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Paris-Nice-Monaco-Milão-Veneza-Florença-Roma


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Olá Galera, vou colocar aqui o relato de minha viagem de Paris a Roma, que fiz em Abril de 2009 com minha esposa Viviane. Espero que gostem e que sirva de inspiração para outros mochileiros.

 

01. São Paulo – 18.04.09

 

Acordamos ansiosos para nossa primeira viagem á Europa. E eu, além de ansioso, estava inquieto, pois queria chegar logo ao Aeroporto para ter certeza de que nada daria errado.

A sogra e a cunhada foram nos levar ao aeroporto. Chegamos com quatro horas de antecedência, almoçamos no Viena e ficamos de rolê esperando o embarque.

Ao entrar no avião tivemos o primeiro contato com a Europa, pois a tripulação falava italiano. Pegamos um vôo da Alitália. Eles nos encheram de comida: massa e vinho, e dormimos de pança cheia.

 

02. Paris – 19.04.09

 

O vôo foi cansativo e dormimos mal. Chegamos à Milão com o tempo feio e fazia um puta frio. Tínhamos que fazer conexão e passar pela anfândega. O aeroporto de Malpensa é muito grande e os corredores passam por dentro do Duty Free. Grande jogada de marketing.

Pegamos o vôo da Air France e eu não entendia nada que o cara falava, nem em inglês e menos ainda em francês. O tempo foi melhorando e podemos ver as vilas ao redor de Paris pela janela.

O avião arremeteu no aeroporto de Charles de Gaulle e a Vivi resolveu levantar para ir ao banheiro. Acabou tomando uma bronca do comissário.

Chegamos em Paris naquele aeroporto enorme e não sabíamos para onde ir. Os bilhetes de trem são vendidos em máquinas eletrônicas com débito no cartão de crédito. Perdi o medo da maquininha e comprei o bilhete para Paris.

A influência africana em Paris é muito forte e podemos perceber isso dentro do trem. Tinha vários caras ouvindo rap. Fizemos baldeação e descemos na estação de Chateau d’Eau. Ficamos no Hotel Best Western Aulívia Opera, em uma região cheia de imigrantes orientais e africanos. Um bairro legal com vários bares, mas os quartos eram minúsculos.

Tomamos um banho e saímos para caminhar. Paris é uma cidade agradável e convidativa para um passeio a pé pelas suas ruas cheias de bares, com gente papeando e bebendo.

Passamos pela avenida de Saint Denis, cheia de restaurantes asiáticos, sexy shops e prostitutas velhas, mas apesar de tudo, não era um local degradado. Os prédios antigos e o clima descontraído tornam o lugar gostoso para uma caminhada.

Chegamos ao Rio Sena, que é muito mais legal. Vimos o Louvre e a Torre Eiffel de longe. Entramos na região do Louvre e passamos em frente á pirâmide e passeamos pelo Jardim dês Telluires. Atravessamos a praça do Obelisco, onde Louis XVI e Maria Antonieta foram decapitados após a Revolução Francesa.

Entramos na Champs Elysees. As árvores são podadas de forma simétrica e os jardins são muito bem cuidados. Só é preciso tomar cuidado antes de se sentar em um café, pois um capuccino por aqui não sai por menos de 6 euros. Existem vários restaurantes com toldos nas calçadas, e muita gente comendo, bebendo e conversando. Não dava pra passar por lá sem fazer o mesmo, então sentamos e tomamos um café com croissant.

Depois fomos até o Arco do Triunfo, no final da avenida. O arco foi idealizado por Napoleão Bonaparte como símbolo das conquistas francesas no início do século XIX. Descemos uma rua até a Torre Eiffel, mas estávamos tão cansados que não curtíamos mais a caminhada. Então voltamos pro hotel de metrô.

Paris é como um grande queijo suíço, pois existem muitas linhas de metrô e estacionamentos subterrâneos, e nós viramos um casal de tatus, de tanto andar debaixo da terra.

No aniversário de nosso primeiro ano de casamento, eu queria assistir ao segundo jogo da semifinal do campeonato paulista entre Corinthians e São Paulo, mas a Vivi queria jantar num restaurante chique. Como não tinha nenhum lugar televisionando o jogo, mas também não tínhamos grana suficiente para ir a um bom restaurante, comemos uma pizza em um restaurante turco e bebemos vinho francês. Depois comprei cerveja no mercadinho de um chinês e fomos dormir.

 

03. Paris – 20.04.09

 

Tomamos o café da manhã no hotel e fomos caminhar pelas agradáveis ruas de Paris. Passamos em frente á igreja de Saint Chapelle e na antiga feira de Lês Halles, numa estrutura toda de vidro. Depois entramos na Catedral de Notre Dame, e a Vivi ascendeu uma velinha para Nossa Senhora. Não subimos à torre, pois era caro (9 euros) e tinha muita gente. Atrás da igreja tem um bonito jardim em homenagem à João XXIII, e de lá, atravessamos o Rio Sena e fomos para o Quartier Latin.

As ruas do Quartier Latin são ainda mais interessantes. É uma das regiões mais antigas de Paris e tem bastante cafés. Fomos nos Jardins de Luxemburgo. Onde as pessoas ficam sentadas sem fazer nada ao redor de um lago artificial, apenas olhando os corvos tomarem banho. Os parisienses gostam de tomar sol e não fazer nada.

