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Salvador e Morro de São Paulo em 6 dias - Janeiro 2011


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Fala galera, beleza?

Como o Mochileiros.com me foi bastante útil, sinto-me na obrigação de postar o relato da minha viajem de 6 dias pela Bahia, para que este possa servir de ajuda para outras pessoas.

Pois bem, inicialmente planejei subir de carro para a Bahia. Eu iria rodar aproximadamente 2500km considerando ida e volta, e pararia em vários locais, como por exemplo: Prado, Arraial/Trancoso/Porto, Península de Maraú, Salvador, Morro de São Paulo, etc. Infelizmente não consegui companhia para essa trip, e tive que adequá-la de acordo com o possível.

Entrei de férias no dia 14/01, e por isso não pude ir com alguns amigos para Itacaré – eles saíram de Vitória, cidade onde resido, no dia 12/01. Eles passariam 7 dias em Itacaré e no dia 20/01 estariam chegando em Morro de São Paulo. Pois bem, considerando isso tudo, comprei minha passagem para Salvador para o dia 19/01 (R$204,00 c/ taxa de embarque – Azul Linhas Aéreas), e então passei 1 noite em Salvador, para no dia seguinte partir rumo a Morro de São Paulo. Em Salvador me hospedei no Albergue do Porto (www.alberguedoporto.com.br - R$40,00/diária quarto coletivo + café da manhã). Nada a reclamar desse hostel. Staff prestativo, comida boa, quarto limpo, banheiro limpo o tempo todo, boa localização – à 1 quadra da praia da Barra. Irado!

 

19/01: Chegada no aeroporto de Salvador. De lá, peguei um ônibus seletivo (R$3,00 c/ A/C) cujo destino era Praça da Sé, e saltei na Barra, onde localiza-se o Albergue do Porto, que fiquei hospedado. Só passei no hostel para deixar minha mochila e peguei essa mesma linha de ônibus para seguir até a Praça da Sé, que fica próximo aos pontos turísticos de Salvador – Pelourinho, Mercado Modelo, Elevador Lacerda, etc. Todos esses lugares ficam bem próximos um ao outro, o que torna possível fazer esse passeio andando. Conheci o Pelourinho, o Mercado Modelo e o Elevador Lacerda. 2 horas são suficientes para conhecer pelo menos esses três lugares. Não achei nada de mais. Aliás, diga-se de passagem, achei Salvador uma cidade muito feia, muito suja. Imaginei que, pela sua fama e pela quantidade de turistas que a cidade recebe, a cidade pudesse ser ao menos limpa, e não é. Sei que essa grande quantidade de turistas influencia o acúmulo de lixo urbano, mas por outro lado, vi poucos garis nas ruas.

Voltando ao hostel conheci um pessoal que lá estavam hospedados, ficamos tomando cerveja até umas 23h no próprio hostel e depois saímos para um barzinho próximo, para darmos continuidade à bebedeira, voltando às 4h da matina.

 

