próximo à praça Lions. O motorista não sabia onde ficava o Hostel mas sabia sim onde era a praça. Passou um pouco do ponto e me deixou bem em frente. Tentei seguir dali com o GPS que me fez dar umas cinco voltas no bairro e perder meu chinelo da Quicksilver. Já suando e com medo de ser assaltada pelas ruas escuras e vazias, parei num salão. Disse o nome da rua e a mulher não conhecia. Resolvi deixar o dispositivo guardado e seguir na sorte. Quando menos esperava, vi a placa quase escondida "Maceió Hostel & Pousada". Entrei e fui fazer o check-in. Para minha surpresa, o recepcionista era chileno. Oswaldo falava um portunhol mais para espanhol que tudo. Sempre odiei a língua, tentei o inglês e nada. Voltei para o português. Eu havia pagado o dono da pousada toda a estadia no mínimo um mês antes da viagem. Ocorreu um mal entendido, tive que abrir o tablet para provar que havia depositado. Fiquei um pouco chateada... Quer me irritar é falar que não paguei algo que paguei! Segui para o quarto "Praia do Gunga". Quando entrei, Oswaldo me mostrou uma cama que provavelmente estaria vazia e os armários. Ele saiu e fui tomar um banho. Para variar, quase tomei um choque naquele sistema de chave que só tem no Nordeste (ai, região complicada!). Estava sem chinelo e ficar descalça naquele chão não era uma boa pedida, mas... Não tinha outra saída! Enquanto eu terminava, duas meninas chegaram. Sai do banho e começamos a conversar. O nome delas, Cecília e Camila. Cecília é professora da UFPE em Caruaru e Camila trabalha na área de turismo em São Paulo. Elas haviam combinado de sair para um forró. Não animei inicialmente, aliás, era mais forró! Eu nunca consegui dançar e já havia desistido a essa altura do campeonato. Com o passar das horas, elas foram se arrumando e me empolgando. Quando estávamos saindo, os meninos resolveram ir. Nós iriamos na frente e eles chegariam mais tarde. Pegamos um táxi até o restaurante Lampião (R$10) em sua noite de reabertura. 21:00 e fomos as primeiras a chegar, o trio estava pronto para tocar. Começamos com algumas caipivodkas de graviola, kiwi e afins. 22:00 algumas pessoas começaram a chegar. Ricardo estava acenando... Eu só conseguia ver que tinha um homem mexendo as mãos mas não sabia ao certo quem, maldita visão. Camila falou quem era e fui até lá. Ele e Andreas, um suíço de 22 anos, se juntaram à nós. Os professores de forró chegaram e eu ainda não tinha motivação para dançar, ou tentar. As meninas ficaram brincando que faltava mais álcool. Depois das 23:00 um amigo dos meninos também chegou; Guilherme, um cozinheiro mineiro que trabalha em Maceió. Todos foram dançar e meia-noite, depois de muita insistência, resolvi ir. E não é que eu dancei? E nem foi pelo álcool! Mais tarde resolvemos ir embora já que todos iriam fazer passeios bem cedo. Pegamos um táxi os cinco e voltamos para o albergue.

 

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Dia 05: Acordamos cedinho para tomar o café da manhã. Aproveitei que as meninas ainda tomavam banho para colocar algumas coisas na mochila e partir. Infelizmente eu não tinha marcado o passeio com nenhuma empresa, então contei com a sorte para ter vaga na van da Camila. Quando deu umas 8:30 a van chegou. E para minha surpresa, não tinha vaga. Camila pediu para o cara ligar para uma outra empresa e marcar, pois no meio do caminho nos encontraríamos. Nessa hora Ricardo passou e disse para esperar que talvez a van dele tivesse uma vaga. Eu não iria sozinha e a diferença de preço era pouca (R$35). Fiquei com medo de não ter vaga em nenhuma e deixei o guia ligar. A van do Ricardo chegou primeiro e tinha vaga, pedi para o cara desmarcar e fui com ele. Tive sorte desta vez com a galera que foi, um pessoal bem legal. Pegamos um opcional de ir de barco até a Praia do Gunga. O passeio (R$20) dura 1h e é um verdadeiro zigue-zague feito a 20km/h. Nosso barquinho pifou e ficamos parados por um bom tempo. Paramos numa ilhota para tomar uma bebida dentro do abacaxi (R$10). Aproveitei para dar um mergulho, não fiquei na água 15 minutos e resolvi sair. Quando me levanto sinto algo entrando meu pé. Ardeu demais e tirei para ver o que tinha acontecido. Uma pequena mordida (ou dois furos) e sangue! Reclamei de dor e o pessoal veio ver, o senhor que vendia as bebidas me fez sentar e jogou vodka no ferimento. Desperdício, mas... Depois de alguns minutos a dor foi diminuindo e com o entusiasmo, raramente sentia as fisgadas no dedo. Chegando lá fomos andar de quadriciclo (R$30), o passeio dura 2 horas, sendo que a direção pode ser revesada (vão duas pessoas em cada moto). Na volta eu dirigi, muito emocionante, nem se compara com o buggy! Ficamos na praia até umas 16h. Esse foi o único dia que me dei o direito de comer lagosta, já que isso não alimenta, tomei algumas cervejas e um refrigerante para colocar açúcar no sangue (R$40)... E ainda comi um pastel de camarão com queijo coalho delicioso (R$4,50)! Na volta paramos para observar a praia de cima, visão panorâmica (R$1). Como algumas pessoas iam embora, decidimos marcar um jantar no restaurante Parmegiano em Ponta Verde, bem na orla da praia (R$20).