Saímos dos Jardins de Luxemburgo e voltamos para o Quartier Latin. Entramos na Igreja de Saint Germain de Pres, a mais antiga da cidade, do século XII. Fomos em frente ao Café Doux Magots, um dos mais tradicionais de Paris, mas estava cheio de gente. Comemos em um restaurante ali perto. O garçom era grosso, mas a refeição e o vinho foram uma das melhores da viagem.

Fomos até o Museu Dorsay, ao lado do Rio Sena, mas não entramos. Voltamos para o hotel de metrô e tomamos um banho para ir á Torre Eiffel no final de tarde.

Antes de ir á Torre Eiffel fomos até o Lês Invalides. Um palácio que foi utilizado pelo exército francês para abrigar os soldados feridos. Em minha opinião, nada interessante perto de outros cartões postais da cidade. E a Vivi ficou inválida, pois a bota deu dois calos nos pés dela e dificultou a nossa caminhada até a Torre Eiffel.

A Torre Eiffel é tudo de bom. Não perdemos tempo e compramos o bilhete para subir de elevador. Eu queria subir a pé, mas a Vivi foi mais persuasiva e acabei fazendo a vontade dela. Era quase sete da noite, mas em Paris demora pra escurecer e vimos o final de tarde e o pôr-do-sol em cima da torre.

Ficamos três horas lá no alto. Existem restaurantes e lojas de souvenirs, e os preços são os mesmos do resto da cidade. Vimos a cidade se ascender e descemos felizes da vida. A Vivi só não estava mais feliz porque seus pés estavam doendo e o vento desarrumava seu cabelo.

Atravessamos o Rio para tirar fotos da torre do outro lado, e vimos um cara roubar a câmera fotográfica de um japonês. E por falar em japonês, Paris está cheia deles. Eles estão em toda parte com suas máquinas de fotos, e sempre andam em bando.

Voltamos tarde para o hotel e comemos pão com queijo e salame, que comprei na vendinha do chinês.

 

04. Paris – 21.04.09

 

Tomamos o trem de manhã em direção ao subúrbio e fomos conhecer o Castelo de Versailles. Fica na última estação de trem Rive Gauche, 20 km a sudoeste de Paris.

Havia uma fila enorme para comprar os bilhetes, cerca de 40 minutos. Andar pelos jardins é de graça. O bilhete é para entrar no castelo. Os jardins são muito grandes. Pense em um lugar grande e multiplique: são os jardins do Palácio de Versailles. Infinitamente maior que os Jardins de Luxemburgo ou das Telluires.

Descemos até o lago, andamos pelos jardins que parecem um labirinto, pois tem paredes altas e trepadeiras, e vimos estátuas nas fontes. Percebi que o Museu do Ipiranga foi inspirado no Chateau de Versailles.

Entramos no Chateau. As paredes são forradas com panos e cada quarto é de uma cor diferente. O ponto alto são os quartos de Maria Antonieta e Louis XVI, e também a sala de espelhos. Penso que valeu o preço (13,5 euros), que foi o mais caro da viagem.

Na volta fomos até o Grande Arco de la Defense, que segundo a Vivi não é um Arco, pois não é curvo. Ele fica numa região alta e cheia de prédios modernos. É o centro financeiro da cidade, e tem um shopping, onde a Vivi fez umas comprinhas.

O Grande Arco de la Defense representa um passo para o futuro e fica na mesma linha do Arco do Triunfo, Champs Elysees e Museu do Louvre.

Na volta, jantamos em um restaurante perto do hotel. Meu bife espirrava sangue e eu estava tão cansado que nem senti o sabor da comida.

 

05. Paris – 22.04.09

 

Arrumamos nossas malas e deixamos no hotel, pois era nosso último dia em Paris. Primeiro fomos tirar umas fotos em frente à Torre. Quando viajo, gosto de dar um role procurando os melhores ângulos para as fotos, e nesse caso, o melhor lugar era no Champs de Mars (campo de Marte) com a torre ao fundo.

Depois cruzamos o Rio Sena e fizemos o passeio de barco, vendo os pontos turísticos ao redor e os parisienses tomando sol nos Lês Quais. Comemos um cachorro quente no Jardim dês Telluires e logo após entramos no Museu do Louvre pela pirâmide. O museu é imenso e não dá pra ver tudo em poucas horas, então, nos concentramos em conhecer o contexto. Passamos pelas pinturas italianas da época do renascimento, vimos as pinturas francesas. Os italianos pintavam santos e coisas sobre a igreja e a família, já os franceses pintavam sobre a guerra e conquistas e havia vários quadros de Napoleão.

Passamos pelas esculturas, antiguidades egípcias e povos da antiguidade. A Monalisa é a principal atração e fica numa sala tão cheia que é difícil de chegar perto. Vimos também a Vênus de Milo, história do Louvre e ficamos cansados. Quatro horas dentro do Louvre foi o bastante. Ainda havia tempo de ir ao Arco do Triunfo e subir as escadas.

A subida ao arco é pelas escadas, não tem elevador, e tinha uma galera gritando e tocando o terror atrás, então subimos bem rápido. A vista é muito legal. Achei mais interessante que a vista da Torre Eiffel, e dá uma perspectiva interessante da Champs Elysees, La Defense e da Torre.

Voltamos pro hotel, pegamos nossas malas e fomos para a Estação de Trem de Austerlitz, sempre que nem tatu. O metrô em Paris é muito eficiente.