20/01: Com o intuito de encontrar meus amigos que estavam indo de Itacaré para Valença, fiz o check-out no hostel em Salvador às 10:30 e ao invés de pegar o catamarã, resolvi ir do jeito mais demorado, mas também mais barato. Peguei um ônibus comum (R$2,00), que não lembro a linha, até o Terminal do Ferry Boat – que não é o mesmo terminal do catamarã, é um pouco mais longe. Comprei a passagem do ferry para Itaparica (Bom Despacho) no próprio terminal. Se não me engano, custou R$3,95. O trecho Salvador x Itaparica dura cerca de 30 minutos. Chegando a Itaparica, comprei a passagem de ônibus para Valença, também no próprio terminal. Não lembro a companhia e nem o preço exato, mas se não me engano foi algo em torno de R$11,00. A viagem Itaparica x Valença durou um pouco mais que as 2 horas prometidas, devido à obras na rodovia. O ônibus para bem próximo do terminal hidroviário, onde peguei a lancha rumo à Morro de São Paulo (custo de R$14,00, duração de 25 minutos aproximadamente). Chegando a Valença, não consegui contato com meus amigos que haviam saído de carro de Itacaré rumo à Valença, e por isso resolvi ir para Morro e esperar eles lá mesmo, pois não havíamos reservado nenhuma pousada/hostel, e como já eram 16h da tarde, resolvi chegar em Morro ainda com o dia claro, para tentar agilizar onde iríamos nos hospedar. Em Morro há opções de hospedagem desde campings, até hotéis com pista de pouso. Dei uma olhada em uma pousada, e consegui o preço de R$30,00/pessoa – sem café da manhã e banheiro coletivo, e também no Che Lagarto, que me pareceu bem arrumado – R$46,00/pessoa com café da manhã. Resolvi esperar meus amigos chegarem lá em Morro para resolvermos aonde iríamos nos hospedar. Acabou que quando eles chegaram, um rapaz no cais ofereceu a eles uma casa por R$25,00/pessoa. Encontrei com eles e seguimos para essa casa, que fica na Fonte Grande, que, de certa forma, é afastada das praias, mas num lugar bem tranqüilo e em meio aos nativos. A casa era legal, eram 2 kitnetes e ficamos por lá mesmo. Para quem quiser tentar contato, o proprietário da casa é o Noel, ele vende caipfrutas na 2ª praia à noite. É só perguntar em qualquer barraca que vão informar onde o Noel está. Ele tem outra casa em Morro além dessa que ficamos.

Nesse primeiro dia em Morro fomos ao lual que rola na 2ª praia todas as segundas e quintas-feiras, e depois para a boate Six, que também fica nessa mesma praia. Não gostei da boate. Só música em castelhano. Aliás, só tinham argentinos(as) em Morro de São Paulo.

 

21/01: Acordarmos tarde e fomos dar uma volta na ilha. Ficamos na 3ª praia e depois seguimos para o One Love, que é o melhor bar de Morro. Fica no caminho para a Gamboa e o ambiente do bar é simplesmente perfeito. Jam sessions toda tarde, staff nota 10, lugar alucinante. Perfeito! Bebemos até umas 22h, fomos jantar e fomos para casa dar uma descansada para sair depois. Quem disse que alguém acordou? Rs. Só no outro dia.

 

22/01: Chegamos por volta de 11h à 3ª praia e alugamos um caiaque (R$10,00/hora + snorkel) para mergulharmos na Ilha de Caitá, que fica a 10 minutos remando da 3ª praia. A visibilidade não estava muito boa, mas dá pra ver uns peixes de aquário. Um amigo que já mergulha há mais tempo achou uma loca com umas 30 lagostas, segundo ele, mas ficamos com receio de pegar. À tarde, fomos para o One Love, como de praxe. Não comi praticamente nada durante todo o dia e saindo do One Love, por volta das 23h, fomos comer uma peixada, com muito azeite de dendê. Comi MUITO, e não deu outra: passei muito mal. Justamente nesse dia que foi véspera do meu aniversário. Não saí à noite, mais uma vez. Fica aí a dica pra galera: a comida baiana é muito pesada, e pra quem não tem costume, como eu, não exagere. Recebi uma recomendação da dona de um restaurante que almoçávamos, ela me disse que quando for comer peixada na Bahia, caso não queira dendê, peça por peixe ensopado, e não “moqueca”. Passei mal a noite toda.

 

23/01: Dia do meu aniversário. Continuei passando mal. A tarde fomos à 4ª praia, e a noite fomos à 2ª praia. Eu não estava muito bem e não demoramos muito, voltando pra casa cedo.

 

24/01: Acordamos cedo e fomos fazer o mergulho na Ilha novamente, depois fomos pular na Tiroleza (R$25,00 após negociarmos). O pulo é IRADO! Recomendo a todos. Não é muito rápido, mas a sensação é muito boa. A noite o pessoal foi dormir, pois viajaríamos no outro dia pela manhã. Eu fui para a 2ª praia sozinho dar uma volta, mas também não demorei muito.

