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Portugal na Primavera - viagem por conta própria, de 21 maio a 10 jun 2016 - primeira parte


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Em retribuição aos mochileiros e suas dicas maravilhosas, registro aqui um resumo da minha viagem com minha filha e uma amiga, por Portugal.

Fomos de TAP, com custo de passagem de R$ 2.400,00 ida e volta. Partida de Brasília, dia 20 de maio, as 17.30, chegada a Portugal por volta das 6.30 da manhã dia 21 - diferença de fuso - 4 horas, horário de verão lá. Viagem de cerca de 9 horas, excelente, a gente vai vendo filmes, cochilando, comendo....

 

Roteiro - vocês vão observar que foquei em restaurantes e hospedagens. Fiz isso porque penso que as visitas a museus e monumentos estão em guias, folhetos. As pessoas escolhem com seu foco, monumentos, teatros, igrejas, castelos, enfim, são informações mais disponíveis. E também não sou boa fotógrafa... quis fazer um roteiro que fosse mais prático. E tenho absoluta curiosidade pela culinária, embora coma pouco em quantidade... sou beliscadora::lol3::

 

Lisboa - 3 dias

Óbidos - 1 dia

Porto - 2 dias - com passagem em São Tomé de Negrelos(Escola da Ponte)

Régua - 2 dias (com Santa Marta de Penaguião - quinta Senhora da Graça, uma maravilha)

Aveiro - 1 dia - com passagem em Alcobaça

Lisboa - retorno 2 dias

Vila Nova de Milfontes - 2 dias,região do Alentejo, ao Sul

Portimão - 2 dias, no Algarve, com passagem em Odeceixe

Arraiolos - 1 dia (fugindo de Évora, que estava lotada pela festa das fitas)

Lisboa e arredores - 3 dias

 

LISBOA - 21 a 23 de maio 2016

- reservamos os três primeiros dias para Lisboa e planejamos apenas mais três dias - um dia em Óbidos e dois em Porto. A partir daí, o planejamento era de véspera. Isso é possível na primavera, não tente fazer assim no verão, porque na alta temporada tudo sobe de preço. Entre 7 e 9 de junho, os hoteis, no Booking, tiveram um aumento de mais de 50%.

Em Lisboa, não alugue carro, estacionamento é difícil, caro e não vale a pena. O transporte público é excelente, e você pode comprar passes da Carris, que valem para os elétricos (bondes), metro (metrô), ônibus, elevador da Augusta, etc. Há passes variados, vc se informa na compra. Táxi não é caro, tb. Do aeroporto para o Centro, vc vai gastar cerca de $ 10 euros.

Na chegada, compre um cartão de dados da Vodafone, para ter acesso a internet, especialmente ao GPS. Ha cartões por cerca de 15 euros com validade de 7, 15 ou 30 dias e 5gb. Tb se pode optar por voz e dados.

Primeiro dia - como ficamos hospedados via airbnb, num flat em pleno Chiado, nos deslocamos a pé para o Cais do Sodré, onde almoçamos no mercado da Ribeira, há balcões de chefes renomados, com comida a preço acessível. Optamos por bacalhau a Lagareiro e Barriga de Porco Confitada, do chefe Alexandre Silva, onde compramos também um tinto reserva Vinhas Velhas. O almoço só se serve a partir de meio dia e trinta, aproximadamente, e vc compra e se senta em balcões coletivos.598dd8ec2f518_alexsilva.JPG.a181a72cd129564cb3278a2fa1bce65b.JPG

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Recomendo NÃO comprar o pastel de bacalhau no quiosque do mercado, não é bom.

Em seguida ao almoço, pegamos o comboio (trem de superficie) para Belém, mas era um dia frio para a primavera, ventava muito. Visitamos o Padrão do Descobrimento, subimos ao miradouro (mirante).598dd8ec38809_belempadrtan.jpg.f3021f05b799df3b1cc89e71540c1182.jpg

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Desistimos da Torre de Belém pq ventava demais. Atravessamos por um túnel a partir do padrão para o Mosteiro dos Jerônimos, visitamos apenas a igreja, que é free e não havia fila. Belíssima, vale a visita, inclusive pelo túmulo de Vasco da Gama.