Tomar trem na Europa é tranqüilo. A passagem já estava reservada, então foi só entrar e procurar os nossos assentos. No final do último vagão. E haja reclamação, por causa de ter que carregar a mochila pesada, e porque viajamos de segunda classe, e na primeira classe tinha leito...

 

06. Nice – 23.04.09

 

Chegamos de manhã em Nice e tomamos um café ao lado da estação de trem. Nosso hotel fica na avenida da praia, o problema é que fica perto do aeroporto, longe da cidade. Não percebi esse detalhe quando reservei, e sofremos por conta disso, primeiro porque tivemos que tomar dois ônibus até encontrar o hotel e não é legal ficar andando com uma mochila de mais de dez quilos nas costas. Ainda mais quando sua esposa está irritadíssima porque você fez besteira. E os motoristas não falam inglês e não são prestativos, então tivemos que nos virar por conta própria.

Encontramos o hotel e tomamos um banho para tirar o cansaço e fomos conhecer a cidade. Nice não tem metrô, mas o sistema de ônibus é eficiente e tínhamos passe que servia para várias viagens o dia todo.

Descemos numa rua com vários restaurantes perto do centro. Eu comi um bife com pão e batatas, meu prato preferido na França. A Vivi comeu uma macarronada com frutos do mar, e o cara do restaurante nos ensinou a comer macarrão usando a colher e o garfo, que é muito mais prático.

A praia é de pedras e não dá pra andar descalço porque o pé dói. Tem que usar um calçado. Os franceses ficam deitados tomando sol, e algumas francesas faziam “topless”, mas só as mais velhas. Não vi nenhuma mocinha com os peitos de fora, que pena.

Alguns corajosos se aventuravam a entrar na água gelada, devem ter vindo da Escandinávia. O mar tem uma tonalidade de azul royal que é extremamente bonito.

Caminhamos pela orla até um morro no final da avenida. Lá existem ruínas de uma antiga fortificação e um mirante. É interessante subir, pois se tem uma vista de toda a cidade. Lá no alto havia um parque com crianças brincando e um bar onde tomei cerveja. O legal mesmo é a vista, o canto dos pássaros e a brisa suave do mediterrâneo.

Do outro lado do morro havia uma marina com restaurantes legais e um transatlântico enorme, mas não fomos lá. Voltamos para Nice e entramos num bairro ao lado do centro com prédios em estilo italiano. Pintados de vermelho ou amarelo, com janelas verdes de madeira e roupas secando do lado de fora, que segundo a Vivi, são o Ó do Borogodó.

Muitos bares, restaurantes e lojinhas interessantes. Demos um role pelo local e voltamos para o hotel com a intenção de voltar lá de noite. Estávamos cansados e dormimos até anoitecer, ficou tarde para sair ao centro. Então resolvemos comer no bairro mesmo, onde estávamos, mas os restaurantes em Nice fecham cedo.

Fomos entrar em uma pizzaria, mas o dono disse que estavam fechando. Encontramos uma hamburgueria aberta do outro lado da rua. Comemos lá, e o francês nó cego ainda esqueceu de colocar o hambúrguer no meu lanche, eu mostrei pra ele, o cara ficou sem graça e fez outro lanche pra mim.

 

07. Nice – 24.04.09

 

O café da manhã no Íbis é muito caro pelo que oferece, então saímos pelo bairro até encontrarmos uma brasserie com lanches pela metade do preço.

Depois tomamos um bus até a estação de trem e fomos de lá para Mônaco. A viagem é curta e para em algumas estações ao longo do caminho. Dura cerca de meia-hora e vai o tempo todo margeando o Mar Mediterrâneo, são paisagens muito bonitas. Chegando em Mônaco, você desce umas escadas até a parte baixa da cidade, na frente da marina.

Mônaco é exatamente como dizem: estando lá, você se sente um mendigo. E olha que eu estava com minha melhor roupa! Tudo é muito luxuoso. Havia vários iates atracados na marina, um mais imponente que o outro.

Fizemos a pé o circuito da Fórmula 1. Passamos por dentro do túnel que fica rente ao mar e subimos em seguida a rua que vai até a frente do Cassino.

Em nosso mapa havia o anuncio de um passeio de Ferrari pelo circuito da Fórmula 1 por apenas 85 euros. A Vivi ficou muito empolgada, mas infelizmente não encontramos o passeio. O garçom da pizzaria onde almoçamos nos disse que seria necessário ligar e agendar, e não conseguimos fazê-lo.

Então, disse á Vivi que levaria ela para andar de barquinho em Mônaco. Que legal! O barquinho vai de uma ponta até a outra da Marina e o passeio dura menos de dois minutos e custa 1 euro. Quando o passeio terminou, ela se sentiu enganada e ficou ainda mais nervosa. Só isso!

Mônaco respira Fórmula 1 e a cidade já se preparava para o próximo GP daqui um mês. As arquibancadas já estavam prontas e havia vários pneus amontoados. As lojas de souvenirs vendem camisetas da Fórmula 1 e eu comprei uma pra mim.

Passamos em frente a uma concessionária da Ferrari e erramos o caminho da Estação de Trem ao ir embora. Perdemos bastante tempo. Chegando a Nice passamos no hotel, tomamos um banho e voltamos para o centro.

