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Um mês na Indonésia e Malásia - Praias, templos e trekking em vulcões - Roteiro e fotos


Danfs

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  • Colaboradores

Foi 1 mês na Malásia e na Indonésia, com mega-cidades asiáticas, trekkings em vulcões, praias espetaculares e eventual vibe de “comer, rezar e amar”. Fugindo dos padrões asiáticos, são países majoritariamente muçulmanos, apesar de praticarem em geral uma versão bem mais leve e haver bolsões de diversas outras religiões, incluindo o budismo e o cristianismo. Ambos os países são formados por milhares de ilhas, e, associado ao caos no transporte terrestre típico do sudeste asiárito, a locomoção é no mínimo inconveniente. Tudo leva uma eternidade para chegar.

 

Apesar disso, não interessa quantas horas você passou num ônibus circulado por galinhas e fumantes, no momento que você chega e vê o que está na sua frente, tudo é perdoado. Em termos de cenários naturais, poucos países no mundo (ou talvez nenhum outro) têm o impacto do que você pode encontrar por lá.

Então vamos lá.

 

O roteiro que eu segui foi esse. Não dá para cobrir tudo, mas é uma ótima “primeira vez” nesses países. Você vai querer voltar. A grande dica é: voe o máximo que puder. O transporte terrestre é, em regra, horrível, inacreditavelmente lento, não confiável, extremamente desconfortável (ex: ninguém parece ter muitas reservas quanto a fumar dentro de ônibus na Indonésia, e de ponto em ponto os ônibus costumam ser invadidos por dezenas de vendedores que se atropelam tentando enfiar comida e tiger balm na sua cara). Os vôos, por outro lado, costumam ser consideravelmente baratos e vão te fazer poupar horas preciosíssimas.

Quanto ao transporte interno, pode ser tranquilamente coberto por taxis ou scooters. Em Bali, por exemplo, fazer uma rodada geral pela ilha numa scooter é quase a experiência essencial.

 

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Kuala Lumpur, a principal cidade da Malásia, e vem com todo o pacote que você espera de uma metróple asiática, incluindo arquitetura titânica, shoppings loucos e superpopulação. Se você quer ter uma visão geral da cidade, vá à Menara Kuala Lumpur, a 5ª torre mais alta do mundo, e pague para ir ao observation deck. A visão de lá é insana, especialmente se você conseguir chegar para o pôr-do-sol, e bem mais alta que as Petronas, pelo edifício estar em um morro.

O que fazer na cidade: distrito do Golden Triangle, Lake Garden Park, Central Market, Mesquita Masjid Negara, Chinatown, e curtir a noite.

Foto: Vista do Menara KL

 

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Dois a três dias na cidade são mais que o suficiente. Coloque na cabeça o seguinte: Malásia e Indonésia não são sobre cidades - com raras exceções (ex: Ubud). São sobre natureza, e templos. Em regra, então, evite-as, e siga logo para os pontos de interesse.

Um ótimo hostel para ficar por lá é o Reggae Mansion, e o rooftop bar deles já paga a estada.

 

Foto: As gigantescas Petronas Twin Towers, símbolo da cidade.

 

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A algumas horas de distância de KL, estão as Batu Caves, uma sequência de templos hindus erguidos dentro de cavernas.

Foto: Batu Caves

 

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Interior das Batu Caves. Dá pra fazer tudo com uma half-day trip de KL, saindo bem cedo e pegando o primeiro ônibus possível para evitar a multidão.

Foto: Batu Caves

 

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O caso de a Indonésia não ser sobre cidades é especialmente verdadeiro em Java. Se tiver que passar algum tempo nelas, passe o mínimo possível. Evite Jakarta totalmente, se possível nem saindo do aeroporto e voando direto para Yogyakarta. Yogya, por sinal, apesar de um pouco mais convidativa que Jakarta, também não é muito além de uma base para Borobudur, Prambanan, monte Merapi, algumas lagoas e templos menores. Você passa o dia visitando os lugares, e a noite afogando o calor tomando umas cervejas na piscina do hostel com o pessoal (recomendação: Venezia Garden) ou explorar a cena noturna da cidade - especialmente nos arredores da Malioboro Street -, que não é grande coisa, mas sempre tem algum lugar pra comer comida de rua, tomar uns drinks ou um café e bater um papo.