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De lá, saímos para a famosa loja dos pastéis de Belém, que é próxima e garanto, não se encontra pastéis de nata como aqueles em todo Portugal. Compre para viagem, se não quiser enfrentar a espera por mesas.

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Pegamos um táxi por 15 euros para voltar ao Chiado, mas isso incluiu uma parada no mercado Pingo Doce, para comprar uns itens de lanche e café da manhã, já que nossa diária não incluía pequeno almoço. Mas nossa anfitriã tinha todos itens de cozinha para nós, e cortesias, inclusive um café solúvel surpreendente.

Nosso primeiro dia, exageramos um poucos nos gastos, mas nos mantivemos no planejamento de 100 euros dia.

Vamos ao gasto somado das três, em Euros

Hospedagem - $ 94

Taxi aeroporto - $ 25 (porque foi agendado, seriam uns 10 euros se fosse o comum)

Pastéis de bacalhau no mercado (ruins) - $ 9

Almoço $ 22

Vinho $ 26 (há mais barato, por 16, escolhemos um reserva)

Comboio - 4,80

Entrada Padrão do Descobrimento - $ 12

12 Pastéis de Belém - 12,60

Táxi Belem Chiado - $ 15

Cartão Vodafone - $ 15

Compras no Pingo Doce - não anotei ::dãã2::ãã2::'>

Segundo dia

Café da manhã em casa

Saímos à pé, fomos direto para o Café à Brasileira, tirar a clássica foto ao lado da estatua de Fernando Pessoa. Não percebemos que havia serviço de mesa e pagamos o primeiro mico ao comprar dois expressos e um quiche por $ 2,60 e sairmos para a esplanada. Não se pode fazê-lo, pq o preço é diferente e sequer aceitaram que pagássemos a diferença... ok, mais atenção na próxima. Leia os cartazes, os portugueses são literais e também capricham com os brasileiros pq sabem que fazemos piadas de mau gosto a respeito deles. Mas tive minhas vinganças ao longo da viagem, como verão.

Tiramos nossa foto598dd8ec534cc_cafeabras.jpg.5c7f115655bfc6db5e3234ca45e5e032.jpg

Passamos na livraria Bertrand, onde compramos uns postais.

Então, fomos bater perna pelo Centro, andamos pela Praça Pedro IV e fomos almoçar. Aqui, um novo mico. No Bella Pasta, vimos anuncio de paella, pedimos duas por $ 30 euros. É paella fast food, não que estivesse ruim, mas foi uma decepção, trata-se de um fornecedor de paellas, elas vem prontas... aff. Enfim, nunca mais. Para esquecer a decepção, duas long neck da Sagres por $ 6, um suco de laranja por $ 3,80, um profiteroles e mais $ 2 euros de gorjeta, total da conta $ 42.

Continuamos a bateção de perna, Rua Augusta, Arco, onde tem uma vista bacana por um preço legal, acho que um euro, andamos pela Praça do Comércio, fomos até a estação, para usar o banheiro público ( $ 0,50 centimos de euro por pessoa). Seguimos a pé em direção a Alfama. Sempre usávamos o GPS no modo pedestre e fomos seguindo, procurando um miradouro chamado Portas do Sol, que nos fora recomendado em nossa chegada, pela recepcionista do flat que alugamos. Claro que eu também havia lido postagens aqui e mais dois guias - um de Portugal e um de Lisboa. Mas não planejei passo a passo, porque férias é pra se perder, especialmente numa cidade como Lisboa. Passamos por becos e ladeiras e lá chegamos. Tomamos dois expressos e uma long neck, por $ 3,60 num quiosque, uma vista fantástica.

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Muitos tuk tuk, uma algazarra, gente cantando e dançando... vento frio, mudamos para um restaurante chamado Cantinho. Segue a comilança. Fomos de pastel de bacalhau com e sem queijo, três tulipas de Imperial (chope) e uma sopa de tomate muito boa. Pagamos $ 17,30. Ora, estavamos ali sentados e vimos a placa indicando o Castelo de S Jorge. Pois nos metemos pelas ladeiras e becos novamente e chegamos ao Castelo. Essas brasileiras... mesmo avisadas que faltava menos de uma hora para fechar, compramos os ingressos a $ 8 euros por pessoa e lá fomos. Vento frio, compramos taças de vinho tinto num quiosque lá dentro e depois de andarmos um tanto, nos quedamos a esperar o por do sol. Lindissimo, vale a pena....

