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Patagônia + Chalten + Calafate


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Introdução - Patagônia

 

Deixamos aqui um relato de nossa viagem à Patagônia. Nunca tínhamos deixado nenhum relato de viagem mas sentimos dificuldade na pesquisa dessa viagem (pouca informação, muita coisa ultrapassada e muita opinião e pouca objetividade) e resolvemos tentar ajudar um pouco as próximas pessoas que quiserem ir lá. No relato tentamos ser objetivos para que você entenda como funciona o local e faça o seu role como você quiser. Deixamos algumas opiniões pessoais e dicas. Nossa viagem foi relativamente curta e tínhamos o roteiro bem apertado com os dias contados então descrevemos em detalhes o que fizemos e deixamos as opções de outras coisas para fazer (acho q o ideal pra fazer essa viagem bem tranquilo é quatro dias a mais do que tivemos). Se alguém tiver alguma dúvida ou quiser acrescentar algo é bem-vindo.

 

20/12 - El Calafate

21/12 e 22/12 - El Chalten

23/12 - El Calafate

24/12 - Puerto Natales

25/12 a 29/12 - Torres del Paines

30/12 - Punta Arenas

31/12 a 04/01 - Ushuaia

 

El Calafate - começo

 

Nossa viagem começou em Calafate dia 20/12/14 com um imprevisto. Não reservamos nada e não tinha big trekking disponível pros próximos dois dias. Decidimos agendar pro dia 23/12/2014 e ir antes pra El Chalten (inicialmente faríamos o perito e depois iríamos pra Chalten e de lá pra Torres). O que mudou na viagem foi que íamos passar três dias em Chalten e acabamos passando apenas dois. Ainda assim considero que tivemos sorte em conseguir fazer o big trekking. Então aqui vai um conselho: reserve o big ice no Brasil. A única empresa autorizada a fazer esse passeio é a hielo adventure (as outras empresas que vendem o big ice compram cotas da hielo) e as vagas são bem limitadas. Há também o mini-trekking no perito (que é um passeio só na ponta do glacial e dura metade de um dia) mas aconselho muito o big ice. Eles colocam um medo perguntando sobre doenças, lesões e fazendo você assinar um termo mas fique tranquilo que você sobrevive.

 

O Big Ice é um passeio que dura o dia inteiro. O passeio custa1500 pesos mais uns 180 pesos pra entrar no parque. Um ônibus te pega no seu hotel as 7:00 e vai para o parque dos glaciares. Você chega la as 9:00 e a primeira parada é uma visita de uma hora nas passarelas (tirar fotos, ver os pedaços de gelo quebrando e caindo na água, comprar água e comida no restaurante se você não quiser levar de calafate). Lá você vai ver só a ponta do iceberg e já vai se impressionar. Depois todos entram no bus de novo e vão para um pequeno porto de onde sai um catamara. Esse catamara vai levá-los ao início do big e mini trekking. Lá você recebe umas instruções e começa a trilha. Inicialmente é uma trilha de uma hora com alguns desníveis em que você vai pela floresta beirando o glacial. Após essa trilha começa a real caminhada no gelo. Tem uma parada de uma meia hora pra todos ajustarem e colocarem os grampones e saem grupos de dez pessoas andando pelo perito (cada grupo com um guia óbvio). Você anda durante duas horas, para pra comer e depois retorna. O passeio toma o dia inteiro e é cansativo, mas nada de outro mundo.

 

OBS - No meio do glacial venta bastante e acredito seriamente q nunca abre sol lá (quando entramos e saímos do glacial tava um puta sol, mas enquanto estávamos nele o tempo tava fechado, kkk) / Aqueles grampones são uma merda, machuca o pé pra porra e você pode tomar um rola se vacilar andando com eles (o meu deu uma travada uma hora que tava andando meio viajando e tomei um rolazinho), mas eles grudam mesmo no gelo!

 

Opinião: não é o lugar mais bonito da Patagônia, mas com certeza é o mais impressionante / a diferença do big ice pro mini-trekking é que no big você entra bem pra dentro do glacial e percebe que ele é muito, mas muito maior do que o que você pensava quando viu aquela pontinha com pedaços de gelo caindo e achou que logo menos o glacial ia a acabar devido àquilo / por isso acho que, se você puder, faça o big ice

 

O que levar:

 

- óculos de sol

- protetor solar (passar sempre mesmo que sem sol)

- fleece

- calça e blusa impermeáveis

- luva

- corta vento (calça e blusa)

- gorro

- tênis de trekking impermeável

- meia de trekking (caro mas importante)

- água

- comida

 

