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Patagônia Argentina – 10 dias


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EL CALAFATE/ EL CHALTÉN

 

Fizemos um roteiro de dez 10 dias, no total, pela Patagônia Argentina. Dividimos os dias da seguinte forma: 3 dias em El Calafate e 4 dias em Ushuaia e os outros 3 dias contei com o deslocamento de Brasília para El Calafate; El Calafate para Ushuaia e de Ushuaia para Brasília.

 

Escolhemos a companhia aérea Aerolíneas Argentinas , pois o preço estava mais barato, porém tal empresa remarca muito os horários dos voos, devido a isso, não deixe os horários das escalas muito próximos, pois você pode acabar perdendo um voo.

 

Resolvemos ir direto para El Calafate, apesar de muita gente falar que é melhor ir primeiro para Ushuaia para não se decepcionar com o lugar após ter visitado o tão sonhado Glaciar Perito Moreno. Porém as passagens subiam muito de preço para ir de Brasília para Ushuaia.

 

Fizemos uma escala em Buenos Aires e logo seguimos para El Calafate. Chegamos na cidade por volta das 16horas. Para aproveitar o dia (muito longo – escurece por volta das 22h neste período) fomos para o Glaciarium, um bar de gelo que você pode ficar apenas 25 minutos lá dentro. O valor para conhecer o bar é de 140 pesos por pessoa. No local, você pode conhecer um museu, porém não quisemos.

 

Para chegar ao bar é necessário ir a um estacionamento perto do centro de informações e pegar um ônibus que passa a cada 30 minutos das 15:30 até as 18:30, grátis.

 

No segundo dia em El Calafate fomos conhecer o Glaciar Perito Moreno. Lugar lindo! Um dos mais bonitos que já vimos. Fizemos o passeio pela empresa Hielo y Aventura e pagamos um valor de 1200 pesos por pessoa e mais 200 pesos para a entrada do parque (este valor deve ser pago em moeda – não aceita cartão).

 

Neste passeio não está inclusa alimentação, por isso é necessário que você leve um lanche. Compramos o nosso no mercado La Anonima, que fica na rua principal de El Calafate, pois os lanches que os hotéis oferecem são no valor de 90 pesos, aproximadamente.

 

Há três opções de passeios: Big Ice, Mini Trekking e a Navegação. Optamos pelo Mini Trekking, pois achamos que compensava mais. Vimos muita gente dizendo que o Big Ice fica enjoativo, pois são as mesmas paisagens e bem mais longo e caro. Já a navegação você não tem a experiência incrível de caminhar pelos glaciares. Depois da caminhada fizemos um lanche e fomos às passarelas para vê-lo de cima. Se tiver sorte, ainda pode-se ver as geleiras se desprendendo e caindo. Faz um barulho muito forte e um visual inacreditável.

 

É imprescindível que vá com uma bota de trekking impermeável, pois com certeza, vai molhar o pé com o gelo derretido. Vimos pessoas que foram com tênis normal e molharam o pé com a água congelante de lá. Chegando perto do Glaciar eles irão colocar uns grampos no seu sapato para a caminhada. Também é necessário que leve uma luva (se não tiver eles te fornecem, mas como muita gente usa, nós preferimos levar as nossas), pois você pode cair e machucar a mão com o gelo muito compacto e algumas vezes pontiagudos.

 

Quando chegar ao fim do trekking eles oferecem whisky e chocolate para nos aquecermos.

 

No terceiro dia fomos conhecer a Estância Cristina. Um lugar com lindas paisagens. Contratamos a empresa Viva Patagônia, a única empresa licenciada para fazer este passeio. Havíamos contratado o passeio Discovery, pois é a atividade de valor intermediário. Porém, aconteceu um problema com os carros 4 x 4 que nos levariam e foi cancelada. A empresa nos deu a opção de pegarmos o dinheiro de volta; fazermos o passeio Classic e ter parte do valor resgatado ou ter a opção de almoçar no local. Escolhemos fazer a opção Classic com parte do valor resgatado, pois achamos muito caro o almoço e achamos que não valeria a pena pagar 450 pesos por pessoa para almoçar, então levamos o nosso próprio lanche comprado no mercado.