Eu disse á Vivi que levaria ela ao Cassino á noite, e ela ficou muito feliz. Então, mostrei a ela um supermercado chamado Cassino. A felicidade dela acabou e não fomos nem ao supermercado, nem ao cassino de verdade.

Ficamos andando nas ruas de Nice. Fomos á Praça Massina, que é a Praça Principal. Eles têm um ônibus moderno sobre trilhos no centro da cidade. Interessante.

Paramos num bar no centro e tomamos água com menta. Não era alcoólico, mas ficamos curiosos ao ver um cara tomando na mesa ao lado e pedimos o mesmo drink.

Andamos pela orla da praia e comemos um lanche no Mcdonalds. Quando procuramos um ônibus para voltar ao Hotel, descobrimos que eles param de circular ás oito da noite, e já era dez. Tivemos que voltar a pé para o hotel, quase uma hora de caminhada pela orla com um vento gelado em nosso rosto e a Vivi reclamando.

 

08. Milão – 25.04.09

 

Saímos do hotel e fomos pra estação tomar o trem com tempo de sobra. No trem sentamos ao lado de um casal jovem de italianos que tinham um bebê. A Vivi ficou encantada. O trem vai até Gênova e depois volta para subir á Milão. Daí entraram duas alemãs com crianças. Eles comiam pepino cru, tomate e salaminho. E depois a mulher cantou uma música suave pro menino dormir. Detalhe: Eu e a Vivi dormimos, mas o menino não.

Em Milão estava chovendo. Um tempo chato com garoa e vento. Tivemos que tomar um ônibus na estação para chegar á Estação de Trem.

O Hotel Novotel da Rede Accor foi o mais luxuoso que ficamos durante a viagem, pois devido á Feira de Móveis, todos os hotéis estavam lotados e com os preços três vezes mais caros.

Tomamos um bonde até a Estação e depois outro até a região do Duomo. Estava lotado. A grande maioria eram as pessoas voltando da feira, peruas ricas gastando o dinheiro do marido, arquitetas e decoradores, homossexuais e muita gente fashion.

Entramos na Galeria Vittorio Emanuelle, um lugar com lojas de grife: Gucci, Armani, Dior e outras. Tudo muito caro. Até mesmo um simples café não sai por menos de 6 euros.

O Duomo estava fechado. Ao redor existem várias lojas de roupa. Comemos uma macarronada com vinho em um restaurante da região. Passamos em frente a uma loja da Ferrari. Ali eu me senti ainda mais pobre. Uma gravata custa 100 euros! Não é pra “nóis”.

Depois de dar voltas em torno do Duomo tomamos um gelato, passamos novamente na Galeria Vittorio Emanuelle e pisamos no Buraco do Touro. Um desenho que existe no chão da Galeria que os visitantes devem pisar. Não sei o motivo, mas fizemos.

Quando já não tinha mais ninguém na rua e já era noite, voltamos pro hotel.

 

09. Milão – 26.04.09

 

Para a Vivi, este era um dia muito importante: o dia de ir á Grande Feira de Móveis de Milão. Tomamos o metrô na Estação e aí houve uma confusão, pois eu já tinha os bilhetes de metrô que tinha pago 1 euro. Mas a placa estava dizendo que era 4 euros. Entramos no metrô com o bilhete de 1 euro, só que descemos na estação errada. Tínhamos que descer na Estação Rho-Fiera, mas descemos em Fiera Milano City, uma outra feira que não tem nada a ver e não havia nada lá.

Depois de andar em círculos perto do metrô e descobrir que não havia nada lá, voltamos para a estação e tivemos que comprar outro bilhete para ir á feira certa.

Além do frio e do vento eu ainda tive que engolir a cara feia da Dona Viviane, que no final ainda falou:

_ Ta vendo! Eu te disse...

A Feira de Móveis acontece em um local grandioso. Muito maior, por exemplo, que o Anhembi. O lugar é tão grande que tem esteiras rolantes para andar lá dentro e não se cansar. São vinte pavilhões com tendências de móveis, lustres e outros apetrechos.

Existem sofás da hora, camas muito loucas e cadeiras confortáveis. Móveis que entram pra dentro e lustres que parecem discos voadores. É impossível olhar tudo, mas passamos em mais da metade dos pavilhões, e clicamos algumas fotos.

Comemos panini, e os caras do bar foram mal educados, pois você pega o pão num lugar e a bebida do outro lado, só que ninguém te explica.

Saindo da Feira de Milão, fomos dar mais uma volta em torno do Duomo. Hoje ele estava aberto e nós entramos. É uma igreja gótica muito legal.

A Vivi se empolgou e resolveu fazer umas compras. Comprou uma bolsa da Benetton por um preço razoável. Eu não comprei nada.

Estava chovendo e ventando e nos molhamos bastante. Então voltamos pro hotel.

Á noite resolvemos comer no hotel. Queríamos comer no Íbis, que é mais barato, mas disseram que não poderíamos comer lá porque estávamos hospedados no Novotel. Tivemos um problema no restaurante do Novotel, pois não tinha mesa sobrando. Sentamos sem saber em uma mesa que estava reservada, e o garçom ao pedir para que saíssemos foi extremamente grosso e mal educado. Deixamos o restaurante indignados e de estomago vazio. A vivi foi brigar com o gerente na recepção, e eu atravessei a rua na chuva e fui comprar uma pizza na vendinha de um árabe porco e banguela.

