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Relato de Viagem - Lille - Marselha - Arles - Avignon - Gordes - Roussillon - etc,


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Bom dia pessoal, esse é meu primeiro relato, então não tenho muita habilidade em contar a história, então tenham um pouco de paciência comigo (se puderem ter bastante, melhor ainda =D)

 

Depois de uns dois anos sem férias de verdade (que durassem mais de duas semanas), quando consegui ficar um mês longe do mundo peguei minha mochila e fui viajar com minha ex-namorada (complicado assim mesmo) na França.

 

O primeiro destino foi Lille, perto da fronteira da Bélgica, cidade aonde a menina mora. Este local é bastante frequentado por ingleses que vem aqui fazer compras, e sofre muito com as piadas de que nunca faz sol. E embora eu só tenha ficado uns 3 dias, posso dizer que isso me pareceu verdade.

 

Uma coisa me chamou muita atenção na cidade: As velhas casas feitas todas em tijolos a vista. Por todos os lados, não importa a direção em que se olhe, você se vê cercado por algumas dessas casas, quase todas da mesma cor, mas ao mesmo tempo, bastante diferentes umas das outras, com suas diferentes decorações.

 

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A cidade tem bastante zonas para as pessoas andarem de bicicletas, coisa que faz falta aqui no nosso País. Por quase toda a cidade, existem postos para alugar uma bicicleta, mas também é facil de se locomover por metro. A cidade conta com grande número de parques que valem uma visita. No nosso caso, alugamos duas bicicletas e fizemos um piquinique no parque La Citadelle, que cerca um antigo castelo da cidade, e é frequentado por uma quantidade enorme de pessoas fazendo os mais diversos esportes.

 

Além disso, Lille tem muitas praça. E a maior delas, chamada de forma criativa de Grand Place, fica localizado o prédio da antiga bolsa. Hoje esse prédio abriga um centro cultural, ótimo não apenas para colecionadores de quadros, discos, livros, cartões postais, mas um ótimo lugar para tomar um café, escutar um pouco de música e fazer aquela pausa quando cansamos de visitar.

 

A cidade, por ficar próxima da Bélgica e Inglaterra, tem várias cervejas do primeiro e vários pratos gordurosos do segundo. Por isso, fomos jantar fora para comer algo diferente, e acabei comendo um Welch. Esse prato é basicamente feito de Chedar, Presunto e um Ovo frito. Acompanhado de batatas fritas, é claro. É delicioso, mas não deixe seu cardiologista saber. Falando em comida, outro prato típico é a Carbonade, mas esse deixei passar. No centro da cidade, existe uma doceria famosa, Amerta, aonde os doces, muito dos quais típicos, apesar de custarem uma fortuna, são muito deliciosos.

 

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De Lille, pegamos um vôo da Ryanair (serei mais feliz quando ela começar a atravessar o oceano) e fomos para o Mediterrâneo, para a cidade de Marselha, começando a "viagem" propriamente dita. Ficamos num hotel razoável perto do Vieux Port, que alias foi uma das maiores decepções da viagem, pelo fato de estar praticamente todo em obra, escondendo de muitos ângulos os barcos que são uma das atrações da cidade. Apesar disso, se apertando um pouco, se consegue boas vistas dos barcos.

 

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No primeiro dia, fomos para a Basílica de Notre Dame de La Garde. Localizada no alto de uma montanha, a basílica pode ser vista de toda a cidade, e obviamente tem uma vista muito recompensante, ainda mais para quem tem a coragem de subir a pé até la em cima. Mas o panorama não é o único motivo para encarar essa visita: A catedral em si é interessante, com suas muitas cores e decorações. Na lateral, é possível ver algumas marcas de Bala da Segunda Guerra. E no seu interior, além das muitas cores e do belo dourado do teto, é curioso as representações de embarcações e aviões, tanto em quadros como minhaturas. É um pedido de proteção a nossa senhora para os muitos barqueiros do lugar.