Borobudur é um monumento budista, com uma vibe de Indiana Jones durante o nascer-do-sol, e com uma invasão de centenas de estudantes do primário querendo tirar fotos de/com você durante o resto do dia. O nascer do sol de lá é o destaque. Se você puder ver de dentro do complexo, veja. É mais caro, mas vale a pena. Você vai ver a névoa cobrindo o topo da vegetação ao redor e limpando enquanto o sol vai surgindo, e você está lá, no topo de Borobudur, cercado por um mar de árvores, com os sons de animais ficando cada vez mais altos, e as luzes intensas do nascer do sol colorindo tudo de cores quentes.

Foto: Borobudur

 

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Você vai começar a perceber que todo os pontos de interesse na Indonésia parecem girar em torno do nascer do sol e do pôr-do-sol. Nascer do sol em Boroburur, nascer do sol em Ijen, nascer do sol em Bromo, pôr-do-sol em Bali, etc. Cansativo, mas completamente válidos. As imagens que você vai ver vão ficar na sua mente pra sempre. Então a regra é acordar de madrugada, pegar o primeiro transporte possível, assistir o espetáculo, e ficar lá curtindo o dia depois. Borobudur vai ser provavelmente o primeiro na sequência de potenciais pores/nasceres-do-sol mais épicos que você vai ver na vida.

Você pode fazer facilmente os dois complexos em um único dia, indo a Borobudur bem cedo para assistir o nascer do sol, e passando a tarde em Prambanan. Ambos são apenas a algumas horas de distância da cidade.

Prambanan é um complexo de templos hindus e budistas que vão te lembrar fortemente de Angkor Wat, apesar de serem mais modestos e bem menos impactantes.

Foto: Prambanan

 

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De Yogya, você pode arranjar seu transporte para Bromo, Ijen e finalmente para Bali, o que vai envolver um conjunto de ônibus noturnos e balsas para travessia entre ilhas. Deixe tudo o mais livre possível, para aproveitar Bromo sem correria e dando um ou dois dias de folga, já que o tempo de lá, e a visibilidade, são bastante variáveis. Você não quer deixar de ver bem aquilo.

Quando você finalmente vê Bromo do alto de Cemoro Lewang, vilarejo firmado nas encostas da enorme cratera que circunda o vulcão, você realmente sente que a Indonésia não está brincando quanto a cenários naturais. Um tapete de nuvens cobre uma planície que vai da base da encosta até a base do monte, que se refaz e se dispersa continuamente.

Foto: Gunung Bromo

 

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Você pode ir até lá de carro/moto ou a pé - e eu fortemente recomendo isso, levando uns 40 minutos até a base do vulcão, passando por um pequeno monastério no caminho. A experiência é incrível. É você andando por um terreno desértico lunar, coberto por um espesso nevoeiro, pouco a pouco vendo o vulcão se definir no horizonte. É a experiência mais próxima de andar em outro planeta que você vai ter.

Foto: A caminho de Bromo

 

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Com mais uma hora, você sobe até a cratera, com uma visão espetacular dos arredores, e da caldeira do vulcão ainda ativo e continuamente expelindo jatos de fumaça. Lá em cima, é só curtir a paisagem.

Como não podia deixar de ser, existem os tours de nascer do sol, que lhe levam para outros lados da cadeia de montanha, mas nunca é realmente claro onde eles vão parar, além de a visibilidade sempre ser incerta. Várias pessoas que encontrei estavam devastadas por terem tido problemas com os motoristas, que frequentemente se recusam a parar nos pontos acordados, inclusive em pontos cruciais – como o próprio vulcão-, alegando que têm horário para cumprir (apesar de sempre chegarem bem mais cedo que o combinado, aparentemente).

Foto: Vista da cratera de Bromo

 

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De Bromo, você pode seguir para Ijen, a caminho da travessia para Bali. Depois de um trek de algumas horas, no meio da madrugada, você chega na cratera. Você desce, o cheiro de enxofre começa a ficar extenuante, os olhos ardem. A cratera do Ijen é um dos únicos lugares do mundo onde você pode ver chamas azuis gigantescas causadas pela combustão do escapamento de gás sulfúrico a 600ºC, tudo isso ao lado ao lado de um lago azul turquesa de águas ácidas.