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Devidamente expulsas por um guarda, lá pelas oito da noite, pegamos um táxi por $5 euros, para andar poucos metros, mas estava escuro e há má fama de batedores de carteira por ali, mas Portugal é muito seguro. Enfim, chegamos em busca do tal fado vadio, que eu pesquisara no google mas o bar indicado tinha uma briga na porta, um empurra empurra. Procuramos um local mais tranquilo, enfrentamos o frio na varanda com a promessa de que o fadista viria lá fora em algum momento. Veio nada, mas jantamos bem. Um porco à alentejana (cozido com ameijoas, muito bem servido, dá pra duas pessoas), repetimos o bacalhau à lagareiro (com batatas assadas), couvert e uma garrafa de vinho tinto do Alentejo, tudo por $ 50 euros. O couvert é sempre trazido e normalmente consta de pão maravilhoso, latinhas de patê de atum ou sardinha, azeitonas. Não te perguntam, mas se vc não consumir, não paga. Ora, sempre se consome, pq bater perna dá fome. Nesse dia gastamos bem menos, uns 75 euros por pessoa. Não anotei o nome do restaurante...

Terceiro dia - tomamos café em casa, saímos tarde, já perto das onze horas, batemos perna pelo centro e procuramos um restaurante ali pelos becos próximos a rua Augusta. Escolhemos o restaurante Castiço, onde o menu turístico era $ 12,50 por pessoa, incluindo entrada , prato principal, sobremesa e café. Eu e a filha fomos de Porco a Portuguesa (cozido em cubos) com batatas cozidas (molho maravilhoso, do porco) e Lulas grelhadas com batatas fritas. Nunca com assuste com a palavra fritas, é sempre feito em azeite, muito leve. Nossa amiga, que comera o porco na noite anterior, estava meio indisposta e tomou uma sopa por.... $ 1,80. Nossa conta total deu $ 28,40.

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Daí, tinhamos um item obrigatório: pegar o electrico 28 até o campo de Ourique, onde batemos perna, entramos no mercado onde tomamos sorvete, café, creio que por uns $ 5, compramos um passe 7 colinas numa lojinha para usar o 28 na volta e o elevador Santa Justa. Descemos em Alfama, perto da pensão Nova Goa, novo café, um salgado de camarão, uma sopa alentejana (caldo de legumes com pão dentro), mais $ 5.

Descemos a pé para a rua Augusta e ulalá... o melhor pastel (bolinho) de bacalhau de todos, na Casa Portuguesa do pastel de bacalhau. Escolhemos com queijo da Serra da Estrela, mais uma taça de vinho branco, mais $ 15 euros. A dupla é perfeita, tacinha de vinho branco fresco e pastel ... fica ao lado da famosa São Nicolau, onde não fomos com a cara e optamos pela sua vizinha. Dez.

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::otemo::

Indo para casa, para nossa última noite em Lisboa, nessa primeira parte da viagem, usamos nosso bilhete para subir no elevador Santa Justa. O passe 7 colinas não dá direito ao mirante, mas estava fechado mesmo, já passava das 9 da noite. Subimos e seguimos a pé para a travessa da Portuguesa, onde fica o flat onde ficamos hospedadas. Alias, 94 euros a diária para as três, valeu a pena, porque havia dois quartos e dois banheiros, e fica muito bem localizado. Ladeirão, mas tudo bem.

Nem usamos o ascensor da Bica que passa bem ao lado do flat.