 

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  • 2 semanas depois...
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Olá Jú...

 

Quando vai acabar de relatar a sua viagem?... acabei de fazer uma bem parecida, só que conheci o nordeste todo menos Maranhão... fiz tbm um pouco da região sul e todo sudeste do Brasil... assim que voltar a SP vou relatar tbm!

 

Tá show seu relato... quero saber o que fez em Natal!

 

Bjãoo

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  • 2 semanas depois...
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Dia 06: Depois do passeio (em que eu havia excedido os gastos), decidimos no Hostel fazer um dia "low coast", perfil mochileiro. Andaríamos pela cidade em busca de beleza natural e, de preferência, um lugar com almoço barato. Saímos às 09:00 depois de um regado café da manhã, caminhamos pela Ponta Verde por 20 minutos até chegar a orla. Infelizmente quando chove, o volume do esgoto aumenta consideravelmente e vaza até a praia, deixando-a imprópria para o banho durante dois dias. Decidimos seguir para além do cais. Lá encontramos uma praia limpa, extremamente azul, calma e rasa. O almoço saiu mais caro do que eu imagina, comi um prato de arroz, camarão ao alho e óleo, batata frita e suco de laranja (R$32). Ficamos deitados vendo os pescadores até o final da tarde. À noite saímos para jantar, comemos pizza para fugir das comidas típicas (todos os mochileiros estavam a ao menos uma semana no Nordeste).

 

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Dia 07: Deitei cedo no dia anterior, precisava descansar. Naquela manhã fazia exatamente uma semana que eu estava mochilando. No último dia sempre me dou ao luxo de descansar para poder aproveitar o próximo estado. Acordei 10:00, aproveitei que a Luísa estava na sala fazendo sua monografia e fui avisar meus pais que estava tudo correndo perfeitamente bem (tirando meu pé inchado e dolorido). Decidimos almoçar no restaurante "Do Zé", que fica a duas quadras do albergue. Um delicioso almoço e muita conversa sobre a Espanha (R$8). Meio-dia fui arrumar minhas coisas que estavam em dois armários distintos. Como o volume da mochila magicamente aumenta a cada parada, costumamos deixar algumas coisas pelo caminho para outras pessoas. Lá larguei meu creme de pêssego, espero que tenham feito bom uso! Sentamos na sala para bater um papo e por lá ficamos até às 19:00 quando sai para pegar o ônibus para o aeroporto (R$2). Como fica distante e meu voo sairia as 23h, decidi não arriscar e sair bem mais cedo. Acabou que a viagem durou 01:30 (25Km) e cheguei quase às 21:00! O aeroporto estava deserto, fiquei sabendo no guichê da GOL que meu voo seria pela NO AR, como já havia previsto minha colega Camila. Sentei para lanchar algo que já havia comprado no supermercado (R$4). Às 22:00 a moça chegou e fiz meu check-in, para minha falta de sorte voaria numa aeronave turbo-hélice. Exatamente às 23:00 embarcamos, sentei na frente, bem atrás do piloto. No LET não cabiam mais do que 16 pessoas confortavelmente, mas fomos em 17. Quase morri quando ouvi que faríamos Maceió / Recife a 5.000FT! Era quase um voo visual! Ao invés de durar 15min, duraria 35min. Além do mais o avião é extremamente pequeno e barulhento, pensei que meu fim estava próximo... Felizmente às 23:55 chegamos em Recife. Como já estava tarde, peguei um táxi que ficou dando voltas, fui salva pelo GPS! (R$18). Recife foi o único lugar em que não havia reservado a estadia (R$105). Lá eles cobram pela toalha (R$2) e pelo cadeado (R$10) - se você não perder, devolvem o dinheiro. Não gostei do albergue, o clima não é legal e as instalações também não são bacanas. (Quarto com 6 beliches e apenas 1 banheiro com água quente). O café da manhã é até engrenado, você pode pedir para a moça fazer uma tapioca ou um ovo. Deixei minhas coisas trancadas, liguei o ventilador (já que lá não tem ar-condicionado), tomei um banho e fui dormir.

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