Entrei no hotel com a pizza debaixo do braço e comemos no quarto. O cara ainda colocou sardinha na pizza, mas eu que fui cabeçudo por não saber o que é sardinha em italiano. Aquilo me embrulhou o estomago, pois não gosto de sardinha. Fomos dormir cansados e morrendo de raiva.

 

10. Veneza – 27.04.09

 

Saímos do hotel por volta das 8hs e pra nossa sorte tomamos o bonde, pois como era segunda-feira de manhã, o trânsito estava uma loucura, mas cortamos caminhos pelos trilhos dos jardins e chegamos no terminal a tempo de pegar o trem para Veneza.

Dentro do trem fomos conversando com uma professora que estava de excursão com um monte de moleques. A viagem durou cerca de três horas, e descemos em Veneza Mestre.

Nosso hotel ficava na vila de Campalto. Imaginávamos que seria perto de Mestre, mas era bem longe e o ônibus demorava passar. Ficamos cerca de quarenta minutos sentados no ponto esperando o ônibus e estávamos confusos, pois demorou tanto que ficamos na dúvida se realmente ele passava por ali. Com a mochila pesada nas costas e a cara de brava da Dona Viviane era mais difícil esperar o busão, mas pra minha sorte ele chegou.

Descemos no ponto certo, ainda bem, porque o próximo ponto era bem longe do hotel. Apesar de ser um pouco longe, este foi o hotel mais legal da viagem. Os donos eram um casal de idade bastante atenciosos que fizeram questão de nos explicar sobre os passeios em Veneza e nos dar alguns mapas falando sobre a região.

Deixamos nossas malas no hotel e, debaixo de chuva, fomos comprar um passe de ônibus para ir á Veneza. Só que a tabacaria que vendia bilhetes de ônibus estava fechada por causa da chuva, então, nós entramos no ônibus sem pagar e torcemos pra não aparecer nenhum guarda (em toda a viagem eu não vi nenhum).

O ônibus passou por uma ponte que liga Veneza ao continente e chegou ao terminal, que fica na entrada da cidade, é o único lugar onde é possível chegar de transporte terrestre, pois o resto da cidade só é possível andar a pé, ou de barco.

Compramos um bilhete que é válido para 36 horas de transporte público, e assim podíamos andar de Vaporeto toda hora. O Vaporeto é como um ônibus público. São as embarcações que atravessam o Grande Canal de Veneza, e passam a todo momento. É legal, pois quando você estiver cansado pode pegar o Vaporeto e passear pelo canal.

Almoçamos em um restaurante Fast Food de comida italiana que fica na entrada da cidade. Não é legal por ser Fast Food, mas é bom porque era barato. Passamos por uma ponte nova, do arquiteto Santiago Calaclava e saímos andando em direção á Ponte Rialto. Estava chovendo, mas era tão legal estar em Veneza e apreciar essa cidade tão exótica que nem ligamos pra chuva.

A Ponte Rialto fica no meio do Grande Canal e é a mais interessante delas, tanto pela arquitetura diferenciada, quanto pelas lojas que tem dentro. Depois da Ponte Rialto saímos andando pela cidade na direção da Piazza San Marco, mas como se perder em Veneza é extremamente fácil, nos perdemos e quando achei que estávamos chegando na Piazza San Marco, chegamos novamente na entrada da cidade, de frente ao terminal, ou seja, do outro lado da cidade.

Partindo da entrada da cidade, resolvemos ir até a Piazza San Marco, mas desta vez de Vaporetto, assim não tinha como errar. Atravessamos todo o Canal de Vaporetto e chegamos á Piazza San Marco, quase no final da cidade. Já estava escuro e a igreja de São Maro estava fechada. Voltaremos no dia seguinte.

Da Piazza San Marco fomos a pé até a Ponte Rialto, no meio da cidade, e de lá tomamos um Vaporetto para o terminal de ônibus. Ficamos sem jantar, e preocupados, pois o hotel ficava em uma vila tão pacata, que imaginei que não encontraríamos nenhum restaurante aberto. Pra nossa sorte, encontramos um bom restaurante aberto, e eu comi uma pizza de salcicha com batata frita, que depois, aqui no Brasil, me perguntaram como é que tive coragem de comer esse troço, mas estava muito gostosa, e foi acompanhada de um bom vinho italiano.

 

11. Veneza – 28.04.09

 

De manhã saímos e fomos pra Veneza, teríamos o dia todo para andar e se perder no meio da cidade. Aproveitamos bastante o bilhete de transporte, e pegamos um Vaporetto direto para a Praça São Marco. Estava cheio de gente e a entrada da igreja estava lotada, então, resolvemos andar pela cidade e voltar depois.

A praça São Marco é um local muito perigoso, pois existem várias lojas de grife, não deixe a sua esposa ficar olhando para as vitrines. Os restaurantes são caros, e nem são tão bons, mas cobram como se fossem.

É impossível não se perder nas ruas estreitas de Veneza. A cidade toda é cheia de becos e vielas, e por mais que você esteja com um mapa na mão, acabará se perdendo. Passamos na Ponte da Acadêmia e fomos para o outro lado da cidade.

Pegamos várias vezes o Vaporetto. Eu não queria fazer o passeio de gôndola pois achava caro (100 euros) e pra mim não era importante, mas se soubesse que para a Vivi era tão importante teria feito. Só que ela só falou isso depois que fomos embora de Veneza, aí já era, né!