 

Quarto dia - partindo rumo a Óbidos e Porto

Logo que chegamos a Lisboa, reservamos um carro. Eu recebera um e-mail da TAP e quando vi o preço, achei que era pegadinha. Não era. Alugamos para o período 24 a 30 de maio, por algo em torno de R$ 497,00, km livre e seguro básico. Acontece que como eu comprara a minha passagem com cartão Visa, além do Seguro de Saúde, eu também tinha direito ao seguro complementar do carro. Tive problemas pq esqueci a senha do site do seguro e não consegui recuperar, mas depois descobri que pode ser acionado depois, se necessário (e não foi... graças), já que eu tb alugara o carro usando o cartão. Ufa. Deixei a pré autorização, no cartão de crédito, fiz um deposito de $ 10 euros para o via verde, que é o passe automático para as dezenas de pedágios que existem... mas vale a pena, estradas otimas, seguras e com ótimos parques de serviço. Lá fomos, rumo a Óbidos. Eu alugara, pelo Booking, a tal Casa Azul de Óbidos, que fica numa periferia próxima. Novamente, duas casas de banho ( bah, um banheiro para três pessoas eu acho desconfortável), bem equipada, limpa, praticamente três andares. Foi ótimo e barato. $ 60 euros para nós três.

Chegamos já de tardinha, porque paramos para almoçar no restaurante Mar do Inferno, em Cascais. Comida boa demais, foi uma indicação ótima recebida pela minha amiga. Gastamos $ 45 mais 5 de gorjeta e comemos muito bem: água mineral grande, uma cerveja, queijo de entrada, Gambas do Chefe, Filé de pescada, arroz. Os pratos ficam na média de 16 euros, os mais simples. Pedimos dois para três e foi suficiente. O garçom, o Evaristo, foi muito atencioso. E a vista é de enlouquecer, o mar batendo nos rochedos.

Em Cascais, antes de partir para Óbidos, batemos perna na beira mar e visitamos o museu local.

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Voltando a Óbidos, à noite saímos para jantar, num restaurante na rua Direita, 36, acho que é Vintage o nome. Caramba, uma salada de polvo maravilhosa por $ 6,75 e medalhões de frango por $ 10,75, mais duas sopas de legumes por $ 5, uma água por $ 1,50, três taças de vinho tinto por $ 7,50 e mais uma garrafa que levamos por 8,50. Claro, uma ginja no copo de chocolate por $ 1.

Coloco os preços porque as pessoas sempre perguntam muito. Mas lembrem-se: quem converte, não se diverte! ::lol4::

Passamos num mercado, levamos pão, queijo, broas, iogurte e água para o café da manha, e ainda conseguimos um pouco de pó de café do expresso, pq era tarde e o mercado mesmo estava fechado, compramos no bar anexo. Gastamos uns $ 7 euros.

Quinto dia - de Óbidos a Porto

Dia seguinte, tomamos café, já tínhamos pago a hospedagem em $ na entrada, colocamos a chave na caixa do Correio ::lol3:: e fomos bater perna em Óbidos. Visitamos as muralhas, a igreja central e o Museu Municipal, onde conhecemos a personagem central da cidade, Dona Josefa de Óbidos , mulher corajosa para sua época. Abandonou o convento onde fora colocada e partiu para a arte, seguindo os passos do pai. Pena que o museu tem uma única pintura dela.

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Deveríamos seguir para Porto e fomos almoçar num lugar que pesquisaramos no google com comentários bem humorados, pelo seu nome: Covão dos Musaranhos. O GPS nos levou certinho, fica na beira de um lago onde teriam vivido ou ... vivem... os seres fantásticos, meio homem e meio peixe... os tais musaranhos. Bom atendimento, comida honesta e bem servida. Ai que vontade de tomar uma tacinha de vinho, porque o frio continuava ::Cold:: , mas, dirigindo, nem pensar. Então fomos eu e a filha de Robalo por $ 17, a amiga de Bitoque de vaca por $ 7 (nosso pf, com carne, arroz, salada, fritas e às vezes ovo) e mais três sucos de laranja. A conta total ficou em $ 34.

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Seguimos para Porto, onde ficamos no Hotel Miradouro, nossa última reserva feita ainda no Brasil. Pagamos $ 140 pelas duas noites. O hotel tem uma vista maravilhosa, vale o nome. É muito antigo, nosso quarto era muito confortável, um triplo com camas individuais, mas havia um cheiro leve de carpete que foi lavado e demorou a secar, sabe como é? A vantagem, além do café da manhã que é bom (ou pequeno almoço como chamam), é o atendimento cortês e .... estacionamento próprio.