Comida em Calafate: recomendamos um restaurante que chama Ricks (na avenida principal perto do cassino), com um atendimento bom, comida boa e farta, preço justo / não recomendo o la tablita pois é caro, o atendimento bem mais ou menos, ta sempre cheio (se você perguntar uma dica pros locais vão indicar lá e um outro restaurante que não lembro o nome como os melhores locais pra comer a parrilha) e a comida não é boa (pedimos a parrilha mais cara e não era bom) / tem uns chocolates bons mas nada demais / tem uns alfajor insano (o melhor custo-benefício de loja que achei foi a La Abuela Goye)

 

A cidade em si é legal e vale a pena pegar um dia pra passear a pé. Tem um monte de lojinha de souvenir mas nada muito bom.

 

El Chalten - meio

 

Conhecida como cidade do trekking na Argentina. Tínhamos planejado inicialmente três dias lá mas como tivemos o imprevisto do Perito acabamos ficando dois dias.

 

O que aconselhamos de El Chalten é fazer o Fitz Roy até a Laguna de Los Três e não apenas até o mirador+laguna capri como a maioria das pessoas faz. A laguna de Los Três é com certeza o lugar mais bonito da Patagônia (considero o mais bonito que já vi na minha vida) e vale muito, mas muito a pena ir.

A trilha do Cerro Torre é a outra grande trilha de lá, ocupa um dia inteiro e não fizemos mas faça se você tiver tempo. Os miradores são trilhas curtas que se faz em meio-dia e vale a pena ir se você tem tempo. A cachoeira e o outro mirador não fizemos e não conhecemos ninguém que fez.

 

Pegamos um bus em Calafate as 7:00 para El Chalten e chegamos lá as 11:00. A cidade fica dentro de uma reserva controlada pelo governo e antes de chegar na cidade o ônibus para em um lugar onde você paga a entrada (dizem isso em todos os relatos que vindo mas não pagamos nada) e recebe instruções e um mapa do parque. Essas instruções são muito boas porque explicam as trilhas, além do que pode e não pode fazer lá, e te entregam um mapa com todos os trekkings possíveis (com distâncias, dificuldade e tempo de trilha).

 

Da nossa viagem fizemos o Fitz Roy no primeiro dia e os miradores dos condores e das águilas (tínhamos planejado inicialmente fazer o cerro torre no segundo dia mas estávamos mortos e preferimos descansar no outro dia íamos fazer o big ice).

 

O Fitz Roy é uma trilha de 10km que começa com uma hora só de subida até chegar ao primeiro mirador, depois mais três horas com alguns desníveis até Poincenot (camping selvagem que você pode acampar se quiser). Em um momento dessas três horas você passa por uma bifurcação indicando mirador Fitz Roy ou Laguna Capri. Vá pela Laguna Capri e fique um tempo lá porque vale a pena. O mirador é a maior furada pois você consegue ver o Fitz de muitos outros lugares com vistas bem melhores e se quiser na volta passar pela laguna Capri de novo vá sem medo (voltamos pelo mirador e nos arrependemos). Chegando em Poincenot começa mais uma subida de 1:30 com um desnível considerável. Essa é a parte que mata da trilha, porque é bem íngreme e cheio de pedras. Após isso você chega ao lugar mais bonito que já viu em sua vida e fique lá quanto tempo quiser. Depois a volta da pra fazer em 4 horas tranquilo. Todos os tempos das trilhas que coloquei na ida é andando tranquilo, parando pra comer, tirar fotos e curtir as paisagens. A trilha é muito legal e vale a pena ir parando várias vezes ao longo dela. É um dia longo mas lá escurece as 21/22. No nosso caso começamos ao meio-dia e deu sussa.

 

Os miradores são um role bem sussa que é mais um day-off do que trekking. O mirador dos condores é uma trilha de uns 40min onde você tem uma visão da cidade de El Chalten. O das águias é perto dos condores (30min de um mirador ao outro) e você vê o lago Viedma. Achei que ambos vale a pena ir se você for a Chalten. Fomos neles no segundo dia pra descansar pro Perito.

 

OBS - Demos muita sorte no dia que chegamos lá. Logo na entrada do parque o guarda-parques falou pra todo mundo ir pro Fitz que estávamos pegando um dia singular em El Chalten, com solzão e quase nada de vento, sendo que isso é raro lá. Realmente no outro dia o vento começou e o tempo fechou. Pode ser que você vá em um dia lá que esteja ruim e não consiga ver nada mas, como vou dizer em Torres mais pra frente, lá naqueles lados não tem jeito, tem que ter sorte nos dias. O meu conselho é guardar uns três dias pra ficar em Chalten e no dia que rolar um tempo bom correr pro Fitz (lá se o dia começa bem dificilmente vai mudar muito ao longo do dia, como acontece em Torres).