Depois do almoço o sol abriu e conseguimos tirar algumas fotos muito legais da cidade. Compramos enfeites de Murano que a Vivi adorou, são vidros desenhados de uma ilha homônima da região.

Entramos na Igreja de São Marco, que é bastante diferente das outras igrejas que entramos na Itália, deve ser por causa da influência bizantina na arquitetura da cidade. Como Veneza é uma das cidades italianas mais próximas do Oriente, foi a que sofreu maior influência da antiga cultura Bizantina. Isso pode ser notado nas contruções históricas.

No final da tarde pegamos um Vaporetto errado e fomos parar em Lido. Foi muito legal, pois descobrimos uma ilha com uma vilinha da hora. Jantamos lá e me senti constrangido, pois na Itália ninguém racha uma pizza inteira, só eu e a Vivi. Cada um tem a sua pizza, até um moleque de oito anos estava comendo a sua pizza inteira na mesa ao lado, e nós dois rachando uma pizza.

 

12. Florença – 29.04.09

 

Saímos correndo do hotel, pois esse era o trem que saía mais cedo de todos da viagem, cerca de 9hs da manhã. O problema é que como o hotel era longe, tínhamos que sair cedo, e por pouco não perdemos a viagem, porque pegamos um trânsito no meio do caminho e um trecho em obras.

A viagem até Firenze durou duas horas. Chegando lá, fomos para o hotel que ficava do lado da estação de trem. A Vivi não gostou muito porque a decoração não era tão caprichada, mas é muito mais fácil sair da estação e ter o hotel do lado, sem precisar ficar pegando ônibus. Se eu pudesse, todos os hotéis seriam ao lado da estação de trem.

Deixamos nossas malas no hotel e fomos andar pela cidade. Firenze foi o local em que ficamos menos tempo, só um dia. O hotel ao lado da estação de trem foi muito importante, pois assim não perdemos tempo com deslocamentos.

Firenze não parece uma cidade tão grande, e a maioria das atrações estão concentradas perto uma das outras. Entramos na Igreja de Santa Maria del Fiore. Legal e colorida por dentro. Depois fomos em direção ao Rio Arno, um dos principais cartões postais de toda a Europa. Vimos a Ponte Vecchio, com suas lojas de relógios no meio da ponte. Parecem casas de palafitas, mas são lojas caras. A Ponte Vecchio é a única que não foi bombardeada durante a segunda guerra mundial.

Entramos na Galeria dell’ Uficio, um museu com quadros da época do renascimento. Na minha opinião, foi mais legal do que o museu do Louvre, pois as obras estão concentradas em ordem cronológica e, por haver menos opções, você consegue apreciar melhor. A que mais gostei foi “O nascimento de Vênus”, de Boticcelli.

Á noite a gente saiu pra comer. Eu não aguentava mais comer pizza, e também não queria comer macarrão, mas o cardápio italiano não tem muitas opções, é uma coisa ou outra, então, como já tínhamos comido macarronada na hora do almoço, comemos pizza na janta. O cardápio dizia que tinha ovo na pizza, eu pensei que fosse como uma pizza portuguesa, mas não, o cara fritou um ovo e jogou no meio da pizza, fazendo uma baita meleca! Comemos, mas não me agradou muito, e acho que foi a pizza mais exótica que já comi.

 

13. Florença a Roma – 30.04.09

 

O trem para Roma só sairia depois do meio-dia, então teríamos a manhã toda pra andar em Firenze. Fomos para o Rio Arno e atravessamos as suas pontes várias vezes procurando por bons angulos para tirar fotos. Estava um dia bonito, e isso ajudou bastante.

Resolvi ir até a praça Michelangelo, que fica no alto da cidade e oferece uma belíssima vista de Firenze, mas como parecia ser perto, decidimos ir a pé, só que entramos no caminho errado e subimos um puta de um morro á toa. Á toa porque tinha um muro na frente e não dava pra ver nada, e a Vivi ficou reclamando que estava com dor no joelho. Daí, quando descobri o caminho certo para a Praça Michelangelo, ela não queria subir. Eu subi sozinho, mas não queria deixar ela esperando muito tempo, então tirei umas fotos rápidas e voltei.

Na volta para o hotel compramos umas gravuras para colocar na parede da nossa casa. A feira de camelôs em Firenze era cheia de brasileiros. Eu estava falando em italiano com um vendedor, mas quando ele me viu falando em português com a Vivi, começou a falar em português também. Havia muitos brasileiros morando em Firenze, normalmente eles trabalham no comércio ou são motoristas de táxis.

Tomamos o trem e, como estávamos com fome, compramos um McDonalds e fomos comendo dentro do trem. O trem estava cheio de brasileiros indo para Roma. Não era só a gente que estava comendo. Dentro do trem estava maior banquete.

Chegamos em Roma e descemos na Estação Terminal. Ela é bastante grande e também é interligada com o metrô. Tomamos o metrô até a estação Flamínio, e de lá, deveríamos tomar um outro trem até o nosso hotel, mas descemos do lado errado do metrô e não vimos a estação de trem. Então, ao invés de tomar o trem, tomamos um bonde para outro lado da cidade. É bom que a passagem dá direito a várias viagens por uma hora, pois tomamos um monte de ônibus erroneamente. O problema é que eu sou cabeça dura, e se o cara me dá uma informação que não me parece coerente, eu não acredito, e acabamos batendo cabeça. Depois de perguntar para várias pessoas, encontramos a estação de trem e chegamos ao hotel.

