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Atacama- 7 dias, 6 pessoas e uma doblô


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O Atacama, seja para você conhecer de carro ou de avião, da para fazer tudo em 5 dias. Porém, de carro, apesar do tempo corrido na estrada, você ganha de brinde as paisagens, assim como as belas Cataratas do Iguaçu, o noroeste da Argentina, e a Cordilheira dos Andes.....Aí você vai voltar com um ar de desbravador do mundo.

 

Nossa História começa de carro após sair do Estado de São Paulo, pela cidade de Ourinhos ingressamos ao Paraná, buscando a cidade de Londrina e finalizamos nossa saída no Brasil pela cidade de Foz do Iguaçu, entrando na Argentina por Puerto Iguazu, a primeira cidade que conhecemos na província de Missiones, que ainda mantém os traços do Brasil, porém já com um ar Argentino.

 

Atravessamos toda a Província de Missiones, para chegar a sua capital Posadas, e o que vimos foi uma Província coberta de muito Pinheiro, gado e ovelhas, e com rios com pouca água. Contudo, a estrada de pista única era bem sinalizada e bem conservada.

 

A cidade de Posadas nos chamou atenção pelas reformas que estão sendo executadas, que acredito, vai melhorar o trânsito caótico e mal organizado. E lá que aconteceu o nosso primeiro transtorno, o de conseguir uma casa de câmbio, já que a única da cidade está sempre lotada pelos Argentinos que querem trocar pesos por dólare.

 

Na sequência, partimos para a Província de Corrientes.

 

O visual da estrada, apesar de ser uma reta única, mudou as características das laterais sendo que o verde dos Pinheiros deu lugar a nada, algumas Fazendas com gado, ovelhas e pouca coisa voltada à Agricultura. Porém, começam a desaparecer os postos de combustíveis, presentes somente nas Capitais ou grandes cidades que são poucas.

 

A capital Corrientes é linda, bem organizada e com a Ponte General Belgrano em todo o seu esplendor, sendo o cartão postal da cidade sobre o Rio Paraná, e com turismo voltado para Pesca, turismo rural nas fazendas e uma cidade típica Argentina, com cassinos, muitas empanadas e acreditem, com somente uma casa de câmbio, ou seja, mais dificuldade para troca de pesos também.

 

 

CONTRATEMPOS E DESCOBERTAS

 

De Corrientes ingressamos na Província de Chaco. Na minha opinião a mais pobre em relação a manutenção das estradas e, pasmem, em 50% dos postos de combustíveis o produto estava em falta. Ou quando tinha era racionado, fazendo filas gigantescas para abastecer, isto nos assustou a ponto de nosso veiculo rodar na reserva por 2 vezes, mas atravessamos a Província, em um nada de pista sem acostamento, alguns remendos mal feitos e principalmente cidades minúsculas à beira da estrada desertas.

 

Conseguimos encontrar uma cidade de pequeno porte com um nome um pouco impopular Pampa Del Inferno. Para nós, porém foi o céu, sendo a única cidade que tinha algum lugar que pelo menos desse para passar a noite – além de um posto de combustível um pouco maior, mais decente.

 

De lá, entramos na Província de Salta.

 

Na minha opinião, é a Província com melhores estrada. Apesar de não ter acostamento, a pista tinha bom estado e uma reta só até à capital de mesmo nome, com boa estrutura, uma atenção religiosa bem grande e com ônibus para Turismo com 2 andares, para conhecer os pontos turísticos e memoriais das batalhas para libertar a Argentina dos Espanhóis. A vista da cidade muito bonita. Apesar do calor insuportável, o lugar e bem bacana.

 

A Província seguinte foi a de Jujuy,. Nela ficamos entusiasmados, com os olhos estalados de tanta beleza. É a porta da Cordilheira dos Andes, sendo que a Capital San Salvador do Jujuy é uma cidade simples e aconchegante.

 

 

Mas é em Urubamba que se sente um desbravador do mundo, desvendando os mistérios da Cordilheira dos Andes.

 

A cordilheira, embora linda, estava com visual desprovidos de água, devido à falta das geleiras, o que não impediu de, emocionados, pararmos inúmeras vezes para tirarmos fotos. Se sente que a mão de Deus abençoou o lugar com vistas maravilhosas.

 

 

EXUBERÂNCIA

 

Encontramos inúmeras Alpacas,ovelhas e vicunhas atravessando a pista, o que pede uma velocidade reduzida e, é claro, que o vento ajuda a fazer isto, segurando o veiculo até em momentos de descida. Todavia, quando achamos que as belezas estavam se esgotando, eis que chegam as Grandes Salinas, com um ar de que o mundo já existe realmente há muitos anos, e que a Natureza se vangloria de tanta exuberância.

 

As grandes Salinas, além do visual estonteante, têm os vulcões que deixa a gente meio que perdido de tanta beleza.