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Deixamos as coisas, nos arrumamos que estava frio à bessa e partimos para a Ribeira, onde há dezenas de restaurantes com mesas ao ar livre, na beira rio. Sentamos , compramos uma garrafa de vinho tinto, um couvert completo e duas sopas por $ 34.

Sexto dia

Dia seguinte, fomos bater perna, conseguimos estacionar bem pertinho da belissima catedral, onde tive a sorte de assistir a um trecho da missa com um coral de vozes masculinas muito bonito. Saímos a pé, fomos conhecer a estação São Bento e almoçamos por ali. Eu queria muito experimentar a tal francesinha. É prato pros fortes, um sanduiche com pão de forma, cheio de presunto, linguiça, carne, coberto por muito queijo e um molho de tomate fantástico. Pedi com fritas, por $ 7,50, dispensei o acréscimo do ovo, que já seria demais. Minha filha foi de bifinho de peru com arroz e salada, por $ 4,80 e a amiga foi de filé de pescada pelo mesmo preço. Mas conseguiu uma amostra da tal alheira (uma linguiça saborosissima) por $ 2 euros.

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Não poderíamos deixar de fazer o passeio de barco pelo Douro, certo? Que decepção. Compramos os ingressos para o cruzeiro de uma hora, por $ 15 por pessoa, que inclui uma visita de degustação numa cave, em Vila Nova de Gaia, do outro lado da Ponte. Pois o passeio não tem guia, nem uma mísera gravação explicando a paisagem. Puxa, poderia ter uma fadozinho como música ambiente... nada.... Que coisa sem graça. Nem usamos os ingressos para as caves.DSC02514.JPG.2e9d6cd74cca5c2ac2ebca5e99c5a828.JPG

À tarde, resolvemos fazer um farofão. Passamos no mercado, compramos três garrafas de vinho, duas águas, pastel de pato, charuto de legumes e um salgado misto por $ 16 euros e fomos para a foz do Douro, fez o poro do sol. Aff, que programa maravilhoso. Sentamos num banquinho e ficamos lá, tomando vinho, beliscando e tirando fotos.

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Sétimo dia - de Porto a São Tomé de Negrelos para visitar a Escola da Ponte

Partimos rumo a São Tomé, que fica a uns 40 km, onde a filha tinha agendado uma visita à Escola da Ponte, uma experiência exitosa de escola libertária, pesquise se o assunto lhe interessa, é fantástico. Pegamos nosso único engarrafamento, por conta de obras na estrada, mas chegamos a tempo. Enquanto ela visitava a escola, ficamos andando nos arredores, tomando café e descobri que havia uma festa popular naquela noite ali. Mas não havia hospedagem próxima. Nos conformamos em partir para Régua, onde no dia anterior haviamos reservado pelo booking hospedagem nos arredores, em Poiares, na Casa da Vinha Grande. Pedimos informações em S Tomé e fomos almoçar no Cantinho do João. Uau, fomos no menu do dia, um arroz de pato carregado no cominho, maravilhoso, uma jarrinha de vinho, água, café expresso. Conta total: $ 15 euros. Nossa, que pedida, hein.

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Pegamos o estradão para Régua, tempo frio e chuvoso, o gps nos levou certinho à Casa da Vinha Grande, que não tem vinha, é hospedagem simplérrima, mas a Sofia, ah, a Sofia, nos deu dicas preciosas para Régua. A hospedagem para 3 ficou em $ 50. Nada de visita àquelas caves turísticas. Primeiro, nos indicou um restaurante em S Leonardo de Garafura, onde a vista nem precisaria vir acompanhada de uma comida maravilhosa. Nossa, comemos cabrito e bacalhau ao forno, tomamos vinho, atendimento maravilhoso por R$ 47 euros. Até abriu um solzinho por uns minutos e nos brindou com um arco iris.