 

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Na parte da tarde do mesmo dia, resolvemos fazer uma visita indicada por um amigo, visitando as ilhas Frioul. Alguns navios passam também no castelo de If, porém quem quer visitar o mesmo tem que ir cedo, pois os últimos horários não passam por lá. As duas ilhas em questão ficam a 4km do continente, e foram unidas por um pier. Antigamente servindo de lugar de quarantena para os navios que chegavam no porto, hoje é um local a se visitar. Sério, foi uma das surpresas mais agradavéis em nossa viagem. Alugamos um caiaque para duas pessoas por 35 euros a hora e saimos das a volta na ilha. Depois de voltarmos, visitamos a ilha a pé e nos deparamos com inúmeras belas paisagens. sendo difícil escolher uma só para ilustrar. E no fim, ainda jantamos ostras pelo mesmo preço de Marselha antes de voltarmos para o continente.

 

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No dia seguinte, começamos a visita pelo bairo le Panier, local onde moram muitos artistas, praticamente a Santa Teresa da cidade. Lá se pode comprar várias obras de arte, escutar vários artistas de rua e sentir o cheiro dos inúmeros sabonetes de marselha ou saquinhos com folhas de lavanda vendidos por ali. Nós aproveitamos o calor para nos refrescarmos um pouco com Ricard, uma bebida alcóolica com origem na região, que é basicamente um licor de Anis e é tomado diluido em água e com muito gelo. Além disso, o bairro possui também o centro Culturar de la Vielle Charité, que vale uma visita.

 

 

A tarde, fomos fazer mais um passeio de barco, pelo ponto turístico mais famoso da cidade, as Calanques. Essas formações geológicas cálcarias se estendem por boa parte da costa de Provence, e com seu tamanho imponente e cor branca entremeada de verde, são sem dúvidas impressionantes. Em diversas reentrancias, forman-se pequenas praias de água cristalina, aonde podem-se encontrar muitos barcos e iates parados, muitos mergulhadores e alguns alpinistas. O barco vai até a cidade vizinha de Cassis e volta, entrando nessas praias inúmeras vezes.

 

Todo mundo que conheço que fez esse passeio adorou, mas acho que eu gosto de ser diferente. Não que as Calanques não sejam bonitas, não seria maluco de dizer uma besteira dessas, mas é que com todo o calor, todas as pessoas que tomavam banho em seus iates luxuosos, me senti quase um voyeur a olhar os outros se divertirem. Por isso aconselho a todos a, caso queiram fazer esse passeio, peguem um dos horários em que os barcos param para as pessoas nadarem. Assim as Calanques serão algo mais que uma bela paisagem

 

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Em Marselha, para podermos viajar as cidades do interior, alugamos um carro, compramos uma barraca, dois travesseiros e seguimos viagem, sem planejar muito aonde iríamos parar. A região é cheia de campings, e mesmo sem uma reserva não é complicado de encontrar aonde ficar.

 

Partimos então para Arles, cidade que é um destino turístico por três motivos bastante distintos: O primeiro é a grande quantidade de ruínas romanas, tombadas pela Unesco. Lembro de uma arena, um anfiteatro, termas. Alguns são de dificil visitação, ficando dentro de museus. Outros, como o anfiteatro, são fáceis de serem visitados.

 

Outro motivo que leva bastante gente a cidade é que lá são realizadas touradas. Crueldade com animais não é uma coisa que eu ache muito divertida, então nem fui muito atras.

 

O terceiro motivo é o parque nacional de la camargue. Nascedouro de várias espécies de aves e criadouro de búfalos e cavalos selvagens. A paisagem é estonteante. Grandes campos, banhados, e um enorme lago aonde os flamingos se banham. Aliás, ir numa visita guiada para ver os mesmos é uma furada: A distância que serão vistos será de no mínimo uns 300m. Você com sorte verá alguns borrões rosas.

 

Sugiro uma ida a Capeliére. Nesse centro de visitantes, por preço de banana você tem acesso a duas trilhas, uma no local e outra num salar. Nos dois casos, você caminha no meio da floresta, até em um momento chegar num observatório onde pode observar as espécies de pássaro da região nos lagos atraves de lunetas. Foi com certeza um dos melhores momentos da viagem, porém é uma pena que por ser isolado é de difícil acesso por alguem sem carro.