Enquanto você está lá tentando respirar com os pulmões ardendo e manter os olhos lacrimejantes abertos com o enxofre denso no ar, do seu lado, algum trabalhador de coleta lá embaixo vai olhar para sua cara, acender um cigarro local de altíssimo teor de alcatrão, e subir as encostas da cratera com 50 kg de pedras de enxofre nos ombros, meio que lhe chamando de fresco.

Foto: Ijen Crater

 

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Falando nisso, as características mais marcantes da população indonésia são: a hospitalidade, a humildade, o inglês falado em sotaque horrível e quase incompreensível e, acima de tudo, que fumam PRA CARALHO. Você nunca viu algo como aquilo antes. Eu não estaria exagerando se dissesse que em torno de 80% de todas as propagandas que você vê nas ruas são de cigarros, e que quase essa porcentagem da população masculina é fumante em cadeia. Aparentemente, não há restrições de lugares também. O país todo é uma sala de fumantes: em restaurantes, em quartos, na cama, em banheiros, em carros com vidros fechados, em ônibus públicos. A produção local de cigarros parece movimentar boa parte da economia, e você vê isso claramente. Juntando isso com a qualidade e renome do café local, o país é basicamente um paraíso dos fumantes.

O café de lá é uma atração à parte. Quando você chega em Bali, são diversas as casas de produção artesanal de café, onde você vê todo o processo acontecer manualmente e tem acesso a inúmeras variedades com misturas de diversas especiarias - baunilha, ginseng, canela, gengibre, cacau, e algumas irreconhecíveis - todas disponíveis para degustação.

 

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E lá você encontra o lendário e absolutamente delicioso Kopi Luwak, produzido localmente e a preços risíveis. O café é feito com os grãos colhidos nas fezes desse animalzinho aí atrás, fermentados em seu sistema digestivo. Surpreendentemente, o café com cheiro mais espetacular que você vai experimentar. NUNCA o coe.

 

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E então você está em Bali, um lugar onde budistas, hindus, cristãos e muçulmanos convivem em uma harmonia digna de ser cantada por Bob Marley. Bali é uma ilhazinha mítica, com praias míticas e trânsito caótico mítico. Especialmente em Kuta e Seminyak, maiores destinos de lá juntamente com Ubud, é impossível pensar em Bali sem vir à mente uma sinfonia de buzinas e barulhos de motor e um cheiro de gasolina barata no ar. É uma ilha minúscula, que pode ser facilmente percorrida em algumas horas numa scooter, mas que pode levar uma eternidade nos horários de pico.

Mas nem isso parece realmente importar quando você pisa nas praias. Foto: Padang Padang Beach

 

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Em termos de praias, os destaques estão no sul, a partir de Seminyak e Kuta, contornando a península de Bukit e nas ilhas Nusa vizinhas. Se você é um rato de praia, não vai ficar desapontado nessa região. Kuta Beach é onde o surf se introduziu na Indonésia e ainda é forte por lá. Em Seminyak, você vê o sol se pondo no mar ao som de músicos balineses, com um drink na mão, sentado em puffs na areia . Em Padang Padang Beach você fica lagarteando na areia branca e mergulhando nas águas cristalinas. Em Jimbaran, você experimenta os churrascos de frutos do mar a beira-mar. E quando quiser dar um tempo de praias, daí é pegar uma scooter pra rodar os templos espetaculares da ilha e depois seguir para Ubud, para passar quanto tempo você precisar passar no que alguns consideram, com justiça, como a melhor cidade da Ásia, que parece funcionar numa realidade a parte, alheia a qualquer coisa negativa. E quando até mesmo Ubud cansar, pegue a scooter e siga para Amed, no nordeste da ilha, para mergulhos inacreditáveis, num dos melhores sites da Indonésia, e ainda fora do radar dos viajantes a não ser por propaganda boca a boca.