 

Comida - o melhor alfajor que comemos na argentina foi em Chalten / é um alfajor caseiro e compramos em uma panaderia que é a ultima antes de você entrar na trilha do Fitz / aconselho ir lá experimentar

 

Torres del Paines - fim

 

Pegamos o bus em Calafate de manhã e fomos para Puerto Natales. Chegando lá compramos a passagem pra Torres para o outro dia de manhã (explico abaixo) e fomos conhecer a cidade, que é legalzinha mas uma tarde lá já é suficiente pra conhecer. Uma dica é pegar o mesmo hostel/hotel que você ficar para quando voltar de Torres, porque você deixa parte de suas coisas lá . No nosso caso, por exemplo, viemos de Calafate/Chalten e íamos para Ushuaia, sendo que deixamos um monte de coisa lá e levamos um mochilão só com o que realmente íamos usar em Torres.

 

Torres del paine - circuito W

 

É uma das opções de trekking que você pode fazer em torres. Os dois principais circuitos são o O e o W, mas você pode modular suas visitas aos pontos turísticos de paines de várias maneiras (de acordo com grana, tempo e disposição).

 

Vamos falar aqui apenas do W. Aqui vai uma foto pra você entender o circuito:

 

Você pode começar o circuito por Las Torres ou por Paine Grande. Começamos por Paine Grande e recomendamos pois Las Torres é o trecho mais difícil e não é o mais bonito (tanto a trilha quanto o mirador). Fizemos todo o circuito sem levar barraca, fogareiro e saco de dormir. Você pode fazer isso e dormir nos campings/refúgios ou levar seus equipamentos e também dormir no italiano (único camping gratuito que vale a pena no W). Passaremos nosso roteiro primeiro mas embaixo de cada dia deixo as opções pra quem quiser levar suas coisas.

 

Antes de começar o roteiro quero fazer um adendo sobre os campings/refúgios. Não sei quanto a outras épocas do ano, mas em dez/jan é alta temporada lá (porque é a melhor época pra ir) e você tem que reservar esses refúgios/campings com grande antecedência. Se você quiser ficar em refúgio tem que reservar com uns seis meses de antecedência e se quiser ficar nos campings com uns dois meses é bom reservar. Nos campings gratuitos não há reserva mas no caso do circuito W o único camping gratuito que você tem opção de ficar é o Italiano (não tem lugar pra tomar banho, só tem latrina, e só pode dormir uma noite lá). Logo, se você pretende fazer o circuito vai ter que reservar as coisas antes, seja uma vaga no camping, seja a vaga no camping e os equipamentos para acampar, seja o refúgio. As vagas acabam rápido pra reservar porque eles tem muito medo de overbooking e não deixam grande quantidade de vagas disponíveis pela internet. Você pode ir na coragem sem reserva e chegar lá e ter várias vagas tanto no refúgio como no camping (como aconteceu com a gente em Paine Grande). Em geral no Paine Grande e nas Torres sempre há vagas. Agora no Chileno e principalmente no Los Cuernos (por ser bem no meio do W) você pode não ter tanta sorte (vimos pessoas que não conseguiram vagas na hora). Se você for acampar e não quiser levar suas coisas de sua casa pode alugar tudo em Porto Natales também mas pelo preço acho que compensa pegar em Torres se não for usar suas coisas.

 

Dia 1 - Para chegar em Torres você pega um ônibus em Puerto Natales com saída as 7:30 (comprar um dia antes / há vários ônibus então sempre há vaga / na hora de comprar compre a ida e a volta, que custa 10000, sendo que a volta você usará no último dia e lá está explicado). Chegamos as 10:00 na entrada do parque, onde você paga uma entrada de 18000 pesos e recebe umas instruções. Após isso você pega o transfer para Las torres ou entra no ônibus de novo e vai até o pudeto, que foi o nosso caso. No pudeto você pega um catamara que sai as 12:00 (pra você que está lendo e quer fazer outro roteiro, há três saídas de catamara por dia e são combinados com os horários dos ônibus que saem de Puerto Natales) por 15000 pesos e te leva até Paine Grande.