 

No início achávamos que não seria tão legal fazer a opção Classic, mas não queríamos perder nosso dia. Nos surpreendemos, pois como são poucas as pessoas que escolhem esta opção, fomos num grupo de 5 pessoas mais a guia. Fizemos um hiking pelo local, conhecemos uma cachoeira, ficamos sabendo da fauna, flora, descobrimos como eles vivem por lá, já que para chegar à Estância tem que navegar por 3horas, devido a isso, os guias moram lá por cerca de 6 meses. Ouvimos várias histórias legais da guia e das outras pessoas que foram conosco, então gostamos muito.

 

Só a navegação para chegar até lá já compensa a ida. É uma vista belíssima com vários icebergs gigantes e de uma cor azul de arder os olhos. Mas, vá bem agasalhado, pois faz muito vento.

 

No quarto dia fomos a El Chalten, uma cidade a 3:30 de carro de El Calafate. É considerada a capital dos esportes ao ar livre no sul do país com as famosas montanhas Cerro Torre e Fitz Roy.

 

Há empresas que fazem o full day com o mini trekking no glaciar Viedma. Mas achamos muito caro e como já havíamos feito o mini trekking no Perito Moreno resolvemos ir por conta própria. Solicitamos um ônibus no próprio hotel no valor de 590 pesos ida/volta por pessoa. Ele nos buscou por volta das 8horas e nos deixou por volta das 22horas. A viagem é tranquila, porém tem algumas paradas que acabam tirando um pouco do nosso tempo. Paramos em alguns miradores e no hotel La Leona.

 

Chegando lá, tem um centro de informações localizado no próprio ponto de ônibus onde é entregue o mapa das trilhas, explica como a cidade funciona e tira dúvidas sobre os lugares que quer passar. Queríamos muito ter feito a trilha da Laguna de Los Tres, dizem que é a mais bonita, mas não tínhamos tempo hábil, pois são 10,5km só de ida. Então fizemos a Laguna Capri que são 4km. A paisagem é muito bonita, e lembre-se de levar casaco corta vento, pois mesmo sendo um pouco quente dentro da mata, em alguns pontos o vento é muito forte. Neste caso, lembre-se de levar água e lanche.

 

Se tiver tempo sobrando, aconselhamos ficar por lá uns 3 dias para fazer as outras trilhas, pois o local é bem interessante e nos arrependemos de não termos ficado mais.

 

Onde Comer

 

Pietro’s Café – comidas diversificadas e com preço razoável;

CasaBlanca – Comemos uma pizza de Lagostins que estava uma delícia. Porém o couver é um pouco caro para comer apenas amendoins;

Tito – Sorveteria artesanal. Aconselho experimentar o sorvete de calafate, a fruta que dá o nome da cidade;

La Lechuza Pizzas – Comemos uma minuta de milanesa napolitana e raviolle muito bons, porém é muito cheio e o atendimento não é tão bom.

Obs: A cidade é muito pequena e dá pra fazer tudo a pé. A maioria dos restaurantes, mercados e lojas ficam na avenida principal.

 

O que levar

 

Roupas em camadas (segunda pele, casaco tipo fleece, casaco corta vento impermeável e calças quentinhas, principalmente para o dia do perito moreno), pois o clima muda a todo instante. Fomos no verão e mesmo assim ainda é muito frio. O ideal é que vá preparado para todo tipo de temperatura e se sentir calor vai retirando as camadas de roupa. Essas roupas compramos todas pela decathlon por preços muito mais baratos e produtos de qualidade. Quase todo mundo que vimos por lá estavam usando a marca deles, Quechua.