 

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Partimos de Arles e fomos visitar a pequena cidade de les Baux-de-provence. De díficil acesso, no alto de uma montanha cercada por oliveiras, a cidade é praticamente invísivel a distância. Tente encontrá-la na foto abaixo. Se for de carro, tente chegar cedo, mas muito cedo. E não adianta procurar, não tem nenhum estacionamento gratuito a menos de 5km da cidade. E caso não goste de multidões, não vá para essa cidade: Apesar de ter só 22 habitantes, a cidade recebe mais de um milhão e meio de habitantes por ano.

 

Não fique pensando que não gostei de lá. Fora os impecilhos que citei, a cidade é sem dúvida fenomenal. Além da vista magnífica da colina, e da cidade quando vista de baixo, muitos dos prédios são verdadeiros monumentos, quase todos em ruínas. O castelo, que é um deles e domina boa parte da cidade. Ele costuma sediar simulações de batalhas, e possui répiclas de catapultas, trébouchets e uma balistra. Um prato cheio para quem curte histórias medievais. Além disso, por toda cidade se ve homenagens a Mônaco. O motivo é que o título de Marquis da cidade pertence ao príncipado, tendo inúmeras fotos do principe Albert e inúmeras de Grace Kelly.

 

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Como minha foto esconde a cidade, deixo a foto de um fotógrafo mais habilidoso que eu.

Baux_de_Provence.jpg

 

De lá, partimos de carro para a cidade de Avignon. Famosa por uma ponte incompleta (cantada numa canção infaltil francesa), e por ter sido durante muito tempo a moradia papal, antes de ser reincorporado a frança. Pelo enorme calor nos dias que visitamos, o número de banhistas no rio era enorme. O centro da cidade é patrimônio da Unesco, e não é sem motivo. O palácio que abrigava a moradia papal é impressionante pelo tamanho, e o seu jardim, na sua parte superior, permite uma ótima vista da cidade. O interior não visitei, por ser um pouquinho caro a entrada (não lembro os valores exatos agora). Fomos jantar em Villeneuve-les-Avignon e voltamos para nosso camping (La Barthelase - muuuuito bem localizado).

 

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Dai partimos para três pequenas cidades (que infelizmente creio que não são acessíveis por trem). E cada uma delas com suas características e peculiaridades, cada uma marcante de sua maneira, cidades com alma.

 

A primeira dela, Fontaine-de-Vaucluse, tem no próprio nome a principal atração da cidade: Uma fonte dentro de uma gruta que irriga a cidade, levando com ela a forte cor verde das algas. De tão abundantes, se fica com a impressão que o próprio rio é verde. Também é grande o número de lugares para descanso ao lado do rio, aonde descansar um pouco vendo os patos nadando é uma boa opção;

 

Com a profundidade de mais de 300 metros, durante o ano, a fonte quintuplica a vazão por causa do derretimento das neves da montanha. Todo mundo lá diz que a mesma deve ser visitada duas vezes por ano, porque cada um é um espetáculo diferente. Quando fomos, a fonte estava próxima de seu nível mínimo, então pulamos a cerca de proteção (eu sei, não é sempre uma boa idéia) e fomos quase dentro dela. Alguns corajosos pularam dentro da água mais tarde, mas justamente por não pegar sol, a mesma estava geladissima.

 

Outra atração da cidade é um moinho de papel reconstituído. É possível ver o mesmo amassando o que virá se tornar o papel no futuro, acionado pelo mesmo rio. É possível comprar cadernos e cartas feitas de forma artesanal, mas para isso é preciso estar disposto a se gastar um pouco mais.

 

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Partimos então para nosso próximo destino, a cidade montanhosa de Gordes. Só posso dizer que a entrada da cidade, já é de se tirar o folego. Quando você vê aquelas formas da cidade espalhadas pela montanha, como que se deitando, não há como não se impressionar. A cidade cuida para manter seu ar antigo. Todas as construções novas devem ser de pedra, com tetos de terracota, e nenhum outro material para muros que não pedra é aceito. Uma curiosidade é que na cidade está localizada uma seita semi-secreta de pessoas que acreditam que maria madalena era esposa de Jesus.