 

Em Paine Grande você pode acampar com suas coisas (paga só o lugar do camping), acampar com as coisas alugadas (há tudo para alugar) ou dormir no refúgio. Você chega lá umas 12:30, deixa suas coisas e já parte rapidinho pra visitar a primeira perna do W, que é o Glacial Grey. São 6km de trilha até o mirador Grey. É uma trilha tranqüila (tem uns desníveis e da uma cansadinha obviamente, afinal é um trekking). Além do mirador do glacial (ponto final da trilha) ser bonito, a trilha até lá é bem legal (pode ser que se você já foi no perito, como nós tínhamos ido, não vai achar nada demais, porém vale a pena ir até lá pela trilha e também pra ver o glacial que é menor mas não deixa de ser legal). Esse dia você faz a ida e a volta indo tranqüilíssimo, parando pra comer, tirar fotos, apreciar a vista, e ficando uma meia-hora lá de boa no mirador em 7/8 horas (no máximo). Fique tranquilo que lá anoitece umas 21/22 horas. Então quando você chegar no Paine Grande umas 20 ainda haverá sol.

 

Pra quem vai fazer o O ou por acaso quer dormir no camping Grey faço a observação de que essa trilha continua após o mirador Grey (o camping/refúgio Grey esta 5km depois do mirador e não recomendo pra quem for fazer o W).

 

Dia 2 - Esse é o dia da perna do meio do W, que achamos a mais bonita do circuito e que há várias formas de se fazer. Vou passar como fizemos e no fim passo as opções.

 

A primeira parte do dia é uma trilha de 7,5km até o camping Italiano. É o trecho mais tranquilo do W e você faz em duas horas bem tranquilo (a trilha é bonita e vale a pena algumas vezes para apreciar as vistas). Chegando no italiano tem mais 2,5km de uma trilha que é só subida na ida e a paisagem durante a subida vai ficando cada vez mais incrível (vá parando bastante pra apreciar) até o mirador do Francês. Demoramos pra ir, voltar e mais um tempão que ficamos lá um total de 3:30. Depois tem mais 5,5km de trilha do italiano até os Los Cuernos, que tem bastante desnível (não são grandes desníveis mas toda hora é subida e descida) que fizemos em três horas (paramos várias vezes porque a trilha também tem várias vistas legais, inclusive uma prainha de pedras perto dos los Cuernos que você saberá o que estou falando quando passar). Chegamos umas 20:30 nos Los Cuernos. Lá é o mesmo esquema do Paine Grande pra dormir.

 

Agora o extra: O mirador do Francês não é o ponto final dessa perna do W (achamos que era). Passando o mirador do Francês há o mirador britânico, de onde você vê mais de cima todo o vale. Não fizemos porque tínhamos que chegar nos Cuernos e não daria tempo. Se você quiser ir no britânico você tem que dormir no italiano ou no francês. Esse trecho do britânico é mais 4,5km de trilha com um desnível de 500m (isso da mais umas quatro horas de trilha contando ida e volta). O francês que estou falando é um camping/refúgio que está bem no meio entre o italiano e los Cuernos (não tem no mapa nem na internet mas acredite, ele existe e você pode reserva-lo ligando na vértice Patagônia). Apesar de não ter feito, aconselhamos a fazer, porque essa é a perna mais bonita do W. Se você está levando seus equipos de camping durma no italiano (bom porque é bem na base do vale do francês), senão durma no francês (uns 2km da base do vale do francês mas bom para você não quer levar equipos para acampar).

Um problema do vale do Francês é que direto ta fechado por causa dos ventos (fica bem perigoso a trilha). Demos sorte de estar aberto porque os dois dias antes do nosso tava fechado. A dica é ver a previsão dos ventos. Em geral, quando a rajada (pra quem não está acostumado a ver previsão, entra no windguru e tem que ver a rajada e não o vento basal) ta maior que 60 sempre fecha, 50 a 60 varia e abaixo de 50 sempre aberto.

 

Dia 3 - Para nós foi day-off. Ficamos nos los Cuernos tomando uma breja (lá tem uma vista animal tanto do lago quanto da montanha).

 

Dia 4 - Trilha de 11km até Las Torres. É uma trilha bonita também mas o mais legal dela é que em determinado momento a paisagem muda totalmente. Da pra fazer tranqüilamente em 6 horas (parando bastante) e a trilha tem alguns desníveis mas não muito grandes nem em grande quantidade. Aqui você tem a opção de ir pro camping/refúgio chileno (há no meio da trilha um atalho para o chileno).

 

Dia 5 - Ultima perna do W, que é o mirador Torres. Saindo de Las Torres umas 7:00 você tem uma subida constante de 2,5km e depois mais uns desníveis nos 2km de trilha restantes até o Chileno. Nesse trecho, que achamos o mais cansativo (devido aos primeiros 2,5km) você gasta 3 horas indo tranquilo (fizemos em 2:30).