Botas de trekking. As nossas compramos de promoção na Timberland. É importante serem impermeáveis e com solado apropriado para não escorregar;

Óculos escuros, pois a claridade do gelo e os ventos fortes incomodam muito;

Filtro solar e hidratante labial;

Talco para as botas, pois não levamos e nos arrependemos. Usamos muito as botas e como são impermeáveis elas dão um chulezinho rs.

 

Onde ficar

 

Ficamos no hotel Marcopolo Suites. Muito próximo ao centro, porém tinha que subir umas escadas para voltar ao hotel com 110 degraus. Não vimos problemas. Gostamos muito do local.

Não aconselhamos ficar em hotéis que sejam mais distantes, principalmente para não ter que gastar com taxi, além da hospedagem ser mais cara, pois tais hotéis são mais requintados.

 

USHUAIA

 

No quinto dia chegamos em Ushuaia por volta das 17h. Fizemos o check-in no hotel e fomos até a empresa Brasileiros em Ushuaia, a qual já havíamos contratado no Brasil, para agendarmos os passeios e fazer o pagamento (pode ser feito em real e tem um dos melhores câmbios da cidade). De lá fomos conhecer a cidade e jantamos no Andino Gourmet, um restaurante com uma comida deliciosa, ótimos preços e ambiente super agradável.

 

No sexto dia, fomos à Laguna Esmeralda, um trekking de 4,7km de ida por um caminho de média dificuldade, onde se encontra lama, neve, castoreiras e um solo bastante esponjoso. Chegar à Laguna é surpreendente. Um local maravilhoso, porém bastante frio, pois o vento é muito forte. Lá, você lancha um sanduíche com suco fornecido pela empresa, mas lembre-se de levar água na mochila. É importante ir com uma calça e bota impermeáveis, pois você certamente irá encontrar lugares em que irá se molhar (lama e neve).

 

Voltamos por volta das 14horas e aproveitamos para descansar um pouco e a noite fomos ao Dublin (um Pub bem frequentado pelos moradores da região) ver o jogo do Brasil X Argentina. Este pub é muito pequeno, então sugiro que chegue cedo para pegar uma mesa. Não conseguimos sentar, mas mesmo assim, fomos muito bem atendidos e realmente compensou a nossa ida, gostamos tanto que fomos mais de uma vez. Não deixe de tomar a cerveja Beagle, e experimente os 3 tipos.

 

No sétimo dia, fizemos o passeio do Parque Nacional. Nesta excursão tem a opção de fazer o trem do fim do mundo, porém nós não fizemos. Fomos direto ao parque e no final reencontramos aqueles que fizeram. A entrada do parque custa 100 pesos por pessoa e deve ser pago em moeda. Não aceita cartão nem outra moeda, apenas peso.

 

Dentro do parque há o correio mais austral do mundo onde se carimba o passaporte (30 pesos) e, inclusive, pode-se enviar cartões postais.

 

Neste dia almoçamos no restaurante La Estancia, onde serve um cordeiro patagônico divino muito indicado pelos moradores de Ushuaia. Experimentamos, também, a tão famosa truta – um peixe típico da região. Os preços são bons e o atendimento também.

 

Depois do almoço, fizemos a navegação pelo Canal Beagle. Nesta navegação avistamos a Ilha dos Lobos Marinhos, Ilha dos Pássaros, o famoso Farol Les Eclaireurs e uma caminhada rápida na Ilha Brigdes. Esse passeio é realizado em barco com uma infra-estrutura espetacular. Servem lanches, porém são bem caros. Vá com um casaco corta-vento, luva e touca, pois o vento é muito forte. A taxa de embarque não está inclusa no passeio, e custa 20 pesos.