 

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A cidade possui grande números de reustarantes com terraços sobre o penhasco, e embora um pouco mais caros, eles valem a visitar por causa da vista deslumbrante. A cidade é pequena, então vale a pena se perder por suas ruelas e ver uma cidade que é bela por si só, sem a necessidade de nenhum ponto turístico em especial.

 

Não que eles não existam: A vilage des Bories, formada por cabanas de pedra antiquísimas é uma delas (chegue cedo, o local fecha não muito tarde). Outro é a Abadia de Senanque, que permite a visita a seus interiores (com várias restrições de trajes) e que tem uma grande plantação de lavanda no seu exterior.

 

A terceira das pequenas cidades é Roussillon. Ao chegar na cidade, notei logo que tinha algo diferente nesta, embora tenha demorado um pouco para notar do que se tratava: As casas da cidade tem todas a mesma cor, ocre, uma espécie de laranja. Ai muita coisa fez sentido, uma vez que o principal ponto turístico da cidade são as Carières de Ocre, de onde se retira a areia utilizada para pigmentação e construçãoi. E o sítio de extração é expetacular, uma vez que a areia foi sendo excavado e o que não era utilizado foi deixado no lugar, construindo-se assim inúmeras formas curiosas, todas da mesma cor alaranjada. Dentro, duas trilhas, uma mais curta que a outra, sendo que a pequena já passa nos principais pontos de interesse, cortando apenas uma caminhada na floresta. Apenas mais dois conselhos sobre o lugar: Leve água, pois boa parte do lugar é a céu aberto, e sobretudo não vá de calçado branco. Meus chinelos estão até hoje alaranjados depois de pisarem naquelas bandas.

 

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Iamos para a cidade de Sault e para o Mont Ventoux, mas devido termos demorado mais que o previsto nas cidades anteriores em passeios não programados (mas que valeram demais a pena) e por já ter passado a colheita da lavanda (que é acompanhada por uma festa na cidade de Sault) partimos para visitar o que se não me engano é o maior cânion da europa, les Gorges do Verdon. O plano era parar em Moustiers-Sainte-Marie, mas a cidade estava tão apinhada que depois de meia hora rodando pela cidade (rodando é mais força do hábito, porque passamos mais tempo em congestionamentos que qualquer outra coisa), desistimos e seguimos viagem. Sobre o Cânion, a vista é surpreendente, podendo-se ver rochas cálcarios manchadas com o verde da vegetação a km de distância, além de inúmeros rios e mirantes. Inclusive perto da cidade Palud sur le verdon (ponto de parada de muitos turistas) existem pequenos restaurantes com comida barata (considerando-se os padrões locais) e uma bela vista sobre o cânion.

 

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O trajeto é interessante, sendo que muitas vezes é possivel ver que a pista foi escavada na rocha, formando-se uma espécie de cobertura. Existem vários refúgios onde é possível estacionar um pouco o carro e apreciar a paisagem. Porém, se você não for bom motorista, tome cuidado. A estrada é muito torturosa, com muitos trechos aonde não se consegue ver os veículos que vem na direção contrária (o que quase causou um acidente com um onibus que invadiu nossa pista). Um lugar que fomos e não aconselho é o Lac de Saint Croix. Apesar de parecer bonito de longe, o fundo é muito lodoso, e a água é bastante suja.

 

Novamente tivemos que cortar alguns pontos da viagem (Nice, Antibes, Cannes e Saint Maxime foram limados por falta de tempo) e fomos a Saint-Tropez. Eu posso afirmar com certeza que não gostei da cidade. Cheia ao extremo, cara demais (só o estacionamento custou o dobro que nos demais lugares) e sem nenhuma atração além de algumas praias, mas que são mais bonitas nas cidades próximas, como Le Lavandou. A cidade é conhecida por ser frequentada por muitos ricos e famosos, o que fica evidente quando se vê os iates gigantescos ancorados na praia. E não são poucos. Mas como eu realmente não dou a mínima bola para o que os milionários fazem, segui para a cidade seguinte no final do mesmo dia.

