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Canion del Colca sem agência/guia


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Car@s mochileir@s,

 

compartilho o registro dessa experiência que tive numa viagem de 28 dias ao Peru no mês de abril de 2013. Fiz o trekking com meu companheiro Gigio. Existem inúmeras opções de trekking no Canion, nós optamos pelo clássico circuito de dois dias e uma noite em Sangalle. Todos os tempos de trilha do relato foram cronometrados e não levam em conta as paradas.

 

Dormimos em Cabanaconde, na noite anterior ao início da trilha mas também é possível sair de Arequipa no ônibus das 3:40 (ou em outros que saem do terminal terrestre) para Cabanaconde e pedir para ‘bajar‘ no mirador San Miguel (início da trilha). O ônibus passa nesse ponto da estrada umas 9:45, não se preocupe, o motorista vai saber, e com sorte (ou azar), haverão grupos e vans no local.

 

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Mapa do canion

 

 

DIA 1


No nosso caso, como dormimos em Cabanaconde, pegamos o ônibus das 6:30 para Chivay e paramos na Cruz del Condor. Às 9:30 pegamos o ônibus que estava vindo de Arequipa para Cabanaconde e descemos no ponto do mirador San Miguel para iniciar a trilha.

 

No Mirador San Miguel (3413 mts) há um campo a beira do Canion. Se você buscar uma vista do canion vai conseguir ver onde começa a trilha até o próximo pueblito San Juan de Chucco (2300 mts), do outro lado do Cânion.

 

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O caminho é bem aberto e marcado, não tem erro, a maior parte exposto ao sol então passe protetor (inclusive labial) e leve chapéu.

 

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A trilha é uma forte descida até o nível do Rio Colca que corta o canion. Registramos 1:55h até a ponte que cruza o rio. 


 

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- Trechos da trilha de descida -

 



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- Trecho mais próximo do rio Colca, ao fundo a ponte que o cruza -

 



Fizemos uma pausa nas pedras que ficam sob a ponte do Rio e aproveitamos sua sombra. Molhamos os pés no gelado Colca para nos refrescar da descida quente e seca.

 

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Atravessando a ponte, subimos um pouco até San Juan de Cuccho, lá pode perguntar para qualquer local a trilha para Cosñirhua (2660). Essa é uma dica que dou, sempre perguntar para os locais, é uma forma de conversar também, interagir além de conseguir informações ricas para suas caminhadas.
Nesse ponto há o opcional de subir mais e ir até Tapay, que dizem ser um bonito pueblito, mas acredito que neste caso não seja possível pernoitar em Sangalle.



 

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- subida logo após a ponte que atravessa o Rio Colca -

 

Seguindo para Cosñirhua a trilha fica menor mas continua bem marcada, a paisagem seca é substituída por um verde mais intenso. Há pontos de trilha molhada.

 

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Esse caminho vai margeando um afluente do Colca até que há uma ponte para atravessá-lo e então, uma subida pesada de 25 minutos.

 

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Após a subida chegamos a Cosñirhua, seguimos reto por 20 minutos até Malata, próximo pueblito.

 

Depois de Malata a trilha segue por baixo. Formos alertados pelos locais de que deveríamos seguir a trilha que descia e não a mais alta de um morro que fica no horizonte pois essa mais alta leva à carretera. Seguimos por baixo paramos para comer uma manga delícia.

 

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- Malata -

A descida total para Sangalle durou 1:10 e quase chegando há uma cachoeira muito bonita do outro lado do canion.

 

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- Trilha até Sangalle -

 

Já era fim de tarde quando cruzamos o rio Colca novamente e chegamos em Sangalle, conhecido também como Oásis. Uma marcação nas pedras, que vinha desde o mirador San Miguel indicava 18 km percorridos. 

Sangalle ou ‘Oásis’ são três ‘hospedagens’ num local onde dizem ter águas termais. Achei que o lugar não vale a fama que fazem dele no canion. Encontramos piscinas sujas de águas ‘termais’ frias e gramados com muito lixo espalhado.