Depois tem mais 3km até a base das Torres com uma trilha dentro de um bosque bem verde (diferente dos que você viu até então) e alguns desníveis (nada demais) que você percorre em 2 horas tranquilo (fizemos em 1:30). E por fim tem a subida com 1km de trilha e 500m de desnível até o mirador de Las Torres (é um trecho bem cansativo por ser bem íngreme e um pouco perigoso pelas pedras) que você faz em uma hora. Todo esse trajeto você consegue voltar em 4 horas, totalizando o dia com 11 horas de passeio (contando uma horinha apreciando o mirador). O transfer que leva para Laguna Amarga, onde você vai pegar o ônibus de volta para Porto Natales as 20:00 (você já comprou o ticket em Natales quando foi comprar a ida e o bilhete fica em "aberto" para você voltar quando quiser, sendo que sempre há vagas nos ônibus), sai as 19:30, custa 2800 pesos e passa pelo camping e refúgio.

 

Opinião pessoal: De todas as trilhas é a mais sem graça. Não tem muitas belezas naturais como as outras e os primeiros 4,5km (até o chileno) você vai no meio das bosta de cavalo (algumas pessoas fazem esse trecho no cavalo saindo do hotel Las Torres). Pra mim deviam proibir aquilo. Destrói a trilha, o camping chileno e a trilha cheiram a estábulo e não agregam nada ao parque.

Em relação ao mirador é bonito, mas achamos o vale do francês mais bonito e se você fez antes o Fitz Roy até a Laguna de Los Três (como nós fizemos) vai achar que o Fitz da um pau no las torres. Não to falando pra não ir. Acho que vale a pena ir, que é lindo, impressionante, mas que não espere algo surreal como a laguna de los três ou o perito (por ser o role do hotel e mais acessível acredito que criou-se uma mídia em cima disso).

 

Extra: Se você dormiu no Chileno sua subida pras Torres começa sem aqueles 4,5km iniciais. O atalho que disse anteriormente sai no fim daquela subida de 2,5km.

 

OBS - demos muita sorte e pegamos todos os dias de sol e com pouco vento lá (as vezes durante o dia até rolou uma chuvinha, mas bem tranquilo) / leia outros relatos e veja outras experiências porque o tempo lá é bem imprevisível tanto em relação a época (você pode ir nas mesmas datas que eu fui e não conseguir fazer nada devido ao mau tempo) como varia em um mesmo dia, ou seja, pode ser que você chegue lá e não consiga fazer nada sendo que, quanto a isso, não tem o que fazer, porque você tem que reservar as coisas bem antes / vá e reze para que role um clima viável para fazer tudo (em geral da certo, pois o clima varia muito ao longo do dia) / novamente, leia outros relatos e experiências também

 

Roupas:

 

- óculos de sol

- protetor solar (passar sempre mesmo que sem sol)

- segunda pele

- fleece

- calça e blusa impermeáveis

- luva

- corta vento (calça e blusa)

- gorro

- toalha secagem rápida

- camisa dry fit

- tênis de trekking impermeável

- chinelo

- meia de trekking (caro mas importante)

 

Comida: precisa de algo que dê energia / maçã é muito saudável pro seu cotidiano mas lá só vai fazer peso e não te alimenta direito / sugiro pão, queijo, salame, banana, frutas secas, bolacha de fibras, barra de proteínas, atum, amendoim e chocolate (se levar fogareiro há outras opções) / é possível achar tudo isso em porto natales

 

PUNTA ARENAS

 

Chegamos de Torres em Natales as 21:30, dormimos lá e no outro dia fomos para Punta Arenas. É uma cidade maior que Puerto Natales e tem uma zona franca divertida. Os preços e a variedade não são tantos como no Paraguai mas tem bastante coisa e o preço é um pouco melhor que o free-shop. Vale a pena passar lá (pode ir de taxi, que é 400 pesos por pessoa, ou a pé, pois fica a 1km do centro). A cidade também tem um centro muito legal, com uma praça bem bonita e vale muito a pena uma tarde caminhando pelo centro (lá é pequeno e você se localiza facilmente a pé). Pra zona franca e passeio no centro um dia lá é suficiente. Tem um parque ecológico há 10km da cidade (não fomos) e as pinguineras. Como vamos passar o ano novo em Ushuaia veremos os pingüins lá, mas se você não vai descer até lá vale a pena ficar mais um dia pra fazer esse parque ecológico e os pingüins.

 

Ushuaia - ficamos o ano novo mas eh bem turísticao de brasileiro (tipo Miami) então nem vamos comentar lá

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