Foto: Kuta Beach

 

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Foto: Templo de Uluwatu no topo do penhasco

 

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Foto: Templo de Tanah Lot

 

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Ubud é a capital cultural de Bali. Você vai lá pra fazer uma detox do mundo real. Você simplesmente está lá, e inspira o ar intoxicante da cidade. Cada rua tem algo pra ver, algum canto que lhe chama a atenção e você quer continuar olhando. Comida boa está por todo lugar. Você acorda, anda pelas plantações de café, para num templo, assiste uma apresentação de danças balinesas, toma um café, bate um papo, anda mais, come mais, e pouco a pouco você se apaixona pela cidade. Se quiser aprofundar mais, tente um dos cursos de culinária típica ou meditação. Entre no clima.

Foto: templo em Ubud.

 

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Foto: Terraços de arroz nos arredores de Jatiluwih

 

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Foto: apresentação de dança em Ubud

 

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Foto: Templo das águas sagradas

 

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Foi em Ubud que a perdição dos viajantes começou a dar as caras: bedbugs. Eles estão por toda parte em Bali e Lombok. Mesmo nas melhores acomodações, você pode acordar à noite e aquela praga estar por toda parte da sua cama. Você ouve pessoas gritando na madrugada, acordando em sobressalto e batendo histericamente a própria roupa, e sabe o porquê. As picadas coçam por dias a fio, e são dezenas delas. A saída é tentar limpar o máximo que der do lençol, se embrulhar completamente nele e no outro dia mudar de lugar. Ou sair no meio da madrugada procurando outra hospedagem,. Se você não foi picado por bedbugs, você não passou tempo suficiente na Indonésia.

Foto: Pura Besakih

 

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Foto: pelada em Ubud

 

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Lombok é a ilha vizinha a Bali, podendo chegar lá com um vôo rápido ou por barco. Menos turística, mas ainda mais espetacular, se o seu negócio é trekking. De cara, você já vê que todo o ambiente da ilha é mais dramático, com vegetação mais intrincada, topografia mais irregular, a população mais tradicional.

É lá que está o Gunung Rinjani, um vulcão ativo com uma cratera de 7km de diâmetro, com a caldeira preenchida por uma lagoa de uma cor insana que muda conforme a hora do dia, além das lendárias ilhas Gili, e as praias paradisíacas de Kuta Lombok.

De Sengiggi ou do aeroporto, levam algumas horas para chegar em Senaru, que é o vilarejo onde você pode arranjar o trekking. É uma trilha de três dias e duas noites, dificuldade moderada, que vale cada centavo. Um dos cenários mais espetaculares e impactantes da Indonésia e um dos pontos altos de qualquer viagem para lá.

 

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Em Senaru existem diversas agências pra isso, sendo obrigatória a entrada com guia na trilha, impedindo trekking independente. As agências todas parecem extremamente improvisadas, ninguém realmente inspira confiança, mas há algumas bem profissionais em geral. Depois de algumas recomendações, acabei indo com a Rinjani Experience, que acabou fazendo um ótimo trabalho. Não espere qualquer tipo de luxo ou padrões altos de higiene. Os acampamentos são pilhas de lixo, com papel higiênico jogado por todos os lados. A comida é uma bosta, mas sustenta.

Depois de 3 dias subindo, você chega na parte mais alta da cratera, a 3.736m de altura, e – como não poderia deixar de ser – vê o sol nascendo à distância e iluminando aos poucos a caldeira do vulcão, deixando a lagoa num cromo azul insano. Foto: Gunung Rinjani

 

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Foto: vista do terceiro acampamento.

 

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Foto: trilha do Rinjani.

 

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Foto: testando a “mochila” dos porters. Os fdp ainda fazem a trilha de chinelo. E mais rápido que você.

 

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E então entram em cena as ilhas Gili. Gili Trawangan, ou “Gili T”, é a lendária party island do país, que evoca bastante das ilhas da Tailândia. É pequena, toda ela podendo ser percorridas a pé em uma ou duas horas. De dia, a ilha cumpre todas as funções de praia-de-areia-branca-e-águas-azuis-e-cristalinas, com pontos ótimos de mergulho e escolas de certificação, bares de praia com chãos cobertos por puffs e colchões com narguilés ao lado, cinema a céu aberto a beira-mar, e comida a nível internacional. À noite, a ilha parece ter sido especificamente projetada para acolher alguém sob influência de LSD, com luzes coloridas e lamparinas espalhadas por todo lado, música eletrônica no ar e clima de rave.