Muito cansados, deixamos as malas no hotel e voltamos pra conhecer a cidade. Meu bilhete tinha perdido a validade, e na entrada da estação não tinha nenhum guichê, então, passei por baixo da roleta.

Começamos nosso passeio descendo no metrô Republica, era uma praça grande com umas construções de pilares enormes. Atravessamos a rua na frente dos carros, que passam com tudo, e os pedestres também se jogam na frente deles com tudo, daí eles param, não tem farol de pedestres, só a faixa, mas eles obedecem.

Descemos a rua em direção á região onde está a Fontana de Trevi. Lá haviam muitos italianos desocupados, sentados em frente dela sem fazer nada. A Fontana de Trevi é muito legal. Surpreende, pois antes de chegar lá você imagina uma simples fonte, mas ela é imensa e muito da hora.

Trocamos umas moedas numa sorveteria pra jogar na fonte, pois diz a lenda que você deve jogar uma moeda na fonte para sempre voltar á Roma, a além disso, a massa do sorvete italiano é deliciosa, e sempre que podemos tomávamos sorvete.

Passamos no Pantheon, uma interessante construção do Século III que foi a única do Império Romano que ainda está intacta. Lá dentro tem uma abertura no teto que reflete a luz do sol, e o interior parece uma igreja. Do lado de fora tem uma praça da hora e umas carroças.

Perto do Pantheon tem a Praça Navona, que tem bonitas fontes e vários restaurantes, é um dos locais mais agradáveis para se andar em Roma. Saímos andando pela cidade e passamos na frente do Capitólio, com o prédio em homenagem a Vittorio Emanuelle, responsável pela unificação da Itália em 1.860. É um prédio muito legal e bastante imponente, todo de branco.

De repente, surpreendentemente, avistamos o Coliseum no final de uma rua. É assim, você sai para andar e ver um monte de coisas interessantes, e de repente se vê de frente o Coliseum. Fomos até lá, e como já era fim de tarde, ele estava fechado. O sol da tarde refletia nele e conseguimos tirar umas fotos muito bonitas. Voltaremos no dia seguinte.

 

14. Roma – 01.05.09

 

Tomamos o metrô e descemos na Estação Termini, no centro de Roma. Lá compramos um guia de Roma e descemos as ruas da cidade até o Coliseum.

Devido ao feriado do dia do trabalho na Itália, o valor da entrada ao Coliseum estava mais barata (de 12 euros para 1 euro), então estava super-lotado. Ficamos quarenta minutos na fila do Coliseum.

Lá dentro é muito legal. Demos toda a volta entre as arquibancadas antigas, que já não existem mais, pois o Coliseum ficou abandonado por mais de mil anos, após a queda do Império Romano. Havia bastante gente lá dentro e os melhores locais para tirar fotos eram bem disputados.

Do lado de dentro é muito interessante. Existem várias colunas abaixo do antigo piso, de onde saíam os gladiadores e os animais. Palco de sangrentas batalhas. Dizem que era tão legal que os Romanos faziam até batalha naval lá dentro. Ainda assim, acho que visto do lado de fora ele é ainda mais legal.

Saímos do Coliseum e entramos no Fórum Romano. Mais uma hora de fila e bastante gente lá dentro. O Fórum Romano e o Palatino são enormes. Trata-se da antiga cidade de Roma da época do Império Romano, onde ficam as principais construções da antiguidade. Se eu soubesse que era tão grande, teria almoçado antes, pois estava com fome e lá dentro não tem nada pra comer.

Saímos do Fórum Romano e fomos para a região de Trastevere, onde havia alguns restaurantes, mas já estavam todos fechados, era quatro da tarde. Então comemos um lanche meia-boca.

Andamos ainda mais. Passamos pela ponte sobre o Rio Tibre e na Ilha Tiberina. É um lugar bonito, mas como tínhamos visitado primeiro Paris, então a gente acaba comparando, e nós achamos Paris mais interessante.

Fomos ao Circus Máximus, ao lado do Palatino, onde aconteciam as corridas de bigas na antiguidade. Não existe mais nada no local, e sobrou apenas um vale gramado com a pista de bigas no centro.

Depois pegamos o metrô até a Piazza de Spagna. Dizem que é uma das praças mais bonitas de Roma. E realmente é interessante. Haviam muitos italianos sentados tomando sol no final de tarde. É diferente o jeito como tantas pessoas ficam sentadas na cidade sem fazer nada. Em frente á Piazza de Spagna tem uma igreja, e descendo as ruas que estavam todas cheias, fomos até a Fontana de Trevi mais uma vez. Tinha mais gente do que na Piazza de Spagna. Foi o lugar que mais gostamos em Roma.

Hoje comemos em um restaurante perto da Fontana de Trevi. Foi o jantar mais caro da viagem, mas também um dos mais saborosos. Comi uma deliciosa pasta italiana acompanhada de um bife. Primeiro e segundo pratos.

 

15. Roma – 02.05.09

 

Em nosso último dia de viagem, resolvemos ir até o Vaticano, e realmente pagamos nossos pecados. Era um sábado e parecia que a cidade estava ainda mais cheia que no feriado.