 

DSC_0051.JPG?tsid=20130502-171130-74910f12 - lá embaixo o ‘oásis’

 


A primeira hospedagem pareceu ser a mais rústica, e mesmo assim mais cara S 20 por pessoa o cara queria nos cobrar. Outra dica, nunca aceite a primeira oferta, há grandes chances de ser a mais cara e a pior. Seguimos para o estabelecimento seguinte “Oásis Paraíso”, S 15 sem café da manhã num bangalô de madeira, bambu bem rústico também mas sem tantos insetos como no primeiro. Se continuássemos um pouco mais encontraríamos a terceira hospedagem que segundo nos informaram custava S 10 por pessoa, não vi o quarto mas parecia ter mais infra, mais piscinas e ser um pouco mais bem cuidado.


 

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- bangalô, S15 p/ pessoa, piscina suja e água gelada para banho -

 


A atração Oásis foi um pouco decepcionante pois apesar da caminhada por paisagens belíssimas se chega num local não tão bonito. Além disso a expectativa por um banho termal era grande após uma trilha poeirenta e muito suor. Encontramos um dos banhos mais gelados das nossas vidas.
Jantamos na terceira hospedagem, é tudo bem rústico, apenas um ponto de iluminação e uma comida coletiva: sopa em pó, macarrão com legumes e arroz, mate de coca.



 

Dia 2


Acordamos às 6:00h, tomamos café-da-manhã na hospedagem: mate de coca ou café e panqueca de banana com geléia de morango por S 5. 
Também aconselho a levar alguma coisa pra essa refeição se quiser sair antes das 6:30 porque assim não precisa esperar o café da hospedagem.

Sabíamos que havia ônibus de Cabanaconde para Arequipa às 11:30 então saímos de Sangalle às 7:00h.

As informações que tínhamos a respeito desse percurso era de que levava em média 4 horas e tinha uma ascensão de mais ou menos 1000 mts.

Subimos praticamente juntos com um trio de franceses, a subida durou 2:30 mais as paradas para descanso, pois a subida é realmente forte. Depois de subir e subir avistamos Cabanaconde e seguimos até a plaza de armas onde compramos as passagens para Arequipa.


 

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- Cabanaconde, fim da caminhada-


 

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Algumas informações que podem ajudar:

 

-Deixamos nossas coisas no hostal em Cabanaconde que cobrou S 3, mas ouvi falar de lugares que não cobram, inclusive hospedagens de Arequipa.

 

-Acho que levamos coisas demais, aconselho a levar apenas uma roupa limpa para dormir, uma blusa, capa de chuva e itens de higiene pessoal.

 

-Em Arequipa há um escritório de turismo muito útil na Calle Puente Grau com todas as informações que você pode precisar para caminhadas no Canion del Colca. http://www.colcaperu.gob.pe/?lang=en



 

-Aconselho levar água, uma garrafa de 2,5L por pessoa. No oásis, essa garrafa custa S 10, em Malata custa S 7.

 



-Compramos o boleto turístico em Chivay pois sabíamos que iam nos pedir na Cruz del Condor. Não pediram no Condor mas em Cabanaconde um guarda nos abordou mais na intenção de vender um boleto do que de verificar, quando viu que já tínhamos se decepcionou. Compre só quando for necessário e diga que é sudamericano, há desconto e ao invés de S 70 você pagará S 35.



 

-A trilha é bem movimentada, além dos locais, existem muitas pessoas independentes fazendo o trajeto, além de grupos e seus guias.

 



-Em Chivay existem umas termas excelentes chamadas La Calera, para chegar é só pegar uma van na plaza de armas que custa S 1. São limpas e muito quentes.

 

-Em Arequipa, pegamos um ônibus para Puno mas se você tem a intenção de fazer isso, aconselho a descer num ponto que é um cruzamento entre a estrada de Chivay e a estrada que vai para Puno e pegar um dos ônibus que passam indo pra Puno. Isso economizará umas 4 horas de busão diabeira.

 

Para finalizar, hoje eu aconselharia àqueles que já tem alguma experiência em trekking e camping selvagem a fazerem outros trajetos no Canion. Como disse, achei o ‘Oásis’ um pouco fraco se comparado com as paisagens espetaculares do canion. Assim fazendo outra caminhada poderá pernoitar num local mais agradável.


 

livia@doctela.com.br, esse é meu email, terei muito prazer em responder as dúvidas que estiverem no meu alcance.


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