 

25/01: Acordarmos as 6h da manhã e fomos embora. Pegamos a lancha até Valença e lá pegamos o carro desse meu amigo que estava em Itacaré para voltarmos para Vitória. 900km de estrada sem paradas para dormir. Ele dirigiu metade e eu a outra metade. A estrada de Valença até Vitória é boa. O único trecho ruim é quase na divisa da Bahia com o ES, cerca de 150km. Como pegamos esse trecho à noite, foi pior ainda. Muitos buracos e estrada sem acostamento, mas é só ficar ligado. Entrando no ES, a estrada é um tapete até Vitória. Deu tudo certo e infelizmente, mas felizmente, chegamos a Vitória.

 

Eu gostaria de ter ido para a Península de Maraú após ter saído de Morro, mas ninguém mais animou, então viemos embora. Fica para a próxima, pois com certeza voltarei à Morro.

 

Valeu galera! Qualquer coisa é só perguntar. Vou tentar postar fotos em breve.

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  • Membros de Honra

Ramon,

 

Bom relato!! Realmente Salvador ESTÁ uma cidade muito suja e cheia de lixo .. uma realidade muito dura e triste, sobretudo pra quem é soteropolito e ama esta cidade, como eu. Não se deve julgar uma cidade pela maneira como seus governantes a (des)tratam, no caso de Salvador, o descaso com a limpeza, e com todo o resto: transporte, segurança, infra estrutura etc. Os marcos históricos e culturais acabam ficando de lado.

 

rapaz, azeite de dendê até pra quem tem costume é uma furada!! a comida baiana nem é forte, mas o azeite pode dar uma tremenda dor de barriga e azia.

 

Espero que vc venha outras vezes e possa ter uma impressão melhor de Salvador.

 

Abraços! ::otemo::

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  • Membros de Honra
Ola Ramon

Valeu pelo relato.

Já que você voltou há pouco de Morro, sabe dizer como é lá na época de carnaval?

E sobre essa península de Maraú, fica próximo ao Morro?

 

 

Oi Luciana,

 

Olha, Morro de São paulo no Carnaval é uma ferveção!!! muita gente!! gente do mundo inteiro, pousadas/campings e praias lotadas!! tem muitas baladas, festas e tal...

 

A peninsula de Maraú é mais tranquila mas ainda assim tem muita gente, porém neste caso é até vantagem pois dá pra formar grupos pra os passeios de barco, ficando mais barato. Não é tão lotada qto Morro de São Paulo.

 

Abraços!

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  • Membros de Honra

Luciana,

 

Carnaval tá sempre tudo lotado. Há aqueles que gostam de ver gente, de agitos, baladas, festas, aglomeração... ocorre que muita gente em um local onde não tem infra estrutura pra suportar a quantidade de pessoa sempre tem transtornos, como falta de água, queda de energia elétrica, filas etc.

 

A opção é procurar alguns lugares onde haja menos pessoas, como por exemplo se for na Chapada Diamantina prefira Campos de São João ao invés de Lençóis, Prefira Conceição dos Gatos ou Igatu ao invés do Vale do Capão... No caso de Morro de São Paulo, Moreré é mais "tranquilo"...enfim...

 

abraços!

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  • Membros
Ola Ramon

Valeu pelo relato.

Já que você voltou há pouco de Morro, sabe dizer como é lá na época de carnaval?

E sobre essa península de Maraú, fica próximo ao Morro?

 

Luciana,

 

Em relação à Morro na época de Carnaval eu não sei como fica. Essa foi a primeira vez que fui a Morro, mas pelo que dizem, fica LOTADO.

 

Sobre a Península de Maraú, saindo de Morro, a melhor alternativa que encontramos foi deixar o carro em Camamu, que fica próximo à Valença - que é onde o barco chega e de onde ele sai para Morro. Em Camamu, pegaríamos um barco para Barra Grande, onde ficaríamos hospedados. Em Barra grande existem aquelas "jardineiras" 4x4 que levam você para os outros lugares da península. Da próxima vez que eu for a Bahia, vou me programar para não deixar de conhecer esse lugar.

 

Abraços.

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