Tomamos o metrô até a Praça São Pedro. Estava sol e tivemos que enfrentar uma fila de uma hora e meia para entrar na Igreja de São Pedro. Sem contar que diversos italianos mal educados furam fila próximo da entrada, e quando entramos, havia uma manada de gente nos empurrando para dentro. A igreja é muito legal, mas o excesso de gente atrapalhou o passeio.

Teve uma hora que a Vivi viu o Papa subindo em um elevador e dando “Ciao”. Acho que era o Papa, um velho de cabeça branca dando “Ciao” só pode ser o Papa.

Passamos em frente ao túmulo de alguns papas, mas não o de João Paulo II. Fiz o sinal da cruz e deixei a igreja. Compramos lembrancinhas na loja do Vaticano para as mães e as avós.

Almoçamos em uma rede de Fast Food de comida italiana perto do Vaticano, e fomos entrar á Cidade do Vaticano. Esse foi o pior momento, pois havia uma fila muito mal organizada de cerca de três horas de espera, com vários italianos tentando furar fila. E ainda começou a chover forte, então, desistimos de entrar no Vaticano, e voltamos para a Estação de Metrô sem visitar a Capela Sistina.

Como ainda tínhamos algum tempo na cidade, fomos até o Parque Borghese, em uma parte alta da cidade. Foi melhor do que esperávamos, pois tivemos uma vista de Roma do alto, e ainda descobrimos uma feira de comidas típicas de várias regiões da Itália, com direito a degustação de vinho, queijo, salames e cerveja. Tudo que eu gosto. E tinha bandas locais tocando. A gente tinha dinheiro sobrando e compramos um monte de especiarias na feira.

No final da tarde, passamos no hotel para pegar nossas malas e fomos á Estação Termini. De lá, saem trens até o Aeroporto de Fiumicino. O Aeroporto é muito grande, acho que tão grande quanto o Charles de Gaulle, em Paris. O trem para perto do embarque Internacional, e foi bem fácil se localizar.

Fomos barrados na Alfândega, pois estava com duas garrafas de vinho na bagagem de mão, então a moça mandou que nós voltássemos e fizéssemos o despacho junto das malas.

Passamos na loja da Ferrari, comemos um lanche e fomos pro saguão esperar o avião. A volta não foi menos cansativa que a ida. Onze horas de vôo na classe econômica não é nada legal, mas por sorte estava noite e conseguimos dormir um pouco.

No final da viagem paramos no Duty Free e a Vivi fez a festa. Eu comprei um perfume e bebidas. A Vivi gastou um pouco mais, e ainda ficou furiosa comigo porque não aprovei quando ela quis comprar mais uma bolsa. Chegamos em casa de manhã, felizes da vida e com lembranças maravilhosas da Europa.

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Segue uma idéia geral de preços.

 

No total, gastei R$ 16 mil, fora as compras. Foram R$ 5,8 de passagens de avião ida e volta pela Alitalia, mais R$ 1,9 de passagens de trem, R$ 3,8 de hoteis e R$ 4,5 entre rango e entrada nas atrações turísticas.

Gastava uma média de 100 euros por dia com refeição e as entradas. Não dava pra luxar, mas não era pouca grana, pois almoçamos e jantamos bem (um prato cada), tomando vinho e deixando gorjeta. Média de 32 euros por refeição.

 

 

Segue uma idéia geral de preços em euros:

Em euros

Entrada no Castelo de Versailles 13,5

Subida a Torre Eiffel 8,0

Subida ao Arco do Triunfo 9,0

Subida a Torre de Notre Dame 8,0

Entrada no Museu do Louvre 9,0

Passeio de Barco no Rio Sena 11,0

Trem ida e volta de Nice a Monaco 13,0

Coliseum e Fórum Romano 12,0

Entrada no Museu do Vaticano 14,0

Entrada na Galeria dell'Uficio 6,0

Onibus Turístico em Roma 19,0

Passeio de Gondola em Veneza 100,0

 

 

Hotel Aulivia Ópera Paris 106,0

Hotel Ibis Nice 65,0

Hotel Novotel Milano 130,0

Hotel Mari Veneza 75,0

Hotel Club Firenze 65,0

Hotel Regent Roma 103,0

 

Trem de Paris a Nice 114,0

Trem de Nice a Milão 68,0

Trem de Milão a Veneza 33,0

Trem de Veneza a Florença 54,0

Trem de Florença a Roma 42,0

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  • 4 meses depois...
  • 3 meses depois...
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Olá Amigo,

 

Adorei o relato da sua viagem.Eu e meu marido tb passaremos por essas cidades. Gostaria de tirar umas dúvidas:

- Esses valores dos hoteis é por pessoal ou por casal?

- Outra dúvida, as passagens de trem de Nice p/ MIlão vc comprou com antecedência? Bem como de Milão para Roma??

Obrigada, beijão pra voçês e tudo de bom pra e vc a Vivi.

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  • 1 ano depois...
  • Membros

Parabéns pelo relato, fiel aos acontecimentos e muito engraçado...estou eu e minha noiva em Paris lendo esse texto, nos preparando para ir a Nice e nos identificamos muito com o texto, já que estamos passando por situações idênticas, cansativas e engradadas...O problema êh que sao mais de 3h em Paris e eu estava lendo teu texto e dando gargalhadas ate aparecer o recepcionista do hotel no meu quarto pedindo para falar baixo... Havaiana. Muito bom. Parabéns!!

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  • 1 mês depois...

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