 

O oitavo dia era o mais esperado (PINGUINERA). Fomos pela manhã e conhecemos a Estância Harberton e de lá seguimos de lancha rápida até a Ilha dos pinguins. Este passeio é sensacional, imperdível. Neste dia não havia muitos, pois era início do verão e eles ainda estavam chegando na ilha e muitos ainda escondidos devido ao frio, porém mesmo assim foi lindo. Para entrar na fazenda deve-se pagar um valor de 180 pesos por pessoa e sugiro levar seu próprio lanche, pois os que vendem no passeio são mais caros. A única empresa licenciada para descer na ilha é a Piratur. Os Brasileiros em Ushuaia tem uma parceria com tal empresa, então fechamos com eles também, pois o valor é o mesmo e como já havíamos fechado os outros passeios com os Brasileiros em Ushuaia, contratamos este também.

 

Neste mesmo dia fomos ao Glaciar Martial para ver neve. Lá tem a famosa Casa de Chá que parece de boneca. A subida é um pouco puxada mas indo de vagar dá pra ir até o fim. De cima dá pra ver o canal Beagle. Para chegar pedimos um taxi no hotel que cobrou aproximadamente 100 pesos de ida. Na volta ficam vários taxis parados em frente a casa de chá. Vale muito a pena ir até lá.

 

No nono dia fizemos a expedição off road 4×4 na região dos lagos. Este passeio tem a vista maravilhosa de bosques, lagos, castoreiras e o perfeito Lago Fagnano. Logo após esta aventura paramos em uma cabana para degustar uma tábua de frios deliciosa com vinhos, cervejas, refrigerantes.

 

Décimo dia, passeio para comprar alfajores e volta para casa.

 

Onde ficar:

 

Ficamos no Hotel Tango B & B. Muito bom! Apesar do banheiro não ser dentro do quarto, ele é privativo. O hotel é tão aconchegante que nem tivemos problemas com isso. Realmente nos sentimos em casa. Tem ótima localização. O dono é músico e faz um show de tango para os hóspedes com direito a espumante e muitas histórias da música. Ficamos encantados.

 

Onde Comer:

 

La Estancia – Cordeiro Patagonico

Tante Nina – Frutos do mar

Tia Elvira – Frutos do mar

Vilaggio – Frutos do Mar

Cordero al assador – Carnes

Casa dos mariscos – Frutos do mar

Andino gourmet – Variados

Bodegon Fueguino – Variados

Placeres Patagonicos – Variados

Freddy – Merluza negra

Dublin – Pub

Laguna Negra – Cafeteria e melhor alfajor que já comi.

 

Dicas gerais:

 

Sempre ande com roupa em camadas, pois vai chegar a hora em que irá precisar das 3 camadas;

A bota para treckking impermeável é muito importante;

De frente ao porto tem o posto de informações turísticas onde poderá pegar o mapa da cidade e várias informações. No local tem wi-fi gratuito e pontos de tomada para carregar celular;

Existem vários museus pela cidade, alguns gratuitos, outros pagos. (Fomos ao Museu do fim do mundo no domingo e estava gratuita a entrada. Lá carimbamos mais uma vez o passaporte e não precisa pagar);

Não compensa fazer compras;

A água da torneira dos hotéis e casas são limpas, pode-se tomar;

Se precisar fazer câmbio, vá até o Hotel Antartica (melhor cambio da cidade), inclusive os próprios moradores realizam lá.

 

#PATAGONIA #ELCALAFATE #USHUAIA #ELCHALTEN #FIMDOMUNDO #TERRADOFOGO

 

OBS: Para ver as fotos, acesse https://asaventurasdenos2dotnet.wordpress.com/2015/11/17/patagonia-argentina-10-dias/

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  • 4 meses depois...
  • Membros

Muito legal o seu relato Cyntia!!! ::otemo:: Estou pensando em ir à Patagônia em Fevereiro de 2017 e optar por ficar 10 dias também. Você lembra mais ou menos quanto gastou no total? Encontro muitos relatos de viagem, mas além de serem de viagens mais longas (15 a 20 dias) foram realizadas em outra época e, principalmente, com outro câmbio !!!!

bjs

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