 

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Ironicamente, todas as drogas além do álcool e cigarros são ilegais na Indonésia, com alguns casos resultando em pena de morte. Todas, exceto cogumelos. Cogumelos são tão aparentemente legalizados por lá que você encontra casas específicas para eles – bastante divertidas, por sinal –, com placas na frente de “aqui tem cogumelos”. Em Gili T, se você rodar até o lado mais afastado da ilha, você vai encontrar um reggae bar bem simpático, com cabras passeando no meio, umas pranchas de surf, e a referida placa, onde você pode tomar um shake turbinado de cogumelos com banana, que pode ou não lhe dar uma ótima recordação e histórias pra contar.

 

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Desde que pisei em Lombok, havia escutado falar de Kuta, com orlas extensas de praias de belezas dramáticas e semi-desertas. Lá, você segue o roteiro familiar de alugar uma scooter e sair percorrendo o litoral. Acabou sendo o lugar perfeito pra fechar o roteiro.

 

Foto: posto de gasolina em Kuta

 

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Foto: Kuta Lombok

 

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A Indonésia é relativamente pequena, mas a diversidade de cenários resultante das milhares de ilhas que formam o país acabam dando a ele uma dimensão gigantesca. É impossível cobrir tudo numa viagem só, e lugares como Sumatra, Komodo e Flores fazem o lugar merecer mais algumas visitas. E você fica louco para voltar.

Editado por Visitante
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  • Colaboradores

Cara, vc escreve mto bem. Parabéns! ::cool:::'>

 

Ainda estou no inicio do planejamento de uma viagem longa pelo sudeste asiático, e to pretendendo passar por exatamente esses lugares que vc citou na Indonesia, então acho q vou te amolar bastante já que é dificil ver relatos da Indonésia por aqui. rs

 

Andei pesquisando e vi mta gnt pegando tour para fazer o Mt Bromo em conjunto com Ijen Crater. Gostaria de saber com mais detalhes como vc fez pra ir por conta própria. Vc se hospedou em Malang e comecou a caminha ate o Bromo de madrugada pra ver o sol nascendo? E o Ijen, como foi o esquema? Fez por conta tbm?

 

Vi tbm que existe uma cachoeira bem legal chamada "Sendang Gile and Tiu Kelep Waterfall" que fica bem próximo ao Mt Rinjani. Vc viu alguma coisa a respeito delas durante a viagem?

 

Obrigado!

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  • Colaboradores

Daê, DSS! Valeu, cara. Pode amolar a vontade. Tamos aqui pra isso. Ahaha.

 

Então, quanto a Bromo, acabei de ver o erro. O povoado para ficar é o Cemoro Lewang, não Malang. Já corrigi lá. Ele fica quase dentro do Parque Nacional de Bromo. Você pode contratar todo o pacote de transportes em Yogya, incluindo hospedagens, o trek em Ijen, e o transporte final para Bali. O próprio hotel/hostel em Yogya pode te ajudar com isso. No meu caso, comprei o pacote por lá, só deixando em aberto Bromo, pra fazer tudo no meu tempo, já que geralmente eles fazem tudo num dia só. Eu acabei ficando 3 e meio. Você pode fazer tudo por conta também, mas isso vai exigir bem mais tempo e disposição, já que, como eu disse, transporte público lá pode ser bem caótico, e as rotas deles em geral são um inferno lá, quase inexistindo rota direta. Pra chegar em Bromo de Yogya por conta própria, por exemplo, você precisaria pegar um transporte pra Probolingo, Malang ou Surabaya, de lá pegar outro para os arredores de Bromo (nem sempre dá tempo de fazer isso no mesmo dia), arriscando perder um ou dois dias no processo em lugares que não têm muito para oferecer. Já o pacote é extremamente barato e poupa um tempo terrível, então nem compensa fazer diferente.

 

Eu realmente recomendo mais de um dia em Bromo. Como eu disse, a visibilidade é bem instável, então a chance de você ver as coisas bem aumenta.