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Oitavo dia - em Régua

Dia seguinte, nossa anfitriã nos indicou visita à Quinta Senhora da Graça. Eu voltaria a Portugal só para ficar lá na quinta, conversando com Seu Manoel e Dona Luísa. Recomendo demais. Fica em Santa Marta de Penaguião, pertinho de Régua, eles estão no facebook. Se for a Régua, reserve uma tarde para a visita. Agende para almoçar lá, comece com uma conversa deliciosa com Seu Manoel, seguida de prova de vinhos excelentes, da quinta, cujo enólogo é o Vasco Valente, filho dele e seu orgulho. Depois, se não estiver em grupo grande, é provável que tenha a sorte de ser recebido na cozinha mesmo... Nós nem tinhamos agendado o almoço, mas fomos ficando e acabamos implorando por ele. Dona Luisa não se fez de rogada, fomos para a cozinha e ela fez jus aos elogios que o marido enamorado lhe fizera - umas alheiras ao forno, umas batatas cozidas, uma salada verde. Dos Deuses. Isso, depois de termos experimentado vinho branco e tinto, azeitonas suculentas, pão divino com um azeite deles, produzido para consumo da família, uma conserva de sardinha como nunca vi, acho que se chama Pinhais e é de Matosinhos, unico lugar onde se encontra à venda. Um creme bruleé encerrou , com brilho. Se forem a Régua, busquem se hospedar na Quinta, tem três suites muito boas, eles cobram $ 65 euros por dupla. Compra-se o tinto por $ 10 euros e não vou contar o preço da degustação mais almoço, porque tivemos um desconto, devido a improvisação. Mas o preço normal já é fantástico - $ 15 por pessoa.

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Seu Manoel é também um poeta, nos contou desde sua ida para a Guerra da Guiné, sua história na vinha que herdou do avô e sua preocupação porque cada vez mais o processo de herança vai dividindo as terras. Não se consegue viver de plantar e vender a uva para as grandes produtoras, ou se tem um vinho próprio ou não se sobrevive.

Nosso melhor programa, em Portugal, com certeza.

 

Nos sugeriram parar em Aveiros, antes de nosso retorno à Lisboa, porque minha filha voltaria antes ao Brasil. Lá fomos, reservamos de última hora hospedagem no residencial João Capela, que fica bem pertinho do centro mas tem ares rurais. O atendimento inicial não foi lá muito cortês, mas o restaurante do local valeu. Música ao vivo, buffet bom de comida, jantar com vinho, tudo, $ 45 euros. A hospedagem ficou em $ 53.

Nono dia

Dia seguinte, fomos bater perna pelo centro histórico, mas não nos animamos a andar nos barcos (moliceiros) que fazem a fama de Aveiro, a chamada Veneza portuguesa. Estava ainda frio, almoçamos eu e a filha uma salada e um bitoque de frango, por $ 12,80, enquanto a amiga foi numa casa especializada no porco de barradas, iguaria que ela queria degustar desde que saiu do Brasil. Claro que fomos experimentar os ovos moles de Aveiro, um doce feito com gema de ovos envolvidos em... hóstia. Perfeitos com um expresso.

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Pegamos a estrada, com nossas tradicionais paradas nos postos do Tangerina, excelentes, onde sempre tem um bom expresso... rumo a Lisboa, mas a filha teimou para uma pausa em Alcobaça e lá fomos nós... caramba... sempre atrás de restaurantes... descobrimos o tal Antonio Padeiro, depois do gps nos pregar peça por mais de meia hora.

Maravilhosoooooo. Pedimos perdiz na púcara e lulas grelhadas... Gastamos $ 43,40 , amamos

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e... estrada rumo a Lisboa, onde reservaramos um triplo no residencial Mar dos Açores. Cortesia inicial zero, mas enfim... muito limpo e confortável, ficamos num ótimo triplo com banheiro. Estava vazio e pudemos usar, se necessario, os banheiros coletivos, também. Impecavelmente limpos. R$ 53 euros, sem café da manhã. Qualquer extra, muito caro, imagine, uma ligação a cobrar por 4 euros. Uma folha impressa, 1 euro. Até pra chamar o táxi, se cobra. Mas... a localização é boa, perto do aeroporto, onde eu ia devolver o carro. Consegui usar o estacionamento proximo sem custo, porque o horário permitia uso livre. Como o gps novamente nos deu voltas, na chegada, no dia seguinte contratei um táxi e fui seguindo até o aeroporto. kkkkk. Paramos para abastecer, enfim. $ 10 euros. Mais $ 28 de pedágio adicionais, na devolução do carro. E minha filhota partiu para o Brasil.

A segunda parte eu publicarei depois...

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