 

Quem gosta de praias com águas límpidas e transparentes, fica a dica de visitar le Lavandou. As praias arenosas se extendem por muitos km, e são muito bonitas, porém você terá que competir com os frequentadores de inúmeros resorts.

 

Outro lugar legal de se visitar, com um estilo totalmente diferente, é La Ciotat. Enquanto Lavandou é areia, sol e praia, La Ciotat tem grandes "calanques" acessíveis para banho, com inúmeras pedras pequenas no lugar da areia. Embora menos famosas que as calanques de Marselha, as dessa cidade são tão bonitas quanto, e pelo fato de permitirem banho, inclusive pessoas saltando de alturas que me deixam com frio na barriga, se tornam, ao menos pra mim, muito mais atraentes. A vista destas é de tirar o fôlego, com o mar azul constrastando lindamente com o negro das rochas e o verde das árvores (pra não falar do branco dos europeus hehe).

 

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De lá, voltamos pra Marselha por Cassis, passando em cima das Calanques, as mesmas que tinhamos visto de barco. Apesar do trajeto ser levemente maior, a vista é legal, dando outra perspectiva do lugar. De volta a Marselha, devolvemos nosso carro e fomos jogar "La Petanque" (ou bocha, como ao menos eu conheço no Brasil, o que deixou todo mundo surpreso) e tomar Ricard com uns amigos que fizemos na região (na verdade, alguns mochileiros que demos carona por dois dias no meio da viagem.

 

De lá viajamos para Estrasburgo, cidade onde morei por dois anos, que eu adoro e sobre a qual me recuso a falar resumidamente (se alguém quiser mais detalhes sobre lá, estou de coração aberto para conversar).

 

Gostaria aqui de falar então só mais um pouquinho sobre dois outros lugares interesantíssimos mas pouco conhecidos, e que fogem um pouco dos destinos de viagem tradicionais. O primeiro deles é o parque arqueológico de Bliesbruck-Reinheim, situado na divisa entre a França e a Alemanha. No local foram encontrados ao mesmo tempo ruínas Celtas e Romanas. A visita guiada é gratuita, e esta é realmente instrutiva, onde podemos aprender tanto sobre a vida dos romanos e celtas como sobre o trabalho de um arqueólogo. O local é interesante também por ter reconstruções de uma padaria e um moinho, aonde se fazem pães da mesma forma que os Romanos faziam, sendo mesmo possível fazer oficinas no local. Outros pontos de interesse no paque são as ruínas de antigas termas consideravelmente reconstituidas e a tumba de uma princesa Celta.

 

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Outro local que gostei de conhecer foi uma antiga mina de carvão, em La Petite Roselle. Para quem não sabe, o carvão mineral não é mais explorado na França. No local, desce-se a uma falsa mina acompanhado de um antigo minerador, que relata como era a vida e as condições de trabalho. No local, ainda restam muitos equipamentos gigantes de mineração, com bonecos simulando trabalhadores. É facil se imaginar no lugar de um deles, uma vez que a visita se dá na mesma sequência em que os mesmos chegavam ao trabalho: Guardar suas coisas, pegar as ferramentas de trabalho, pegar as lanternas, descer para a mina, etc... Um passeio diferente, mas que vale a pena.

 

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Como tudo que é bom acaba, voltamos para Lille, aonde passamos os dois últimos dias antes de eu pegar meu vôo de volta ao Brasil. Isso foi durante a Grand Braderie de Lille, algo como o grande brechó, aonde os moradores da cidade vendem aquilo que não usam mais. Se ve de tudo, desde velhas televisões e geladeiras até os tradicionais discos e livros usados. Nesse momento, a cidade fervilha de turistas, e detem o record mundial de consumo de mexilhões (sim, estranho, eu sei).

 

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