 

Finalizamos o trajeto na Argentina, na Fronteira, com um presente de um visual no meio do nada em Pasos de Jama, uma placa que estávamos a 4170 metros acima do nível do mar. E seguimos para a Aduana, que apesar da rapidez do atendimento dos policiais federais, a gente ficou um pouco no local para carimbar nossos passaportes rumo ao Chile.

 

Entramos no Chile à procura da Aduana da Fronteira, porém o que vimos foram os vulcões nos rodeando e dando o ar da graça, e novamente algumas Salinas e Lagos maravilhosos. Assim, cruzamos toda a Cordilheira do lado Chileno, sem encontrar a Fronteira, e o que constatamos foram inúmeros burrinhos, muitas vicunhas e Lhamas soltas no meio do caminho, à vontade pastando o nada, ou seja, quase nada no terreno vulcânico à nossa frente.

 

A fronteira do Chile nos decepcionou por causa da muita desorganização, uma fila imensa com crianças, idosos, e também nós em fila única, com mais de 2 horas de duração, para 2 pessoas atender com muito pouco gosto, nos passar para outra parte para autorizar a entrada do veiculo, onde pegamos mais outra fila e, finalmente, a última, para que o Ministério da Agricultura autorizasse nossa entrada no pais.

 

O que nos chamou nossa atenção porque, em outra ocasião que conheci a região Sul e Santiago do Chile, sempre foi muito bem organizado. Mas ali, infelizmente, deixou a desejar. Entretanto, ingressamos no Chile.

 

Eis San Pedro do Atacama, a 2240 metros acima do nível do mar, uma cidade simples, sem nenhuma rua com asfalto, casas feitas de tijolos rústicos, sem laje e telhas francesas, dá o ar da graça pela simplicidade e pela quantidade de pessoas simples, com trajes à vontade e com ar de estilo de vida diferenciado, poucos veículos, sem necessidade de policiais e cães. Aliás, os soltos andam pela rua, o que no fez apelidar a cidade de San Pedro do Atacães.

 

As pousadas rústicas, com o mesmo material dos tijolos, o chão com madeiras serradas e pedras vulcânicas, todas dispõe de um café da manhã bem simples, e algumas com as duchas dos chuveiros com pouca água e até com água fria, porém em praticamente todas você encontra cama Box, boa roupa de cama e algumas até com piscinas.

 

 

O que chama a atenção em San Pedro é o preço dos bens de consumo, como água, por exemplo, vendida a 3 dólares a garrafa. A alimentação, tirando os menus que compõe a entrada, mas sim o prato principal, à base de cordeiro ou salmão, e sobremesa; fica na faixa de preço de 13 dólares por pessoa. Comida a la carte é sempre com um preço alto, assim como os passeios cobrados nos valores em dólares. Daí o nosso segundo apelido para a cidade: San Pedro do Atacaro.

 

 

CADA CENTAVO É GARANTIDO

 

 

Porém, chegam os passeios e se percebe que vale a pena pagar o preço.

 

Geisers que soltam vapor e jorram água a 2 metros de altura, sendo que você esta a 4400 metros t de altitude. A temperatura da água que sai dos geisers varia de 25 a 30 graus, e cai para -5 ou -8 no verão, chegando a -20 e -30 no inverno aos pés do vulcão Licancabur. Você se sente em outro planeta.

 

A Laguna Cesar também surpreende porque dá a impressão de estar flutuando, aparentemente, como no Mar Morto por causa do excesso. O visual fica mais esplêndido com os vulcões à frente. Depois, na laguna dos Flamingos, é possível curte as aves chegando aos poucos para se alimentar das artemias, e ficando rosa aos pouquinhos, com um jeito de lugares longínquos.

 

Há ainda o Vale da Lua e o Vale da Morte com a característica de região vulcânica, e aparenta estar mesmo na lua ou outro planeta pela beleza da vista e das pedras vulcânicas, que fazem cavernas e passagens subterrâneas . Ao final dos passeios você sente que valeu cada centavo gasto no local, e com vontade de voltar mais uma vez. Daí o ultimo apelido à cidade: San Pedro Atalindo.

 

O retorno foi fantástico, com a volta pela Cordilheira, que ainda gerou muitas fotos e ficamos imaginando que com neve deve ser mais lindo ainda, parada nas cidades argentinas e uma ultima parada nas Cataratas do Iguaçu, que faz parte das 7 maravilhas da Natureza no mundo.

 

Visitamos a Usina de Itaipu, que chama a atenção pelo tamanho e eficiência em gerar energia, e retornamos felizes para a casa com um ar de quero voltar novamente... e de que vale a pena viajar com seu próprio carro porque, alem da economia gerada, você ganha de brindes imagens que jamais poderiam ser vistas se estivesse dentro de um avião.

 

veja mais em nosso blog: http://expedicoesmguacu.wordpress.com

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