 

Quando você estiver em Cemoro Lawang, tudo vai ser bem fácil. Você pode tranquilamente descer e andar pra Bromo, só levando uma ou duas horas. Se você encher o saco de andar todo dia, tem sempre uns caras de moto no povoado que podem te levar pra lá, e tb na base do monte, pra te levar de volta, tipo mototaxi mesmo. É só sair perguntando no meio do pessoal quem faz isso. Pro nascer do sol, a mesma coisa. Os melhores pontos são nos picos ao redor, onde você tem a visão do cenário geral, e não em Bromo. Ou você combina com alguém, ou você arruma na hospedagem mesmo um tour que leva grupos. Eu vi dois dias, um por tour, e outro combinei com um cara pra me levar de moto. O da hospedagem foi bem escroto. Os caras do tour frequentemente têm má-vontade, sempre tão com pressa, não param nos cantos legais, etc. Quando eu percebi isso, larguei mão, fiz a descida andando, parando nos miradores, e lá embaixo esperei alguém de moto passar.

 

Quanto a Ijen, acho difícil você fazer por conta. Se eu não me engano, eles exigem guia para fazer. De toda forma, você geralmente vai pra lá fazer a trilha de madrugada, no escuro, pra poder ver as chamas, e fica lá até o amanhecer. Leva algumas horas pra chegar lá em cima.

 

Quanto à cachoeira, eu não cheguei a fazer, mas é bem fácil. É uma day trip de lá.

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  • 1 mês depois...
  • Membros

Olá Danfs,

 

Incrível o teu relato! Demais, mesmo.

 

Então, queria ver contigo se lembras o nome do lugar (Hotel/ Pousada) que você ficou em Bali.

 

Embarcarei da NZ em Junho para lá em busca de ondas...e pretendemos fcar uns 5 dias em Bali, depois conhecer Gili Islands e outras ilhas que não temos certeza ainda.

 

Nossa dificuldade atual é reservar os hotéis, te agradeceria muito se conseguisse nos passar alguns contatos.

 

Valeu!!!! :)

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Olá Danfs,

 

Incrível o teu relato! Demais, mesmo.

 

Então, queria ver contigo se lembras o nome do lugar (Hotel/ Pousada) que você ficou em Bali.

 

Embarcarei da NZ em Junho para lá em busca de ondas...e pretendemos fcar uns 5 dias em Bali, depois conhecer Gili Islands e outras ilhas que não temos certeza ainda.

 

Nossa dificuldade atual é reservar os hotéis, te agradeceria muito se conseguisse nos passar alguns contatos.

 

Valeu!!!! :)

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Olá Danfs,

 

Incrível o teu relato! Demais, mesmo.

 

Então, queria ver contigo se lembras o nome do lugar (Hotel/ Pousada) que você ficou em Bali.

 

Embarcarei da NZ em Junho para lá em busca de ondas...e pretendemos fcar uns 5 dias em Bali, depois conhecer Gili Islands e outras ilhas que não temos certeza ainda.

 

Nossa dificuldade atual é reservar os hotéis, te agradeceria muito se conseguisse nos passar alguns contatos.

 

Valeu!!!! :)

 

Oi Amarr!

 

Lá em Bali, fiquei em um monte de cantos diferentes. Em Kuta, fiquei no Grannys Hostel. Em Ubud, fiquei num hostel que achei por lá... tava tentando lembrar o nome, mas não consigo. Tinha ficado no Nick's Pension, que inicialmente parecia legal, mas na primeira noite tive um problema com bedbugs na cama deles lá. Daí tem um hostel mais ou menos na rua da frente, que foi a salvação. Não tou conseguindo achar o nome dele aqui, porque entrei meio que sem reserva, daí não tenho nada registrado. Em Amed foi a mesma coisa. Daí voltei pra Semniak e fiquei no M Hostel.

 

De todo jeito, é uma ilha grande. Dependendo do que você vai fazer lá, vai precisar ficar em vários lugares diferentes.

 

Todos esses hostels que passei podem ser encontrados no Hostelworld.com ou no Booking.com.

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  • 9 meses depois...

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